Minha mãe parada em frente da minha casa e meu primo Neji bem atrás dela, esperando pacientemente com uma imensa caixa de papelão nas mãos. Eu, carregando minhas compras, cheguei bem devagar, tentando achar a chave de casa, um pouco confusa. Literalmente eu poderia gritar para Gaara abrir a porta, mas, isso só estragaria a “bendita” surpresa. Para minha infelicidade e ao mesmo tempo felicidade minha “Querida e capetinha” irmã também estava lá. Ela segurava um pequeno embrulho vermelho nas mãos e estava muito impaciente. Quando achei a chave, abri a porta e todos entraram. Como se fossem uma “Manada de elefantes”. Minha mãe:

- O que tem pra comer filha? – ela examinou a cozinha inteira e depois quando chegou à sala, continuou falando – Nossa filha, como sua casa está impecável! – em seguida, ela e Hanabi deixaram o embrulho em cima da mesa.

- Obrigado mãe – eu disse tentando preparar um café da manhã meio corrido. Porém, com todo mundo na cozinha ficava meio difícil sabe?

- Quem está ai Hinata? – do nada, no meio da cozinha, apareceu um homem só de moletons, olhando pra todo mundo assustado – Quem são esses?

- Minha família amor – eu olhei constrangida para todos ali presentes – Essa de cabelos curtos e escuros é minha mãe, esse é o Neji você já conhece ele, apesar dele estar na faculdade já. Essa pequenina de Meio metro de altura é minha irmã Hanabi.

- A prazer em conhece – las. Agora dá pra ver de onde Hinata tirou toda a beleza dela! – ele deu uma risada sem graça.

- Beleza? Que beleza – perguntou Hanabi – Eu puxei a beleza da família.

- Pois eu não acho – Respondeu Gaara um pouco irritado – Hinata é a mais bela de todas.

- Diz isso porque está apaixonado por ela...

- Chega, chega e chegam mocinhos, sem discussão. E desculpe filha pela sua irmã – ela disse suspirando calmamente- você sabe que ela é uma “rebelde” com “R” maiúsculo, não é mesmo? Bom então esse é seu incrível namorado “Amnésia” por causa de um carro?

- Quem te contou mãe? Eu não te disse nada- eu disse suspeitando de algo que eu nem sabia se seria verdade, mesmo assim continuei na defensiva e no ataque ao mesmo tempo – mãe...

- Está bem filha, vou te contar quem foi que causou tudo isso – ela disse me deixando surpresa, e eu, tentei me manter calma...

- O quê? – O quê? Minha mãe sabendo de coisas que eu não sei? Isso está muito estranho, vamos deixa – La terminar.

- Foi sua irmã.. – e ela rachou de rir – Brincadeira filha, eu não sei quem foi! Calma Hinata, foi só brincadeirinha, calma filha.

- Mãe, você Sabe que não gosto desse tipo de brincadeira, você sabe...

- Sogra... Eu também não gosto, principalmente quanto é algo que aconteceu de verdade, e que deixou muitos aborrecimentos. Não quero nem saber quem foi, só sei que não quero nem lembrar.

Ele se dirigiu para o quarto, e o tédio afundou – se na cozinha, todo mundo em silencio com “cara azeda” olhando um para o outro, aborrecidos pela cena presenciada, com um toque de desapontamento corri até o quarto.

- Neji termina de fazer o café da manhã pra mim, afinal, a culpa é toda sua! – Caminhei até o quarto e abri a porta sem fazer nenhum ruído. Ele estava sentado na cama com uma folha de foto na mão e este mostrava uma mulher grávida e duas crianças. Era uma mulher de cabelos loiros, olhos azuis celestiais que observavam o céu que morria logo a frente. Ele escondeu a foto ao ver que eu passava por perto:

- Sente falta da sua mãe, não é? E do seu pai também. Vem aqui amor, me dá um abraço. – ele se aproximou, e me abraçou deixando as lágrimas rolarem devagar, uma coisa que nunca vi no seu ser: ele chorando – calma, eu estou aqui, para te fazer feliz, pra te amar... Eu imagino como você sofre tanto por causa disso, mas lembre- se, pelo menos seus irmãos te amam e seus pais também me amavam, e eu, só tenho minha mãe. Meu pai não liga pra mim desde que eu me mudei pra cá.

Nisso eu ouvi passos vindos diretamente para o quarto, e reparei ao me separar de seus braços quentes que era Neji.

- Prima, sua mãe foi embora e ela disse que comprou um presente pra você.

- Por que ela foi embora Neji? – eu disse, acariciando o cabelo de Gaara, que era muito macio. – será que não gostou da minha casa?

- Não prima, lembra da empresa? – ele coçou a cabeça também já indo embora – ela tem assuntos particulares para tratar, e eu também, fui.

Estávamos novamente, sozinhos em casa, quando me lembrei do almoço na casa de Sakura. Arrumei-me, quer dizer nos arrumamos. Eu caminhei até o portão de casa, que era na verdade, um murinho feito com tijolos. Damos as mãos e aquela típica cena romântica, onde o casal fica todo constrangido quando passa alguém que você conhece e não para de te encher o saco. E essas pessoas irritantes têm nomes: Sasuke e Ino.

- E ai Hinata, não fala mais com os pobres não?- Sasuke provocou dando sua típica risada de Vitoria – é claro que eu falo, só que dessa vez estive meio ocupada.

Nós nos dirigíamos para o mesmo local de encontro: casa da Sakura.