You Are All Your Hate - Season II escrita por CarolynNinne


Capítulo 1
Damage


Notas iniciais do capítulo

Hey Hey! Aqui está o primeiro cap da segunda temporada.
Espero que gostem leitores do coração!
Banda Sonora: Tonight dos FM Static.



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(Andy’s POV)

Eu não posso acreditar que a Sam não sabe quem eu sou. Não pode ser possivel. Isto não pode ser real. O médico sorriu-me e eu limpei as lágrimas.

- É um milagre ela ter acordado, Mr. Biersack. – disse ele sorrindo.

- Ela… ela não sabe quem eu sou. – o sorriso dele morreu.

- Sabe, com acidentes tão graves como o dela, a memória pode demorar um pouco a voltar.

- E se não voltar?

- Vai voltar. Agora, se esse é o caso, quero ver até onde ela se lembra. – ele deu meia duzia de passos em frente e depois voltou-se para mim – O grande problema destes casos, é que as pessoas sempre se esquecem daquelas que amam mais.

Não sei o porquê, mas essa frase não me animou nem um pouco.

Sentei-me na cadeira de plástico, lágrimas rolando pelo meu rosto. Não sei o que magoaria mais. Ela ter morrido ou não se lembrar de mim. Pelo canto do olho vi-os chegar. Levantei-me e fui em direção deles. Limpei as lágrimas. Olhei nos olhos deles. Suspirei baixando a cabeça e recomecei a chorar.

- Ela não se lembra de mim. Ela não se lembra de mim. – falei quando o Jinxx me abraçou.

- Hey, vai ficar tudo bem. Vai voltar tudo ao normal. – mas não me saía da cabeça que ela não se lembrava de mim. Que o amor da minha vida não sabia quem eu era.

- E se ela não voltar ao normal. E se ela nunca mais se lembrar de mim? – ele abraçou-me mais apertado, e eu só quis que pudesse voltar uns minutos atrás em que ao menos tinha esperança dela acordar e voltar tudo ao normal.

Por que a vida não pode ser mais fácil?

(Sam’s POV)

Um médico entrou dentro da sala. Eu não sabia quem era, mas ao menos não me deixava com um nó no estômago como acontecia com o rapaz estranho. Podia vê-lo pelo vidro da janela. Ele estava a chorar, e eu queria saber o por quê. Não entendia por que é que ele estava assim. Eu não o conhecia, ele não me conhecia. E quem eram aquelas pessoas que estavam com ele? Eu… eu conhecia uma das garotas… aquela era Susy? A Susy Collins estava grávida? Oh meu deus, sério?

- Bom dia, Menina Cooper. – falou o médico. Isso, Cooper era o meu nome. Desviei o olhar da janela para o médico. Ele tinha cabelos brancos e olhos cinzentos.

- Bom dia. – voltei o meu olhar para o rapaz. Aqueles olhos… aqueles olhos azuis. O médico seguio o meu olhar e deu um meio sorriso.

- Sabe quem ele é?

- Não. – olhei para o médico e sentei-me na cama – Devia?

- Tudo a seu tempo. – o médico sentou-se na cama e deu-me um sorriso apertado – Quero saber do que se lembra. Sabe em que ano estamos?

- 2010. – falei. O médico olhou para trás e mordeu os lábios – N-não estamos em 2010?

- Não. Estamos em 2012. – prendi a respiração. Eu estive confinada neste hospital durante dois anos?

- Mas… eu estive aqui dois anos?

- Não, não. Só por dois meses.

- Mas… eu juro que…

Uma mão cheia de memórias veio à minha cabeça. A Paradise com garotos que eu não conhecia. Um show de rock de uma banda. Um garoto. O sentimento de perda quando ele se foi embora. A campa do Dereck. A minha ida para Los Angeles. A banda… A Susy que estava grávida do CC. Quem era…

- Menina Cooper? – perguntou o médico.

- Está… está alí alguma Susy?

- Eu, eu posso ir ver. – o médico saiu do quarto e foi ter com eles. A Susy deu um passo em frente e entrou dentro do quarto. Lágrimas corriam pelo seu rosto e eu sorri.

- Susy! – disse abrindo os meus braços. Ela vei-o ter comigo e abraçou-me.

- Nunca mais faças uma coisa destas, Sam. Nunca mais. – ela abraçou-me com mais força e eu sorri.

- Então, grávidazinha, conta lá quem é o pai! – ela olhou confusa para mim.

- Era para ser o Jinxx, mas como a Sammy não deixou… - ela riu e eu fiquei sem perceber.

- Quem é o Jinxx? – perguntei. E quem era a Sammy?

- Tu… oh! Pois… o Andy contou-me.

- Quem é o Andy? Sério, Susy, não tou a perceber nada disto. Ainda à pouco apareceu aqui um garoto que começou a chorar quando eu disse que não sabia quem ele era. Agora falas-me em Jinxx e Sammy como se eu os conhecesse! Conta-me o que se passou.

- Diz-me do que te lembras do acidente.

- Que acidente?

- Óh, Sam… - ela abraçou-me novamente.

- Susy… o que…

- Tens que te lembrar das coisas dos últimos dois anos, Sam. Para teu bem e para bem do Andy.

- Eu nem sei quem é esse Andy!

- Tens que te lembrar. – ela olhou nos meus olhos – Tens que te lembrar, okay. Prometes que vais tentar? Por mim?

- Mas lembrar-me do quê?

- Só promete que vais tentar…

- Okay, okay. Eu prometo. – bocejei – Eu preciso de dormir. Obrigado. E ainda vais ter que me contar quem é essa gente.

- Quando te lembrares, vais descobrir. – ela deu um beijo na minha testa antes de ir, e eu fechei os olhos para ir dormir.

(Susy’s POV)

Saí do quarto da Sam desolada. Eu não acredito que ela não se lembra quem eles são. E acho que ela lembrar-se de quem sou eu é uma sorte. O Andy deve de estar destroçado. Eu também ficaria se o CC não se lembrasse quem eu era.

- E então? – perguntou o CC. O Andy estava sentado sozinho a um canto a olhar para o vazio perdido em pensamentos. Só espero que ele não faça nenhuma loucura.

- Ela não se lembra de nenhum de vocês. Eu acho que a memória dela apagou estes últimos dois anos.

- Merda. – falou o Jake.

- Vai ser difícil. E eu não sei quando é que ela se vai lembrar de vocês. Só espero que não demore. O Andy não vai aguentar isto por muito mais tempo.

- Eu sei. – falou o Jinxx de cabeça baixa – Esteve dois meses à espera que ela acordasse, e agora ela não se lembra dele. – a Sammy abraçou-o.

- Hey, nós vamos ajuda-lo. A Sam vai recuperar a memória num instante e vocês podem ir viver para vossas casas e eu deixo de cozinhar para um batalhão, certo? – nós rimos. Só a Sammy para nos fazer rir numa altura destas.

- Será que ela se lembra que tem uma banda? – perguntou o Ash.

- Não sei. Mas a imprensa já foi falar com eles, e já veio aqui ao hospital. – disse a Annabelle.

- Vai ser complicado para ela, mas só a temos que apoiar agora. - vá lá, a Ella disse uma coisa acertada.

- Eu preciso de ir apanhar ar fresco. Alguém vem? – eles acentiram todos e fomos.

- Eu vou só dizer ao Andy que vamos à rua. – disse o Jinxx.

Saí o mais depressa de lá. Estava com uma dor de cabeça do inferno.

(Andy’s POV)

O Jinxx veio falar comigo a dizer que iam à rua, a perguntar se eu também não queria ir. Recusei. Não queria ir à rua. Não queria sair daqui até que a Sam se lembrasse de mim. Por que é que ela não se lembrava de mim? Eu não a magoei. Okay, não a magoei assim tanto. E segundo a senhora que me ligou a contar sobre a Sam, antes dela entrar em coma ela disse que me amava. Como é que ela se pode ter esquecido assim de mim? Será que ela também se esqueceu dos outros? Ou fui só eu que fui apagado da memória dela? Bem, eu não quero saber. Arg, claro que quero! Eu preciso da Sam mais do que eu preciso de oxigénio!

Lembro-me daquele dia no club do Simon – acho que era Simon que o homem se chamava – em que os olhos dela diziam tudo o que eu precisava de saber sobre ela. Ela não queria estar aqui. E alguém tinha que lhe dar uma razão para viver. Uma razão para estar aqui. E eu subconcientemente decedi que essa pessoa ia ser eu. Talvez essa decisão fosse uma maneira egoísta de me ajudar. Todos iam pensar que eu estava a ajuda-la quando na realidade eu estava a ajudar-me a mim. Mas as coisas foram-se tornando mais sérias. Acho que só me apercebi que me tinha apaixonado por ela tão rápido quando foi aquela dia na Paradise. Ou foi quando ela não sabia quem era o Andy. Como ela não sabe agora. Limpei mais uma lágrima maldita. Talvez me tenha apaixonado por ela naquela noite em que dormi abraçado a ela. Quando ela me pediu para eu ficar com ela no quarto. Talvez tenha sido aí que eu me tenha apercebido que ela era mais para mim do que alguma outra garota já foi.

Olhei para o tecto. O que é que eu fiz de errado para merecer isto? Quero dizer… sei que nunca ter voltado para a Sam durante dois anos foi uma coisa mesmo muito má de se fazer… mas eu estou arrependido, e eu gosto dela. Eu sempre gostei dela. E acho que tenho direito ao meu semi final feliz.

Levantei-me. Eu precisava de sair dali. Eu não aguentava mais estar trancado dentro daquelas paredes brancas. Passei pelo quarto da Sam, e pelo vidro vi que ela estava a dormir. Dei um meio sorriso. Ela parecia um anjo quando dormia.

Fui para a rua ter com eles. Ao menos sabia que o CC ou o Ash iam dizer uma coisa ridículamente engraçada e me ia rir. Já estava farto de chorar. Estava farto de derramar lágrimas por uma pessoa que agora nem sabia quem eu era. Sei que estou a ser estúpido, mas prefiro lidar com o ódio do que com a dor.

E aí as palavras do CC rechicotearam na minha mente.

“You are all your hate.”

O que é completamente verdade. Eu sou todo o meu ódio, e é por isso que eu estou aqui… sem a Sam. Simplesmente à espera que ela se lembre de mim.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam do meu retorno nas fics?
Deixem reviews!