Piloto De Fuga escrita por Blue Butterfly


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

-Senhor presidente Jacob se adiantou estendendo a mão para ele.

—Jacob Black, meu jovem Senador o presidente cumprimentou sorrindo afetuosamente como um avô sorri para o neto querido Como é bom vê-lo.

Ele olhou para mim, esperando que eu me apresentasse.

—Senhor e estendi a mão para ele com um sorriso delicado.

—Senhorita e segurou minha mão fria entre suas mãos quentes Sentem, por favor.

Jacob sentou e eu o fiz também. Volturi caiu com delicadeza na sua grande poltrona e nos olhou com interesse.

—A que devo a honra dessa visita? Mas, espere, antes de mais nada



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Ele abriu uma das gavetas e depositou um pequeno objeto transparente na mesa, seus olhos acompanhando cada uma das minhas possíveis reações. Eu não o decepcionei, meus olhos se abriram um pouco e engoli em seco, meio atordoada.

-Sabe, colocar uma escuta na minha sala não é algo inteligente, mesmo que venha uma micro câmera embutida nela. Meu pessoal adorou esse brinquedinho, ele é pequeno, não é percebido por nossos sensores e fica muito bem disfarçado. Pena que eu mando tirar tudo dessa sala antes de entrar aqui. Ele está desativado, creio que alguns dos meus melhores soldados vão fazer uso dele mais tarde. Então, agora que não há nada gravando nossa conversa, o que desejam?

Jacob olhou para mim. Se Volturi pensava que só tinhámos aquela camera, ele estava redondamente enganado, não éramos tolos, na verdade, colocamos aquele objeto a vista para que ele pensassem que estavavam no controle. Agora era a minha vez de estar no comando. Respirei fundo, sentindo meu coração bater com mais força do que um dia batera. Eu não estava ali por mim mesma, eu estava por mais de um milhão de pessoas, gente como eu, que respirava, que sonhava, que amava. Eu representava um país prisioneiro pelo desejo de poder, naquele momento eu não era Isabellaou Bella, eu era um povo, um país, um grito de liberdade ante o silêncio maligno da ditadura.

-Parece que dessa vez eu perdi – comecei sem emoção – Bem, não se pode ganhar todas sempre.

Ele sorriu para mim, sem dizer nada.

-Antes de mandar me matar, só me diga por quê.

-Por que o que? – ele perguntou se fazendo de inocente.

-Por que toda aquela gente? Por que escravizar aquelas pessoas?

Ele riu suavemente, sorrindo com bondade e ternura para mim.

-Se não estou enganado, estou na frente de Isabella Swan, correto?

Concordei com um leve aceno de cabeça.

-Sabe, você me lembra muito seu pai – ele contou – Vocês têm traços parecidos, a mesma postura séria e compenetrada, o mesmo vazio, as mesmas perguntas tolas… Quando apresentei meu projeto perfeito para ele, ele fez a mesma pergunta que você me fez. Ele ficou revoltado quando soube o que estávamos fazendo e ameaçou contar toda a verdade. Por isso eu tive que mandar matar sua família. O que é uma pena, você teria um futuro brilhante no Partido, uma jovem culta, a fina flor da sociedade… – e balançou a cabeça, como se lamentasse um grande desperdício.

-Matou minha família por isso? – disse meio furiosa, meio satisfeita por finalmente entender o por quê.

-A verdade não é uma coisa simples de se lidar Isabella, nem todo mundo gosta da verdade, muitos de nós preferem a mentira, fingir que está tudo bem, que nada de ruim está acontecendo. É mais prático. Aceitar a verdade envolve admitir que pessoas pobres foram mandadas para morrer para alimentar gente como eu e você, Isabella. Mas seu pai não viu isso, ele era um tolo, acreditava piamente que estávamos fazendo algo hediondo. Ele não soube lidar com a verdade.

-Lidar com a verdade? Você tentou comprar meu pai? – eu cuspi furiosa.

-Não, não tentei comprá-lo, pelo contrário, tudo o que eu quis foi dar a oportunidade única dele trabalhar comigo. Queria ele em Concluán, seu pai era um grande médico, eu gostava de como ele trabalhava arduamente e achei que seria bom tê-lo ao meu lado.

-Meu pai jurou na formatura dele fazer tudo para salvar vidas, não para arruiná-las como você e o Partido fazem – eu disse furiosa – Ele nunca trabalharia para você.

Aro riu, deliciado. Eu o encarei, furiosa.

-Ele me disse a mesma coisa – ele relembrou ainda rindo – Disse que salvava vidas – e riu com deboche – Vidas… Quem realmente liga para isso? O importante é o poder, é a soberania, é mandar nessas bestas que vivem nesse país. Essa é a verdade que importa, a verdade que todos buscam.

-Se confia tanto que as pessoas são tão egoístas a ponto de aceitarem que pessoas pobres sejam escravizadas, por que simplesmente não nos permitiu escolher por isso? Por que toda essa mentira? E por que você fez isso com aquelas pessoas?

-Infelizmente Isabella, nem todos pensam como eu, nem todos vêem as coisas boas que eu trago para esse país. Existe um bom número que é como você, que não gostam da exploração, que acham meus métodos errados, que acreditam numa coisa chamada igualdade. Bem, eu tenho uma novidade para você: sem uma multidão de gente pobre não existe gente rica! Tudo se trata de uma questão de escolha, saber qual lado tomar. Eu tomei o lado poderoso e mandei aquele lixo humano para longe, trabalhar como animais e sustentar esse país. Não me culpe por fazer isso Isabella, eu não estou fazendo nada que a maioria não faria.

-Eles são seres humanos como eu e você! – eu esbravejei.

-Eles? Eles são a escória da nação: prostitutas, analfabetos, favelados, delinqüentes, órfãos, pobres, deficientes. Eles não são gente Isabella. Encare a verdade: nós somos dominadores, temos classe, temos dinheiro, temos poder. Isabella, se você se aliar a mim eu poderei te dar o país inteiro, você poderá ter o que quiser, divida o poder comigo, aproveite esse país, explore aqueles animais porque é para isso que eles vieram ao mundo e não nós. Isabella Swan, você é jovem, é inteligente, esperta o bastante para lidar com esse poder. Para que lutar por eles? Para que se importar se eles passam fome ou não? Você pode ter tudo. Eu posso te dar tudo! Só precisa me dizer o seu preço.

-Meu preço? – gritei furiosa – Eu não sou um objeto que você pode comprar, Volturi, eu sou um ser humano, assim como aquelas pessoas inocentes que você trancou em Concluán, que você matou nesses últimos dias, que você explora nos campos de trabalho forçado!

-Por favor! – ele gritou de volta, irritado – Não diga que eles são como eu ou você por que eles não são, nunca serão!

Eu me levantei, os soldados apontaram as armas para mim mas eu não me importei.

-Aula básica de biologia: quando você tem uma espécie com mesmo número de cromossomos e características semelhantes, você pode afirmar uma uniformidade entre ela. Olhe para nós dois! Eu tenho cabelo, você também, eu tenho pele, você também, eu tenho dois olhos, mas só uma boca, eu fico roxa quando me batem e eu sangro quando me ferem. Eu odeio legumes e amo frituras e doces, eu tenho amigos e inimigos, eu gosto de roupas em tons neutros, mas fico bem com cores quentes. Eu amo rosas e dirijo como ninguém, eu sinto tédio, sinto felicidade, dou risada quando a piada é boa, choro quando estou triste, fico nas nuvens quando estou apaixonada. Eu tenho lembranças fabulosas da minha família e pretendo revivê-las quando for a minha vez de formar uma família, eu tenho fé, eu gosto de dias quentes e do barulho da chuva para dormir. Eu sou humana! Você é humano! E aquelas pessoas que você está matando são como eu e você, com o mesmo potencial que eu tenho e que você tem. Podemos ser diferentes por causa de nossas oportunidades, ou a ausência delas. Talvez algumas meninas se tornaram prostitutas por que não tiveram a oportunidade de fazer algo diferente para continuarem vivas – e pensei em Alice – Mas isso não significa que elas não tenham potencial para algo a mais, que elas não sejam cozinheiras incríveis, amigas maravilhosas, espertas, hábeis, corajosas. Talvez um desses rapazes pobres mandados para seus campos de trabalho forçado seja muito mais inteligentes do que eu e você juntos – e nesse momento o rosto de Seth invadiu minha mente – Tudo o que eles precisam é de uma oportunidade, uma chance para fazer algo diferente, algo melhor. Esse país não deve crescer pelo medo, pela escravidão, ele deve crescer pelas oportunidades, pois, bem mais do que um espaço físico, bem mais do que um território, um pedaço de chão, esse país é formado por pessoas.

-Pessoas – ele desconsiderou rindo de mim – Você ainda acredita nas pessoas? Isabella, eles todos são um bando de animais que eu manipulo do jeito que eu quero, da forma que eu quero. Nos últimos três dias matamos mais de cinco mil pessoas, foi praticamente uma festa de sangue, mas ninguém soube de nada, ao invés disso as “pessoas” ficaram sentadas confortavelmente nos seus sofás macios assistindo um torneio de tênis, olhando para a televisão e para a tela do computador como um bando de bestas burras. Meu plano é perfeito Isabella, pena que seu pai não viu isso, e pelo visto você também não. Eu tenho o apoio da violência através daqueles soldados…

-Soldados que são apenas jovens buscando um mundo melhor, enganados por você. Aposto que a maioria nem se quer sabe o que está realmente acontecendo!

-E não sabem – ele concordou – Apenas os de alto escalão sabem a verdade, e aqueles que ficam nos campos de trabalho e na fronteira, fora isso, todos apenas obedecem ordens sem parar para pensar no que fazem. Mas não é só o apoio deles que eu tenho, na verdade, o meu maior apoio se chama meios de comunicação. Tudo o que você puder imaginar: rádio, televisão, internet, livros; tudo é do Partido, eu decido o que vai ser passado, o que vai ser lido, o que vai ser ouvido, a que horas isso vai acontecer e por quanto tempo vai acontecer. Eu controlo a vida de todos os cidadãos desse país, através da mídia eu escolho o que as pessoas devem saber e não devem saber, o que vão pensar e o que não vão pensar, o que vão discutir e o que vão ignorar. Eu sou praticamente um deus – e seus olhos ganharam um brilho febril, doentio, alucinado.

-Há um erro nesse seu plano perfeito, você se esqueceu de contar com uma coisa – disse confiante.

-O que? Os anarquistas? Francamente Isabella, todos os dias eu assombro a população, digo a eles que os anarquistas são monstros que devorarão seus filhos vivos. Ninguém nunca vai levá-los a sério e, com o tempo, vou terminar com todos eles. E se não for eu, outro virá no meu lugar e dará continuidade ao nosso projeto. Mesmo que eu morra, nada vai mudar. Não sou eu que criei tudo isso, Isabella, é o Partido, eu sou apenas um representante.

-Ainda sim, seu plano não é perfeito – eu contestei e um pequeno sorriso inundou minha face – Você cometeu um erro primordial na sua equação, Volturi.

-E ele seria? – ele perguntou com irritação.

-Você esqueceu das pessoas que tanto despreza. Esqueceu que não somos uma máquina, um programa que você dá as ordens e nós executamos. Pode ter tomado o poder, mas não pode mandar nas pessoas para sempre. Somos inteligentes, Aro, e quando percebemos a verdade, lutamos por ela. Não somos bestas ou monstros que se satisfazem com a dor dos outros, somos seres humanos que lutam pela sobrevivência da espécie, que se importam com os outros. E não pára por aí, como humanos, temos uma coisa chamada inteligência, e, no caso, você subestimou a minha.

Nesse momento a porta se abriu com violência e um rapaz magrelo entrou, apavorado e trêmulo, as faces rosadas de tanto correr.

-Presidente – ele arquejou, com dificuldade se mantendo em pé – Em todos os canais… Em todos os lugares… – ele se desequilibrou e tombou, e se não fosse o soldado ampará-lo ele teria caído no chão.

Aro pegou um controle na gaveta e clicou na imensa tela preta, aturdido. A estupefação dele ficou ainda maior quando viu a imagem de si mesmo na tela.

-O que? – ele gritou e a imagem na tela fez o mesmo.

-Não devia subestimar a inteligência humana – eu disse calmamente, olhando para a televisão – Depois que descobri como você enganava todas as pessoas, só precisei fazer o mesmo ao inverso.

-Usou meu próprio monstro contra mim – ele percebeu chocado.

-Em todas as televisões, na internet, no rádio e, se eu não estou enganada, também em alguns outros países – eu citei falando direitinho a informação que Seth me dera – Nossa conversa, as notícias sobre a morte das pessoas e as provas sobre os campos de trabalho forçado estão sendo transmitidas. Não colocamos um simples objeto para ouvir essa conversa, conectamos um satélite para captar tudo o que aconteceu nessa sala e agora será a vez das pessoas decidirem o que é certo e o que é errado. Por muito tempo você nos oprimiu e nos enganou, mas agora chega! Somos seres humanos de carne e de sangue, movidos por sentimentos e racionalidades, capazes de tomar as próprias escolhas. Mas antes de tudo isso, temos caráter, temos a capacidade universal de amar, de sentir piedade, compaixão. Eu não sou um animal, como você o é – disse lentamente, destacando cada palavra – Eu não tenho um preço, por que uma vida não tem preço. Poder, dinheiro, nada vale a vida de uma criança, você banhou com sangue o solo desse país, com crianças mortas, mas agora acabou. Pode se sentir um deus, mas jamais será um já que nem humano você é, pois seres humanos são capazes de amar, animais de estimação são capazes de amar. Você está num andar muito inferior. É um monstro.

Aro tremeu, furioso, num gesto alucinado ele pegou uma das armas dos soldados e apontou para mim, toda a expressão de bondade caíra e só havia ódio nele.

-Se me matar, vai ser mundial – eu contei com calma.

-Não tenho como sair dessa – ele disse alucinado – Então você vai comigo.

-Não!

Jacob me empurrou para  longe quando a arma disparou. Nós dois fomos para o chão, o projétil explodindo num quadro. A porta foi arrombada e um grupo de soldados enfurecidos, Emmet, Jasper, Edward e mais alguns conhecidos armados entraram.

-Largue essa arma – Emmet berrou apontando para o presidente.

Os soldados inimigos se entregaram, a diferença entre o nosso grupo e eles era esmagadora. Aro Volturi caiu na cadeira, enterrando a cabeça nas mãos, a arma abandonada no chão. Eu me aproximei dele, Jacob logo atrás de mim, tirei do bolso três peças de quebra cabeça e completei o desenho. Ele ergueu a cabeça e me olhou, o olhar desvairado de quem perdera todo o juízo.

-Game over – disse para ele.

Jacob me envolveu com um braço e me tirou da sala, Edward vinha ao nosso redor, a arma firme nas mãos. Nós três corremos pelo prédio, havia uma confusão imensa lá, todos corriam de um lado para o outro sem saber o que fazer ou a quem obedecer.

Mudamos a história, a confusão era uma das conseqüências disso.

Foi só quando eu saí para fora e vi o carro familiar parado bem ali na frente, Alice correndo ao meu encontro que eu percebi que tinha acabado. Tinha dado certo!

Conseguimos!

-Alice – eu berrei correndo na direção dela.

-Bella!

Nós duas nos abraçamos e choramos juntas, pulando de alegria.

-Meu pai, você foi maravilhosa – ela gritou no meu ouvido.

-Deu certo Lice – eu disse entre soluços e risadas.

-Eu sei. Eu ainda nem acredito que deu certo.

Nos abraçamos de novo e choramos. Jacob e Edward se aproximaram de nós.

-Melhor entrarem meninas – Edward sugeriu.

Alice segurou minha mão e ia me puxar quando viu que eu olhava para Edward, os olhos marejados de lágrimas.

-Vamos Jacob – ela chamou tomando a mão dele e correndo para dentro do carro.

Eu só percebi isso pelo som, meus olhos estavam fixos no ruivo de boné. Um sorriso imenso surgiu no meu rosto e ele sorriu de volta.

-Deu certo – eu disse imensamente feliz.

-Eu disse que daria. Agora é melhor entrar, só vou ficar tranqüilo quando tiver certeza que está bem longe daqui – ele disse me empurrando de leve.

-Espere, não vem comigo? – perguntei confusa.

-Não Bella, agora é minha vez de agir. Vocês três conseguiram fazer uma façanha enorme, mas ainda não terminou. A mudança não vai ser da noite para o dia, precisamos unir nossos aliados, tomar o poder, reorganizar tudo, acabar com Concluán, com os campos de trabalho forçado… Agora chegou a minha vez de fazer algo por esse país. Por toda minha vida eu me preparei para esse dia, agora que ele chegou, eu tenho que lutar, tenho que fazer minha parte. Você mostrou a verdade, eu mostrarei como podemos mudá-la para algo melhor. Não vamos conseguir acabar com a fome ou a pobreza, muito menos com a violência, mas podemos melhorar um pouco as coisas, temos que arrumar toda essa bagunça, eles precisam de mim.

-Mas Edward… – eu reclamei.

-Shh – ele pediu colocando um dedo na minha boca – Vai ficar tudo bem, eu volto assim que possível. Me espere na casa de Dino, eu vou te buscar.

-Você promete?

Ele pegou minha mão e a colocou em seu peito.

-Até que meu coração pare de bater – ele jurou.

Edward beijou minha testa, depois me levou para o carro e fechou a porta.

-Edward – eu gritei abaixando o vidro.

Ele se virou.

-Vem comigo?

-Até o inferno Bella.

Eu sorri, joguei um beijo para ele e ergui o vidro. Seth estava no banco de trás, gotas de suor borbulhavam na sua testa enquanto ele comandava todos os meios de comunicação. Alice pulou para frente enquanto Jacob se acomodava no banco, mole.

-Casa do Dino? – ela perguntou.

-Sim.

Olhei para o painel e apertei dois botões: o primeiro reforçou todas as janelas, o segundo recobriu a lataria do carro. Era hora de voltar para Erick. Finalmente tudo tinha acabado!


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Notas finais do capítulo

Penúltimo capítulo ^^
Esse merece muitos comentários não acham? ^^



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