Step Over The Edge escrita por omeomj


Capítulo 2
Can't Be Reality


Notas iniciais do capítulo

Música do Capítulo: Lithium (Evanescence)
~x
"Can't Be Reality/ Não Pode Ser Realidade"
Seria este anjo uma alucinação ou uma realidade?



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A dúvida que restava era o último passo... Me peguei olhando para as estrelas, sorrindo.

–Eu pensei que alguém viria me salvar mas... percebi que sou minha única salvação. Estou errada? Não acho tal. - disse, calmamente, sem perceber as lágrimas que me lavavam o rosto. -"Mais uma vez e alguém vem te salvar..." Só mais uma vez, eu repetia, mas parece que você não me ouvia clamar por ajuda. Mas tudo bem, acho que todo esse tormento era saudades de casa. Pai, eu vou pra casa... - sorri, tão focada neste último momento, chorando porém sorrindo, que não percebi que alguém havia chegado. Levantei a perna sutilmente, me preparando para pular e fechando os olhos, mas meu corpo tomou um romo inesperado. Ao invés de ir em frente e cair, pelo leve passo que dei, braços fortes e suaves me envolveram.

Senti que a respiração de quem quer que fosse a pessoa que me impedira de pular estava descompassada. Não estava preparada para tal beleza que vi quando me virei. Os olhos mais azuis, a pele mais suave, o rosto mais perfeito...

Seria esse anjo uma alucinação ou realidade?

Concluí que meu Pai havia sido piedoso e me impedido de sentir a dor e o desespero da queda e que eu simplesmente estava no Céu, com um lindo anjo me segurando em seus braços.

–Você está bem? -ele me perguntou, sua voz soando levemente familiar e suave como veludo negro. Seu cabelo e o capuz que usava entravam em forte contraste com sua pele clara. Ele estava preocupado.

–Sim, eu.. It didn't hurt. -eu comecei a dizer, mas parei e murmurei comigo mesma. Não tinha doído. Ele me observou como se tivesse medo de que eu fosse escapar da proteção de seu abraço e pular do topo do alto prédio.

–O quê? -ele perguntou, levemente confuso porém visivelmente mais calmo, o medo expresso em seus olhos suavemente menor. Ainda preocupado.

–Morrer. Não doeu. -sussurrei com um pequeno sorriso de surpresa no rosto. Ele colocou ternamente uma de suas mãos em meu rosto e um sorriso brincou no canto de seus lábios.

–Você não morreu. -ele me disse. Fiz cara de confusa.

–Então você não é um anjo? -perguntei. Ele riu baixinho.

–Já fui chamado por muitos nomes, mas anjo com certeza é a primeira vez. -ele assentiu silenciosamente pra mim. -Você tá bem?

–Nenhum dano físico. -disse, meu olhar direcionado ao chão, mesmo que qualquer segundo que meus olhos passassem longe dos seus era um desperdício. Ele me abraçou.

–Vamos descer, tomar um café e se você quiser podemos conversar. -ele sussurrou em meu ouvido. Ainda abraçando-o, assenti uma vez e nos viramos na direção da porta de serviço, atravessando-a e tomando o elevador. A claridade da luz que se encontrava dentro do elevador me cegou por um momento mas logo meus olhos se acostumaram á claridade.

–Tem certeza de que eu não tô sonhando? De que isso tudo é real? -perguntei num sussurro após caminharmos por algumas ruas, econtrando um lugar quieto para podermos acalmar os nervos.

–Tenho certeza de que sou real mas tenho me perguntado se você é uma alucinação... Tão... - ele respondeu mas sua voz diminuiu na última palavra, tornando impossível que eu o ouvisse.

Ele abriu a porta de um Coffee Shop calmo, com ar vintage. Uma moça de longos cabelos loiros e olhos castanhos veio nos cumprimentar.

–Olá, sou Meg e vou serví-los esta noite. O que desejam? -ele disse numa suavidade e, por mais que parecesse sincera, o seu tom de interesse no anjo... Quero dizer, homem, que me salvou era óbvio.

–Vou querer um capuccino simples e... -ele começou a dizer e se virou para mim. -O que você vai querer?

–Um capuccino. - murmurei suavemente. Seus olhos azuis me hipnotizam, donos de tamanha magia que talvez nunca tivesse tão concentrada em uma pessoa só. Era como viver em outro mundo, outra dimensão, só de olhar em seus olhos.

–Me desculpe pela falta de modos, nem perguntei seu nome. -ele meneeou a cabeça negativamente, como que para afastar algo de sua mente.

–É Moon. -respondi prontamente. Desde que é possível me lembrar, sempre todos me chamavam de Moon. Michael me deu esse apelido e simplesmente ficou. Ficou porque ele nunca se lembrava de meu nome. As únicas pessoas que sabiam meu nome éramos eu e minha própria mãe, Amelia... Mas ela morreu.

–Sou Jared. -ele disse, pegundo minha mão e levando-a aos seus lábios, deixando ali uma leve beijo. Senti meu coração se acender em algo que nunca pensei antes. Será que cavalheirismo ainda existe? E, se existir, será que eu vou encontrar?

–Como me encontrou? -me encontrei perguntando.

–Sonhei. Quero dizer, tinha sonhado á uns dias atrás com alguém caindo do topo de um prédio e eu tinha ido ao topo do prédio porque... Sempre fui lá quando me sentia confuso ou frustrado com algo.

Seu capuz deslizou para baixo, revelando a face de um dos seres mais lindos que eu já tinha visto em minha vida. Era como se seus olhos brilhassem, seu olhar puxando minha alma cada vez mais para si.

–Tem certeza de que não é um anjo?


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Notas finais do capítulo

Capítulo maior que o anterior kkkk Irei aumentando os capítulos devagar, pra testar meu ritmo escrevendo essa fic...
Pessoal, quem quiser me adicionar no Facebook pra conversar da fic, da banda ou qualquer coisa, o meu perfil é http://www.facebook.com/profile.php?id=100002245579738
Gostaram? Não? Sugestões, críticas, abraços Echelon?
Ps.: Obrigada á todos pelo apoio nessa nova fic e nessa nova família linda que se chama ECHELON! Provehito In Altum ♥



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