No capítulo anterior:

—E quais as novidades?

Meu sorriso desapareceu, agora eu estava ficando um pouco nervosa.

—Bem, não é bem uma coisa boa.

Os dois se entreolharam.

—Tem a ver com os Volturi?

—Mais ou menos.-Respondi.-Mas eles não estão contra nós.

Garrett pegou duas cadeiras em outro comodo e ambos se sentaram.

—Alguma coisa me diz que é uma longa história.

—Bem...-Comecei a explicar desde do início, falei das minhas amigas, principalmente de Carlie e Jake que eram basicamente os que mais corriam perigo, falei um pouco da história de Maria com Jasper e que ela queria me matar justamente para ter um estrago na nossa família e então Jasper não ter outra opção a não ser voltar para seu clã.

Falei da Guerra que se aproximava e do meu noivado.

Os dois não pronunciaram uma palavra até que eu contasse toda a minha história. Quando finalmente acabei de contar a novela da minha vida, Benjamin perguntou:

—Amun sabe disso tudo?

—Não. -Respondi. -Se eu contasse que os Volturi se uniram conosco provavelmente ele fecharia a porta na minha cara.

—Não duvido.

—Sinto muito querida.-Tia falou me dando um sorriso triste.-Parece que sua família sempre se atrai com um novo perigo, isso precisa acabar.

—Isso quer dizer que vão me ajudar?-Perguntei.

Benjamin olhava para logo atrás de mim, me virei sem entender e quase tomei um susto com Amun.

—Você não me contou sobre sua história Renesmee.-Amun falou.

Engoli em seco.

—Desculpe, mas, sabia que sua reação seria mais ou menos como você está agora.

—Bem, sinto muito por você pensar sobre isso, mas não queremos nos sacrificar pela sua família mais uma vez.

Olhei para Benjamin e Tia ainda esperançosa.

—Todos os outros estão indo ajudá-los, qual o problema de irmos também?-Benjamin perguntou.

—Eles tem pessoas suficiente.-Amun respondeu.

—Amun, Carlisle nem pensaria em não ajudar você.-Kebi falou descendo as escadas.

—Os Volturi são perigosos.

—Eles já sabem da minha existência.-Benjamin disse e se levantou da cadeira, claro que ele já sabia do que preocupava Amun.-Nessie, podemos viajar assim que você estiver pronta.

—Sério?-Falei abrindo um sorriso.

—Vamos sempre te ajudar.-Tia falou.

Abracei Benjamin, eu estava tão grata que mal podia agradecer os dois apenas em palavras. Talvez seja por essa razão que eu estivesse co os olhos marejados.

Abracei Tia logo em seguida. Ainda chorando.

Os dois pareciam felizes de poderem me ajudar, Amun continuava parado no seu lugar.

—Eu também vou.-Kebi falou.

Olhei para ela surpresa.

—Kebi.-Amun a alertou.

—O que? Nossos amigos precisam de ajuda. Eles fariam o mesmo por nós.

—Se arranjássemos problemas com certeza. Mas os Cullen não sabem viver em paz.

Kebi fingiu não o ouvir e veio até mim.

—Durma essa noite e pela manhã, nós pegamos o primeiro voo para onde você precisar ir.

—Obrigada.-Falei e logo a abracei também.

—__

Kebi me acordou bem cedo e disse que o voo para Londres estava marcado para daqui a três horas.

Aproveitei o tempo que tinha e liguei para Carlie, ela não me atendeu, então liguei para Lilium que disse que Vladimir já estava ''domado'', seja lá o que isso significasse.

Elas conseguiram pegar um voo próximo do nosso, o que era ótimo.

Parecia que Carlie e Mary estavam em Londres fazia algumas horas, então tudo estava seguindo conforme o plano.

Minha mala ficou pronta em poucos minutos, tomei meu café da manhã no aeroporto e todo o clã Egípcio estava comigo, o que me fazia realizada e esperançosa.

Amun não parava de me encarar, era óbvio que ele não gostava da ideia de lutar com os Volturi, mas não liguei, ele estava lá para ajudar de qualquer jeito.

No aeroporto de Londres encontrei Carlie, Mary, Ashley e Lilium, além dos Irlandeses e Vladimir.

Corri até elas como se eu não a visse a séculos e elas fizeram o mesmo.

Claro que eu fui na Carlie primeiro.

—Eu disse que daria tudo certo.-Ela sussurrou pra mim.

—Eu sei.-Respondi.

Apresentei cada uma delas para os Egípicios, Vladimir me cumprimentou rapidamente e Maggie embora tímida, quase pulou em cima de mim para me abraçar. Ela sabia distinguir quando alguém estava mentindo, por isso aquele abraço foi tão bom, ela sabia que eu não estava mentindo e era ótimo ser a sincera e não a mentirosa.

—Bem, qual é o próximo passo?-Liam me perguntou.

—Texas.-Falei.-Vamos ficar lá por um tempo.

—É, e parece que temos um dia longo aqui em Londres.-Ashley disse olhando a televisão que mostrava os horários para destinos internacionais.

Carlie foi comprar as passagens e nós ficamos sentados nas cadeiras do aeroporto.

Estávamos cerca de uma hora lá, quando meu celular começou a tocar.

Abri o maior sorriso quando vi quem ligava.

—Oi amor.-Falei com um sorriso bobo na cara.

—Meu Deus, como senti falta da sua voz.-Jake falou.

Eu ri. Imaginando-o com o mesmo sorriso que o meu.

—Eu também. - Me encostei na cadeira, aparentemente eu era o centro da atenção. Mas eu já estava acostumada de ser com a minha família, então nem me importei.

—Então, ainda está no Egito?

—Não, em Londres, estou quase indo para o mesmo país que o seu.

—Ótimo!-Ele disse.

—E como vão as coisas aí?

—Sua avó, Elizabeth voltou a aparecer por aqui, ela vai lutar junto com David.

—Estava achando que ela não voltaria mais.

—Bem, pelo menos ela tomou a decisão de ficar com vocês.

—Sério?!Ela virou “vegetariana”?

—Aham, David também.

Mordi o lábio para não gritar dentro do aeroporto,mas mesmo assim comemorei silenciosamente.

—Ótimo.E a matilha?

—Mais preparada do que nunca. Nem lembrava que éramos muitos, mas quanto mais melhor não é?

—Com certeza.-Respondi.-Mais alguma coisa?

—Estão todos treinando bastante e eu estou doido para ver seu rosto de novo.

—Também estou com saudades.-Falei.-Eu estou voltando para casa em pouco tempo.

—E eu estou te esperando.-Ele respondeu.-Preciso ir. Eu te amo Nessie.

—Também te amo, meu amor. Te vejo em alguns dias.

Fiquei esperando ele desligar, mas ainda ouvia sua respiração.

—Você não precisa ir?

—Não quero desligar.

Eu ri.

—Então tá. Rachel está bem?

—Aham. Ela foi para o Havaí ficar com a Rebecca.

—E o Paul? Ele gostou disso?

—É para segurança dela e do bebê então...

—Entendi.

—Tchau amor.-Jake falou.

—Tchau...

Então, infelizmente, ele desligou de verdade.

—---

Depois de algumas horas, eu já estava no Texas.

Tive que ligar para Kate, para encontrar elas e fiquei muito feliz de rever as Amazonas, elas eram as que mais tinham se ''encantado'' comigo quando eu era menor, e eu podia ver que elas ainda tinham o mesmo carinho por mim.

Ficamos bem longe da cidade, e essa era a intenção, iríamos treinar para Guerra também, embora eu fosse uma decepção em luta.

Conforme os dias passavam, eu consegui aprimorar um pouco o meu dom e me reacostumar com ele.

Carlie parecia que mal lutava, ela conseguia ter tantos dons que chegava a ser irritante.

Ela estava tentando pegar o dom do Benjamin, mas acho que ela não conseguiria e ele não deixaria também (muito menos Amun).

Algumas vezes, até conseguimos nos divertir, eu e Carlie já ficamos um dia inteiro esperando todos voltarem da caça, o que era bem chato.

Eu não caçava fazia bastante tempo, então resolvi nem ir junto, sem contar com o fato de que Carlie não poderia ficar sozinha.

Quando faltava literalmente uma semana para irmos para Forks, eu já estava bem melhor em luta, melhor do que eu poderia imaginar, eu conseguia me ver na Guerra, mas só se fosse necessário.

As irmãs de Nahuel, Serena, Maysun e Jennifer eram bem caladas, mas eu pude saber um pouco da história de cada uma delas.

Serena era a mais velha e era a que seguia mais o seu pai, mas atualmente, estava bem distante dele, por algum fato que eu desconhecia.

Maysun era mais próxima a Serena foi ela que cuidou dela toda sua vida, era literalmente uma família.

Jennifer era a mais nova e a mais ligada ao pai, por alguma razão ele era bem mais ''pai'' com ela do que com as outras, talvez fosse pelo que aconteceu com Nahuel, mas elas não tinham certeza.

Todas elas ao contar do pai, existia uma raiva do jeito que comentavam sobre ele, provavelmente ele fez alguma coisa que todas decidiram se afastar dele, até mesmo, Jennifer.

Nahuel sempre odiou o pai, então ele tem vários palpites do que aconteceu, mas nunca vou saber o que aconteceu de verdade.

Viajamos para Seattle um dia antes da guerra e meu nervosismo estava bem-visto por qualquer um, eu tropeçava em qualquer coisa, esbarrava em várias pessoas, não conseguia ficar quieta e sempre tinha que conversar com alguém, tive azar no avião, já que Vladimir ficou do meu lado e ele não é alguém que possa se chamar de amigável.

Mas tirando tudo isso, chegamos no horário certo.

Alice me mandou uma mensagem indicando onde estavam e Nahuel levou todos os que buscamos do mundo todo para lá, não sabia se já estávamos no meio da guerra, ou se tinha ou não começado.

Mas eu estava a caminho da minha casa e não fazia ideia de quem poderia estar por lá.