Pois é, Sam!

Eu consigo me enxergar em todos os sete, sem exceções. São sete pecados e todos eles encaixam perfeitamente em mim.

São sete coisas da qual tenho medo e vergonha de falar; são sete perpétuos de Neil Gaiman, que por sinal, eu curto; foram sete demônios que quase morremos para matar e fizemos sete coisas erradas e escondidas, que ninguém ao menos desconfia.

Consigo ser a Inveja, afinal, não sou só eu que sei como você é bem mais prestativo e inteligente, e quando coloca isso em prática me sinto um pobre inútil. Tenho Inveja de sua personalidade distinta, do seu gênio forte e de como consegue associar perfeitamente com sua paciência. A Inveja me remói quando lembro que ao menos, você se esforçou para ter uma vida normal; por ser tão questionador, seja comigo ou quando era com o pai. Sou a Inveja, pois sei como você é especial, especial até demais, para esse mundo ingrato que não lhe reconhece. Ok! Às vezes nem eu lhe dou um mérito.

Gula. Gula pela vida. Gula por você, que teimo em tê-lo e tirá-lo de meus pensamentos. Todas as características simbólicas desse pecado representa coisas que quero fazer e o que espero controlar. Me refiro à: morder, devorar, degustar... saborear...

Droga! Isso não tem sentido, embora eu queira saciar-se de seu corpo e sentimentos, é impossível. Você é meu irmão! Seria no mínimo doentio!

Ah! Tudo isso é uma loucura.

Criminosa Ira! Esse eu nem faço questão de esconder, meu pecado favorito. Você sabe, mais do que ninguém, de como me explodo tão fácil, principalmente quando não consigo o que quero, ou quando você não faz, ou faz o oposto do que mandei, quando me desrespeita e mente pra mim!

Eu me revolto só de pensar que tenho a chance de te perder algum dia. Destruirei tudo no mundo, tudo que acredito ou não, matarei e sacrificarei milhões se isso for necessário. Farei tudo que for impossível para salvar, e você sabe disso.

Tenho que confessar, é uma Preguiça enorme te entender Sam Winchester! Um dia você me ama e no outro, me odeia. Um dia topa sair pra beber comigo e falar palavrão e no outro, me censura. Tem dia que faz "ceninha" para não ser o centro das atenções, e ainda assim, deu entrada ao Apocalipse.

Tenho Preguiça só de pensar em discutir contigo, de analisar provas, de sair apavorado em sua busca... Mas, eu tenho mais ainda de levantar da cama quando à divido com você, de correr atrás e ferir meu orgulho mesmo quando não merece. Enfim, eu sei que tudo isso vale o seu sorriso, e quando me deparo com você ao meu lado e ele estampado em seus lábios me pergunto: Por que eu não fiz isso antes? Maldita Preguiça!

Eu não sou tão mesquinho assim, isso você pode assumir. A Avareza da minha parte é o mais singelo dos pecados, só sinto vontade de matá-lo quando dirige meu bebê sem minha permissão, por que de resto...

Eu sou inteiramente seu, e me doou facilmente. Você é minha fraqueza, então eu não posso e nem consigo te negar nada.

Soberba... Tudo bem! Eu sei! Evitarei ser irônico para falar da Soberba.

Acho que ele de fato é o que me motiva e me faz seguir em frente. Juro com todas minhas forças que não é a intenção, embora eu tenho total consciência que meu ego vai a ápice quando eu acerto alguma coisa e você fica com aquela cara de paisagem, que eu tanto gosto. Lembra aquele lance da Rub... Ok, nada pessoal, Sam.

Enfim, eu não sou tão arrogante quanto pensam, e também detesto bancar o machão e erguer a cabeça colocando uma pedra em meus sentimentos, achando que está tudo bem. Sou feito de orgulho também, e além disso sou seu irmão mais velho, e pode pensar o que quiser, e falar quantas vezes for necessário eu não vou mudar! Serei a mais cristalina Soberba quando precisar. E não é questão de superioridade é questão de princípios, e ultimamente, o meu único, é ficar com você!

E por fim, mas não menos importante, a Luxúria. O pecado que mais luto e admiro dentro de mim.

A Luxúria não invade apenas minha mente, mas deixa à amostra em boa parte do meu corpo, que insisto em inutilmente controlá-lo.

É, Sam! Tenho me esquivado e planejado fugas demais para não voar em seus braços e afogar sua boca em beijos. Sem dúvidas a Luxúria, de todos os outros, é o pecado que amo e odeio, ao mesmo tempo, principalmente quando você sussurra em meu ouvido e me provoca sem saber. Eu consigo sentir a libido correndo em minhas veias e pulsando em meus membros.

Não precisa! E nem quero que pare de fazer isso Sam, mas eu prometo, dou minha palavra, juro pelo meu Impala que um dia terá as devidas consequências.

Só esteja preparado, garoto!