Carlie´s POV

Estava tão claro, mas quando meus olhos se acostumaram com a tal claridade, eu pude ver o vasto campo cheio de flores.

Eu estava sozinha...

—Carlie...-Essa voz era...-São avisos!

Acordei em um pulo.

Elizabeth.

Avisos?Num sonho?Sonhos!

Acordei Nessie, em plena quatro e meia da manhã, sacudindo-a.

—Que foi Carlie.

—Eram avisos!Os sonhos é claro, eram avisos!

—De quem?-Ela perguntou sonolenta, enquanto Edward e Carlisle entravam no quarto com a mesma pergunta pairada no ar.

—De sua avó, paterna.

—Ela está morta Carlie.-Carlisle e Edward falaram.

—Morreu no dia em que Edward fora transformado.

—Elizabeth!Ela está ¨viva¨!Eu tenho certeza.

Eu tentei pensar no rosto e na voz dela, e Edward arregalou os olhos e disse:

—É realmente ela.

—Voltando aos sonhos...Certo, são avisos, de que?-Nessie perguntou.

—Só você pode saber Nessie, os avisos são para você, você tem que decifra-los.

Nessie´s POV

Abri meus olhos rapidamente e com um pulo eu estava sentada em minha cama suando, olhei para o lado onde Carlie dormia, mas ela não estava lá.

Olhei em volta e percebi que estava na clareira dos meus pais.

Peguei um casaco que estava em cima da minha cama e então comecei a correr por dentro da densa floresta de Forks gritando o nome de Carlie esperando que ela me respondesse.

Então de repente eu estava dentro de casa, mas ela estava toda vazia, nenhum som soava por lá, apenas o vento que passava fazia algum barulho por lá.

De repente pude ouvir uma voz de criança no andar de cima, então comecei a seguir sua voz.

Eu abri uma porta e vi um menino de uns 6 anos com olhos verdes e cabelos de bronze brincando com um carrinho de madeira.

—O capitão Masen já está a caminho General, as tropas chegaram...-O garoto parou e pensou por estante.-Pai quando eu crescer eu vou querer ser um soldado do exército!-O garoto falou olhando para o Pai que lia um jornal.

—Você vai ser o melhor, filho.-A mãe o respondeu recolhendo os brinquedos espalhados pelo chão.

O garoto então me olhou pela primeira vez e assustado correu para sua mãe se escondendo pelo vestido que a mãe usava.

Eu sorri para ele, mas não adiantou ele se escondeu mais ainda.

Ele segurou a mão da mãe a chamando e então ele apontou pra mim.

—Edward!Tenha bons modos não se deve apontar!-Ela disse batendo na sua mão.

Ela se virou para mim e sorriu.

—Renesmee!Meu Deus!Você é linda!-Ela parecia emocionada enquanto me abraçava.

Eu continuei quieta sem saber o que falar.

—Veja os modos!Edward!A visita chegou, agora não é hora de ler jornais!

Só eu estou louca ou o pai e o filho se chamavam Edward?

—Renesmee, este é meu marido Edward e esse menino espertinho aqui é o Edward.

Eu sorri ainda meio confusa.

—Senhorita Renesmee.-O marido da mulher misteriosa falou enquanto beija minha mão.

—Senhor Edward.-Falei.

Ele me olhou irritado.

—É Masen.-A mulher sussurrou no meu ouvido.

—Senhor Masen... Masen?-Eu falei surpresa para ela.-Edward Masen?

—Sim senhorita.

—Eu sou Elizabeth Masen.-Ela falou.

Agora sim tudo fazia sentido.

Eu a abracei imediatamente.

—Oi vovó.-Sussurrei.

Ela riu.

—Carlie já te contou então...

—Eu vou para meus aposentos, não quero ficar ouvindo conversinhas de mulheres por aqui.-O meu avô disse.

Antes que ele saísse eu o abracei forte.

—Mais que ousadia!-Ele falou e saiu do quarto que mais parecia uma sala.

Eu e minha avó rimos.

Olhei para criança que me achava uma louca.

—É... é o meu pai?-Falei.

Ela assentiu.

—Wow...Edward você é muito fofo...-Eu falei apertando sua bochecha.

Ele ficou vermelho de raiva e tirou minha mão do seu rosto.

—Não sou!-E saiu correndo.

—Ok. Concentração. Qualquer hora eu posso acordar...

Minha avó assentiu mais uma vez.

—Que aviso é esse que você falou para Carlie?

—Este casaco, ele é meu, procure-o quem estiver com ele estará comigo,só assim vou poder falar sobre o aviso.

—Ah!Fala sério, vó!Conta agora vai, por favor!

—Eu não posso, isso mudaria muita coisa do que está para acontecer com você e isso eu não posso fazer com meu dom.

Suspirei irritada.

—E enquanto isso de meu pai criança, meu avô que devia estar morto?Isso não devia ser possível certo?

—Não.Ele é completamente certo, isso são lembranças da minha vida passada, nada de errado.

Suspirei.

—Minha mãe ia adorar isso...

—Falando nela como ela é?

—Está com medo de que ela seja ruim?-Eu perguntei rindo.

—Toda mãe tem medo.

—Então pode relaxar Senhora Masen, ela é a melhor nora que você poderia encontrar.

Ela riu.

Começamos a ouvir um barulho irritante e bem forte.

—O que é isso?

—É você acordando.

Ah!Não!

—Nessie, não esqueça o casaco!Encontre-o que você me encontra-rá!-Ela disse.

—Mas como eu vou achar?

—Eu vou lhe dar dicas por sonhos, mas eu tenho que te avisar que essa vai ser a última conversa que nós vamos ter até você me achar!

Eu a abracei.

—Só mais uma coisa, o que a Carlie tem a ver com isso?

—Você não entendeu ainda, você e Carlie nasceram para que cada uma protegesse a outra.

—Vovó!-Eu gritei.

Esme apareceu na porta surpresa.

—Desculpa vó, não era você, era a outra...-Eu falei me levantando.

Eu a abracei.

—Bom dia.-Ela falou.

—Bom dia.

Eu me arrumei rapidamente e desci as escadas correndo.

—Pai!-Eu chamei.-Papai!

—Na cozinha!-Ele falou.

Todos estavam lá, sentados na enorme mesa como se estivesse esperando para comer algo.

—Então, todo mundo resolveu comer hoje?-Eu brinquei enquanto abria a geladeira.

Carlie riu junto comigo enquanto ela também entrava na cozinha.

Meu pai fingiu que não ouviu.

—O que você sonhou desta vez?-Ele perguntou preocupado.

—Relaxa pai, foi um sonho legal.-Falei.-Eu conheci minha avó paterna e meu avô paterno, ah!E o filhinho deles de 6 anos que é a maior gracinha de todos.

Eu apertei a bochecha do meu pai e ele segurou minhas mãos.

—Você viu meus pais?-Ele pareceu surpreso.

—Só um pouco o seu pai, mas eu conversei com a vovó e ela está vivinha tá, ela até me perguntou sobre a nora dela.

Minha mãe deu um sorriso constrangido.

—Sério?-Ela falou surpresa.

Eu segurei sua mão e mostrei o papai quando era criança.

—Ele não era fofo?-Falei.

—Own...-Mamãe falou e nós duas começamos a apertar as bochechas do papai.

—Parem com isso!-Ele falou enquanto todo mundo ria.-Nós estamos falando de algo sério agora, depois vocês podem ficar falando de mim com 6 anos.

Meu pai estava constrangido isso estava na cara.

Eu ri.

—Tudo bem, ela disse que não podia falar sobre o ¨aviso¨ pelo sonho, por que podia prejudicar o meu futuro.Mas ela falou que se eu encontrasse o casaco dela que eu estava usando, nós conseguiríamos encontrar ela,então ela falaria sobre o aviso.

—E como seria isso?-Alice falou.

—Pela pessoa que estiver usando.

—Ah!óbvio!-Emmett reclamou.

—Podia ser pior Em.-Tia Rose falou.

—Como seria esse casaco, querida?-Esme falou.

Suspirei.

—Depois eu mostro para vocês, um por um.-Suspirei já cansada do que faria.

—Foi só isso?-Tio Jasper perguntou.

—Ah!Carlie eu perguntei para ela o que você queria para ela.

—O que você perguntou?-Carlisle falou curioso.

—Eu perguntei o que a Carlie tinha a ver com ¨o aviso¨, mas ela disse uma coisa que não tem nada a ver.

—O que foi?

—Eu e Carlie nascemos para proteger uma a outra, alguma coisa assim... eu estava acordando nessa hora.-Expliquei.

Todos suspiraram.

—Own...Vem cá amiga.-Carlie brincou vindo me abraçar.

Eu comecei a rir.

—Vamos para escola então né...-Tia Rose falou.

—Não esqueçam que vamos comprar nossos vestidos depois da aula.-Alice avisou.

Nós suspiramos.

—Não pode deixar pra sexta-feira não?-Perguntei.-Eu queria aproveitar que acabou a semana de provas e sair...

—Nem pensar!-Alice gritou.-A partir de hoje até a hora do casamento você é minha!

—Alice.-Encarei seus olhos.-Eu não sou a noiva.-Eu falei.

—Graças a Deus!-Meu pai falou.

Carlie riu.

Rolei os olhos.

—Eu sei, mas mesmo assim você sempre será a minha Barbie.

—Você tem a Mary,Kate,Lilium,Carlie e até a Ashley para isso.

—Não!-Ela gritou começando a espernear.-Eu prometi a mim mesma que você sempre será a minha Barbie.

—Mãe.-Eu pedi ajuda.

Ela deu de ombros.

Suspirei.

—Vamos procurar a droga do casaco da minha avó.-Eu falei pegando minha bolsa.

—Na escola?-Alice perguntou.

—Não se pode confiar em NINGUÉM que fica na escola.-Carlie falou olhando para mim.

—Não coloca a Raven nisso tá!-Eu falei.

—Eu não falei no nome dela, foi você.

—Mas com certeza você estava pensando nela nesse ¨ninguém¨.

—Virou o seu pai agora?

—Quem sabe.-Falei irritada.Ouvi a buzina da moto do Jake.-Minha carona chegou.

Então fui correndo até ele.