O Medalhão escrita por Tina Granger
Sakura suspirou, antes de olhar para a jovem sentada a mesa, ao lado de Sanosuke. Ela ainda não conseguia acreditar que seu filho primogênito não estava morto.
Que ele estava de volta, com uma esposa... Aya era muito bela e apesar das maneiras estranhas, ela parecia amar seu filho.
- E quando aquele imbecil do Itachi vai voltar? A senhora tem ideia? – Sanosuke por alguns momentos ficara com receio que a mãe não aceitasse Aya, mas tal medo fora rapidamente dissipado ao ver o carinho que a sogra e nora dispensavam uma a outra, no período em que ele fora gentilmente convidado a ficar no hospital, pela surra de Sakura.
A timidez de Aya fora o que mais conquistara Sakura. Prova disso, fora a fofoca que sua irmã Mariko lhe contara.
Mariko tinha dezesseis anos e seu maiores defeitos, era ter como melhor amiga a filha caçula de Ino Yamanaka... E a língua quase tao comprida quanto a ruiva. Ino era mãe solteira de duas garotas e, embora ambas apenas tivessem de semelhança dos olhos, iguais aos da mãe, o que fazia-se um comentário geral na cidade que possuíam pais diferentes, a melhor amiga de Sakura ainda apregoava aos quatro ventos o melhor estado civil de todos, que não queria nunca trocar.
Lika, a filha mais velha de Ino, era, como boa parte das garotas de Konoha, apaixonada pela beleza dos gêmeos Uchiha, Sanosuke e Itachi, Sanosuke em particular. Por quatro dias, Sanosuke ficara internado e Aya, por vários motivos, não quisera afastar-se do marido, dormindo em uma cadeira no quarto.
Em um breve momento fora do quarto, a jovem estava sendo persuadida por Sakura a ir comer algo, para lhe acompanhar, quando a mulher de cabelos rosados, tivera que se ausentar por um instante. Quando voltara, Lika estava destilando veneno, furiosa, porque a jovem loira não permitira que ela entrasse no quarto.
- acha sua coisinha loira, insignificante, que vai me impedir de me aproximar do meu Sanosuke-kun?
- Já não estou deixando você entrar, como queria, não acha, gadja(não cigana)? – ela era cigana, mas não era desprovida de olhos! Aquela gadja, quando vinha pelo corredor pronunciara o nome de seu marido de uma forma, que sugeria que gostaria de fazer com o seu marido, coisas, que apenas ela tinha direito!
- Voce me chamou do que sua maltrapilha, irritante, estúpida...
- O que esta acontecendo aqui?
- Madrinha, essa coisa loira não esta deixando que eu...
- E não vai entrar.
Lika voltara-se mais furiosa ainda.
- Que você disse, coisinha?
- Voce não vai entrar. – a determinação de Aya era visível. Ela poderia ate fazer que sua sogra brigasse com ela, mas aquela gadja ficaria longe... MUITO LONGE do seu marido. – meu marido precisa de paz e silencio para recuperar-se e não permitirei que você entre, gadja.
- Seu marido? Esse quarto é do Sanosuke-kun!
Aya sorriu com delicadeza, o que fez o sangue da outra ferver ainda mais.
- Meu nome é Aya Uchiha. E peço-lhe que você faça o favor de baixar o tom de voz. Aqui é um hospital.
Lika olhou Aya de cima embaixo, os olhos faiscantes.
- Se você é a mulher dele, eu não consigo ver o que ele encontrou em uma coisa pequena e amarela como você...
- Com certeza algo que você nunca vai ter Lika. – Sakura falou, irritada. Quando a afilhada, atônita virou para encarar a madrinha, sakura a ignorou. – vamos Aya. O restaurante a essa hora já deve estar fechando e eu garanto que se você não comer, é você quem vai ficar na cama do hospital, por fraqueza.
- E quanto ao Sanosuke...
- A enfermeira que eu chamei já deve estar chegando e... olha ela aí. – Sakura sorriu para uma jovem de cabelos presos em um rabo de cavalo. – Saori, essa é a mulher do Sanosuke. Se você deixar alguma ex-fanatica pelo meu filho entrar no quarto... vai ter que acertar as contas com ela.
Saori olhou para Aya, que enrijeceu o maxilar, fixando os olhos nela em uma tal maneira que Saori estremeceu. E a partir dali, espalhou-se que a pequena esposa loira de Sanosuke era uma mulher que, provavelmente seria tão brava e forte quanto a sogra.
- Kaa-chan, a senhora ainda não falou onde o outo-san (pai) está.
Sakura respirou fundo.
- Se eu soubesse, juro que falaria.
- Como assim?
- O outo-san continua fazendo aquelas viagens misteriosas... – Mariko falou, antes de começar a tomar um copo de leite.
- E nenhum rastreador conseguiu...
- Konohomaru proibiu que qualquer Inuzuka, Aburame ou Hyuuga me ajudasse a descobrir onde o seu pai vai! – Sakura explodiu. – Eu gritei, tentei bater... mas a ordem do moleque é que alguém tentar rastrear o seu pai, ele expulsa de Konoha.
Sanosuke e Aya olharam-se, sem dizer palavra. Sanosuke limpou a garganta, enquanto Sakura começava a chorar. Aya sentiu o coração apertar-se. Ela havia começado a gostar de sua sogra...
- Kaachan... eu... – Sanosuke puxou um lenço do bolso, entregando a Sakura. – Ano retrasado, a família de Aya... quer dizer, a família a qual eu me uni... – Como dizer a mãe a noticia que ele havia descoberto.
Sakura ainda chorava, mas os olhos continham uma certa expectativa.
- O que Sanosuke?
- Encontrei com o outo-san no Pais da Mata.
- O que? – Sakura arregalou os olhos.
- Ele estava acompanhado de um monge, se me viu deve ter pensado que eu era o Itachi. – Sanosuke franziu a testa. – Eles conversavam como se estivessem falando algo secreto... Bom, eu os segui e eles entraram em um hospital.
- O que Sasuke-kun foi fazer em um hospital?
Ate Mariko aproximou-se do local que estavam sentados, muito curiosa.
- Quem o outo-san foi visitar?
Ele não foi visitar ninguém. – Sanosuke puxou o ar. – usando toda a minha lábia, charme e conhecimentos ninjas, eu consegui descobrir que o outo-san tinha ido se tratar...
- O QUE?
Com exceção de Aya, as mulheres Uchiha gritaram juntas, os olhos arregalados de espanto. Sasuke Uchiha... Doente?
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