In Love With You escrita por MissLerman


Capítulo 6
Capítulo 6 Machucados


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde meus queridos, hj não atrasei HAUHAUHAU
Lá vai mais um capítulo para vocês (:



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Já passara das 4h e nada de Lee aparecer. Sempre nos encontrávamos as 3:30 em ponto, hoje ele estava atrasado. Comecei a ficar preocupada, o que poderia ter acontecido? Poderia não ser nada, ele podia ter dormido e perdido a hora, só isso. Para me deixar mais calma, senti meu celular vibrar, fui ver o que era e vi que era uma mensagem dele.

"Desculpe a demora linda, tava na casa dos meninos e esqueci da hora, já estou chegando."

Menos mal, ele só tinha perdido a hora mesmo. Logo vejo uma figura se aproximando, ele estava de skate. Deu um sorriso e pegou o skate, colocando embaixo do braço. Lee veio até mim e me deu um beijo.

– Estava com saudades. - ele disse.

Fiquei meio sem graça, afinal eu não sentia tanto a sua falta assim, eu gostava dele, mas era tanto. Apenas sorri, e ele me beijou de novo. Foi me puxando até que encostasse numa árvore. Ficamos lá por tempo até que ele resmungou algo que eu não ouvi.

– O que? - perguntei, desgrudando seus lábios dos meus.

– Te amo.

Aquilo me pegara de surpresa. Estávamos juntos à tres semanas e ele já disse que me amava? E o pior, eu sabia que não podia dizer o mesmo, porque não era ele quem eu amava. De repente, me veio uma vontade imensa de chorar.

– Te peguei de surpresa? - ele disse percebendo como eu fiquei... estranha. Fiz que sim com a cabeça.

Lee me puxou pela cintura e me deu mais um beijo. Ele gostava de mim, dava para perceber mas... e eu? Como seria se começássemos a namorar? Alguma hora ele ia se questionar, ou cansar de dizer que me ama e eu não dizer nada. Fora um dos motivos pelos quais eu não aceitei namorar com ele quando ele me pediu uma semana atrás.

– Agora que eu te peguei, nunca mais vou te soltar. - ele disse, ainda com o rosto próximo ao meu.

Eu sabia quem eu realmente queria, e não era ele. Apesar do cara que eu gostava ainda não ter percebido o que eu sinto, era ele. Eu não podia negar. Lee era um cara legal, e eu gostava de ficar com ele, mas amá-lo... eu não conseguia.

Resolvi cortar aquele clima todo, me lembrei de seu skate.

– Me ensina? - eu disse apontando para ele.

Lee sorriu e colocou o skate no chão. Pisei nele e fiquei em pé, parada, não podia ser tão difícil assim. Mas então Lee começou a me empurrar, e eu comecei a pegar um certa velocidade. Ele gritou alguma coisa sobre como virar, mas eu não escutei. Na verdade, nem lembro direito como caí, só sei que de uma hora para outra, eu me estabaquei no chão. Lee correu para ver se eu estava bem.

– Tudo bem? - ele disse me ajudando a levantar.

– Sim, eu acho.

Quando olhei para baixo, vi o corte que eu tinha ganhado. Como eu estava de shorts, minha perna esquerda estava completamente vermelha de sangue. Não tinha doído, enquanto eu não tinha visto, mas agora...

– Merda! - eu disse tentando limpar todo aquele sangue.

– Vamos pra casa, lá eu lavo e te faço um corativo. Senão vai infeccionar.

Lee estava certo. Se um corte daquele tamanho infeccionasse, eu com certeza perderia minha perna.

Caminhamos pelo Central Park até que avistei um edifício azul, era bem bonito. Lee me levou para dentro, provavelmente, ele morava lá. Subimos de elevador até o 5º andar, minha perna estava me matando. Como um completo cavalheiro, ele me carregou até seu apartamento, que eu não lembro o número. Entramos e percebi que era tudo simples. Três quartos, sala, cozinha e banheiro, todas as paredes era pintadas de um laranja bem claro.

Fomos até a cozinha, onde ele pegou uma caixinha branca com uma cruz vermelha estampada. Ia doer, eu estava prevendo. Fechei os olhos e esperei a dor vim. Mas não doeu tanto, ele apenas passou um pano umidecido para tirar o sangue e depois passou alguma outra coisa que ardeu um pouco, deve ser algum tipo de antibiótico.

Quando abri meus olhos, tinha um belo curativo na perna esquerda. Lee estava voltando para a cozinha, provavelmente fora guardar a caixa.

– Obrigada. - eu disse.

– Da próxima vez é melhor me ouvir, ou então vai ganhar mais um desse.

Nós rimos. Então ele se aproximou de mim e se colocou entre minhas pernas. Como eu estava sentada em cima da mesa, ficávamos exatamente do mesmo tamanho. Lee segurou minh cintura e me puxou para ele, me dando um beijo. Mas esse beijo foi diferente dos anteriores, tinha alguma coisa... a mais. Senti suas mãos passarem freneticamente por minhas coxas. Eu sabia o que ele queria de verdade.

Parei o beijo e o olhei séria.

– Quando nós vamos...?

Lee não terminou a frase, mas não era preciso ele terminar para eu saber o que ele queria. Fiquei com raiva.

– Como você tem coragem de me perguntar uma coisa dessa? Nós nem estamos namorando! - eu disse tirando suas mãos de mim e descendo da mesa.

– Mas não tem ninguém aqui, a gente podia.... - ele disse me abraçando por trás.

– O que? Você pirou? - eu disse surpresa, não acreditei em suas palavras - Caso você não tenha percebido, eu não sou esse tipo garota!

Dizendo isso, sai de sua casa, mas Lee não veio atrás de mim. Fiquei feliz com isso. Mas eu precisava de alguém, e eu sabia quem.

Peguei meu celular e disquei o número, logo ela atendeu.

– Oi Annie.

– Thalia, será que você não podia vim me buscar aqui no... Central Park? - eu disse segurando o choro.

– Annie, está chorando? O que aconteceu? Foi o Lee?

Senti as lágrimas caindo. Já não tinha mais forças para segurá-las.

– Sim... mais ou menos... primeiro ele disse que ama, depois queria... queria... - eu mal conseguia falar.

– Mas vocês fizeram alguma coisa? - senti que Thalia também estava aflita.

– Não. Eu só quero ir para um lugar que não seja minha casa. Preciso de você amiga!

Ouvi um estrondo, parecia alguma coisa caindo, ou uma porta batendo. Thalia ficou em silêncio.

– Thalia, que barulho foi esse?

– Annie... foi Percy, ele nos escutou. Acabou de bater a porta do meu quarto, não vi que ele tinha entrado e...

Percy, meu amigo estava vindo. Fiquei feliz e preocupada ao mesmo tempo. Eu sabia como ele era explosivo, devia estar cheio de raiva. Ia chegar aqui bufando.

Logo avistei o velho camaro preto se aproximando muito rápido. Ele estacionou em minha frente. Saiu do carro e bateu a porta.

– Cadê aquele desgraçado?! - Percy gritou.

– Percy calma, eu só quero ir embora daqui.

Ele veio até mim e segurou meu rosto.

– Vocês está bem? Ele te machucou?

Fiz que não com a cabeça e ele suspirou, parecia ter se acalmado um pouco.

– Por que não ligou pra mim?

– Porque eu sabia que você ficaria desse jeito. E eu queria conversar com a minha amiga. - eu disse.

Percy olhou para baixo e viu meu curativo. Ficou confuso, achei melhor explicar.

– Eu estava... andando de skate, e acabei caindo. Lee me levou para a casa dele e fez esse curativo, mas parece que ele queria fazer muito mais do que isso.

Senti que meu amigo se enrijeceu. Ele estava muito zangado, pude ver isso em seus olhos.

– Vamos, eu te levo para a casa de Thalia.

Entramos no carro. Percy procurou uma estação de rádio boa, mas em nenhuma estava tocando músicas do nosso gosto.

Eu preferi ficar quieta, e processar tudo que tinha acontecido. Mas me sentia mal por dentro. No fundo, eu estava brincando com os sentimentos de Lee, ele dissera que me amava e eu não consegui dizer nada, o que ele pensou? Decidi pedir um conselho para um homem.

– Percy, se você fala pra uma menina que ama ela, e ela não diz nada, o que você pensa?

Ele me olhou um pouco confuso enquanto dirigia, mas logo respondeu:

– Que ela não me corresponde, por que a pergunta?

Fiquei meio sem graça, mas ele era meu amigo, meu melhor amigo, precisava contar para ele.

– Lee disse que me ama hoje, e eu não consegui dizer nada. Me pegou de surpresa.

– Mas você ama ele?

Meu coração acelerou e a vontade de chorar voltou. Como Percy ainda não percebera quem eu realmente amava? Homen, são todos uns lerdos!

– Não, gosto dele, mas não o amo. - eu disse tentando segurar minhas lágrimas.

– Então isso complica um pouco as coisas. Mas não minta pra ele, se ele te perguntar " Você me ama?" responda "Eu gosto de você".

– É isso que eu sempre digo pra ele, mas eu tenho medo de começar a namorar assim, sem esse tipo de sentimento.

Percy suspirou e continuou a olhar para o trânsito.

– SIga o seu coração Annie. Não force o que não vai dar certo, mas também não enrole se você sabe que não da futuro.

Por isso eu amava conversar com Percy, ele sempre sabia exatamente o que dizer e quando dizer. Era o melhor cara do mundo.

– O problema é que o que meu coração quer é impossível. - acabei falando sem pensar.

Sim, o que, ou melhor, quem, meu coração queria, eu sabia que era quse impossível. Me senti triste de novo, meu peito estava apertado e doía demais.

– Por que você não escreve uma carta pro Lee, falando pra ele sobre o que você está sentindo? - ele disse estacionando em frente a casa de Thalia.

– Percy, eu já disse que você é brilhante? - disse eu lhe dando um beijo em sua bochecha, ele ficou vermelho.

– Obrigada. - eu disse e sai de seu carro.

Percy estava certo, eu jamais conseguiria falar tudo que eu tenho vontade olhando nos olhos de Lee, então eu ia escrever uma carta para ele, era genial!

Antes de apertar o interfone, vi uma figura correndo até o portão, era Thalia.

– Annabeth, você está bem?

Rebobinei minha memória e recordei os fatos acontecidos hoje: primeiro Lee diz que ama e eu não digo nada porque eu não o amo, segundo ele me agarra dentro de sua casa e diz que queria transar comigo, terceiro fico feliz por Percy ter ficado tão preocupado comigo, e quarto, peço conselhos amorosos para o cara que eu amo. Fora um dia muito agitado, eu só queria descansar e conversar com minha melhor amiga.

Thalia percebeu que eu não estava muito bem e me puxou para dentro de sua casa. Acho que Zeus não estava em casa.

Quando chegamos no quarto dela, não aguentei e desabei. Eu chorava, não sabia bem porque. Ou melhor, eu sabia sim.

– Tudo bem Annie, pode me contar o que aconteceu. - ela disse se sentado na cama e me puxando para que eu fizesse o mesmo.

– Por que ele não percebe Thalia, por que?

Minha amiga entendou sobre o que eu falava.

– Percy é um lerdo.

Dormi na casa dela essa noite. MInha mãe não se importou. Mas eu não dormi praticamente nada. Quando eram quase 4h da madrugada, resolvi ir ao banheiro. Peguei meu celular e vi duas novas mensagens: uma de Lee e outra... de Charles?

Abri a de Lee:

"Linda me desculpe por mais cedo. Até amanhã."

Mas foi com a de Charles que eu realmente me preocupei:

"Preciso conversar sério com você Annabeth."

Ainda era muito cedo, mas assim que escurecesse, eu iria ver o que Charles queria. Fiquei preocupada ao pensar que Lee poderia ser o assunto.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha ficado bom (: