Uma Paixão Proibida escrita por KettlemTHB


Capítulo 2
Embriaguez


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Mal cheguei perto dela e ela já virava as costas para mim. Não parecia estar interessada, de fato, não estava. Coloquei-me na frente dela novamente.

- O que você quer?

- Não sabe quem sou?

- Não, e não estou interessada em saber. Com licença.

Olhei para os caras, estavam rindo de mim. Não sabia onde enfiar a cara.

- Marguerite, garota má! –Uma de suas amigas dizia, olhando para mim e rindo.

Ela não sorria, não parecia se convencer de ter dado um fora em alguém numa festa. Ela estava quieta, acanhada.

- Avise para sua amiga que eu queria apenas conversar com ela. Não iria agarra - lá, tudo bem? – eu dizia, tentando consertar as coisas.

- Tudo bem, garoto.

Virei-me para voltar a ir falar com os outros, quando senti uma leve mão no meu ombro. Virei para trás, era a moça que me dera um fora.

- Desculpe, não estou num bom dia.

- Tudo bem. Qualquer dia conversamos.

- Pode ser hoje. Prazer, Marguerite Bonnet.

- Lindo nome. Tom Kaulitz. – Ela sorriu. Que sorriso lindo! 

- Você não é um dos garotos de David?

- Sim... Conhece-o?

- Claro que sim! Ele já foi meu cliente. – Marguerite como as muitas que ali estavam também era uma mulher da vida. Decepcionei-me. – Tom, já que já nos reconciliamos, vou ficar com minhas amigas. Amanhã estarei na casa de David para acertar umas coisas, soube que irão estar lá também. Talvez nos veremos amanhã. Foi um prazer te conhecer, menino.

Marguerite tratava-me como se eu fosse um menino, realmente. Será por isso que me desprezara da primeira vez? Afinal, quantos anos ela tinha? Ela me parecera alguém interessante, mais sempre há um porem. Em tudo.

- Tom, foi falar justo com Marguerite, rapaz? – David dizia, dando tapinhas em minhas costas.

- Desculpe-me, David.

David riu.

- Desculpas porque, moleque? Ela não é minha, é de todos.

- Vamos fumar lá fora, Tom? – convidava Bill. Ele queria me dizer algo, eu sabia.

Íamos abrindo caminho entre as pessoas, elas nos olhavam como se fossemos intrusos. Eu odiava aquela sensação! Marguerite estava entre elas. A olhei, e sorri. Ela retribuiu. Chegamos do lado de fora do grande salão, e enquanto Bill acendia um cigarro, começou a falar-me:

- Gostou de Marguerite, não foi?

- Achei-a atraente.

- Tom, larga de ser imbecil. Você jamais iria dizer “achei-a atraente”. Você nunca disse isso de mulher alguma, por mais “dada” que fosse. Você olhou-a como uma criança olha para uma fonte de chocolate. Sequer agarrou-a, como é de seu costume.

- Bill, eu acho que o cigarro já começou a afetar seu cérebro. Que tipo de raciocínio é esse, irmão? – acendi um cigarro, para fazer companhia. Tentava não olhar para os olhos de Bill. Eu nunca conseguiria mentir olhando para ele, nunca. – Apenas decidi respeitá-la. Aliás, eu havia dito que eu estava sossegado hoje.

O silencio permanecia entre nós, e o único som que se ouvia era a musica alta vinda da festa. David realmente havia gastado muito com tudo aquilo.

Eu e Bill estávamos quase terminando o cigarro, quando ouvimos vozes e risos femininos.

- Oh, Tom! Será difícil fugir de você nessa festa, não? – Não será necessário contar-lhes quem era a pessoa a quem me dirigia à palavra. Sorriu para mim de forma encantadora, e cumprimentou Bill. – Olá rapaz. Prazer, Marguerite Bonnet.

- Bill Kaulitz. – Bill retribuía o sorriso beijando a mão de Marguerite.

- Kaulitz? São irmãos?

- Sim, eu como sou superior, dez longos minutos de sofrimento da senhorita Simone, mais velho que ele. – dizia eu, trazendo um clima menos tenso para o momento.

- E mais convencido. – Bill dizia.

A moça que acompanhava Marguerite nada dizia. Estava quieta, acanhada. Era uma moça muito bonita de fato. Seus cabelos eram negros, e lisos. Seus olhos um azul claro, a cabeça duma forma oval e delicada. Seus olhos eram pequenos e puxados, diferente, não como de uma asiática. Sua boca era pequena, em uma forma de coração que a deixava ainda mais menina. Era extremamente magra, mais aparentemente saudável. Era alta, pouco mais baixa que eu e Bill.

- E você, quem é? – dirigia-me para a garota.

- Louise Schadeck. – deu um leve sorriso de canto, e nada mais disse.

- Louise é meio tímida, Tom. Se solta quando passa muito tempo conversando com alguém, ou se você puxar assunto. Não é, Srta?

- Depois que vocês me conhecerem, fico insuportável.

Rimos. Bill não parava de olhar discretamente para Louise. Para mim, isso era claro.

- Quantos anos você tem, Louise? – perguntava Bill.

- Vinte, e vocês, bem sei que vinte e dois.

- Pouparemos saliva, Bill. Não necessitamos de falar de nós. Sempre existe o lado bom de ser um astro! Sabem tudo de nossas vidas.

- E existe o lado ruim? – Marguerite perguntava. – Vocês conseguem tudo o que querem. Aposto que, se quiserem ter uma noite com Megan Fox, qualquer um de vocês, sem esforço, conseguiriam.

- Sim. É o lado ruim, mais ao mesmo tempo bom. Difícil dizer-lhe. O atrevimento das fãs. O exagero, enfim, tudo.

- E isso é bom? – Louise perguntava. – Vocês são perseguidos em todos os lugares. Não duvido que nesse momento tenha um paparazzi nos arbustos tirando trilhares de fotográficas e inventando assuntos do tipo “Bill e Tom Kaulitz estavam na noite de ontem no famoso Castelo Trevizzo com duas mulheres.”

- É, isso realmente pode acontecer. – Bill se manifestava – No entanto, o lado bom, de certa forma, é saber que as meninas, seja elas de 14, 20, 50 anos nos amam realmente. Uma vez veio uma senhora de sessenta anos me pedir um abraço, e disse que as letras das minhas musicas eram excepcionais!

- A sensação é ótima, realmente.

Adentramos o salão novamente. As pessoas estavam mais animadas, quase todas dançando, divertindo-se, bebendo. Gustav, como de costume não levantava da cadeira, mas divertia-se de alguma forma; bebendo. Eu e Bill já percebemos, sem demora, a mudança no comportamento de Gustav. Ele estava agressivo, batia na mesa do bar e gritava com as pessoas em volta, sem motivo algum.

- Adivinha quem vai ser expulso da festa! – exclamava Bill.

- Gustav idiota, imbecil, porco imundo, retardado, animal! – David surgira ao nosso lado, gritando.

Logo fora ao encontro de Gustav, tentando acalmá-lo. O seguimos.

- DAVID JOST! MEU AMIGO, MEU PARCEIRO, MEU ESPOSO! EU TE AMO, MEU AMOR! – Gustav estava completamente fora de si. Falava dum modo totalmente desengonçado, e se jogava nos braços de David.

- Gustav, seu grande imbecil! – David estava extremamente nervoso. Gritava com Gustav, e o chacoalhava, chamando a atenção de todas as pessoas ali presentes.

Começava o alvoroço. Mais curiosos chegavam perto. David apenas largou Gustav no chão e pediu-nos para que o levassem para o carro de um de nós.

Bill e eu ajudamos Gustav a levantar-se e o levamos para o estacionamento do subsolo, onde estavam nossos carros. Colocamos Gustav deitado no chão, e sentamos ao seu lado.

- EU QUERO VOLTAR PRA FESTA! – Gustav gritava, sua voz ecoava.

- Cala a boca, Gustav! – Bill gritava.

Sem que esperássemos, Louise aparecera no estacionamento.

- Vocês já vão embora, meninos?

- Creio que apenas eu, Louise. – respondera Bill, levantando-se. – teremos que levar nosso amigo para a casa. Embriagou-se.

- Oh...

- Vai embora com Marguerite? – eu perguntava, ainda no chão, segurando Gustav.

- Não. Pegarei minha bolsa que deixei no carro dela, e chamarei um taxi.

- Não precisa, a gente leva você.

- Não... acho melhor não. O estado do seu amigo não esta lá muito agradável, não é mesmo?

- Hahaha, sem problemas Louise. Eu levo Gustav, e Bill pode levar você. Ainda está cedo, não perderemos muito da festa.

- Agradeço, Tom. No entanto, eu os incomodaria de mais os fazendo levar até minha casa e voltando aqui.

- Nós viemos apenas para dar presença. David iria ficar chateado. Eu quero é chegar em casa, dormir, porque amanhã terei que ir a casa dele cedo!

- Então tudo bem, Bill. Se não o incomodarei, aceitarei seu convite de me levar para casa. – Louise dizia, dando um encantador sorriso.


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