Herdeiros Do Oráculo escrita por herdeirosdooraculo


Capítulo 2
Primeiros Encontros


Notas iniciais do capítulo

Segundo capitulo da série, espero que gostem. Continuem dando sugestões e reviews.
Negrito: Falas.
Itálico: Pensamentos.



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- Bom dia meu amor! Você vai se atrasar para a aula - Ela ouviu sua mãe.

Ah mãe, ainda é cedo. Não quero ir –  disse irritada. Nossa será que ela não entende que são 6:00 da manhã de uma segunda-feira, eu não preciso ir à escola? Mas se ficar em casa pode ser que ela não me deixe em paz um segundo.
Alexia! Adiante-se, o seu pai tem uma reunião e disse que vai leva-la na escola. - Insistiu a mãe.
-  Tudo bem! – levantou e foi em direção ao banheiro enquanto a sua mãe saia do quarto. - como é chato ter de acordar tão cedo. - Tirou o pijama de seda vermelho, e ligou o chuveiro, e banhou-se na água quente. Quando o banho finalmente acabou, enrolou-se na toalha, e foi para o seu quarto. Abriu o guarda-roupa e pegou uma calça jeans clara, um espartilho vermelho e calçou uma sandália rasteira dourada. Arrumou o cabelo e desceu as escadas, indo direto para a sala de jantar.

Na mesa estavam sentados o seu pai na cabeceira, sua mãe na cadeira lateral e sua cadeira vaga ao ladoda dela -  É meio estranho, pois estamos sempre tão juntos e nunca temos tempo para conversar. -  Sentou-se, pegou seu copo de suco de frutas, um biscoito e comeu rápido.

Bom dia Alexia, demorou a se arrumar, acho bom se adiantar aí, pois já estou de saída, se não quiser ir com o ônibus escolar acho bom acabar. - Enquanto o seu pai dedicava segundos do seu valioso dia para apressa-la, ela deixei o café-da-manhã todo na mesa, pegou sua bolsa e saiu correndo em direção a porta que ele segurava fazendo cara de impaciência, a qual ela já estava mais que acostumada.
Entrou no carro, colocou o cinto de segurança e plugou o fone ao seu celular. Passou o caminho todo ouvindo uma seleção de músicas que modificava todo dia. O caminho até a escola é meio longo, e de presente estava incluido o engarrafamento no qual seu pai resolveu entrar.

Após quase uma hora, chegou à escola. -  Ah que saco! O ônibus escolar já tinha chegado e entregado aquelas aberrações que se dizem alunos, eles não deveriam existir, não servem para nada mesmo. Mas já estou atrasada, é melhor correr para pegar o meu horário e ir para a aula, provavelmente chata, que me arranjaram. - Saiu correndo feito uma louca pelos corredores da escola, chegou até a secretaria e viu uma mulher com aparentemente 30 anos, com cabelo ruivo preso para trás em um rabo-de-cavalo.
Oi, Alexia, está meio atrasada não acha? - disse a secretária gentilmente, em quanto lhe entregava o horário.
- Oi, me passa logo isso, não é da tua conta se estou atrasada ou não. Me deixa! – Puxou o papel e passou pela porta. Ao chegar no corredor, olhou para papel que estava em suas mãos, lá tinha escrito “Biologia, 7:30, sala 27B”. - meu Deus, sala 27 é no ultimo andar. - Enquanto subia as escadas, olhou para o relógio que marcava 7:35, finalmente tinha chegado ao ultimo andar, e lá estava sala 27B, a porta de metal branca estava fechada, a única visão da sala que ela tinha era pela janelinha de vidro que tinha na porta. Bateu timidamente, até o Sr. Thompson abrir a porta, um homem alto, bonito para a idade – uns 40 anos – cabelos negros puxando para o grisalho, óculos de grau escondendo belos olhos azuis que a fuizilavam.
Sr. Thop. Posso entrar? – falou timidamente – meu pai acabou entrando em um engarrafamento no caminho de casa pra cá. – continuou, de forma meiga, ao passar os olhos pela sala de aula e não avistava lugar vago.
- Pode sim “Srta. Atrasada”. – Falou o professor olhando para a sala –Alí tem lugar para você, do lado daquele garoto! – Apontou para uma mesa onde tinha sentado um menino moreno, com óculos e camisa pollo listrada.

“triiiiim, triiiiiiiiim, triiiiiim”. - Escutou.

Que droga, o despertador já ta tocando? Agora no melhor do sono, queria tanto que a Valery soubesse fazer as coisas sozinha. 

VALERY! ACORDA! – Gritou em quanto sentava na cama para sua irmã mais nova acordar.


JÁ? TA CEDO AINDA! – Ouviu ela retrucar do seu quarto, que é em frente ao dele
.
Levantou-se, passou a mão pelo cabelo e pelo rosto para “acordar”, abriu a gaveta de camisas e pegou uma camisa pollo listrada, branca e azul, puxou do gancho atrás da porta uma calça jeans que tinha usado no dia anterior no trabalho. Apanhou suas roupas e uma toalha de banho e foi até o banheiro que dividia com sua irmã. Chegando lá tirou a sua calça cinza de algodão, ligou o chuveiro (a água estava quente, perfeita para banir o frio da manhã que rondava aquela casa), foi para debaixo da água deixando-a escorrer lentamente do seu cabelo até os pés. Minutos depois desligou o chuveiro e o clima no banheiro já estava neblinoso, pegou o sabonete e passou por todo o corpo, depois de se enxaguar, se enxugou e vestiu-se, olhei no relógio e viu que ia dar seis horas da manhã, saiu correndo para o quarto da Valery, em mais uma tentativa de acorda-la.

Chegando no quarto da sua irmã a avistou, lá deitada na cama, como se nada estivesse acontecendo, correu até ela, a sacudi e falou:

Val, acorda, daqui a pouco o ônibus passa, não podemos perder aula, anda, levanta vai tomar seu banho que eu vou preparar o café – deu-lhe um beijinho na testa e a descobriu, ela estava vestindo uma camisola branca estampada com ursinhos azuis, ele não resistiu e começou a rir – anda criancinha linda acorda! - Ela o olhou, puxou o travesseiro pra mais perto dela e sorriu.
Ta bom chatice, sai! Vou tomar meu banho, insuportável – Sussurrou enquanto sentava e jogava o travesseiro pros lados, saiu correndo e fechou a porta do quarto, foi em direção à cozinha, quando o seu celular tocou, lá estava escrito “pai” - meu Deus, que saudade dele - atendeu rapidamente:

Pai, que saudade. Como estás? - Disse

Betto, ah filho como estou sentindo sua falta, e da Val também. Desculpa a hora, sei que não é muito apropriado, já que tens aula daqui a pouco. - Respondeu seu pai.

Sem problemas, o senhor pode ligar sempre. Como está aí? Ainda está em alto mar? – enquanto falava com o seu pai foi peparar panquecas para tomar café com a Val, seu pai trabalha na marinha, depois da morte da sua mãe ele passou a trabalhar em dobro, então Betto e Val ficam a maior parte do tempo sozinhos.

Não, bem, mas não estamos em alto mar não, atracamos em uma das bases no sul do país. - Ele ouviu o sorriso do pai que estava do outro lado da linha.

Graças a Deus, o senhor virá esse fim de semana, não é? - Perguntou também aliviado.

Foi por isso que eu te liguei, não posso voltar para casa essa semana não, filho manda um beijo para Val e diz que eu a amo, amo os dois, tenho que ir, o comandante chegou aqui – depois disso só pode ouvir o som do telefone desligando. Pegou as panquecas já prontas e pos na mesa.

Até escutar um barulho atrás dele, virou-se, era Valery, ela estava parada na frente da porta da cozinha. -  Não tinha reparado ainda como minha garotinha havia crescido, estava realmente linda, com belos cabelos castanhos escuro, ondulando até a cintura, com uma pele “morena jambo clara” e olhos cor de mel, como os da mamãe, e um corpo lindo.-

Que foi Betto? Vai babar é? Já fez o café? - Ela provocou.

Nada não, tava aqui pensando – Respondeu rápido demais, chegando a gaguejar – Já fiz sim, aqui ó. – Apontou para a mesa,

Tomaram o café da manhã rapidamente em quanto Betto contava da ligação do pai. Acabaram de comer e foram para o ponto, não deviam perder o ônibus, a casa era muito longe da escola.

Apressaram-se e chegaram a tempo no ponto, quando o ônibus chegou ele avistou dois lugares vagos, Val sentou perto da janela e ele ao lado dela. Peguei o seu celular colocou o fone e foi até a escola ouvindo A7X com Val.

Chegando na escola foram direto para a secretaria pegar os horários, ela tinha aula de matemática em alguma sala aí que ele não reparou muito bem, já que ela lhe deu um beijinho na bochecha e saiu correndo, e ele tinha aula de biologia na sala 27B, -  Que preguiça, a sala é no 5º andar da escola. Mas fazer o que né? - Correu até a sala, e sentou-se em uma mesas vazia quase no fim da sala. A aula começou, o professor estava explicando muito bem até ser interrompido por uma loira linda e idiota que chegou 5min atrasada pedindo para entrar na sala. Ele deixou e como o único lugar vago era ao seu lado, ele a mandou sentar ao seu lado. - Não posso negar, ela é linda, muito bonita mesmo, uma loira com um cabelo enorme, olhos claros cor de mel, um corpo magnífico, mas pela forma de andar, agir e se vestir aparenta ser daquelas que jamais olharia para um cara como eu. -  Ela foi rebolando até a mesa sentou-se, colocou sua bolsa pendurada na cadeira, cruzou as belas pernas e jogou a sua franja para trás.

O-o-oi – Disse gaguejando – Eu sou o Rober-ber-berto.

Oi, eu sou a Alexia – ela respondeu friamente.

Tudo bem? – sussurrou.

Tudo péssimo! Muito péssimo! - Ela o fitava.

Ah, posso lhe ajudar?.

- Pode sim... – Disse com um grande sorriso – Esquece que eu existo, não fala comigo, não encosta, muito menos olha ou pensa em mim. Não gosto de me misturar com gente como você.

As palavras dela o magoaram, ele retornou a sua postura antiga e voltou a prestar atenção, o professor mandou formarem grupos no fim da aula e lhe entregar um trabalho sobre a reprodução humana na próxima. Minutos depois seu celular começou a vibrar, quando olhou era a Sofí, uma francesinha da mesma sala, ela pega ônibus com ele, veio morar na América no meio do ano passado, pois seu avô estava doente. Pegou o celular e viu a mensagem “Faz grupo comigo? Não conheço quase ninguém aqui.” Ele sorri e lhe respondeu “claro, conta comigo sempre.”

Alexia olhou para os lados, xingou algo muito baixo, de repente ela virou para ele e falou:

Roberto, eu sou do seu grupo – ele abriu a boca para contesta-la mas ela simplesmente pôs o dedo em frente a sua boca, sinalizando para eu ficasse calado – shiii, não precisa falar nada, eu não queria me comunicar com você, mas dos idiotões aqui presente, você é o melhorzinho, argh!

Balançou os ombros em sinal de que não estava se importando com a situação. - Que menina maluca.- 

Formem os grupos pela sala! – A voz grossa e autoritária do Sr. Thompson ecoou.

Então vamos lá. – falou para o “nada” com um tom de desanimação, ele gostava de trabalhos em grupo, mas esse não estava lhe agradando muito.

Olhei para frente e viu Sofí, ela estava linda e super meiga como sempre, estava usando uma blusa de renda cor de rosa claro, uma saia preta de pregas e um par de sapatinhas também pretas. Ela havia prendido o cabelo em um rabo de cavalo e a sua franjinha estava solta, caindo até a pouco abaixo das sobrancelhas, ela era realmente bonita.

Oi Betto, vamos arrumar logo os grupos são de quatro pessoas, né? Já decidiu quem são os componentes? - Sofí perguntou.

Sofí – falou com animo – falta um, até agora só tem eu, você e... – olhou de canto para Aléxia, tentando sinalizar que ela estaria com eles nesse projeto.
Qual é o problema aí? Vai ficar fazendo sinaizinhos para a esquisita aí é? Qual o problema de falar o meu nome? Você é doente? Se não quiser fazer grupo comigo, tudo bem, eu não preciso de você pra nada seu inútil! – Gritou.

PORRA QUE MENINA MAL EDUCADA! Será que tem algum distúrbio?-  Pensou, mas simplismente a ignorou.

Sofí arregalou os lindos olhinhos amendoados em uma expressão de espanto, logo que se tocou que aquela louca desvairada iria passar algumas horas com eles fazendo a droga do trabalho. Abriu um belo sorriso e estendeu a sua mão para Alexia.

Oi, eu sou a sofí, prazer! – Disse com tom um tom de animação que ficava muito engraçado com o seu sotaque francês.

Alexia, é bom te conhecer, pelo menos uma pessoa civilizada nessa sala. – respondeu Alexia, pela primeira vez naquela manhã soando feliz realmente.

Então... Sofí vou pegar a sua cadeira – falou enquanto levantava e andava em direção ao lugar onde Sofí havia deixado os seus materiais.
Ela se sentava na primeira fila, era uma das primeiras carteiras, foi até lá, pegou a mochila que estava no chão encostada na cadeira e colocou nas costas, em seguida levantou a cadeira e levou até a mesa onde ela e Alexia conversavam.

- Já vi sim, é muito lindo! – Dizia Sofí animadamente em quanto refazia o seu rabo de cavalo, que estava sempre impecável.

Próxima vez que eu for à Europa comprarei, sempre vou por lá.– Alexia falava distraidamente.

Passou um tempo parado, olhando para elas, não entendo como a sua melhor amiga pode ter algum assunto em comum com a “Miss Patricinha”. Acenou com a mão sinalizando que havia voltado. Pos à cadeira próxima à mesa e tirou a mochila de Sofí e a colocou na cadeira.

Obrigada Betto – Disse Sofí sorridente, ela possuía o sorriso mais lindo do universo, era um sorriso meio tímido que a deixava com a bochecha um pouco corada.

Você deveria usar mais mochilas como essa, ficou super linda. – disse Alexia ironicamente – Ops! Lindo.

Alexia, menos, por favor. Betto é lindo e fofo, não fala assim tá? Ele é meu amigo – Sofí falou em quanto sentava-se e olhava para Alexia.

Deixa Sofí, gente como ela a gente não discute. Mas obrigado mesmo assim. - Respondeu.

Betto sentou na cadeira, pegou o seu caderno e comecou a fazer anotações sobre o que o professor estava falando. Sofí fez o mesmo, pegou o caderno e começou a pesquisar, Alexia ficou “ajudando” Sofí, o professor se aproximou deles e falou.

- Gente, eu anotei na lousa que eram grupos de quatro, aqui só tem três. Vocês aceitariam o tom aqui com vocês?

Pode. – Betto e Sofí falamos quase em coro.

Não tem outra escolha mesmo, cadê ele? – disse Alexia fazendo bico.

O professor puxou o garoto pelo braço, ele não era estranho, jogava basquete na seleção da escola. Tom puxou uma cadeira e se sentou nela, de forma despojada, sorriu para as meninas e estendeu a mão para Betto.

Oi gente. É sempre bom saber que existem pessoas inteligentes no meu grupo. E aí, esse trabalho está saindo? - Tom disse rindo.

Começamos ha pouco tempo. Acho que não vamos conseguir terminar nessa aula. – Sofí falou sem tirar os olhos do livro.

Não pode se dizer que a aula foi divertida a presença de Alexia. Finalmente o sinal bateu, fim da aula!

Gente, vamos nos reunir quando? - Betto perguntou.

Poderia ser hoje. – Tom disse.

Só vou poder apartir das 3hrs, tenho que cuidar do meu irmão até as duas horas, meus pais vão visitar o meu avô no hospital. - Sofí interrompeu.

Então fechado. Ttrês horas na minha casa – Alexia falou em quanto anotava o seu endereço e telefone em uma folha do seu caderno para dar a todos
.
Então até lá – Betto disse pegando o papel da mão de Alexia, deu um beijo na testa de Sofí, colocou a minha mochila nas costas e saiu da sala.


O seu celular despertou marcando 6:00hrs da manhã. -  Meu Deus, já é segunda, ja tenho aula. -  Levantou da cama, andou até o banheiro, tirou seu pijama de seda rosa claro, ligou o chuveiro, fez uma poupa no cabelo, prendeu a franja com uma presilha de lacinho. Foi para debaixo do chuveiro, molhou o corpo lentamente, depois pasoui a esponja ensaboada pelo corpo, ligou novamente o chuveiro e deixou a espuma escorrer enquanto pensava como seria o dia. Será que terá alguma aula com o Betto? - É estranho estar na minha situação, gostar do meu melhor amigo. Desde que vim para o EUA Betto foi a pessoa que mais me apoiou, tenho pouco mais de um ano aqui, mas já vivemos momentos muito bons, as vezes eu vou para casa dele estudar ou ajuda-lo a arrumar a casa quando o pai está vindo, ou até quando a irmãzinha caçula dele ta doente. Fora isso também saímos bastante, mas ele não me vê como uma mulher que ele namoraria, ele me olha da mesma forma com que olha para a Valery. ISSO NÃO É JUSTO! 

Sofí querida, acaba logo esse banho, daqui a pouco o ônibus passa, você não pode perder. - Sua mãe falou.

JA VOU MÃE! – gritou enquanto pegava a toalha e se enxugava.
Foi correndo para o seu quarto, pos uma camisa de renda cor de rosa e uma saia preta de prega, no cabelo preferiu fazer um rabo de cavalo e deixar a franja cair. Sua mãe levou o meu café para o seu quarto, comeu, pegou a mochila e saiu, foi para o ponto do ônibus.

Quando o ônibus parou ela subi as escadas e o viu, sim Betto, o menino mais perfeito do universo, ele estava sentado ao lado da sua irmã mais nova, compartilhando o fone do seu celular com ela e cochilando no seu ombro. - Ele é tão lindo, e dorme como um anjo, pensei em acorda-lo, mas imaginei que ele poderia estar muito cansado devido a vida que levava, tadinho cuidava sozinho da irmã, da casa e ainda trabalhava. -  Olhou e continuou andando e olhando para ele. -Meu Deus, porque será que ele não me enxerga? -  Foi para o fundo do ônibus e sentou-se ao lado de uma menina que estava lendo um livro estranho, o caminho para a escola aparentou ser mais longo que era normalmente.

Quando finalmente chegou, desceu do ônibus sorridente, foi até a secretaria e pegou seu horário, primeira aula era de biologia. -  Eu amo biologia. -  Saiu da secretaria e seguiu em direção a sala 27B, assim que entrou pos sua mochila em uma das cadeiras da frente, pegou uma barrinha de cereal, abriu e comecou a comer.

Foi quando avistou Betto, estava lá, alto, com o cabelo preto meio espetado e brilhando como sempre. Ele estava usando uma camisa pollo listrada que o deixava com cara de mais inteligente e sexy do que já era. Ele preferiu sentar-se sozinho em uma das cadeiras do fundo da sala, ele literalmente quebrava com os boatos de quem senta no fundo conversa e só tira nota baixa, ele era inteligentíssimo, suas notas eram maiores até que as dela.

Deu um breve aceno para ele que pôs um belo sorriso no rosto e retribuiu o aceno, apontou para a porta atrás dela, por onde o professor estava entrando, e fez uma careta como quem diz “nãaaaaaao! Não mereço isso”. Ela se segurou para não rir, mandou um beijinho para ele e sentou-se engolindo o ultimo pedaço do seu cereal.

A aula estava monótona e chata, até que uma menina desesperada bateu na porta da sala. Quando o professor abriu ela pediu pra entrar se desculpou e o professor mandou ela se sentar ao lado do Betto, do seu Betto. Ela era muito bonita. - Não quero que ela o roube de mim - conteve as emoções e voltou a fazer suas anotações, em diferença de alguns minutos ela olhava disfarçadamente para trás, eles nunca estavam conversando. O professor mandou formarem grupos, assim que ele falou isso ela enviou uma mensagem para Betto falando pra irem juntos. Ele imediatamente concordou.

Fiz grupo com Betto, a garota bonita, Alexia, e Tom, um jogador de basquete aparentemente muito preguiçoso,

No ultimo horário tive aula de espanhol. - Ah, eu odeio aula de espanhol, para que temos que aprender isso?! Não tem graça alguma.
- Cheguou na sala de espanhol, 15C. Sentou-se na frente de um casal, ela já tinha os visto pelos corredores no fim do ano passado, mas nunca teve aula com eles. Era uma garota baixinha com a pele meio dourada, cabelo castanho claro ondulado e com algumas mechas loiras um pouco abaixo do ombro, ela possuía olhos grandes e amendoados, uma boca pequena, meio rosada, e bem desenhada, usava aparelho, era um pouco a cima do peso. Costumava usar camisetas folgadas e com estampas de banda ou desenhos idiotas acompanhadas por uma calça jeans e sapatilhas. Hoje ela estava usando uma camisa preta do “Metálica”, um casaco cinza com capuz e uma calça Jeans clara com uma sapatilha bege com detalhes dourado.
E o menino era alto, possuía uma pele pálida, cabelos negros, com um pequeno topete sempre muito bem feito, ele era muito bonito. Tinha olhos da mesma cor do cabelo e marcantes, usava um pequeno alargador na orelha, possuía músculos longos e rígidos, não muito volumosos. Costumava usar camisas xadrez com outra qualquer por baixo, e calças justas nas pernas, que costumavam cair na cintura. Hoje ele estava usando um casaco xadrez vermelho e branco, com capuz cinza; uma calça jeans escura e um Converse All Star preto com listras brancas, muito finas.
Eles não se separavam, e não se juntavam com ninguém, estavam sempre conversando e ouvindo musica, ninguém os entendiam muito bem, eles chegam juntos, andam juntos, até os seus armários são próximos.

Enquanto ela escrevia uns meninos que estavam sentados no outro lado da sala forma até sua mesa
Olá francesinha – falou um dos meninos fazendo biquinho e um falso sotaque francês em quanto os outros riam – você é tão gostosinha, me dá um beijinho vai. – ele segurou o seu braço e a puxou pra muito perto, perto até demais.

Me solta! – Foi a única coisa que conseguiu falar, olhava ao redor, ninguém se movia para lhe ajudar, nem a Sra. Diaz, a professora de espanhol. Ela tentei se debater, mas não era tão forte como ele.

De repente ela senti um vento passar rapidamente e abruptamente o garoto que estava a segurando cambaleou pra trás.

Cai fora James, volta para o inferno que você veio, aproveita e leva seus cãezinhos de estimação junto! – Disse a pequena gordinha que estava sentada a sua frente enquanto empurrava o garoto que ela chamou de James para longe de Sofí. O garoto que andava com ela a puxou.

Você está bem? Não liga, o James e a corja dele são montanhas de musculo sem cérebro. – disse muito preocupado, em quanto colocava uma mecha do cabelo dela atrás da sua orelha. - Meu Deus, eu devo estar descabelada! Socorro! -.

Estou bem sim, eu acho. – falou ao garoto enquanto pegava no cabelo tentando sentir o estado em que se encontrava. – Muito obrigada, eu sou a Sofí.

Ai meu Deus, desculpa não me apresentei! – falou o menino colocando a mão na testa – Eu sou o Petter, muito prazer. E aquela esquentadinha alí é a Izzy. – ele apontou com o polegar para onde a menina que a socorreu estava, ainda brigando com o tal de James.

Oi, vocês estão bem? Aquele menino me estressa, Petty assim que acabar essa aula vamos naquele café que tem na esquina, eu preciso de milk shake com cupcakes. Sério, esses meninos me estressam. Até quando vamos ter que lidar com eles? AH! Desde o primário, será que eles não crescem?! Ainda baterei muito neles. – falava Izzy rapidamente enquanto enrrolava uma mecha do cabelo e andava de um lado para outro dando pulinhos, ela não lhes dava tempo de responder as perguntas dela.

Até que Petter levantou, andou até ela a segurou pelo braço e falou:

Ei, relaxa, senta aí, respira e cala a boca. Sim, estamos bem, relaxa, esses meninos só estão aí para te irritar, você ajudou a Sofí, isso que importa – Eles olharam para Sofí juntos e ela acenou timidamente.

- Ah, desculpa, eu sou a Izzy. – ela estendeu a mão – E depois desse troglodita ter te atacado acho que precisas de um lanchinho reforçado também né? – Ela riu, a sua risada não era nem alta nem baixa, chegava a ser fofinha, em quanto ria surgiram covinhas nas suas bochechas avermelhadas.

Eu sou a Sofí, ah, acho que não vai dar pra ir com vocês para esse lanchinho, fica pra próxima, eu tenho transporte não posso perder – Ela queria realmente ir, mas tinha o transporte, o Betto, a casa da Alexia. - Meu Deus, a casa da Alexia 15hrs. -

A professora voltou da diretoria, passou uma atividade para próxima aula e o sinal tocou, a dupla dinâmica se despediu dela e foram para o "lanchinho". Sofí foi até o seu armário e acabou encontrando a Valery no caminho.

Val! – Ela gritou, e saiu correndo até alcança-la.

Ela olhou pra trás e parou a esperando, ela era um pouco mais baixa que Sofí, quase do tamanho da Izzy. Quando chegou até ela se cumprimentaram e seguiram até os seus armários. Andaram caladas pela maior parte do tempo, mas prefiriam assim. Guardou alguns livros e coisas pessoais, pegou o livro de biologia e seguiu até a parte de fora da escola, enquanto andava tirou o celular do bolso e mandou um sms para Betto.
Tá aonde? Não quero ficar sozinha até o ônibus chegar
Imediatamente recebeu a resposta.
Eu estou comprando sorvete, na sorveteria ao lado da escola. Te espero aqui?

Sorvete? Hmmm.. adoro hahaha estou indo imediatamente para aí”.

Novamente ele respondeu muito rápido.


HAHAHAHA’ eu sei, eu te amo esqueceu? Deixa que é por minha conta, corre

Desceu as escadas correndo, para chegar logo lá.

“Eu também te amo."
Mandou para ele enquanto corria, sentiu seu celular vibrar mais uma vez, quando olhou tinha a resposta para o que eu tinha mandado.

Vai querer de que para eu ir fazendo logo o pedido? Limão e creme não é?

Foi para casa a pé mesmo tomando o sorvete que Betto tinha lhe dado,ao chegarem casa almoçou, tomeu mais um banho, e deitou um pouco para esperar dar 14:20. Tentou dormir, mas estava sentindo algo tão estranho dentro de si, como se faltasse alguma coisa. O Betto não havia lhe mandado nenhuma mensagem desde então. Pegou o seu notebook, e abriu o meu msn na esperança de vê-lo online. Nada, ele não estava lá. 

Perdida em seus pensamentos acabou adormecendo, teve um sonho tão bom em que estava beijando o Betto, estava tudo tão perfeito, até o som do seu celular lhe acordar. Eram 14:15, ela levantou, arrumou seu cabelo, terminou de se vestir, já que estava apenas de calcinha e sutiã. Pegou um vestido branco boêmio que ficava pouco a cima dos joelhos que tem cinco botões na frente, ela abotoou apenas três, deixando um grande decote chamando atenção para os meus belos seios. Estava usando um sutiã e uma calcinha vermelha, colocou um shortinho para esconder a calcinha e o sutiã ficou aparecendo. Pela transparência do vestido, não se importou. Calçou uma sapatinha vermelha e foi para casa de Alexia.
Quando tocou a campainha da mansão foi atendida rapidamente, a secretária a guiou até o quarto de Alexia. Bateu na porta e foi atendida imediatamente pela próproa, ela estava mais linda que pela manhã, usava uma bata branca, com decote em “V”, costas nua e que amarra no pescoço, aparentemente ela estava sem sutiã, a bata estava acompanhada por uma minissaia verde caqui e uma rasteirinha preta.

Pensei que iria nos abandonar! Perdeu-se foi? Entra aí... – Disse Alexia sorrindo – preciso de você aqui, chega de testosterona! – ela deu uma risada que demonstrava que estava feliz, nem parecia com a histérica de hoje pela manhã.

Não me perdi não, só dormi um pouquinho demais –  respondeu enquanto entrava. olhou para o quarto, era lindo, impecável, rosa, com duas grandes janelas de vidro, o ar-condicionado estava ligado, possuía alguns puff's e grandes almofadas espalhadas pelo quarto, uma mesa para o computador, uma cama de casal muito grande, e um closet. Os meninos estavam sentados (jogados) nos puff's. Betto estava olhando para ela com um olhar frio, ele nunca havia lhe olhado daquela forma, e Tom, ah Tom, ele estava lhe comendo com os olhos, não os tirava do seu decote.

Gostei da sua Roupa. – Disse Alexia ao se sentar na cama – escolha algum lugar pra se sentar, sinta-se a vontade.

Betto levantou-se abruptamente quando percebeu os olhos de Tom, ele se aproximou dela – Eu não gostei, não mesmo – ele chegou muito mais perto, estava usando uma camisa preta com o nome “nerd” colorido e uma calça jeans folgada que deixava amostra a sua cueca, pelo visto era box, cinza, também estava usando o seu casaco preto. Ele chegou até ela, olhou para os seus seios, aproximou as mãos deles e fechou os botões que estavam abertos, tirou o seu casaco, colocou nela e fechou o zíper até o pescoço. – Agora sim. – deu um belo sorriso e se sentou ao lado de Tom novamente.

Tom passou um tempo olhando para Betto espantado.

Ô cara, porque você fez isso?! Ela estava tão linda. – disse Tom para Betto com um tom de reprovação.

Não quero que ela ande mostrando o peito para qualquer um – Betto respondeu em quanto cruzava os seus braços atrás da cabeça.

- Roberto! Eu não sou como a sua irmã que você pode se achar no direito de escolher o que veste não. Entendeu? – Ela gritou.

Alexia interveio, parando o barraco:

Êpa! Barraco aqui não, agora não. – Ela ria enquanto falava e esticava a mão entre nós.

Tom bateu as mãos e falou – Então deixa para lá vamos estudar – ele se levantou, estava usando uma camiseta marrom e calça jeans folgada, o seu cabelo estava com um aspecto de molhado, fazendo o loiro aparentar castanho claro. Ele também não era de se jogar fora, mas ninguém ganhava do meu Betto,pelo menos aos olhos de Sofí. Tom pegou a mochila retirou uns livros jogou na cama e a puxou pra perto dele.

Betto não falou nada, apenas foi até a cama pegou seus livros e se sentou ao lado de Alexia.

Passaram horas pesquisando e estudando, o clima estava pesado sobre todos até que Alexia resolveu quebrar a corrente de estudo.

Gente, já são quase 20hrs, porque não pedem para os seus pais para vocês passarem a noite aqui?

- Eu posso tentar. – Sofí disse e foi logo pegando o celular.

Não sei... eu moro com minha irmã, meu pai está trabalhando não sei como a Val poderia passar a noite sem mim. – Disse Betto.

- Vou ligar pros meus pais – Afirmou Tom

Betto, você é muito chato, mas não teria como fazer o trabalho sem você, arranja um jeito. – Implorou Alexia.

A Val poderia dormir na casa daquela amiga dela, a ruivinha, esqueci o nome dela... Você sabe quem que eu estou falando. – Lembrou a Betto.

Verdade! Ela pode dormir na casa da Thimmy. – Um lindo sorriso surgiu no rosto dele.

Todos ligaEram para seus pais, e “irmãos”. Ambos estavam liberados para dormir na casa de Alexia e aparentemente ter uma noite mais que motivante.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!



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