A semana passou rápido, e adivinha que dia é hoje? Se você disse quarta-feira você errou! Era um dia anterior a ele. E sim eu estava na casa da mãe do Harry. Não foi muito fácil tomar a decisão de me mudar pra casa do meu - como diz a Alex - ex-atual-futuro-melhor amigo e amor da minha vida.  

  A dona Anne estava toda ansiosa pra receber o seu filho de volta. E eu aos poucos eu ia aceitando de que também estava gostando da ideia de ver o Harry de novo.    O tio Des - o pai do Harry - ficava fazendo piadas como: “O Harry nem vai te reconhecer! Você está muito… Como vocês dizem hoje em dia? Ah! Você está muito gata!” ou “Nossa como você cresceu! Aposto que o Harry vai largar a Caroline Flack pra ficar com você!”

  Foi um choque pra mim saber que o Harry estava namorando. Eu meio que fiquei insegura comigo mesma. Digo, ele nunca foi do tipo de pegar as garotas e jogar fora. Então se ele está namorando, deve ser pra valer. Eu não sei se eu ficava feliz por eu finalmente realizar de que Harry é um menino famoso, e que não está disponível, assim eu poderia - quem sabe - partir para outra. Ou se eu ficava triste, por ele estar beijando outra ao invés de mim, e pior ainda, a garota ter a sorte de poder ficar ao lado dele e eu não.

   Contudo, eu estava dormindo no quarto do Harry, e estava como sempre. A cesta de basquete - sim ele tinha um cesta de basquete dentro do quarto - estava na frente da cama, o notebook estava na escrivaninha que - por acaso - era do lado da mesma. A parede pintada de azul e o quadro de fotos. Primeiramente eu me espantei ao ver uma foto minha e dele pendurada no quadro. Era uma onde eu e ele estávamos nos beijando - selinho. Tínhamos mais ou menos 7 anos de idade, e nós fingíamos que éramos casados. É… - e como eu sempre quis falar - bons tempos…

   Estava tudo um limpo na casa. Estava de noite, e todos - inclusive eu - estavam empolgados para as sete horas do dia seguindo - o horário que Harry chegaria com sua banda. Nesse exato momento, eu estava conversando com Gemma - a irmã mais velha do Harry. 

  - Posso te fazer uma pergunta? - perguntou ela sorrindo.

  - Claro! - Respondi da mesma forma.

  - O que você sente pelo meu irmão? - Ela perguntou e sua feição ficou séria. Eu empalideci, minha língua simplesmente travou e meu coração começou a bater freneticamente. 

  - P-por q-que você está me fazendo e-essa pergunta? - Eu respondi gaguejando.

  - Poque eu sei que dentro de você, assim como dentro do Harry, há algo mais que amizade. E eu só quero ter certeza! - Disse ela normalmente.

  - B-bom, eu não sinto nada além da amizade Gem. - Menti. - Só isso!

  - Por favor, me ajude! Eu sei que vocês dois se amam. E eu realmente quero que isso aconteça! - Ela disse. 

  - Crianças, vocês precisam ir para cama agora. Amanhã nós vamos acordar cedo. - Disse tia Anne.

  - Ok - Dissemos eu e Gem juntas.

  - Não pense que você escapou não mocinha! - Gemma disse e foi pro seu quarto. No caminho do quarto eu fui pensando em como eu estava sendo idiota em não admitir que eu gosto dele nem pra pessoa que vai me ajudar.

  Já deitada na cama eu pensei em minha mãe. Eu a visito todos os dias. E parece que ela tem ataques todos os dias. Isso já faz uma semana, será que isso não vai parar? E sem perceber eu estava chorando. Não alto, apenas soluçando. 

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  Eram 6:57 quando o foi confirmado de que a aeronave estava pousando. Foi provavelmente os 3 minutos mais tensos da minha vida. Eu estava na beira do precipício, e dessa vez eu sabia que eu ia me jogar de cabeça. 

  Quando o vi saindo pela aquela porta, meu coração acelerou e eu oficialmente assinei o contrato de que estava perdidamente apaixonada por ele. De novo.

  Ele veio até nós e deu um abraço em cada um. Quando chegou na minha vez ele fez uma cara estranha. Confesso que fiquei decepcionada quanto a cara que ele fez. Mas logo depois sua expressão mudou e ele arregalou os olhos e deixou sua mala depois e me abraçou tirando-me do chão. Eu sentia uma felicidade inexplicável . Ele tinha se lembrado de mim, e isso era a melhor sensação que algum dia eu já tive. 

  - Eu senti saudades!