Capitol Hunger Games escrita por Azula, AnaCarol


Capítulo 14
Morte instantânea.


Notas iniciais do capítulo

Finalmente eu postei. Me perdoem, dessa vez eu demorei de verdade, mas eu estava com uma crise muito forte de falta de criatividade + provas. Ignorem o péssimo português, mas eu tive que escrever esse capitulo, foi pequeno, mas finalmente consegui postar. E me perdoem pela demora ):



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Há um dia não ouço o barulho do canhão, a chuva está cada vez mais violenta, o que faz com que os tributos tenham medo de sair. Trovões e raios iluminam o céu. Não tenho certeza se os idealizadores querem que os jogos acabem, creio que querem nos ver sofrer.

Tudo está muito quieto e tranquilo, apesar da chuva. Alguma coisa vai acontecer, disso eu tenho certeza. Silena está dormindo e Dan está sentado ao meu lado, vigiando o campo inimigo. Penso em meu irmão, Dean, será que ele está me assistindo? E minha mãe e meu pai? O que eles estão sentindo? Meus pensamentos vão para Hasse... Novamente. O garoto não saía da minha cabeça, mas que droga, nem mesmo quando a minha vida estava em perigo. O que ele estaria fazendo agora? Eu não sei.

O dia está agradável para deitar embaixo do cobertor e não se preocupar com nada, não é o meu caso.   A chuva está enfraquecendo, vejo uma movimentação no arbusto do lado de fora. Cutuco Dan e ele me olha

- Acho que tem alguém ali – sussurro e aponto para o arbusto.

- Fique aí, eu vou lá olhar.

- Não, eu também vou. – digo.

- Então acorda a Silena, não vamos deixá-la sozinha. – ele fala e se levanta.

Vou para perto de Silena e sussurro seu nome, sem resposta. Ela estava dormindo pesadamente, fazia dias que ela não dormia direito... Por minha causa.

- Silena, acorda. – falo um pouco mais alto. – Vamos verificar um arbusto, é melhor você vir conosco. – termino de falar e ela abre os olhos, ainda sonolenta.

- Vou pegar minha faca. – ela diz e seguimos Dan.

Com armas em mão, já em posição de ataque andamos até o barulho. Dan o espeta e nada acontece, e então ele abre a folhagem. Nada, nem mesmo um coelho.

Uma faca voa na direção de Dan, mas Silena é mais rápida e entra na frente, assim a faca atinge seu peito, mas não em seu coração.

Gui, um garoto de cabelo verde escuro está parado, suas mãos estão fechadas e suas pernas abertas, preparadas para correr. Dan ainda está segurando o corpo de Silena, percebo que Gui começa a correr, tento ser mais rápida e atiro uma faca, ele desvia, olho para minha mão. O machado. Se eu errar, só terei uma faca para lutar. Não penso duas vezes e atiro o machado.

Perfeito, atirei o machado em sua cabeça. Morte instantânea.

- Silena! – exclamo, pego o machado e volto correndo.

Sua respiração é fraca, ela me olha e diz:

- Vocês dois e Kyra... foi legal conhecê-los. Se um dos dois voltar vivo, por favor, avisem pro meu namorado, Tyson Bhurg, que eu o amo. E por favor, vocês, parem de fazer essa cara, eu não quero que se sintam culpados por isso. – E assim, seus olhos se fecharam e sua respiração parou. Meus olhos, cheios de lágrimas, focaram no rosto da linda menina que se preocupou comigo sem nem ao menos me conhecer direito, que não me julgou, apenas ajudou. Dan chorava silenciosamente, assim como eu. Afastamos-nos do corpo enquanto um aerodeslizador o pegava. Nos abraçamos, agora éramos só nós dois contra nove tributos. Limpo o sangue do machado na grama e o clima começa a esfriar. Voltamos para o abrigo e nos aquecemos, coloco o machado e a faca do meu lado e volto a vigiar.

- E agora? – Dan pergunta.

- E agora o que?

- Eu não sei. O que vamos fazer? O jogo está acabando, e a nossa aliança?

- A nossa aliança só vai acabar quando um de nós morrer. – digo decidida. – Não estou disposta a abandonar você também.

Ficamos em silêncio, percebo que ele também não estava disposto a me abandonar.

Os gritos de Hasse invadem novamente a minha cabeça, mas agora estão diferentes. Não é só Hasse quem grita, Dean também. Tampo meus ouvidos na esperança de abafar o som, mas eles vêm da minha cabeça, não podem ser abafados. Tento ignorar, mas é inútil.

- Lynn? O que você está fazendo? – Dan pergunta, não consigo responder. – Lynn! – ele me balança e me viro em sua direção.

- O que? – pergunto.

- Você tampou o ouvido e do nada começou a olhar pra longe, como se estivesse dormindo acordada ou em transe, eu não sei. O que foi isso?

- Não foi nada. – minto, mas os gritos ainda estão na minha mente e Dan pode ver pela minha expressão.

- Gritos? – ele pergunta e não respondo só balanço a cabeça. – Deita um pouco, vai passar.

Não quero deitar, deitei por dois dias e não ajudei em nada, só fiz a morte de Silena ser mais rápida por não tê-la deixado dormir por dois dias. Não vou ser fraca, não de novo. Não vou abandoná-lo como fiz anteriormente.

Pego um pacote de carne seca e começo a comer, isso me acalma, deixa os gritos mais fracos, mas eles ainda existem. É minha imaginação, eu posso ignorar, se eu criei essa situação eu posso desfazê-la. Ordeno a mim mesma que retire esses gritos da cabeça, é estranho, mas os gritos vão se abafando lentamente, mas nunca somem.

O frio me faz esquecer um pouco o que acabou de acontecer. Está muito frio, provavelmente 12 graus. Todos são muito fracos para aguentar isso, sempre viveram em casas luxuosas com aquecedor, mas agora não tem isso. Sou um deles, e também não acho que aguento, então entro no saco de dormir, ajusto a jaqueta térmica e espero.

O que? Eu não sei bem o que estou esperando. Só... espero. Talvez um dia melhor, ou pior, eu não sei, existem muitas possibilidades, e só vou descobrir se esperá-las. 


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