A Ilha Marduk escrita por Kori Hime


Capítulo 2
Lições para serem aprendidas


Notas iniciais do capítulo

Ultima parte. Essa historia foi bem divertida de fazer, quem ler, espero que curta.
Problemas de formataçao é culpa do filtro e nao minha, sim eu sei usar paragrafos.



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Antes de dormir, os quatro se reuniram na cozinha logo depois que Luffy fez seu lanche noturno. Já que estavam trocados, Zoro e Sanji iam dormir no quarto das mulheres. Robin e Nami iriam para o quarto dos homens.

— Estou com pena delas. – Disse Sanji, sentado de frente ao espelho do quarto, penteando os cabelos. Nami o fez prometer que ele passaria um creme e pentearia bem os cabelos antes de dormir. Ela ainda o fez assinar um acordo de que pagaria um bilhão de berries caso encontrasse um mínimo arranhão, arroxeado ou qualquer coisa suspeita em seu corpo.

— Pena porque? – Zoro pegou a roupa que Robin deixou em cima da cama, segundo ela, era um pijama confortável para usar ao dormir. Ele pensou um pouco antes de tirar a camiseta e vestir a do pijama e depois a calça. Era mesmo melhor para dormir, o tecido mais largo e confortável. Deitou na cama e puxou o cobertor, colocando as mãos atrás da cabeça e olhando para o teto de madeira, pensando em como resolveriam aquela situação. Estava pensando em milhões de coisas ao mesmo tempo, seria então assim que o cérebro de Robin funcionava? A diferença é que ela tinha controle sobre ele.

— Passar a noite no quarto com os outros. Estão acostumadas a dormi aqui sozinhas.

— Não posso fazer nada quanto a isso. – Zoro já sentia o corpo relaxar, e o sono chegar de mansinho, os pensamentos se dissiparem e aos poucos entrar naquela gostosa sensação que temos antes de dormir. Até levar um susto sentindo um peso pular sobre seu corpo. Ele abriu os olhos e viu o rosto de Nami na sua frente, com um sorriso que nem em mil anos seria dela. Aquele sorriso tinha outro dono.

— Já que estamos aqui, num quarto particular. Só nós dois...

— Nem pensar. – Zoro girou na cama ficando de costas para Sanji, que caiu para o lado. Mas ele não desistiu. Enfiou-se embaixo da coberta, abraçando-o pela cintura, acariciando-o por dentro da camisa do pijama. Sentindo a silhueta fina que Robin possuía. – Tira a mão daí. Esse corpo não é meu. E muito menos seu.

— Você não está curioso? – Sanji insistiu, subindo em cima de Zoro. O corpo de Nami era perfeito, assim como o de Robin, elas se encaixavam como uma luva juntas.

— Que tipo de maníaco pervertido é você? – Zoro se levantou da cama. – Eu não vou fazer isso no corpo dela.

— Vai me dizer que você nem tirou uma casquinha na hora do banho? – Sanji sentou-se na cama. – Ficou olhando no espelho?

— Não! Tomei banho de olhos fechados. – Zoro cruzou os braços. O perfume de Robin e Nami se espalhavam por todo o quarto, ele nunca tinha parado para prestar atenção no cheiro. Mas agora era muito evidente, já que estava num espaço fechado onde somente elas ficavam. Sabia que o cheiro mais adocicado era o de Nami, porque quando esteve ali com Robin, ela cheirava a cravo ou algo parecido.

— Impossível. Então você não tomou banho direito. Passou sabão nos lugares certos?

— Eu não vou aderir a sua perversão. – Zoro caminhou até o espelho. – Se eu me interessasse por um corpo feminino, eu não tinha ido atrás de você.

— Hmm... – Sanji se jogou na cama, Zoro olhou-o pelo espelho. – Vai me dizer que nunca sentiu atração por uma mulher? – Sanji esticou as pernas de Nami para o alto, ela era bem flexível. Com certeza se fosse em seu corpo natural, Zoro acharia a cena patética e medonha.

— Elas não são qualquer mulher. São as nossas nakamas. Tenha um pouco de respeito.

— Eu tenho muito respeito. Amo as duas. – Aquela cara pervertida que Sanji fazia, deixava o rosto de Nami assustador. – Vai saber o que elas duas estão fazendo agora? Você viu o beijo que a Nami deu na Robin naquele casarão? Então.

Zoro pensou um pouco. Mas ainda era perversão elevada ao máximo, e ele prometeu a Robin que cuidaria bem dela. Afinal, ele tem ou não palavra?

Sobre os protestos de Sanji, ele decidiu ir dormir. Quando o cozinheiro tentou novamente atacá-lo por debaixo do cobertor. Zoro conseguiu criar várias mãos, fazendo o corpo de Nami rolar para a outra cama. Cobriu com o cobertor e passou a mão nos cabelos ruivos, dando boa noite.

— Isso não vale! – Resmungou.

— Boa noite cook. – Zoro sorriu, achando bem útil e divertida a habilidade da arqueóloga.

Foi preciso menos de meia hora para que Nami não aguentasse mais a sinfonia de roncos dentro do quarto masculino. Antes que ela socasse todo mundo, Robin decidiu saírem do quarto. Nami preparou um chá, com bastante facilidade, aproveitou e assou alguns biscoitinhos. Robin estava com fome. Estava com muita fome. No jantar comeu pouco, mas depois percebeu que para manter um corpo daquele tamanho que era o de Zoro, precisava ingerir mais calorias. Ela atacou os biscoitos que Nami fez, tomou todo o chá, enquanto Nami lutava contra aquela necessidade absurda de fumar um cigarro. Mas não iria ceder aos caprichos do corpo de Sanji. Ela cortou umas tirinhas de cenoura, e comeu-as, segurando entre os dedos como se fosse um cigarro de verdade.

— Eu queria dormir, e acordar no outro dia, descobrindo que tudo foi um pesadelo. – Nami prendeu a franja que caía no olho, com uma fivela. O cabelo, apesar de curto, estava preso nas pontas com um elástico, e todos cheio de fivelas para segurar as pontas.

— Vamos aproveitar para adquirir experiências. – Robin falou como uma verdadeira estudiosa.

— Que tipo de experiência posso tirar disso? A única vantagem até agora foi a de não precisar sentar para fazer xixi. Mas mesmo assim mirar certo parece ser um processo desenvolvido ao decorrer dos anos.

Robin sorriu. Nami achou engraçada aquela risada, não era sempre que via e ouvia Zoro rir daquele jeito tímido, característica da arqueóloga, ela sentiu medo caso não desse certo, e passassem o restante da vida cozinhando peixe, não desmerecendo o trabalho de Sanji, ela o respeitava bastante, sua força e a sua dedicação com o bando.

Nami sentou ao lado de Robin, sentindo o cheirinho gostoso do creme de baunilha e o perfume de cravo. Pegou sua mão, grande e cheias de marcas. Passou o dedo no corte do olho, e depois sentiu aquele arrepio percorrer seu corpo, da mesma forma que ocorreu no casarão, e um desejo insuportável de beijá-la, beijá-lo. Essa característica seria de quem? Dela ou de Sanji?

Robin pensava na mesma coisa.

— Seria loucura eu me sentir atraída por você no corpo do Sanji?

— Eu estava pensando na mesma coisa. Se eu me sinto atraída por você dentro do corpo do Zoro, quer dizer que eu gosto de homem?

— Não acho difícil gostar dele. É um homem bonito.

— Ah! É mesmo? – A sobrancelha enroladinha ficou mais curva no centro, e um sorriso mais descarado surgiu nos lábios de Sanji, mas Robin conseguia enxergar o sorriso de Nami transparecer ali. – Você andou abusando do corpo do Zoro enquanto tava tomando banho é?

— Não me olha assim. Eu não fiz nada que uma pessoa normal não faria.

— Safada!

Elas riram, tentando não fazer muito barulho, já que as risadas eram grossas e altas. Resolveram procurar algum lugar para dormirem, sem que ninguém as incomodassem. Logo de manhã, assim que abriu os olhos, Nami deu de cara com seu rosto. Ela levou um susto porque havia sonhado que tudo aquilo era um pesadelo sem graça, e que as coisas já tinham voltado ao normal. E se o seu rosto estava em outra pessoa, ela ainda era Sanji.

Sentou e espreguiçou-se, dormiram no chão da sala de observação.

— Que horas são?

— Muito cedo, ninguém acordou ainda. – Sanji olhou ao redor, as cosias estavam bem desorganizadas. – O que aconteceu aqui?

— Nada. – Nami sorriu, Sanji conhecia muito bem aquele sorriso na cara dele. Robin acordou estalando todo o corpo, dando bom dia. E aquela cara de Zoro ele também conhecia melhor do que qualquer coisa no mundo.

— Vocês passaram a noite muito bem não?

— Sim. – Nami se levantou, e pegou a camisa jogada em cima de uma cadeira, vestindo em seguida e abotoando. – Você deve estar acostumado a dormir no chão, porque eu não senti nenhum incomodo.

Sanji trincou os dentes, mas não respondeu.

— Vamos logo, antes que todo mundo acorde.

— Mas e o café da manhã? – Nami ficou preocupada, parecia até Sanji.

— Eu comprei pronto e deixei tudo na cozinha. Assim não perdemos tempo. – Eles deixaram o navio e voltaram para o casarão. Zoro já estava lá, ele decidiu ir primeiro para vistoriar o lugar e quem sabe achar algo que poderia dar uma resposta para todas as suas perguntas. Encontrou um baú com diversas partituras, deveriam ser as músicas dos fantasmas. Lembrou-se de que Robin garantiu ter ouvido uma música enquanto ocorria o vendaval. Quem sabe se aquela música fosse a resposta que procuravam?

Apenas uma pessoa confiável poderia ajudá-los naquele momento. Assim que Sanji chegou com Nami e Robin, Zoro lhes mostrou as partituras, explicando a ideia de trazer Brook para tocar aquelas músicas e quem sabe assim tudo se resolver.

— Eu vou. – Nami sugeriu, mas Zoro achou melhor mandar Sanji, assim Brook viria rapidinho a pedido da navegadora. – Nunca pensei que meu corpo seria uma isca para um esqueleto.

Ela lamentou.

Sanji teve um trabalhão em despistar todo mundo e levar somente Brook, mas conseguiu. Ele estava bem animado, levando seu antigo violino. Era impossível dizer não a navegadora do bando. Sanji agiu exatamente como Nami, quando o esqueleto fez piadinha bobas. Chegaram ao casarão e assim que entrou no local, Brook sentiu um arrepio da cabeça aos pés. Ele ficou tenso, porque aquele lugar estava abandonado, e tinha medo de encontrar um fantasma. Ora essa, esqueceram que o músico do bando morre de medo de fantasmas, e o leva justamente para uma casa assombrada.

— Oh! Todos estão reunidos aqui. É algum tipo de sociedade secreta? Eu vou participar também?

— Sim, mas antes precisa tocar essas músicas. – Zoro entregou as partituras para Brook, que acreditava que ele era Robin, mas no fundo, alguma coisa dizia que ela estava muito estranha, não só pelo cabelo bem preso com um coque de péssimo gosto. Era interno, como se seu corpo e sua alma não estivessem completamente conectados. Ele percebeu isso em todos que estavam ali.

Ele deu uma examinada nas partituras, eram notas dificílimas, mas nada era impossível para ele. Pegou o violino, e começou a tocar a primeira música. Nada aconteceu. Na segunda, uma brisa tomou conta do lugar. E na terceira, um vento fraco se formou no salão. Faltavam outras partituras para serem tocadas. Nada do que faziam e falavam dava certo. Decidiram retornar no outro dia, para que o bando não suspeitasse de nada. Brook prometeu não contar a o segredo deles. Ficou com as partituras dentro de seu chapéu.

Uma semana se passou, e eles retornaram ao casarão, havia apenas uma música a ser tocada, a maior de todas, com certeza deveria ser ela.

— Está faltando alguma coisa. – Robin caminhou pelo salão. – Vamos ficar no exato lugar em que cada um estava quando o vendaval acabou, porque não foram nossos corpos que mudaram de lugar, e sim as almas. – eles se posicionaram corretamente, Nami e Robin perto da pilastra, Zoro e Sanji próximos a janela.

— Yohohoho, eu senti que tinha algo errado aqui, desde o primeiro dia em que pisei os pés nessa casa, minha pele se arrepiou toda. – ele estremeceu dos pés até o último fio de seu black power. – Apesar de não ter pele. Yohohoho.

— Certo, o que mais dizia na história? – Nami perguntou para Zoro que estava com o pedaço de jornal. Ele tirou o papel de dentro do bolso e leu novamente. – Querendo ao mesmo tempo divertir e dar uma lição. O que isso quer dizer?

— O que nós aprendemos com essa experiência. – Robin sugeriu.

Enquanto eles pesavam, Brook iniciou a nova partitura, a canção era similar a que eles ouviram no vendaval. Mas tudo ainda estava muito calmo.

— E se isso fosse uma pegadinha? E se esse tempo todo não fosse uma lição que deveríamos aprender? – Zoro pegou novamente o jornal. – Tem um pedaço rasgado aqui, a continuação do texto, a que não temos ideia do que seja.

— Nunca iremos saber o que tem nessa parte, reviramos todo o casarão atrás de alguma pista e não achamos nada além de móveis, e as partituras. – Sanji coçou o queixo, sentindo falta de sua barbicha. Leu novamente o jornal. – Passam por uma aprovação tão grande, que ao final, eles poderão se conhecer melhor e …

— Nos conhecer melhor... – Nami olhou para Robin.

— Mesmo que não estivéssemos em nossos verdadeiros corpos. – Robin concluiu.

— Uma aprovação tão grande. – Sanji continuou.

— Nós passamos por uma aprovação maior para poder nos conhecemos melhor, e no final, aprendemos as habilidades de cada um, talvez essa seja a resposta. – Zoro sentiu um calafrio no pescoço, a fita que prendia os longos cabelos negros desatou sozinho e deixou os fios escorrerem nas costas dele. – Que maluquice é essa?

— Você resolveu o caso, Zoro. – Robin sorriu, sentindo o vento entrar pela janela, e a música que Brook tocava no violino soar mais alto por todo o salão, assim como o vento que girava como um furacão, erguendo-os como da primeira vez. Robin fincou a espada na pilastra segurando Nami pela mão. Zoro usou várias mãos para segurar Sanji e Brook que tocava o violino.

Logo que o vento se dissipou, eles caíram no chão, as janelas não se fecharam dessa vez. Estava tudo bem claro quando eles abriram os olhos. A primeira coisa que Zoro fez foi levar as mãos a cintura em busca de suas espadas. Ah! Lá estavam elas. Assim, teve coragem de abrir novamente os olhos, Sanji estava ao seu lado, com aquele tanto de fivelas segurando sua franja, Zoro não tinha certeza do porque aquilo nele ficava mais ridículo de quando a alma de Nami estava ali dentro. Riu.

Sanji tirou as fivelas do cabelo, e passou a mão no queixo, sentindo a barbicha. Ficou feliz porque Nami não tirou, como ameaçou diversas vezes na semana. E a sobrancelha estava intacta também.

Robin respirou fundo, ela sabia que tudo estava em seu devido lugar, mesmo sem precisar abrir os olhos. Sentiu os lábios de Nami roçar nos dela. Era tão bom, sua pele macia e cheirosa. Diferente de quando se beijaram as diversas vezes quando estavam no corpo dos rapazes, roçando os pelos do rosto de Sanji no seu, e o beijo era tão louco e cheio de choque.

Nami sentou nas pernas de Robin, que continuou deitada no chão olhando a ruiva. Sentira muita saudade de olhar aquele rostinho dela.

— Meu corpinho lindo. – A ruiva se abraçou. – Como eu te amo corpinho lindo.

— Brook, obrigado. – Robin se levantou com a ajuda dele, assim que Nami saiu de cima dela, dando piruetas pelo salão feliz, junto com Sanji. – E Zoro, obrigado também.

— Eu só consegui porque tava usando seu cérebro.

— Não é verdade. Precisou conectar nosso corpo e alma para isso. E você fez muito bem.

— Tudo acabou bem Yohohoho. Podemos agora voltar para o navio e comemorar?

Antes de sair, acharam melhor fechar bem a casa trancando portas e janelas com madeiras pregadas, e além disso, fizeram uma placa de “Perigo, não se aproxime”. Talvez isso fosse afastar os visitantes da ilha que viessem a passar pela mesma experiência que eles.

Iniciaram uma festa assim que retornaram para o Sunny. Não precisavam exatamente de um motivo para beber e cantar, por isso ninguém questionou o motivo da festa. No outro dia, Nami espreguiçou-se, estava no observatório do navio, na companhia de Robin, mas dessa vez sentia umas dores terríveis nas costas. Robin prometeu uma massagem logo depois do banho, deixando a navegadora mais contente.

No quarto feminino, Zoro acordou antes de Sanji. Eles só passaram a noite ali porque foram expulsos do observatório, que costumavam ficar a sós. Como não haviam outros lugares para ficarem, foram para o quarto delas, era justo. Mas, era melhor eles trocarem os lençóis, ou teriam que aturar uma navegadora muito irritada.

Sanji forrou a cama, enrolando os lençóis para lavar. Ele abraçou Zoro que se olhava no espelho, satisfeito por voltar a velha forma.

— Depois dessa semana seu cabelo parece mais macio. – ele enfiou os dedos nos fios esverdeados. Estava mesmo. – Se fosse você, mantinha a rotina da Robin-chan.

— Não vou usar creme de mulher. – Zoro fechou a cara, cruzando os braços, deixando os músculos aparecerem salientes.

— Sabia que existe creme para homens também?

— Frescura!

— Não seja um ogro. Admita que assim é bem melhor. Eu gostei.

Zoro girou os olhos, a última coisa que queria pensar naquele momento era em cremes, perfume e depilação. Chega de mudanças pelos próximos tempos. Ele virou, e abraçou Sanji, esfregando a boca no queixo dele. Não queria trocar aquela sensação por nenhuma outra.

Brook estava tomando chá, sentado no balanço, relaxando admirando o céu azul. Nami e Robin apareceram e perguntaram onde estava o restante do bando, ele disse que deram uma saída para explorar mas que logo voltavam. Elas não deram muita importância a saída deles, porque acreditavam que estavam seguros na ilha.

Luffy segurou o chapéu na cabeça, quando subiu omu ro alto com um portão de metal. Ele olhou a propriedade achando tudo muito misterioso, principalmente quando leu a placa de Perigo. Usopp achou uma péssima ideia ele invadir o lugar, Chopper também não queria entrar na casa dos outros sem permissão. Franky concluiu que aquele muro e o portão de metal era uma construção recente, diferente da casa. Então, era possível que o lugar estava abandonado, e apenas foi colocado a placa para que possíveis arruaceiros mantivessem afastados do imóvel.

— Mas somos piratas, e não arruaceiros. – Luffy decidiu que queria conhecer aquela casa misteriosa.

— Acho que não tem problemas, se você não incomodar alguém, se a casa esta vazia. – Franky abriu o portão. Ussop e Chopper só entraram porque não queriam ser pegos por alguém ali do lado de fora.

— Hey! Tem uma frestinha aqui na janela que dá para ver la dentro. – Luffy acenou, ele já tinha cortado todo o jardim do casarão com sua elasticidade. Olhou pelo buraquinho e viu um salão enorme, cheio de móveis antigos e um espelho preso na parede. – Nossa! Que lugar bonito. Franky, consegue abrir uma das janelas de madeira sem quebrar?

— Claro. Eu posso tudo com esse corpinho que projetei. – Ele abriu sem dificuldade, e todos entraram. Franky acendeu uma das luzes de seu corpo, iluminando todo o salão.

— Encontrei uma coisa. – Chopper pegou um pedaço de jornal antigo esquecido no chão, ele começou a ler. – A segurança do lugar é feita pelo famoso pirata Shanks.

— Shanks esteve aqui? Legal! – Luffy estava excitado com aquela notícia, ele tinha certeza de que a Ilha Marduk era misteriosa. – Ouviram essa música?

— Sim. – Usopp ficou atrás do capitão. – Estou sentindo também um calafrio.

— Para falar a verdade, eu também. – Chopper pulou em cima de Franky.

— Relaxem, somos homens, um ventinho de nada não vai nos botar medo.

Assim, uma melodia tomou conta do salão, junto com um vendaval que ergueu do chão os móveis e também outros quatro membros do bando do chapéu de palha.




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