Fuck You escrita por Queen Duda


Capítulo 1
Capítulo 1 - Risking my life


Notas iniciais do capítulo

Gente essa história me deu assim, DO NADA. Então espero que gostem, quero reviews ok?
P.D.V Annabeth.



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— Annabeth — Thalia gritava enquanto corríamos — Você pirou?!

Eu ria sem parar. A mistura de adrenalina e vingança que corria nas minhas veias me dava uma sensação tão boa que as batidas do meu coração acelerado eram música para os meus ouvidos.

— Não mesmo, ele mereceu. — fui obrigada responder, mesmo com a respiração ofegante. Um dos saltos que eu usava no início da noite escorregou da minha mão e eu não pude me importar menos. Continuei a correr.

O beco era escuro e silencioso, era tudo que eu precisava para não ser pega. Mas Thalia não parava de falar, assustada, o que acusava onde estávamos. Não demoraria para que ele nos encontrasse.

— Não acredito que você roubou a chave do carro dele. — ela falou aquela frase pela quinta vez, com a mesma admiração e medo na voz — Percy Jackson é o maior valentão da escola!

— Cala a boca!

Um muro se projetou na nossa frente e eu xinguei. Não tinha saída.

— Para onde vamos, Annie?!

Eu parei para pensar, mas não conseguia. Não havia para onde correr, mas ainda havia a possibilidade de nos esconder. Caixotes de frutas estavam empilhados próximo ao muro e eu calculei que caberíamos nós duas ali atrás.

— ANNABETH CHASE!  — ouvi a voz inconfundível de Percy — Idiota — Jackson, cada vez mais próxima.

— Vem aqui e faz silêncio.  — eu sussurrei e puxei Thalia para trás dos caixotes.

Podíamos ver a figura de Percy e seus amigos, Nico e Luke. Eles entraram no beco e olhavam por todos os lados. Sorte que eles eram burros mais para pensar que poderíamos ter nos escondido.

— Elas foram.

— É, Percy, desiste. — Luke bufou.

— Não podem ter ido! Não tem saída! — Percy estava bravo, cada palavra bufava de raiva — Como eu deixei isso acontecer?!

— Cara, não tem saída. Vamos pra casa e amanhã você resolve isso.

— Essa vadia me paga.

Esperamos quietas até eles desaparecerem de vista e o barulho de vozes e passos cessarem, em seguida, começamos a rir de alivio e felicidade de mais um plano concluído.

A eterna briguinha entre nós dois estava ficando cada vez mais pesada e eu não estava gostando do rumo que as coisas estavam levando.

Mas, em minha defesa, ele quem começou tudo isso. Eu só revidava. Vivíamos nesse jogo sem fim desde o primeiro dia de aula na maldita HB High School, em que ele derramou coca cola na minha blusa branca deixando-a transparente e meus peitos amostra para quem quisesse ver. Aquele foi o pior dia da minha vida e também, o melhor. Percy Jackson me mudou para sempre e ele nem sabe disso.

— Você é louca, Annie!

— Sério? Nem sabia!

— E o que vai fazer com a chave?

Sorri, chegando ao ponto que eu queria. Olhei para a chave do carro caríssimo de Percy com um chaveiro bem ridículo da empresa do pai dele e alarguei o sorriso jogando-a para detrás do muro.

— Que chave? — perguntei, recebendo um balanço de cabeça desacreditado como resposta. — Vamos para casa, está tarde.

Ela concordou, quando fizemos nosso caminho de volta para a festa. Entrei no carro de Thalia, sentindo-me cansada de toda correria e o caminho de volta para casa foi silencioso. Thalia estacionou na frente da sua casa que ficava ao lado da minha e nos despedimos. Procurei a chave reserva que ficava detrás de um vaso e abri a porta de casa, silenciosamente. Meu pai e minha madrasta não poderiam saber que eu cheguei tarde, eu não precisava de mais um motivo para que eles descontassem suas frustrações em mim. Subi até meu quarto da maneira mais silenciosa que eu consegui e tirei a roupa da festa jogando em um lugar do quarto e entrei no banheiro. Após um banho quente, vesti apenas uma blusa cinzenta que ia até a metade das coxas, ultimamente estava calor e eu gostava de dormir confortavelmente.

Meu celular em algum lugar do quarto estava fazendo um barulho terrível e soltei um muxoxo de reprovação enquanto caminhava até ele, entretanto, não completei meu percurso porque uma figura parada na minha janela chamou minha atenção. Assustada, coloquei a mão sobre a boca para impedir que fizesse algum barulho, mas tinha certeza que todos na casa poderiam escutar meu coração batendo naquela frequência.

Percy Jackson estava parado com um sorriso de lado, pronto para sua vingança. E eu não poderia fazer simplesmente nada.

— Você acha que sou burro, não acha, Annabeth? — ele sussurrou, aproximando-se. O sorriso de escárnio era presente nos lábios. — Mas eu não sou. E é bom que saiba que eu quero minha chave de volta ou você terá a pior experiência da sua vida.

— O que pensa que vai fazer? — perguntei ríspida.

— Primeiro a chave.

— Não estou com ela.

— Muito bem. — ele sorriu, chegando mais perto de mim. Uma de suas mãos apertou minha cintura e a outra, colocou meus cabelos para trás da minha orelha. Ali, ele depositou um beijo antes de continuar — Então espere sua vingança.

E ele se afastou, ainda com o sorriso inabalado, e se dirigiu a janela, sumindo por ela em seguida.

E eu fiquei ali, estática. Porque parte de mim não queria que ele tivesse se afastado nunca.

Ri de mim mesma convencida que eu apenas estava em choque, correndo para a janela e fechando-a. Naquela noite, eu não consegui dormir. 

(...)

Abri os olhos com o toque do despertador e quase chorei com a constatação que eu teria, mais uma vez, que ir para a aula de ressaca. Eu não havia dormido a noite inteira, mas as lembranças da madrugada, de alguma forma, me deixaram bastante desperta. Levantei da cama com uma desconhecida ansiedade e entrei no banheiro, me dando ao luxo de demorar no banho porque cada músculo do meu corpo estava tenso de excitação ao lembrar-se do rosto de Percy perigosamente próximo ao meu. Vesti uma calça jeans escura e uma blusa preta de imenso decote da Victoria Secrets, com o nome “PINK” escrito em um rosa quase neon, calcei sandálias rasteiras e me olhei no espelho, pensando no que fazer com meus cabelos. Eu estava preocupada com a minha aparência, gostaria de estar bonita, em especial, para que pudesse dar uma resposta à altura a qualquer revanche que Percy iria me dar.

 E, pela cena ridícula da noite passada, eu sabia bem o que ele queria fazer.

Desci as escadas ainda arrumando os livros dentro da minha mochila e encontrei meu pai sentado à mesa com minha madrasta ao seu lado.

 — Bom dia, Annabeth.

 — Oi pai.

Roubei uma maçã da cesta de frutas e a mordi, deixando a cozinha.

— Está atrasada. — o ouvi gritar, mas não me importei.

Deixei minha casa no instante que Thalia havia deixado a dela, com um sorriso no rosto e ainda trançando os longos cabelos negros.

 — Oi, loira. — cumprimentou, quando me viu.

— Bom dia.

— Quanto bom humor. — ela riu, quando eu me sentei no banco carona, sem muita cerimonia — O que aconteceu?

— Nada.

— Eu mal posso esperar para ver a cara de Percy quando você chegar à escola hoje. Quero dizer, ele não tem nenhuma vingança à altura da sua, não é? Acho que você venceu.

— Eu acho que ele tem sim, Thalia.

— O que quer dizer?

Não respondi. Thalia acelerou o carro no caminho para a escola e tudo que se podia ouvir era o som de uma música qualquer que tocava na rádio. O carro foi estacionado em nossa vaga de sempre, em frente à escola, descemos do carro de Thalia bem a tempo de ver Percy socar o estomago de um garoto e rir. Eu o odiava com todas as minhas forças e por isso não conseguia entender porque meu coração parecia querer fazer festa sempre que via seu rosto.

Então, ele nos viu e um sorriso se abriu, quando ele caminhou em nossa direção, com seus amigos de guarda-costas.

— Bom dia, babe. — ele sussurrou bem próximo a mim, como uma maldita cena de filme — Estava esperando por você.

— Que merda, Jackson. Faça de uma vez o que tem que fazer.

— E o que eu tenho que fazer, linda?

Estapeei a mão que acariciou meu rosto, dando um passo para trás.

— Eu não sei! Faça o que quiser. O jogo acabou para mim. Eu não quero mais saber dessa coisa ridícula que você inventou!

— Não tão rápido Annabeth. O jogo acaba quando eu quiser que ele acabe.

Balancei a cabeça, recobrando os sentidos. Ele estava certo. O que eu estava fazendo? Rendendo-me? Então seria assim, ele me falava algumas palavrinhas naquele tom sedutor e eu me rendia? Não. Eu não era assim. Eu sabia jogar tão bem quanto ele. Se Percy queria jogar, eu jogaria e venceria.

Se ele queria começar aquele tipo de jogo, é bom que se preparasse porque eu o faria perder a cabeça. As duas.

— Então eu desejo a você toda sorte do mundo. Você vai precisar.

Ele sorriu, animado.

— Veremos, babe.


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Notas finais do capítulo

Quero reviews, só para mim saber se é realmente boa, me deixem feliz. (: