Única Cura escrita por Giovana Horan


Capítulo 1
Cap único. One more time


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Pov's Peeta

Mais uma noite, de novo aqueles borrões em minha mente, isso não é o pior, o pior ainda estar por vir.

O pesadelo começa, agora pior, não só com imagens de Katniss tentando me matar, mas também dos jogos, da guerra, de tudo que é ruim que já me atormentava todas as noites nos pesadelos.

Não consigo acordar, fico dominado por esse veneno que ainda sobrou em minhas veias, o resto do capitol que ainda restou em mim.

Mesmo sem conseguir abrir meus olhos e entrar na realidade, sei onde estou. Estou em minha cama. Em minha casa na vila dos vitoriosos do distrito 12, deitado com minha esposa Katniss... Nesse momento estou confuso, é minha esposa? realmente ela me ama? Por que tentou me matar?

Tento me concentrar, Katniss não é má e eu a amo.

Sinto minhas mãos cerrando em punhos e meu corpo rígido, mas não posso ceder.

Tento ao máximo abrir os olhos, acordar, mas a imagem de Katniss com um arco atirando em mim me atormenta.

Grito mas o som é abafado pelo travesseiro.

As imagens se alternam, de Katniss morta para Katniss tentando me matar e maltratando Rue, Prim, beijando Gale...

Esforço-me a abrir os olhos, consigo mas só consigo ver escuridão e as imagens em minha mente.

Me forço a sentar.

Sento segurando a borda do colchão com tanta força que sinto uma mola quebrando.

Tenho que resistir, mas parece que essa crise está tão fresca quanto as primeiras, como se todo os resto do  veneno repugnante tivesse se juntado para atacar agora.

Meus olhos provavelmente alterados e não mais azuis, conseguem se adptar ao quarto escuro, vejo o armário, fotos, a hora no relógio indicando 4:00a.m.

Viro-me para cama, vejo ela.

Deitada, tomada no sono, as mãos procurando o meu corpo.

Controlo-me para não machucá-la.

Vou até a penteadeira, a dor na minha cabeça já é indescritível, e me sinto tomado pelo desejo de deixar o veneno assumir pra que ela passe.

Abro as gavetas e procuro a antiga algema.

Acho e coloco-a. Forço minhas mãos nela até sangrarem, não posso machucar o amor da minha vida não importa o veneno.

Sim, eu consigo ver, eu a amo. Mas está embaçado, ela me ama?

O sangue pinga no chão, mas a dor de meus punhos não se compara a de minha alma, estou tentando entender toda minha vida com a ação de veneno de teleguiadas na minha cabeça, não sei mais o que fazer.

Sinto imensa vontade de gritar, mas não posso acordar aquela mulher, ainda não entendo de onde vem esse querer, mas não posso.

Mordo meus dedos e me forço a sentar na cadeira do canto do quarto.

Sinto que vou desmaiar ou ser tomado pelo veneno... O que eu farei? Poderia matar ela? Consigo sussurrar.

-Katniss... Me ajude.

Estou quase inconsciente, mas vejo a mulher ouviu e se levantou num pulo.

Acendeu as luzes e olhou pra mim assustada.

Correu pra perto de mim se ajoelhou e segurou minhas mãos ensanguentadas.

Via que estava chorando, eu parecia também estar, perdi a noção do porque.

-Peeta - ela sussurra - você é forte. Você é minha paixão! Não deixe que isso o leve de mim!

Sinto ela tirando minhas algemas, protesto.

-Não! Deixe isso ai, eu vou te machucar Katniss!

-Peeta eu confio em você! Sempre confiei! Vamos lembre! Você é Peeta Mellark, pintor, padeiro, sempre da laço duplo nos cadarços, gosta do laranja do por do sol, sempre dorme de janelas abertas, me ama! - Katniss estava encharcada, com meu sangue, com suas e minhas lagrimas.

-Você me ama... real ou não real? - eu perguntei-a

-Direi quantas vezes for necessário, real. Te amo mais do que tudo nesse mundo.

Então o veneno passou a ceder um pouco.

Senti Katniss se aproximar, protestei, poderia machucá-la, senti seus lábios nos meus, e lembrei. Lembrei qual era a única cura pro meus pesadelos, pra minha ansiedade, pra minha tristeza, era Katniss, eram seus labios e seus braços.

Voltei a mim.

Envolvo-a em meus braços.

-Katniss, minha única paixão, cura pro meus pesadelos. O que seria de mim sem você?

-PEETA! - Ela disse alisando minha face - Meu Peeta, pelo qual eu me apaixonei pelos olhos, pela carisma e pela teimosia de querer me proteger.

-Eu mesmo. - nos beijamos mais uma vez e dessa vez passamos uns bons segundos apreciando.

Katniss se levantou e me puxou.

-Vem, vamos cuidar dessas mãos.

Katniss se acostumou a cuidar de ferimentos, segundo ela por Prim, pra terminar o que a irmã havia começado.

Enquanto ela limpava meus ferimentos e cantava pra que tudo melhorasse eu sabia, era ela quem eu amava.

Depois de tudo limpo, deitamos abraçados, e não tivemos mais problemas durante essa noite.

Pesadelos vinham, mas o veneno nunca mais me incomodou.


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Notas finais do capítulo

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