Nova Geração escrita por AliceTully


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEM OK? É eu demorei muiito para postar. É falta de tempo mesmo. Espero que gostem desse capitulo. Beijinhos



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POV.: Elena

Eu saí correndo, James estava atrás de mim. Nós subimos escadas, corremos como se não houvesse amanhã e chegamos na biblioteca.

Adivinha?

A Minerva não tinha chegado ainda.

Ou seja, corri muito e agora estava suada, com calor e quase morrendo e nada de Minerva? Não acredito!

- Ela ainda não chegou mesmo James?

- Não. Pelo menos, eu não a vi ainda. – ele parecia tão revoltado quanto eu.

Não falamos mais nada. Apenas sentamos, lado a lado, e ficamos esperando Minerva por um tempo.

Quando ela finalmente apareceu disse:

- Boa noite senhor Potter e senhorita Tully. Vejo que estão aqui há um tempo, sim? – Nãããão, só estamos sentados aqui há um século e nada da senhora. – Então, entreguem suas varinhas, peguem isto – ela estendeu dois panos e um frasco de alguma coisa. – Ah, sim. Só poderão sair da biblioteca quando terminarem uma sessão inteira. Eu vou enfeitiçar a sala para isso, quando vocês entrarem. Então, podem ir. – ela disse sorrindo para gente.

James sorriu. Eu não. Apenas acenei com a cabeça. Tinha outros problemas em mente, como por exemplo: como eu e ele iremos terminar uma seção da biblioteca sem eu tentar matar Jay, acabarmos nos agarrando e eu talvez me declarando pra ele sem querer?

Merlim, é hoje que eu pago todos os meus pecados.

Nós entramos e nos dirigimos a primeira seção que vimos, e começamos a limpar os livros em silêncio. Depois de uns dez minutos, James disse:

- Elena, eu quero que você faça uma coisa. Bem simples.

O que ele queria?

- O que James? – eu disse, um tanto nervosa.

- Não ande sozinha pela escola ok? Essas meninas são malucas, e tem o Thompson ainda. Eles vão te machucar. E eu não quero isso, entendeu? – Agora ele tinha parado de limpar os livros e olhava para mim.

Como ele é fofo! Ele queria cuidar de mim! Seu lindo!!

- James, eu sempre estou com Rose, Amanda e Madge  e as vezes com Lily, então..

- Você anda com Amanda também. Esse é o problema. Amanda, para todos os efeitos está com Alvo, Rose e Scorpius vão acabar se beijando até o Natal pelo jeito, e a minha irmã não vai conseguir ajudar vocês caso aquelas garotas apareçam. Na verdade, é bem capaz de elas tentarem machucar Lily também. E tem Madge. Ela e Fred ainda vão sair. Ele sonha com ela sabia?

- Jay, elas não vão machucar Lily. Nenhuma de nós vai deixar. Na verdade, Madge e Fred só precisam de um empurrãozinho que eles vão namorar. São mais óbvios que Al e Amanda. - eu sorri com a ideia. – Vamos, nós temos que terminar isso, senão sairemos daqui só amanhã.

Eu me virei para continuar limpando os livros. James me puxou e me deixou de frente para ele e olhava nos meus olhos.

Droga, assim eu não conseguia pensar.

- Eu quero saber por que você gritou que eu tinha namorada, hoje na hora do almoço.

Ele podia fazer qualquer pergunta agora. Mas essa? Justo essa? Que diabos eu ia falar pra ele agora?

Eu fiquei em silêncio, por uns minutos.

- Elena? Elena, você me escutou? ELENA!

- AAH! NÃO GRITAA! VOCE ME ASSUSTOU!! SEU IDIOTA!! – Eu batia nele.

- Por que não respondeu? – ele perguntou, segurando meus pulsos.

Por que ele tinha que ser mais forte que eu? Cadê a justiça nesse mundo, Merlim?

- Por que eu tava pensando! – Ops.

- Pensando em que? Você parecia bem distraída.

- Na resposta!!

- Então, você não tinha resposta imediata? – ai não. Ele estava se aproximando de mim. Não ia dar certo.

- É que... então, né... Eu... – eu gaguejava muito.

- Não tinha resposta? – ele estava muito próximo de mim agora.

Eu o beijei.

Por que eu fiz isso? Eu não sei. Só o beijei. Na verdade, agarrei.

Quando nos separamos eu não olhei nos olhos dele. Eu não conseguia. Era impossível.

- Você me beijou.. – ele parecia em transe. Bobo. – Por que você me beijou?

Ele estava confuso.

E eu estava ferrada.

Se eu já não tinha resposta do porque eu tinha berrado que ele tinha namorada, imagina agora que eu o beijei?

Eu não falaria que era apaixonada por ele. Não agora, eu acho.

- Eu não sei James. Sei lá, você não cala a boca. – eu menti, é. Eu sabia que não conseguiria falar aquilo agora.

- Como assim não sabe Elena? – ele olhava meu rosto agora. Eu tinha certeza que estava vermelha.

- Eu não sei! – eu sentei no chão. Eu sabia sim o motivo de ter beijado James, mas não queria contar a ele. Eu tinha medo da reação dele, mesmo que ele dissesse que gostava de mim. – eu tô confusa demais.

Ele se sentou ao meu lado.

- Então por que não tenta me explicar o que você sente? – NANANINANÃO. De jeito nenhum que eu vou falar tudo para ele.

- Não. Se nem eu estou entendendo, nem você vai.

- Obrigada pela consideração, docinho. – ele sorria para mim.

Eu não sorri de volta. Eu quase chorava. Na verdade, eu estava começando a chorar já.

- Ahh, não chora. Vem aqui. – ele me abraçou, e ficamos assim até que eu parasse de soluçar.

- Jay, você já ficou confuso com relação a uma pessoa?

- Já. Sobre você.

Eu pensei um pouco, antes de responder. Bom, achei melhor falar a verdade. Eu não sabia como ele reagiria. Em todo caso, eu pediria a ele que não contasse a ninguém.

- E se eu dissesse se você é a pessoa que me deixa confusa?

- Eu? – ele olhava confuso pra mim. Ótimo. Eu ia ter que explicar. Por que, diabos, ele tinha que ser tão lerdo?

- James, seu lerdo, você me deixa confusa. Tem hora que eu quero matar você. Mas a Gibson me irritou quando começou a abraçar você. Como se você fosse dela. Você não é dela. Não até aonde eu sei, pelo menos. – eu olhava para chão.

- Olhe para mim, Elena. – eu não olhei. Ele ergueu meu rosto. – Primeiro não posso dizer que não esteja muito feliz com isso, porque seria uma grande mentira, segundo, eu e a Gibson 1 saímos uma única vez, e ela acha que tem algum poder sobre mim. Só isso. Além do mais eu nunca trocaria você por ela.

Eu sorri. Ele sabia me acalmar.

- Mas, por que eu te deixo confusa? – ele continuou. Droga. Ele não esquece mesmo.

- Ok, James, eu vou ser direta. – eu respirei fundo, caçando toda a coragem que eu não tinha. – eu acho que estou começando a gostar de você. Talvez, eu tenha sempre tido uma quedinha, mas depois do dia do Beco Diagonal... Eu não sei. Por isso eu estou tão confusa.

Ele apenas sorriu.

- Em todo caso, docinho, - ele riu com a minha careta. – nós teremos que ser um casal feliz. Então você vai descobrir.

- Mas e se eu magoar você achando que é uma coisa e não é? – eu me preocupava muito com isso. Depois daquele dia eu estava decidida a não fazer Jay se sentir um lixo.

- Querida, tecnicamente, você já me magoou muito. Principalmente quando saía com aqueles meninos. Especialmente o Thompson. – ele fechou as mãos em punhos com a lembrança daquilo.

- Não me lembre do Thompson, ok? Eu me arrependo profundamente disso, você não tem ideia. E desculpe por ter te magoado. A intenção era só te afastar de mim.

- Tudo bem. Então, agora você é a minha nova namorada? Eu gostei da ideia. – ele disse, meio malicioso.

- Potter!! Não faça essa cara maliciosa!

- Potter? Mas você não gosta de mim? – ele disse.

- Não adianta, toda vez que eu ficar brava com você, você será o Potter.

- Você não disse que não gostava de mim. – ele estava radiante.

Droga. E agora?

- Esquece isso – eu disse me levantando. – anda, a gente tem que terminar uma seção inteira lembra? E eu quero que você me faça um favor: não conte a ninguém o que eu disse ok? Eles já estão me infernizando, se souberem... ai sim, ferra com a minha reputação.

- Ok. Você vai ter que me beijar mesmo, então não tem problema.

Eu simplesmente o ignorei.

Continuamos limpando, quando finalmente terminamos aquela seção, já era mais de meia noite.

Merlim, como iriamos sair dali, sem sermos pegos pelo Pirraça ou pelo zelador? Não tinha nenhuma passagem secreta por ali.

- James, como nós vamos sair daqui? A Minerva disse que só sairíamos quando terminássemos a limpeza de uma seção. Nós terminamos. Ok. Mas como vamos sair daqui sem ninguém nos ver e achar que estávamos aprontando alguma? Ou que estávamos fora do castelo? – por mais que eu não me importasse, eu já tinha um mês de detenção. E eu cheguei aqui hoje.

- Existem caminhos menos usados, alguns nem o Pirraça usa tanto. Mas os que eu conheço a maioria vai pro sétimo andar, pras masmorras eu não conheço. Mesmo por que, quando eu ia lá e era tarde, eu pegava a capa do Al antes. E eu não trouxe o mapa. Só por que o Fred ia sair da escola, pegar alguma coisa na loja do tio Jorge, ou alguma coisa assim.

- E como que eu vou agora?! Vou ficar trancada aqui até amanhã. Pronto. Sem mais detenções. Já chega. Enquanto eu não cumprir essas, eu não arranjo outra. Pode ir se quiser. – é eu estava nervosa.

- Calma Elena. Eu vou com você até o seu salão comunal. Depois vou pro meu. Simples.

- Não. Lembra o que eu disse? Sobre pegarem a gente a essa hora?

- Ah, é. – ô criatura lerda, Merlim. – e agora ?

- É a mesma coisa que eu te perguntei. Vamos fazer o seguinte: você vai pro seu salão e eu pro meu. Porque se me pegarem, pelo menos, eu não vou estar com um menino, o que pioraria a situação, e você sabe disso.

- Mas e se alguém, uma daquelas meninas aparecerem ou os amigos do Thompson? Desculpa, mas nem mesmo você daria conta de cinco. – ele parecia preocupado. Que lindo.

- Eu me viro James. Eu sei correr também.

- Você sabe que não vai adiantar. Vão te atacar pelas costas.

- James, vai ser assim e pronto. E não discuta, ok? Vamos. – ele estava emburrado, mas não discutiu. Acho que viu sentido no que eu disse.

Nós saímos da biblioteca e eu disse:

- Tchau Jay. Até amanhã. – eu abracei.

- Tchau Elena. Vejo você amanhã.

E cada um foi para um lado.

Eu cheguei no salão sem nenhum problema. E quando eu subi pro dormitório, as meninas ainda estavam acordadas.

- Oi maninha! – por que ela tinha mania de me chamar assim?

- Oi Elena. – disse Rose.

- Oi gente. – eu estava desanimada. E um tanto irritada comigo mesma.

- O que aconteceu? Vocês brigaram de novo? – disse Amanda, preocupada.

- Não, Amanda. Eu... meio que contei para James. E foi sem querer, isso que é o pior!

- Como assim você meio que contou pra ele? Ou você contou, ou você não contou! – disse Rose.

- Eu disse que ele me deixava confusa, e que depois do dia do Beco Diagonal eu comecei a pensar algumas coisas. E agora?! Tipo... eu estou ferrada né? Eu não devia ter dito nada!

- Calma Elena. – disse Amanda. -  Ele não vai te tratar diferente. Na verdade ele deve ter acordado os meninos a essa hora, e deve estar pulando de alegria.

- Se ele tiver amor a vida ele não disse nada. Ele me prometeu que não ia falar! – eu disse, meio desesperada.

- Se ele prometeu, ele vai falar então. – Rose sorria. – De qualquer forma, o que fez você contar a ele?

Ai, essa pergunta não. Devia ser coisa do sangue. Só pode.

- Nada demais. – eu disse.

- Você está rosa Elena. Fala a verdade. – disse Amanda.

Ok. Não ia ter jeito.

- Eu o beijei. – disse baixinho.

- O que? Eu não escutei. – disse Rose.

- Eu o beijei. – eu repeti.

- Eu ainda não escutei. – disse Rose. Escutou sim sua coisinha! Só quer que eu fale alto.

- EU O BEIJEI OK?!

- AAAAAAAH!! – berrou a minha irmã. Por que ela era tão escandalosa?

- Não gritem! – eu disse, quase rosnando.

- Ok. Desculpa. Mas por que você beijou Jay? – Rose perguntou, sorridente.

- Porque ele não cala a boca. – eu respondi. – Agora eu vou dormir. Boa noite.

Me enfiei nas cobertas e dormi quase instantaneamente.


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