Digimon Adventure 03 - O Brasão Lendário escrita por Caelum


Capítulo 4
Capítulo 3 - Indo ao Socorro do Digimundo


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Só queria agrader aos meus primeiros quatro reviews. *quase chorando de emoção* Uh... Na verdade não, hehe. Mas estou, mesmo, super-agradecida á todos que comentaram na minha fic (apesar de serem poucos, vale muito pra mim).
Aproveitem o capítulo! :)



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– Socorro?- Davis repetiu.

– Sim. - TK confirmou.

– É de um dos parceiros dos mais velhos? – Kari perguntou de repente preocupada com Agumon e os outros.

– Não parece. – Yolei comentou. Ela olhava atentamente a tela do seu D-Terminal. – Aqui diz “Local onde a mensagem foi enviada: Mundo Digital.” E também diz “De: Indivíduo Desconhecido”.

Desconhecido – Cody repetiu. – Poderia ser uma armadilha.

– É uma possibilidade. – Ken concordou.

–Depois de dois anos? Assim, de repente? – Kari levantou uma sobrancelha.

–Nunca se sabe. – Ken argumentou. – Coisas podem acontecer de repente, sem aviso. Precisamos desconfiar. É o Digimundo.

– Não podemos ignorar – Kari disse, determinada. – Se alguém precisa de ajuda...

– ...vamos ajudar- TK completou.

–Isso é estranho - Cody disse. - Pensem bem: De repente, um sinal de socorro vem de um desconhecido.

– É estranho sim, mas não impossível – TK ponderou. – Uma vez, recebemos um sinal de Nanomon...

– ...que era uma armadilha – Yolei continuou, levantando uma sobrancelha. – Péssimo exemplo, Teeks.

– Ok. Péssimo exemplo, mas mesmo assim. Não vamos deixá-lo na mão!

 Eles se encaram em silêncio por um breve momento.

–Isso foi repentino demais. E Kari ainda tinha falado sobre algo diferente acontecer hoje... Uma armadilha seria um bom exemplo. – Cody concluiu. – Tem algo de estranho acontecendo!

– Realmente... – Ken murmurou pensativo. – Podemos estar exagerando, afinal. Um pedido de socorro não necessariamente significa guerra imediata. Poderia ser um Digmon em algum tipo relativamente pequeno de perigo... No meio de uma briga, talvez?

– Não. – Kari falou. – Não há brigas no mundo digital desde que
derrotamos MaloMyotismon.

– Elas poderiam voltar. – Yolei falou. – Disputa de território, mal-entendidos ou coisas do tipo.

– Se fosse isso, nossos Digimons já teriam dado um jeito, não acham?

– TK está certo. – Cody disse. – Nossos Digimons já teriam resolvido se fosse apenas um mal entendido entre digimons. E não chamariam a gente, que não vamos ao Mundo Digital há anos para resolver isso. Além do mais – ele olhou para seu D-Terminal – o sinal está insistente.

–Então acha que o pedido de socorro é verdadeiro? – TK perguntou.

–Eu não disse isso.

– Estranho ou não... Vamos. – Davis levantou-se. Os demais se levantaram também.

– Espera. – Kari falou, agarrando o braço do líder.

– O que foi?

– Eu não quero preocupar ninguém á toa, mas... Se nós estamos suspeitando que temos um problema sério, precisamos avisar ao meu irmão e aos outros!

 Davis a encarou por um tempo e assentiu.

 Se fosse alguns anos antes, ele falaria “Bobagem! Os outros nem precisam se preocupar, somos fortes e vamos conseguir lidar com isso! Veemon e eu resolvemos tudo sozinhos, quer apostar?” Mas agora ele tinha amadurecido- pelo menos o suficiente- e reconheceu que eles provavelmente precisariam de ajuda. Dos mais velhos.

 –Quer que eu mande uma mensagem? – Cody perguntou. - Eu poderia chamar Izzy ou Joe...

–Sim, por favor, Cody.

 E começaram a sair do parque.

***


Eles tentaram andar o mais depressa possível. Eles correram, na verdade. Nunca tinham feito esse trajeto tão rápido antes. Todos tinham uma sensação que algo grande iria acontecer naquele dia. Ainda estudavam na mesma escola de dois anos atrás, menos Ken, que morava mais longe. Depois de um certo tempo de caminhada chegaram à escola, melhor dizendo a sala de informática.

Silenciosamente se esgueiraram pelos corredores e conseguiram entrar. O computador que sempre usavam estava desligado. Mas isso não era problema algum para os Digiescolhidos.

 –Eu vou mandar uma mensagem para o Izzy. – Cody anunciou, pegando seu D-Terminal.

“Izzy,

Há algo acontecendo no Digimundo. Estávamos no parque quando um pedido estranho chegou á nós. Caso queira saber o que aconteceu conosco, estou avisando. Por favor, se demorarmos muito, peço que inventem algo à nossos pais, não sabemos o que está acontecendo ou quando retornaremos.

Cody.”

–Vamos! – Davis exclamou quando viu que Cody tinha acabado de digitar e enviar a mensagem, puxando o Digivice do bolso.

–Gente. – TK disse antes que Davis fizesse alguma coisa. – Por acaso vocês esqueceram?

– Hein? – Davis perguntou.

– Bem, desde a nossa última batalha, Gennai bloqueou os portais. Não podemos entrar.

– Você está errado – disse Yolei. Ela mirava a tela do computador, seu Digivice nas mãos. –Olhem. – ela pediu.

 Todos seguiram seu olhar e arregalaram os olhos.

 –Está... Aberto. – Ken disse um pouco assombrado.

– Mas por quê? – Cody indagou.

– Gennai deve ter desbloqueado. – sugeriu Davis.

–Não.

 Todos olharam para TK, que havia acabado de se pronunciar.

 –Eu quero dizer que Gennai não teria motivo para desbloquear, teria?

– Er, não. – Davis admitiu.

– A menos que algo grave tenha acontecido. – Ken concluiu. – Que deve ter a ver com esse pedido de socorro.

–Sim, tem a ver com isso. Mas eu não acho que tenha sido Gennai que desbloqueou.

–Por que, Kari? – Yolei piscou.

– Se ele tivesse feito isso, teria nos avisado com antecedência. – Ela parecia firme na hipótese. – O Portal deve ter se aberto automaticamente.

– Por quê?- Davis perguntou meio confuso, sem acompanhar o raciocínio.

 Ela os encarou antes de responder.

 –Porque somos necessários novamente.

 Todos prenderam a respiração.

 – Isso significa... – Ken começou e Davis terminou a frase:

–Problemas.


***

Digimundo.


Os seis jovens procuravam seus Digimons. Eles haviam acabado de atravessar o Portal para Mundo Digital, depois de um bom tempo. Eles
quase pararam para observar, mas então lembraram que não tinham tanto tempo quanto desejavam: O pedido estranho de socorro.

Estavam num campo, alinhados em uma pequena  fila desorganizada. Confusos, saudosos, temerosos e um pouco contentes pela familiaridade do local amado.

 –Isso é estranho. – TK falou.

– Como o dia de hoje. – murmurou Yolei. – Eu nem consegui lanchar!

– Está de manhã, Yolei – Davis a lembrou.

– Ok, mas mesmo assim eu estou com fome!

– Eu também! – O líder choramingou.

– Onde nossos Digimons estão? – Cody franziu a testa.

– Precisamos procurar quem pediu socorro. – Kari falou decidida.

– Deve ser perto daqui, já que foi aqui que aparecemos. – Cody falou. “Isso se tiver mesmo alguém pedindo socorro.”,ele acrescentou em pensamento, desconfiado.

–Mas os Digimons deveriam estar aqui, não? – TK perguntou a si mesmo em voz alta.

Como ninguém se deu ao trabalho de responder, continuaram caminhando. Andaram uns cinco minutos entre a grama e alguns arbustos frutíferos. Davis chutava, entediado até a morte, alguns galhos caídos, um pouco feliz por ali não terem árvores para atrapalhar o seu caminho.

 –Quando nós... - Davis foi bruscamente interrompido por um Digimon. Ele parecia desesperado.

 –Vocês são os Digiescolhidos? – Ele perguntou, um tanto cauteloso, mas também meio aliviado.

– Sim. – Yolei assentiu. – Foi você que mandou o pedido de Socorro?

– Sim, fui eu. – Eles notaram que o pequeno Digimon rochoso parecia cansado. Exausto.

– Você, é um Gotsumon, certo? – TK perguntou.

– Certo.

– Bem, eu sou TK, ele é...

– Ah! – Gotsumon piscou. – Elecmon me falou sobre você, TK.

– Elecmon?- TK repetiu um pouco incrédulo. – Aconteceu algo na Cidade do Princípio?

Gotsumon assumiu uma expressão sombria, assustando as crianças. Eles tomaram isso com um “sim”. O Digmon, sem dizer nada, esticou o braço  lentamente, apontando para a floresta que rodeava a Cidade do Princípio.

O choque atravessou cada Digiescolhido de cada vez, quando viram as chamas negras corroendo o local. Depois do choque veio a raiva. Então a tristeza. O medo por fim, mas com, indiscutivelmente, um ar de coragem. Gotsumon os observou um tanto surpreso. Surpreso pelas seis crianças não saírem correndo apavoradas, como certamente seria suposto crianças fazerem. Mas ele não deveria estar assim tão surpreso.

Esses são os Digiescolhidos. Lutaram contra as Trevas no passado...

 E fariam isso mais uma vez.

 –O que aconteceu? – TK gritou depois de uns segundos.

– Eu não tenho certeza.

– Como assim não tem? – Davis perguntou.

– Eu e Elecmon estávamos dando uma pequena caminhada na floresta. Os bebês estavam dormindo. Tudo estava calmo até que... – Ele balançou a cabeça, ainda meio assustado. – Coisas começaram a acontecer.

– Seja mais específico, por favor. – Cody pediu meio impaciente.

– O que aconteceu no Mundo Digital? – Kari perguntou.

– Bem... Tudo ficou estranho. O céu
ficou vermelho, as nuvens negras, o solo e as plantas morreram, raios caíam do céu, explosões de todos os lados.

– Explosões? – Yolei repetiu. – Vindas de onde?

– Do nada. De todos os lugares. É difícil explicar. – Gotsumon respondeu, visivelmente confuso, assim como as crianças. – Elas simplesmente apareciam. Tinham um grande impacto. E, dessas estranhas explosões, se abria um buraco no chão.

– Um buraco no chão? – Kari perguntou.

– Sim.

– Para onde? – Ken perguntou.

– Eu não tenho certeza. Olhei em um deles. Lá só tinha Trevas, Escuridão. – O Digimon respirou fundo. – Assim que isso tudo começou, Elecmon me pediu para chamar vocês.

– Onde está Elecmon?

– Eu... Não sei. Desculpe-me.

–Não é culpa sua. – TK suspirou. – Elecmon...

 Yolei franziu a testa.

– Explosões do nada. Que estranho isso!

–Provavelmente era um ataque. – Cody concluiu.

– Mas de quem? Quem quer perturbar a Ordem no Digimundo novamente? – Ken questionou.

– Pois é. – Yolei fez beicinho. – Alguém perturba, e a gente que resolve!

– É nossa escolha estar aqui, Yolei. – Cody a lembrou. Ela suspirou, mas assentiu.

– O que mais aconteceu na floresta? – Davis perguntou.

– Bem, eu fui correndo tentando achar um jeito de chamar vocês. Achei esse aparelho estranho. – Gotsumon inclinou a cabeça para a TV. – Então, um pouco antes de enviar o sinal, eu olhei de novo pra floresta. Tudo estava perfeitamente normal, como está agora, a única coisa diferente... Eram as chamas. – Ele fez uma cara triste.

 Eles permaneceram em silêncio, olhando pra floresta. As chamas tinham acabado de queimar o local. Agora era um terreno tosco e sem vida.

– Ah, cara. – Comentou Davis. – Isso é mal, muito, muito mal. –

 Kari suspirou, assentindo.

 –Tinha mais uma coisa. – Gotsumon murmurou, chamando a atenção de todos.

– O quê? – Yolei piscou.

“Areia cinza cobrindo o chão da floresta.”, Gotsumon quase respondeu, mas foi interrompido pelo grito alarmado de TK.

– Quem está aí?

– Crianças, há quanto tempo!

Todas as cabeças se viraram, meio alarmadas, para o dono da voz. Ele estava atrás de uns arbustos, por isso não deu para ver quem era.

– Gennai! – Davis sorriu quando percebeu a quem a voz pertencia.

Quem saiu dos arbustos foi Gennai, sim, mas não exatamente como a maioria se lembrava.

Gennai! – Dessa vez o menino de cabelo espetados arregalou os olhos.

A figura era peculiar e bem mais baixa, com cabelo branco preso em um pequeno rabo-de-cavalo. Vestes vermelhas cobriam o velho branquinho e com aparência de cansado, seus olhos pareciam meio fechados. Ele tinha um grande bigode branco.

 –Sim?

– VOCÊ ESTÁ VELHO!

– Hunf! Escolha melhor as suas palavras... sua... criança. – Ele reagiu meio magoado.

–Er, desculpe aí.

– Gennai, é muito bom te ver! – Cody disse educadamente. – Só nos deixou um pouco confuso.

 Ele suspirou.

–É uma longa história, contarei depois. – Ele se virou para Gotsumon. – Por favor, poderia dar um aviso para a sua aldeia, para mim?

– Claro. O que é?

– Alerta.

– Hein?

– Alerta geral. Pânico. Terror. Desespero. Alerta Vermelho. Morte eminente. Malvado à solta. Todo mundo em perigo. Cada um por si. Fugir para não morrer. – Ele especificou. – Entendeu ou quer que eu desenhe?

– Ah. – Gotsumon piscou assustado, depois se recuperou um pouquinho. – Tudo bem! Darei esse alerta para quem eu puder! Pode contar comigo!

 O velho sorriu.

 –Ótimo.

 Gotsumon desejou boa sorte e saiu correndo.

 –O Digimundo está em perigo, não está? – TK perguntou ao velho Gennai, temendo a resposta.

–Mais do que você pode sequer imaginar.

–Ah não. - Disse Yolei.

–O que exatamente está acontecendo? - Kari perguntou.

– É um pouco complicado... – Ele franziu a testa. – Seu Digimons estão na minha casa. Vamos para lá e tentarei explicar o máximo que eu puder.


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Notas finais do capítulo

Sinto muito, eu sei bem que o nível do capítulo caiu bastante. Estava um tanto sem inspiração, e minha mãe me apressava pra dormir.
Eu não tenho certeza se conseguirei fazer o próximo assim tãão bem, mas depois do próximo... Ah,esse vai ser surpreendente! Já tenho tudinho planejado aqui na minha mente, hehe. Planejando um jeito da minha Fic ficar diferente das outras daqui, e acho que já sei como! Yay! Eu estou começando a achar que a história vai ficar bem legal! Tomara, né? Eu estou adiocionando as notas finais agora, por que eu não tive muito tempo antes.
Até! :)



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