–-Mas que porra você esta querendo dizer com isso Sasuke?---

Sai pela porta de cabeça baixa, meus olhos ardiam em uma raiva quase incontrolável, Sasuke só podia estar brincando comigo, se não fosse, eu não me importaria se estivéssemos na porta da delegacia ou dentro de um convento, iria soca-lo até fazer ele se esquecer de seu próprio nome.

–-È o que você me ouviu dizer, namore com Sakura... ---

Não me suportei, a raiva havia subido para minha cabeça, apenas fui notar que minha mão havia acertado o rosto de Sasuke depois de telo feito, Hinata e Sakura correram para acudir Sasuke.

–-Você é um desgraçado Sasuke, como pode falar tão calmamente assim sobre a mulher que você ama---.

Sasuke cuspiu sangue e limpou o canto da boca, seus olhos não demonstravam o que ele estava pensando e naquela altura da discussão não havia qualquer relevância saber sobre seus pensamentos.

–-- É SO VOCÊ QUE NÃO ENTENDE NARUTO... VOCÊ ACHA QUE EU PEDIRIA PARA QUALQUER OUTRO CARA UMA COISA DESSAS--- Sasuke havia perdi a calma e agora se levantava; por sorte nenhum policial da delegacia parecia se importar ou será que Itachi já havia pensado na hipótese de uma briga e advertido os policiais de não se intrometerem?

–--VOCÊ NÃO DEVERIA PEDIR PARA CARA NENHUM. --- Gritei.

Sasuke avançou com um soco, senti meu queixo tremer, ele estava em fúria assim como eu, e nenhuma das duas garotas teria qualquer chance de nos separar daquela luta acirrada, eu havia pensado que Sasuke havia mudado que não era apenas um playboy filho de uma puta que brincava com o sentimento de uma garota, mas estava errado.

–--NARUTO, APENAS ENTENDA QUE ESSE É O ÚNICO JEITO---.

–--Naruto-kun, Sasuke-kun parem—gritou as duas.

Eu desviei de um chute, mas senti a forte rasteira que ele me deu batendo a cabeça com forço contra o concreto da calçada, me senti desnorteado por alguns instantes, tempo o suficiente para Sasuke pular em cima de mim e começar a me socar com fúria, nós dois começamos a rolar em socos, aquela era a forma de descontar nossas frustrações não estávamos mais lutando um contra o outro, mas sim contra tudo que havia acontecido, por fim eu cai completamente cansado de um lado e Sasuke também, como sempre empate.

Estranhamente me senti aliviado apesar de sentir o gosto de sangue em minha boca, percebi que Sasuke também se sentiu assim, já que ele colocou a mão sobre a cabeça e começou a rir, por fim, estávamos nós dois deitados rindo sem qualquer motivo, não era um riso de alivio ou de alegria, mas sim um riso irônico.

–-- Você chuta como uma menininha Sasuke-- - Falei.

–--Seus socos não são lá grandes coisas Naruto, deveria aprender a lutar boxe---.

–--Não tenho tempo, minha mãe me usa como saco de areia se falar que terei outro treinador que não seja ela. ---

–--Naruto... Por favor, atenda ao meu pedido... Porque se não... A pessoa que eu amo... E a pessoa que você ama estará correndo grande perigo... ---

Hinata desviou o olhar, sabia que ela não contaria o que estava acontecendo.

–-Sasuke, o que você esta me pedindo é impossível... ---

–-Faça ser possível... Pelo bem... Delas--- Sasuke se levantou e estendeu a mão para mim. ---Eu me casarei com Hinata... Isso é algo que até ela mesma compreende... E você não pode fazer nada. ---

Nós começamos a caminhar vagarosamente a rua deserta até a delegacia desaparecer.

–-Que inferno, ao menos podem me contar o que esta acontecendo---.

Sasuke desviou o olhar alguém estava se aproximando, passos sobre um beco escuro.

–-Por favor, senhor, não fale palavras profanas... É um pecado. ---

Eu olhei e aos poucos a sinueta do homem sobre a escuridão foi se tornando cada vez mais visível, ele usava roupas de padre com uma enorme cruz sobre o pescoço, cabelos jogados para trás, era jovem, já que ele não aparentava ter mais do que vinte e seis anos era alto e em suas costas ele carregava algo como uma caixa de violoncelo, por alguns instantes eu tive a impressão que seus olhos estavam me avaliando, percebeu que Hinata havia recuado para trás e Sasuke olhou vorazmente, era raro eu não conhecer alguém de konoha com certeza era de fora.

–--E quem é você?--- Falou Sasuke sem qualquer respeito à batina do homem.

Ele sorriu bondosamente.

–--Eu sou Hidan, o novo padre da cidade. ---

–--Ei Sasuke, ele é um padre tenha respeito. ---Falou Sakura

–-Eu não preciso ter respeito a ninguém. ---

O homem sorriu novamente e deixou o caixote do violoncelo cair no chão.

–--Não se preocupe os jovens de hoje em dia são assim---

–-Desculpe, Sasuke anda um pouco estressado com algumas coisas... ---

–-Então, permita-me contar uma historia divertida... ----

Senti algo estranho, uma sensação que percorreu todo meu corpo ao perceber que o homem estava destrancando o caixote. --- Disse o homem sorrindo sarcasticamente, não sabia o que estava acontecendo, mas sabia que não era boa coisa, pois Sasuke deu um passo para trás fazendo Sakura recuar para trás.

Eu também recuei algo não estava certo, e sabia que aquele homem não era normal.

Click.

–--Não obrigado, não gosto de historias divertidas. --- Respondeu Sasuke com um olhar serio fazendo com que Sakura se distanciasse mais ainda.

O padre retirou um bastão vermelho de dentro da caixa, e eu estava preparado para qualquer ação que acontecesse.

–--Uma vez... Um homem morreu... Qual era mesmo o nome? A sim... Fukaku... ---

Os olhos de Sasuke estavam frios como a noite, como sempre Sasuke sempre se tornava uma pessoa sombria quando o assunto era sobre o falecido Fukaku.

–--Cale a boca--- Vociferou Sasuke.

–-Ei não sei quem você é, sendo um padre ou não, eu irei te socar se falar coisas desnecessárias--- Respondi, não deixaria que um cara entrasse em nossa conversa, além disso, ele realmente não parecia ser um padre então, não me sentiria mal se desse um ou outro soco na cara daquele infeliz.

–--Pare Hidan... Não iremos conseguir nada dessa forma... ---

Espantei-me, havia mais uma pessoa escondida na escuridão daquela rua.

–--A vá para puta que pariu Kazuku, estou apenas dando um sermão como um bom padre que sou... ----

–--Faça isso se quiser, mas não pense que eu irei ficar recolhendo seus miolos do chão. ---

–-Como assim?---

Hidan olhou por de trás do nosso grupo, e fechou o cenho.

–-Se tocar em minha presa... Eu vou afundar minhas balas na sua cara... ---

A voz sombria e arrastada por de trás de nós fez com que eu me assustasse, mas não me viraria para ver quem era de alguma forma, aqueles dois na frente me soavam bem mais perigosos.

–--Droga... Essa puta não morre... --- Falou o padre enquanto aguardava o bastão e colocava novamente nas costas.

–--Vamos Kazuku, já fizemos o que aquele maldito me pediu para fazer, a vocês, venham a igreja em algum dia desses... vamos todos rezar a deus por nossas almas pecadoras ---

Os dois então desapareceram em meio à rua foi só então que me virei para ver quem era.

–-- Kyubi... O que você esta fazendo aqui--- falou Hinata.

Nós todos corremos para acudir Kyubi ela estava pálida e usava um tomara que caia preto assim como um short preto, em volta de seu abdômen podia ver as faixas enroladas, e em suas mãos havia dois revolveres negro.

–--Eu quis dar uma volta, sabe tomar um ar. --- Falou despreocupadamente.

–--Pare de brincar, você levou dois tiros, não deveria nem estar se mexendo--- Falou Hinata preocupada.

Então me lembrei do que havia acontecido.

–-Eu vou te levar para um hospital--- Falei.

–--E vai dizer oque? Que eu tomei um tiro enquanto brincava com uns assaltantes de hoje à tarde?---

Era fato, não poderíamos leva-la para o hospital.

coloquei-a  em meus braços, ela era mais leve que imaginava

–--Ei o que você esta fazendo?--- Ela ruborizou era primeira vez que havia visto ela daquela forma.

–--Vou levar você para minha casa, minha mãe é medica... ---

–--Sua mãe é medica?--- falaram os três em uníssono.

–-Não façam essa cara de descrente, estou falando a verdade. ---

Nós começamos a caminhar, Sasuke estava sem carro e a casa de Sakura estava muito distante para ela ir sozinha, portanto, como havia quartos o suficiente em casa iria pedir para que minha mãe alojasse todos em minha casa.

–-- Quero que você venha conversar comigo depois.---