Eu levantei, troquei a minha roupa, fiz minha higiene, e desci para fazer o café da manhã, já que a mamãe não estava em casa, não sabia se o Jason tinha dormido em casa. Eu olhei para a mesa vazia e senti falta das manhãs calorosas em família. Eu olhei para as fotos na parede e vi uma foto minha, do Nico, da Annie, do Percy, do Clari e do Chris. Eu peguei aquela foto, e comecei a olha para o Nico, o que eu iria fazer? Dar uma chance a ele, ou deixar tudo como tava... Eu iria esperar ver o que ele tinha pra falar comigo.

“Pensando na vida, maninha.” O Jason estava de terno, com o cabelo penteado para trás, se achando o executivo.

Eu abri um sorriso “Quem me dera eu ter uma vida pra pensar.”

“Drama a essa hora da manhã?”

“Cadê a Pipper?” Eu perguntei percebendo que ele estava sozinho.

“Na casa dela, nem todos tem vida universitária como você, vida de gente grande as pessoas trabalham sabia” Ele sorriu.

“E você? não era pra estar trabalhando?”

“Eu pedi um folga hoje de manhã, tenho uma reunião importante.” Ele fez cara de nojento.

Eu levantei e arrumei a gravata dele que estava torta. “Se achou muito importante agora.”

“Eu não me acho eu sou.” Ele me deu um beijo no rosto “Tchau”.

“Tchau, Boa sorte ok”

Sozinha de novo, era assim que eu me sentia naquele momento e eu voltei a pensar no Nico, será que eu estava gostando do meu melhor amigo? Era um amor que não poderia dar certo, uma amizade não pode virar amor da noite para o dia.

O meu celular começou a tocar, e eu não o achava, fui seguindo o barulho e sabe onde ele estava? Na geladeira, eu mato o Jason.

Era o Nico que estava me ligando.

“Oi”

“Oi Lia” Eu notei que sua voz estava estranha tipo meio triste.

“O que aconteceu você parece triste?”

“Você esta em casa?”

“Sim, por quê?”

“Precisamos conversar, estou passando ai daqui a dez minutos.”

“Ok”

Eu pensei em me arrumar, passar maquiagem, colocar uma roupa melhor do que o pijama, mais ele era meu melhor amigo, já tinha me visto assim milhares de vezes.

A capainha soou.

Eu estava gelada e muito nervosa. Eu abri a porta, ele estava definitivamente lindo, estava com uma calça jeans e uma blusa xadrez meio aberta e com a manga dobrada até metade do braço.

“Oi Nico, entra.”

“Oi Lia” Ele foi me dar um beijo na bochecha mais pegou no canto da boca.

“Você ta linda”

“Sério? Eu to de pijama, com o cabelo armado, o rosto inchado e eu estou linda?” Ele sorriu

“Você esta sempre linda”

“Ta bom então” Eu sabia que estava completamente vermelha agora.

“Agente precisa conversar”

“Pode falar” Nós nos sentamos no sofá.

“Ontem foi o melhor dia da minha vida” Eu não contive um sorriso bobo. “Eu senti por você um coisa que eu não consigo explicar” O meu coração acelerou. “E hoje meu pai me ligou, e disse que eu vou pra Califórnia amanhã cedo, para começar a aprender minhas funções na empresa automobilística.” Eu percebi que ele estava nervoso.

“Nico, eu...” ele não me deixou falar

“E eu sei que você quer ser medica, e trabalhar aqui. E eu vou ter que ir, mas eu não queria te deixar...” Ele mexia nas suas próprias mãos.

“Não tem mais, Nico, vai segue seu caminho... nós nunca vamos deixar de se falar... Você é o meu melhor amigo, nem se quisesse iria se livrar de mim”

Ele olhou para mim, riu e me abraçou forte.

“Eu tenho que ir arrumar as coisas.” Ele segurou meu rosto e me deu um beijo na testa.

Eu concordei com a cabeça. Ele se levantou e foi andando até a porta eu fui logo atrás dele.

“Nico” Ele estava já na porta de costas para mim.

“O que?” Ele se virou.

Eu o puxei pela gola da camisa e dei um selinho nele “Vou sentir sua falta”

Ele deu um sorriso, colocou a mão na minha cintura e me puxou para junto dele. “Acho que eu consigo arrumar as coisas com 5 minutos a menos.”

Nossos lábios se tocaram esse beijo não era calmo, muito pelo contrario tinha uma certa urgência. Eu envolvi meus braços ao redor do pescoço dele, passando a mão em seu cabelo. Como um instinto fomos andando até o sofá onde sentamos logo depois nos deitamos, ele estava em cima de mim, o beijo logo se transformou em desejo, uma de suas mãos foi para minha perna, até que alguém bateu na porta.

“Thalia abre a porta, é o Jason eu esqueci a chave.”

Nós nos levantamos e nos arrumamos

“Já vou Jason”

“Eu já vou indo, Lia” ele me deu um selinho

“ta bom me liga amanhã ok”

“ok”

Eu fui na frente e abri a porta o Jason entrou, e o Nico saiu, eu fui até o lado de fora com ele.

“Tchau”

Ele se virou e veio rapidinho e me deu um beijo na testa

“Tchau” Eu abri um sorriso.

Eu entrei em casa e o Jason estava de braços cruzados olhando pra mim, eu achei aquilo SUPER estranho.

“O que foi?” Eu perguntei confusa.

“Você estava aqui, sozinha com o Nico”

“E qual o problema, virou o papai agora?” Eu me sentei no sofá.

“Não, só to cumprindo o meu papel de irmão mais velho” Eu ri alto com o que ele disse, e ele me olhou com uma cara feia. “O que vocês ficaram fazendo?”

“Conversando...” Eu sorri pensando na nossa conversa “Não vou ficar aqui discutindo com você por causa disso.”

Eu subi para meu quarto e me joguei na cama. Quando recebi uma mensagem da Annie, perguntando se eu estava bem. Como se ela já soubesse do que aconteceu.

A Annie podia ter todos os defeitos do mundo, mais parece que ela sempre sentia quando alguma coisa estava errada.

O resto do dia eu não fiz nada de importante, minha mãe me ligou perguntando se eu estava bem, a sua voz era de choro, eu sabia que ela não estava bem, mas minha mãe era muito parecida comigo, ela preferia não mostrar que estava triste para que nós não ficássemos mais zangados do que já estávamos com o papai.

O final da noite foi calmo, o Jason saiu com a Pipper, e eu fiquei horas com o Nico no telefone. Não tinha mais nada para fazer, eu já estava apegada a ele, eu estava apegada como nunca fiquei por ninguém antes. E o pior é que ele ia embora amanhã.

De noite eu estava super agitada, e preocupada, mas consegui dormir.

Acordei de manha cedo com uma mensagem do Nico  ‘precisamos conversar sobre ontem,foi ai na sua casa antes de ir para casa do meu pai.’

Não demorou muito e ele chegou.

“oi Lia” ele me abraçou

“Oi” eu sentei no sofá e ele sentou no meu lado “Sobre ontem eu acho melhor a gente esquecer, e continuarmos sendo apenas amigos, porque você vai se mudar e agente vai continuar se falando mais apenas por telefone, e eu não quero atrasar a sua vida.”

“Você nunca vai atrasar, a minha vida, mas é capaz de eu não voltar mais. E você não pode fica me esperando por anos, então é melhor nós continuarmos amigo.”

O celular dele tocou, era seu pai dizendo que era pra ele ir pro aeroporto agora, porque o vôo iria sair daqui à uma hora.

Ele se levantou, olhou pra mim abriu um sorriso, mas sua expressão era triste.Uma lagrima caiu de seu olho.

Eu levantei limpei sua lagrima, dei um beijo na sua bochecha bem de leve.

“Vai, não quero que você se atrase.” Ele me abraçou forte.

”Ta querendo se livrar de mim rápido, né?” ele olhou pra mim e riu.

“Vou te ligar todos os dias, não pensa que vai se livrar de mim tão fácil.”

Ele andou até a porta e depois se virou, me dando um abraço forte, uma lagrima escorreu pelo meu rosto e ele foi embora.