love. escrita por Taengoo


Capítulo 5
Chapter 5: Love Hurts




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♫ Love hurts,

Love scars,

Love wounds' and marks

Any heart not tough or strong enough

To take a lot of pain, take a lot of pain

Love is like a cloud, it holds a lot of rain…


"O amor doí. Sempre ouvi essa frase, mas nunca conseguia entende-la de fato. Não sabia onde doía, como doía, e por que doía. Sempre fui uma fã incondicional por livros e filmes, o meu gênero favorito era romance, sempre foi e talvez sempre será. E neles eu aprendi que o amor poderia ser capaz de te trazer incríveis sensações, te fazer viajar para lugares que nunca conheceu. Mas ele também poderia causar um estrago na sua vida. Criar uma ferida tão profunda que talvez nunca se cicatrizasse.

Eu sempre vivi um ‘conto de fadas’. Onde tudo no meu relacionamento era perfeito. Sem brigas, sem traições, sem sofrimento... Só havia amor, e muito amor. Eu sempre achei que fosse ser assim, pra toda eternidade. É tão estranho quando você imagina certas coisas, e começam a acontecer exatamente o contrário de tudo. Eu estava me sentindo desse jeito. Não sabia dizer se era legal ou não. Bom ou ruim. Eu só sei que aquela experiência era diferente de todas as coisas que eu já vivi antes."

— Magali. Fev07

[...♥...]

Uma das coisas que Magali mais gostava de fazer, era ajudar sua mãe na cozinha preparando alguma receita. E era exatamente isso o que ela estava fazendo aquela tarde. Batia um bolo enquanto Lili preparava cobertura. Passaram o dia conversando, lembrando das férias e do quão divertido foi. Ela logo sentiu um cansaço ao se lembrar que só tinha mais dois dias acordando tarde.

Seus pensamentos foram interrompidos por seu celular que estava chamando. 

— Oi DC – sorriu.

—  E aí, Magá! Seguinte, vai rolar um show hoje mais tarde no centro, tá afim de ir comigo?

— Show? Você ainda não está machucado, DC?

— Um pouco sim, mas consigo caminhar de boas... Minha mãe não sabe que eu saí ontem, então conseguir uma brecha pra hoje — riu.  

— Ahh, saquei...

Ela não estava com a mínima vontade de sair naquele dia. Choveu desde manhã e só havia parado agora.

— E então? Vamos?

— Deixa pra outro dia DC... Não tô querendo muito sair hoje.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não, não – riu ela. – Só tô meio sem cabeça pra show.

— Ahh vamos Magá...  Não vai ter a menor graça se você não for também.

Magali soltou um longo e cansativo suspiro. Ela realmente não estava com cabeça para ir a lugar nenhum, principalmente à show, em pleno sábado. Com chuva e tudo. Mas Do Contra conseguia ser bem insistente quando queria. Era um lado que ela ainda não tinha conhecido até aquele dia.

— Bom... Eu vou pensar...

— Opa! – ele se animou do outro lado da linha.

— Hey, eu disse que ia pen-sar.

— Ok, ok... O show começa as oito, só pra te lembrar.

— Tudo bem, te aviso qualquer coisa.

— Beleza.

Magali pôde ver pela expressão da sua mãe que ela estava do lado do garoto.

— Eu já sei o que você vai dizer mãe – disse continuando o que estava fazendo.

— Ué, eu não ia dizer nada...

— Claro que ia. Vi no seu olhar que está me repreendendo por não querer ir a esse show.

— Querida, eu só acho que você deve aproveitar esses dois últimos dias de férias que te restam. O Quinzinho te magoou muito, você deveria jogar pro lado essa tristeza enquanto dança com seus amigos...

— Quem disse que estou triste? – perguntou, dando de ombros.

— Seus olhos dizem... Apesar de estar sempre saindo com o Maurício, posso ver que ainda se lamenta pelo que aconteceu.

Sua mãe estava mais do que certa. Mesmo tendo a melhor companhia do mundo, que era de Do Contra, seu coração ainda ficava meio apertado quando passava em frente à padaria do Quim. Fazia tempo que não colocava os pés lá dentro. Sentia muita falta dele, dos seus carinhos, dos seus beijos, até dos seus quitutes. Aquele tempo estava demorando demais pra ela, e as vezes se pegava pensando em ir até lá falar com ele de novo para resolver as coisas, pois já não aguentava mais aquela separação.

Ela não respondeu mais nada, e ficou pensativa.

Ao terminar de fazer o bolo, limparam a cozinha e Magali foi tomar um banho. Antes de trocar de roupa, encarou o guarda-roupa por alguns minutos pensando no que sua mãe lhe disse mais cedo. Ficar em casa não ia ajudar em nada na sua tristeza, pelo contrário, só iria piorar. Ficando em casa, não ia trazer o Quim de volta. Olhou para o relógio em cima do criado mudo... Ainda dava tempo.

   [...♥...]

~ Show / 21:17 ~

Do Contra olhou em volta, e deduziu que ela realmente não veio. Ficou um pouco chateado, mas não queria mais insistir. Talvez fosse melhor assim, com certeza ela não iria se sentir muito bem se encontrasse Quim ali, que no caso foi uma das primeiras pessoas que o encontrou lá, e não parecia estar sozinho...

— Perai que vou pegar alguma coisa pra gente beber... – disse um dos seus colegas que tinha vindo com ele.

Do Contra assentiu com a cabeça, e ele sumiu das suas vistas.

O lugar estava bastante movimentado. A cada minuto chegava mais e mais pessoas. A banda era desconhecida para ele, mas parecia curtir o som, pois faziam covers de músicas dos anos 70 e 80. Seu pé ainda estava enfaixado, doía um pouco se fizesse muito esforço, mas estava se sentindo bem. Seus colegas do skate foram até sua casa e insistiram pra que ele também fosse para o show. Normalmente ele recusaria, mas aquele dia era diferente, pois estava feliz com a sua vitória. Decidiu então sair pra comemorar, e lá estava ele.

Tentou ver se encontrava alguém da turma, pois com certeza alguns já deveriam ter chegado de suas viagens. Foi quando duas mãos taparam os seus olhos. A principio, se assustou, mas logo reconheceu aquelas mãos macias e aquele perfume suave. Ele sorriu satisfeito e um pouco surpreso.

— Achei que tivesse desistido de vim – disse ainda com os olhos cobertos.

— Como sabia que era eu? – perguntou ela assim que ele se virou.

O sorriso de Do Contra se desmanchou no momento em que viu a morena. Ela tinha soltado o cabelo pela primeira vez e estava usando um vestido. Ela estava incrivelmente linda, e ele não sabia o que dizer.

— Ei! – Magali estalou o dedo em sua frente. – Morreu ai?

Saindo do transe, Do Contra apertou os olhos e voltou a focar no que ela dizia.

— Hã?

— Perguntei como sabia que era eu – disse, rindo do jeito estranho que ele estava.

— Ah, ahm... Senti seu perfume.

— Ah – ela sorriu envergonhada passando por ele para olhar em volta – Nossa, tá cheio aqui.

— Pois é né – respondeu, passando a mão atrás da nuca.

— Já encontrou alguém da turma?

— Sim... Você.

— Além de mim – revirou os olhos.

— Não, ainda não. Quer procurar?

— Não... Prefiro ficar aqui. Vai que o Quinzinho aparece, sei lá. Não quero encontrar com ele hoje.

— Vai ser meio difícil, ele já está aqui...

— Já?! Onde?! – perguntou nervosa, olhando para os dois lados.

— Sumiu por ai com... Er.. Sumiu por ai. Vem, vamos procurar meus colegas que devem ter se perdido.

Magali não sabia se ficava feliz ou triste com aquela noticia. Ela e Quim no mesmo local, depois de tanto tempo sem se ver. Embora quisesse muito vê-lo, abraça-lo e dizer várias coisas que estavam guardadas dentro de si, não tinha certeza se aquele era o momento nem o lugar mais apropriado para conversarem outra vez. Apesar disso, sentiu um pontinha de esperança que aquele tempo que eles haviam dado estava chegando ao fim.

Do Contra estava segurando na sua mão, enquanto passavam por milhares de pessoas. Ela começou a reparar nas roupas que o garoto usava, percebeu que ele não tinha se arrumado tanto, colocou apenas uma calça jeans e uma blusa preta. Ela abriu um meio sorriso ao notar que ele ficava bonito de qualquer jeito. Uma das coisas que ela só foi notar depois que se aproximaram.

— Ali estão eles – apontou para três garotos que até então eram desconhecidos para Magali, mesmo já os tendo visto no dia anterior no campeonato. – E aí, galera..

— Olá – disse tímida.

— Não vai apresentar sua amiga, Do Contra? – perguntou um deles sorrindo para a morena.

— Ah... essa é a Magali.

— Prazer Magali, Roni – ele segurou na mão dela e deu um beijo. – Não foi você que invadiu a pista de skate ontem para falar do acidente dele?

— Er.. é, foi eu sim... – sorriu envergonhada. Ela torcia mentalmente para que ninguém mais se lembrasse daquele ocorrido, mas parece que ia demorar.

— Você foi muito corajosa... – disse outro garoto, branquinho de boné para trás.

— É verdade, você mitou – disse Roni sorrindo.

— Ah valeu pessoal, mas eu não fiz nada demais... só queria ajudar o DC – disse sem graça.

Do Contra continuava calado ouvindo a conversa dos seus amigos com a garota. Por alguma razão aquilo estava incomodando-o um pouco. Não que não estivesse feliz por eles estarem elogiando a comilona, mas se sentiu desconfortável por um minuto.

— Por que nunca falou que estava namorando, DC? – quis saber Roni. 

— Ahm... Que? – Do Contra se virou para o amigo, confuso e depois para Magali. – Ah não... a gente não... só somos amigos. 

A morena pareceu corar no mesmo instante, e tentou disfarçar olhando para o palco.

— Amigos, hum? – por alguma razão, Roni aparentou estar bastante contente com a noticia. – E então... Magali, certo? – a garota voltou o seu olhar para o loiro e confirmou com a cabeça, sorrindo simpática. – Veio sozinha? 

— Não... quer dizer, mais ou menos. O DC me chamou pra vim.

— Se quiser ficar com a gente, não tem problema... – Roni virou o corpo completamente para a morena. – Vou adorar te conhecer melhor, sabe? Te achei realmente corajosa ontem. Ninguém nunca tinha feito nada parecido...

Magali colocou uma mexa atrás da orelha e riu envergonhada. Já Do Contra se sentiu ainda mais incomodado do que antes, tão incomodado que do nada, segurou o braço da amiga.

— Certo, outra hora vocês podem conversar, mas precisamos encontrar a turma, não é Magali? 

— Precisamos? – a garota ergueu uma sobrancelha, não entendendo.

— Sim, precisamos - confirmou ele, agora com um olhar mais firme. – Vem, vamos... 

— Perai DC! Magali, me passa seu número!

A comilona olhou pra trás, mas não deu tempo de responder nada. Viu Roni sumir das suas vistas pois já estava sendo puxada pelo moreno com muita pressa para bem longe.

Eles só pararam quando já estavam bem perto do palco do show. 

— DC! – ela se soltou dele, e o encarou com uma profunda desordem no olhar. – Por que saímos de lá assim? 

 Do Contra respirou fundo e a olhou como se estivesse exausto. Ela realmente não tinha sacado.

— Magali, o Roni ia ficar dando em cima de você a noite toda se não te tirasse dali... não só ele, inclusive.

— Ué, e qual o problema? – Magali sorriu, achando graça. 

— Todos ué, conheço bem os amigos que eu tenho.

— Você tá falando muita besteira, eu não iria me importar – ela deu de ombros e cruzou os braços.

— Vamos ficar aqui, Magali – Do Contra respondeu sério. Ela não pareceu entender o motivo daquela "ordem" mas virou o rosto para rir.

Sem dúvida ele estava estranho.

  [...♥...]

Depois de alguns minutos curtindo o som, Magali resolveu dançar. Olhava algumas vezes para Do Contra, mas ele permanecia parado com as duas mãos no bolso, olhando para frente, e de vez em quando para ela. Ele era talvez o único que não estava se mexendo ali naquele meio.

— Pode largar o papel de do contra só hoje, e dançar comigo? – gritava um pouco por causa da música alta.

Ele negou com a cabeça, mas Magali começou a mexer os braços dele de um lado para o outro fazendo o moreno rir. Aos poucos ele começava a se soltar, e não demorou muito até estar dançando normal como todas as pessoas. Com certeza não era o estilo de música deles, mas dava pra curtir. Dançaram e beberam algumas latas de cerveja.

O primeiro estrondo do trovão surgiu de repente avisando que uma nova chuva estava por vim, mas eles nem ligaram e continuaram se divertindo a todo vapor ao som de “Call me” cover de Blondie, que aquela banda – no qual era conhecida apenas no bairro e não tinham muitas músicas próprias – começou a fazer.

Magali fechou os olhos e deu mais um gole da sua bebida. Ao abri-los novamente viu um casal em um canto. Ela olhou fixadamente para eles porque notou algo estranho. Conhecia o garoto de algum lugar... Aquele corpo, aquele cabelo, aquelas roupas... Era tudo familiar. Deu dois passos para frente e a luz do palco a ajudou a identificar quem era. Quando o ser esquisito virou o rosto para o lado, ela pôde finalmente ter a certeza.

Quim. No canto do palco aos beijos com uma loira estranha. Ele a tocava por todas as partes, a beijava intensamente, passando inclusive seus lábios pelo pescoço. Era um beijo de novela, um beijo diferente dos que ele costumava dar nela. Seus olhos se arregalaram e ela ficou sem reação, sem palavras.

Um sentimento de ódio, nojo, decepção, tristeza invadiram o seu corpo. Ela não estava acreditando no que via, o Quinzinho, o seu Quizinho... Não podia ser verdade. Magali soltou a lata que estava segurando, que caiu no chão. Estava transtornada, e meio zonza. Do Contra percebeu na hora que havia algo de errado com ela.

— Ei – tocou em seu ombro, mas não obteve resposta, continuava parada feito uma pedra. O garoto ficou em sua frente e viu que ela estava pálida, sem tirar os olhos de algum lugar. Ele olhou pra trás e tentou procurar o motivo pelo qual ela estava daquele jeito, e não demorou muito para achar.

Magali abaixou o olhar, ficando longos minutos sem dizer nada. Do Contra começou a ficar preocupado. Ele não imaginava que aquilo pudesse acontecer. Mesmo encontrando Quim com uma garota, não pensou que ele realmente fosse ficar com ela, por conhecer-lo tão bem. Com certeza o padeiro mostrou o contrário naquele dia. O moreno não sabia o que fazer, nem o que dizer.

— Vem cá... – ele puxou a garota pelo braço, e eles saíram no meio daquela muvuca.

Um pouco longe do palco, e com menos pessoas em volta, Do Contra finalmente parou e olhou para a comilona, que ainda mantinha mesma expressão de antes.

— Magá... Você tá bem...?

Ela negou com a cabeça, sentindo as primeiras lágrimas escorrerem.

— Cara... Eu não tinha ideia que isso ia acontecer, quando eu vi ele com essa...

— Você já sabia? – ele olhou pra ele imediatamente, com os olhos completamente vermelhos. 

— Que? – Do Contra se arrependeu na hora de ter falado qualquer coisa. 

— Você sabia que ele veio com outra garota pra cá?  – disse ela, cerrando os punhos. 

Ouviram-se o segundo barulho do trovão.

— N-não Magali, eu tô mais chocado que você! – disse nervoso, afinal ele sabia sim, mas não achou no direito de contar. Não queria estragar a sua noite.

— Para de mentir Do Contra! — Magali gritou forte, enquanto lágrimas escorriam. – É claro que você sabia! – ela batia no peito com toda força que tinha enquanto chorava muito.

— Calma Magali – ele tentava impedi-la de lhe agredir.

— Por quê você não me contou? Hein? Por que? – dizia entre lágrimas. Magali despejava toda sua raiva no amigo.

— Tudo bem, eu sabia! – ele segurou suas mãos. – Eu sabia, mas eu não achei que fosse acontecer nada... Sei lá, achei que poderia ser alguma prima, irmã, qualquer coisa! E mesmo que eu soubesse Magali... Eu não tinha o direito de te contar isso!

O terceiro trovão foi muito mais forte que os anteriores, começando a cair as primeiras gotas de chuva.

Magali continuou chorando forte negando com a cabeça, sem querer acreditar que isso estava acontecendo. Só podia ser um pesadelo, uma alucinação. Do Contra tentou abraça-la, mas ela esquivou brutalmente com ódio no olhar.

— Me desculpa... Eu... Eu não sabia que...

— Você não podia ter escondido isso de mim! Eu te odeio! – empurrou-o com as duas mãos, prestes a sair correndo dali.

Do Contra foi mais rápido e a puxou pelo braço, que tentava a todo custo se soltar das mãos grandes e fortes que ele tinha.

— Me solta, Do Contra! Me solta!

— Eu não vou te soltar até você não se acalmar!

— Eu estou calmíssima, não tá vendo?— gritou. – Agora me larga!

— Eu não te contei justamente pra evitar que você ficasse assim, Magali!

— Ah é?! Era melhor que visse com meus próprios olhos? Muito obrigada então pela sua ajuda!

A comilona tentava empurra-lo, deixando seus pulsos cada vez mais vermelhos. Aquela luta para se soltar era inútil, ela não tinha forças para isso, principalmente naquele momento. A chuva começou a aumentar cada vez mais, eles já estavam completamente molhados, não só eles mas as pessoas que estavam no show à sua frente. Eles não pareciam ligar nem um pouco, curtindo agora o cover de Roxette,  "It Must Have Been Love".

— Magali, por favor... Se acalma...

— Eu quero que você me solte... – ela cansou e finalmente ficou quieta, olhando para baixo, sentindo mais lágrimas descerem pelas suas bochechas.

— Eu não vou te soltar... – sussurrou.

Eles respiravam ofegantes depois daquela briga. Magali sabia que Do Contra não iria deixa-la ir embora daquele jeito e por isso rendeu-se, mas ele permanecia segurando os seus pulsos.

Eles estavam tão próximos... Próximos o suficiente para Do Contra voltar a sentir aquele perfume que Magali usava sempre. Aquele perfume que começou a fazer parte da sua rotina, dos seus dias, e que não conseguia ficar muito tempo sem sentir, sem que fizesse falta. Magali parou de chorar, mas continuou olhando pra baixo.

Lentamente, ele a soltou e em seguida levantou o seu queixo para que ela pudesse olhar pra ele. A chuva continuava caindo, a música continuava tocando, as pessoas continuavam dançando, mas eles só olhavam um para outro, mesmo sem dizer nada, mesmo não tendo nada para ser dito. As lágrimas de Magali estavam misturadas com a água da chuva, e até molhada, ela era linda.

Sem pensar mais em nada, Do Contra começou a sentir um desejo incontrolável em toca-la. Levantou a mão, passando sobre seu rosto...  E a única coisa que conseguiu ouvir depois disso, foi novamente mais um barulho de trovão ao encostar naqueles lábios molhados de chuva.


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