Pov: Christine
E lá estava eu,como todas as tardes daquela linda primavera,da qual não pude aproveitar nenhum segundo. Tudo por causa do meu pai,o Rei Uther,que acha muito perigoso sua preciosa princesinha passear e desfrutar de seu proprio vilarejo,obrigando - me a passar horas teando vestidos ou lendro livros. eu estou farta disso! Todas as tardes a mesma coisa! Tear vestidos e ler. Ler e tear vestidos. Há 13 anos que não boto o pé para fora do castelo. Apenas fico trancada no meu quarto,quando James e Kendall não me chama para brincar pelo castelo,o que já me cansou também. Sempre as mesmas brincadeiras! As vezes,eles passeiam com meu pai de cavalo pelo vilarejo. Acho isso tão injusto! Eu tenho 19 anos! Posso me cuidar perfeitamente bem sozinha!

Nosso vilarejo é enorme comparado aos vilarejos dos outros reinos ao redor. E nossa floresta,na minha opinião,é a mais bonita de todas! Cheia de árvores,animais,lagos... Meu sonho é passar uma tarde inteira na floresta Camiron. Mas,dizem os moradores do vilarejo é Camiron habitada por seres magicos,como bruxos,feiticeiros,fadas... Que se transformam em humanos,pedras,arvores e outras coisas para atrair suas "vitimas". Mas mesmo assim,ainda vou para lá. Quero provas de que essas coisas existem,pois Demetrios me conta historias incriveis e facinantes sobrer esse seres e a floresta. Ele afirmas ser verdadeiras,então quero ver com meus proprios olhos.

Dizem também que o vilarejo fora atacado varias vezes décadas passadas por lobos enormes e amaldiçoada por bruxas e feiticeiros. Demetrios contou que foi nessas "gerras" que mamãe faleceu,quando eu tinha 3 anos de idade. Foi a primeira e ultima vez que eu fui para o vilarejo.

     - Princesa Christine Perri Valiant? - disse Demetrios,depois de bater três vezes na porta de meu quarto. Parei de ler meu livro e sai de minha cama para abrir a porta.
     - Demetrios! - eu abracei ele com força. - Como está? Eu sinto muita falta quando você vai passar o fim de semana em casa!
     - É,mas eu não posso deixar de ver meus queridos filhos... - ele disse,me soltando e segurando minhas mãos que,dizia ele,ser as mãos mais delicadas que virá em toda sua vida.
     - O Rei Uther Dan Valiant chama - lhe para almoçar. É melhor não demorar,ele está impaciente! - ele murmurrou,fazendo - me revirar os olhos.
     - Quando papai não está impaciente,Demetrios? - respondi,olhando - o. Ele riu abafadamente.
     - Hoje,irão
almoçar todos juntos na "sala de almoço" . - fiz uma careta e voltei
para a sacada. Ele me seguiu e se apoiou na parapeito ao meu lado. - O que houve?
     - Olha esse vilarejo! Você tem MUITA sorte de morar lá... - eu disse,dando inface na palavra "muito". - Essa floresta é linda! O dia está lindo e eu aqui,trancada nesse quarto... Deme,há quato tempo az que eu não vou até lá?
     - Há exatos 16 anos,Princesa... - ele respondeu,abaixando a cabeça. - Desde que sua mãe... - ele pausou a frase,contendo as lagrimas que formaram em seus olhos. Eu havia entendido exatamente o que ele queria dizer.
     - Por que James e Kendall podem ir para lá e eu não? - perguntei,limpando uma lagrima que havia escapado.
     - Não sei... Talvez por semrem garotos e serem mais velho que a senhorita,Princesa Christine... - ele respondeu confuso.
     - Me chame de Chris,Demetrios! - me virei e entrei novamente em meu quarto,me sentando na cama.
     - A senhorita sabe o que seu pai acha disso,não sabe? - ele se sentou ao meu lado,me abraçando de lado. Eu o abracei forte e não consegui conter as lagrimas. Eu não sou de chorar na frente de ninguem,eu odeio isso. Mas eu me sinto muito segura com ele.

  - Eu estou farta de ficar nessa porcaria de castelo sem nada para fazer! Se eu pudesse,não pensaria duas vezes entre nascer aqui ou no vilarejo! - exclamei. - Tenho certeza que séria mais feliz lá.
   - Não diga isso,Christine. Sabe quantas plebeias pobres gostariam de estar em seu lugar? - ele disse,tirando uma mecha de cabelo da frente de meus olhos. - Todas aquelas garotas lindas lá fora que você adimira tanto,dariam a vida para ser como você. Elas são tão infelizes quanto a senhorita,Princesa...
    - Isso é.. Impossivel. - falei,limpando uma última lagrima que derramara. - Elas parecem ser tão felizes!
    - Parecem sim. E são,mas na maior parte do tempo,aquele sorriso que elas mantem no rosto é falso. Eles escondem uma dor enorme.
    - Mas por que? - perguntei,curiosa.
    - A vida no vilarejo não é facil... Todos os plebeus trabalham cada segundo de suas vidas,do primeiro até o último,para sustentar - se e sustentar seus filhos. Eu acho que sou um dos poucos que tem uma vida facil lá. Trabalhar no castelo é uma coisa muito valorizada lá.
    - Facil? Sua vida não é facil! Quase nunca vê seus filhos,só para em casa dois fins de semanas por mês... Imagino como eles devem ficar tristes por você não estar lá agora...
     - Eles já se acostumaram... E agora você entende o quão dificil é uma vida no vilarejo? Um emprego como o meu é muitissimo valorizado e no maximo 10 pessoas tem um emprego assim. Os outros trabalham muito duro em barracas vendendo panelas,vestidos e outro objetos para conseguir alguns pães para a semana inteira.
     - Demetrios,eu não fazia ideia... - respondi,deixando novas lagrimas se formarem em meu rosto.
     - DEMETRIOS,TRAGA A CHRISTINE PERRI AGORA! - gritou meu pai,já sem um pingo de paciência. - OU SERÁ EXPULSO DO CASTELO E JOGAREI VOCÊ NO LAGO COM CROCODILOS FAMINTOS! - ele completou. Eu revirei os olhos e ri.
     - Meu pai é dramatico... - comentei ainda rindo,indo em direção a porta. Ele riu também. Abriu a porta e saiu do quarto. Eu ia passando em sua frente mas parei para falar com ele novamente. - Obrigada Demetrios! - eu o abracei forte novamente e sorri para ele,que retribuiu o jesto com um sorriso enorme também.
     - De nada,Princ... Chris. - ele retribuiu o abraço mais forte ainda.
       Ele me ajudou a descer a escada,pois ela era enorme e meu vestido muito longo também.

- Aqui está ela,Majestade. Perdoe - me pelo atraso... - ele falou,se curvando em sinal de respeito ao Rei.
      - Dessa vez passa,Demetrios... - ele disse,sorrindo. Meu pai era legal,mas se extressava por qualquer coisa.

.- Olá James! - falei,beijando sua bochecha. Fiz o mesmo jesto com Kendall. - Como vai,Kendall?
  Sentei - me em frente ao James e do lado esquerdo do papai. Kendall se sentava ao lado direito do James.
- Olá,minha Princesinha! - Papai disse sorrindo.
- Aah,oi... - falei sem animô,enquanto mechia em minha sopa.
- Chris,fale direito com o papai! - murmurou Kendall. Dei de ombros e puxei conversa com James.
- James,acabei de ler seu livro,posso pegar aquele outro emprestado? - ele afirmou,em um jesto co sua cabeça.
- Estou feliz e orgulhoso pelo seu interesse pelos livros de seus irmãos,Christine... - falou meu pai.
- Não tenho mais nada para fazer nesse lugar mesmo,papai... Esse é o único modo de satisfazer meu cançasso de ficar naquele quarto... - falei,sem tirar os olhos do meu prato de sopa.
- Por que não vem com a gente até o vilarejo? Vamos cavalgar por lá agora de tarde... - perguntou Kendall de boca cheia.
- Kendall! Já não basta Demetrios botando histórias tolas na cabeça da sua irmã,agora você? - gritou papai.
- TOLAS? - gritei. - ESSAS HISTÓRIAS SÃO REAIS! TEM NOS LIVROS QUE JAMES EMPRESTOU! É É POR ISSO QUE EU ME INTERESSO! EU AMO ESSAS HISÓTIAS E ELAS NÃO SÃO TOLAS!
- NÃO GRITE COMIGO,CHRISTINE! VOCÊ ESTÁ PROIBIDA DE LER ESSES LIVROS E OUVIR ESSAS HISTORIAS IDIOTAS E FALSAS! - Uther leantou - se com raiva e gritou mais alto que eu. Levantei - me também para responder.

   - Aqui está ela,Majestade. Perdoe - me pelo atraso... - ele falou,se curvando em sinal de respeito ao Rei.
      - Dessa vez passa,Demetrios... - ele disse,sorrindo. Meu pai era legal,mas se extressava por qualquer coisa.

- PAPAI,ESSAS SÃO AS ÚNICAS COISAS QUE ME FAZEM FELIZ! POR QUE O SENHOR NÃO ME MATA DE UMA VEZ? EU NÃO VOU PARAR DE OUVIR E LER ESSAS HISTORIAS,NÃO ADIANTA O QUE FAÇAS! EU ACREDITO NELAS POIS ELAS SÃO REAIS! NÃO É MESMO,DEMETRIOS? - respondi ainda gritando. Todos olharam para Demetrios espantados e esperando uma resposta. Ele estava assustado e não conseguia dizer nada.
  - V - Vossa Majestade,eu acredito que seja sim reais,mas...
  - BASTA,DEMETRIOS! - gritou papai novamente. Seus gritos pareciam trovões,mas mesmo assim não me assustavam. Talvez pelo costume de sempre ouvir o mesmo discurso com o mesmo tom alto e estrondoso de sua voz. - ESTÁ DEMITIDO!
  - Pai,não pode tirar - me meu melhor amigo! - falei,correndo para abraçar Demetrios. Lágrimas já caiam pelo meu rosto. - Se ele for,eu vou junto e nunca mais volto!
  - QUE VÁ,ENTÃO! FAÇA O QUE QUISER! MAS QUANDO SE ARREPENDER,NÃO ESTAREI LÁ PARA AJUDA - LA! - ele respondeu.
  - Eu tenho o Demtrios. - respondi friamente,limpando as últimas lágrimas que caíram. Ele apenas me olhou com tristeza e marchou até seu quarto.

- Você está bem,Christine? - perguntou Kendall,me abraçando de lado.
- Vou ficar,irmão... - abracei ele forte,deixando uma última lágrima cair.
- O papai passou dos limites hoje! - gritou James,levantando - se da mesa também. - Como ele teve coragem de expulsar - lhe do castelo? Agora é você,depois somos nós,Kendall! Christine,você não pode nos deixar! - lágrimas caíram de seus lindos olhos brilhantes.
- James,calma. - falei,indo em sua direção e abraçando - o. - Ficarei bem com Demetrios e sua bela familia.
- Príncipes,se quiserem vir com a gente... Minha casa é bem pequena,mas tem muito carinho e aconchego! Nós damos um jeito de ficarmos todos lá. - falou Demetrios,botando sua mão no ombro de Kendall,que sorriu ao ouvir a idéia.
- Bom,eu vou! - ele exclamou.
- O que? E abandonar o papai aqui? - exclamou James nervoso.
- Rei Uther é forte e valente,consegue ficar aqui sozinho. E vocês podem visita - lo sempre que quiserem! - respondeu Demetrios.
- E tem os empregados,não é mesmo? - disse James,pensativo. Concordamos com um leve sorriso no rosto. - Bom,talvez não seja tão ruim assim...
- Isso James! - eu e Kendall o abraçamos forte.
- Então,vamos arrumar nossas coisas? - disse Demetrios.
- Sim! - exclamamos.
  Sim,meu coração e o dos meninos estava partido,dolorido. Mas precisamos pelo menos de alguns meses longe desse castelo. Eu o amo,mas não aguento mais ficar aqui! Cada dia que passa,eu fico mais estressada e com ódio de meu proprio pai,que cuidou de mim desde pequena. Já estava cansada dessa vida! E não posso mentir,minha vida toda sempre sonhei em ir para o vilarejo Lawsonn.