Eu sou a kunoichi de maior coleção de armas em Konoha, e é por isso que não posso carregá-las direto comigo, então sempre utilizo o Kuchiyose no Jutsu para invocá-las. Para isso tenho de mordiscar fortemente os meus dedos, para que saia sangue. Isso resulta numa mão cheia de dedos com cicatrizes, que, por mais que sejam pequenas e quase invisíveis, são horríveis.

Não sou uma garota muito feliz. Não tenho um rosto bonito como o de Hinata, um corpo bonito como o de Ino nem a mente de Sakura. Família? Bem que eu queria saber o significado disso. Amigos? São poucos... Namorado? Isso está bem longe de eu saber o que é um dia... Amor? Isso eu até sei o que é, mas me dói tanto pensar na pessoa que amo, que sempre evito. Não sou o que aparento ser. Ninguém é o que aparenta ser.

Nunca parei para contar quantas cicatrizes existem em mim; nos meus dedos, na minha mão. Somente o fato de eu não saber quem são meus pais ou então qual a origem de meu clã, me destroem internamente. Antigamente eu até tinha vontade de responder às frases egoístas e dramáticas de Neji, mas nunca tive tanta coragem; ele achava que era ruim não ter pai nem mãe, mas nunca havia parado para pensar que sua colega de time não sabia absolutamente nada sobre suas origens.

O pior de tudo não é isso... O pior de tudo foi acontecer de eu me apaixonar... Eu me apaixonar pela pessoa que eu menos gostaria de sentir um sentimento tão intenso. Talvez fora um erro; até hoje classifico essa paixão como um erro. De tantas cicatrizes que “cultivo”, a maior de todas é a no meu coração, que se ferira por amar demais o gélido gênio Hyuuga... Nunca imaginei que poderia existir uma cicatriz tão grande, que quando era ferida, doía tanto.