Youre Gonna Make Me Lonesome When You Go escrita por JoyceSantana


Capítulo 1
One and only.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Mais uma one shot minha. Eu amo demais vocês e pensei que iriam gostar. Então lá vai:



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"Bom, oi. Já faz duas horas desde que você saiu por aquela porta, dizendo que precisava pensar. Eu fiquei rondando a entrada como um segurança, tendo certeza de que, se você chegasse naquele minuto, eu seria o primeiro a te apertar em meus braços, rezando a Deus e todos os santos existentes que você nunca mais faria isso comigo novamente. Logo depois, percebi que estávamos sozinhos, que moramos sozinhos, então vi que estava louco e me permiti acomodar-me no sofá.

Mas o sofá não estava confortável. Não estava quentinho, macio, e gostoso como ele sempre é. Foi por causa disso que o compramos, lembra? Então. Ele não estava do jeito que compramos. Não estava me derrubando em sono. Algo faltava. Então resolvi ir para a cozinha.

Levantei, saí da sala e rumei para a cozinha, que estava completamente arrumada, a não ser pelo potinho de doce que você esqueceu de guardar, em cima da bancada. Isso acabou me dando a ideia de fazer aquele doce que você me ensinou, lembra? Aquele que vai chocolate em pó, leite condensado e manteiga, aquele doce maravilhoso. Segui todos os passos, fiz tudo do jeitinho que você me ensinou: Coloquei primeiro a manteiga - duas colheres de sopa, né? -, depois o chocolate, - eu sei que são quatro colheres, mas minha mão escorregou então devem ter ido umas sete - e então o leite condensado, e eu devo ter comido metade dele antes de jogar na bendita panela. Depois fiquei mexendo sem parar, já que você disse que, se parar de mexer, aparecem uma bolinhas estranhas no meio. Fiquei com o braço doendo, mas hey! Ficou lisinho! Até cantei enquanto o fazia! Quem entrasse naquele momento me chamaria de louco, com certeza.

E então eu coloquei o doce no prato, vendo aquela coisa maravilhosa - e sem bolinhas! - deslizar diante de meus olhos. Você ficaria orgulhosa de mim, tenho certeza disso. Depois de alguns minutos - e de algumas queimaduras na língua - resolvi experimentar. E estava... Bom. Estava gostoso. Mas não estava... Perfeito, como o que você faz. Até peguei uma outra colher, mas não estava... Como deveria estar. Algo faltava. Até tentei lembrar de algum deslize, algum ingrediente esquecido. Nada. Bom, ele estava mais marrom que o normal, mas não era bem isso que atrapalhava o sabor. Então resolvi deixar o doce de lado.

Fiquei sentado na mesa, olhando para o nada, te esperando. O silêncio me incomodava de uma forma impressionante, então decidi ligar o rádio. E então lembrei que eu quebrei nosso rádio há duas semanas, tropeçando em seu fio, lembra? Eu sei que você está rindo neste momento, mocinha. Mas tudo bem. Voltando ao assunto, eu continuei inerte no silêncio, conseguindo captar até o tic-tac do relógio da parede da sala. E aquilo me irritava. Não o tic-tac, mas o silêncio. Era como... Se ele me julgasse por você não estar ali. Então resolvi ir para o nosso quarto.

Lá, eu tinha certeza de que não me sentiria mal. Você e eu sabemos muito bem que o melhor lugar do nosso apartamento é o nosso quarto. Praticamente corri até lá, sedento e faminto de qualquer bem estar que ele provavelmente me proporcionaria. Chegando lá, me atirei nas cobertas, como um menininho de sete anos que entra no próprio quarto depois de dormir na casa do amiguinho. Me mexi, me arrumei, fiquei parecendo um peixe tentando me aconchegar naquela bendita cama. Nada. Ela parecia dura, grande demais. Espaçosa demais. Algo faltava. Então decidi ligar a tevê e me distrair, talvez minha situação não ficaria mais deplorável do que já estava.

Acabei sorrindo ao ver que Friends estava no ar. Nosso seriado favorito, acredita? Levantei as mãos para o céu e tive certeza de que naquele momento não sentiria mais aquela coisa estranha, aquele aperto no peito. Porém, me enganei. E me enganei feio.

Depois de uns dez minutos, comecei a sentir algo estranho. Algo como... Insuficiência. A cama estava dura, eu estava sentindo um frio desgraçado de repente, as cobertas pareciam colar em minhas pernas enquanto eu tentava me aquecer e, acredite, Chandler Bing não estava tão engraçado assim. Tentei continuar ali, prestando atenção, concentrado... Mas não me prendia. Algo faltava. Eu precisava de alguma coisa ali comigo. Resolvi desligar a tevê e tentar dormir. Me mexi, me arrumei, banquei o peixe de novo... Nada. Logo me irritei com aquele colchão estúpido e fui para a varanda, extremamente desapontado com aquela conspiração negativa sobre mim. Chegando lá, me joguei na cadeira e fitei a Lua cheia no céu. Muito bonita, até. E então me lembrei de como você gosta de Lua cheia. Você diz que parece um planeta estranho, encantador. Até tentei enxergar o tal homem brigando de espada e tudo com um dragão, como você falou. Não consegui. A superfície da Lua só tinha borrões pretos, algo totalmente banal e insignificante, totalmente diferente do que você tinha me mostrado. Quer dizer, era um carinha brigando de espada com um dragão! Algo impossível de passar batido. Mesmo assim, não consegui. Fiquei ali, ohando para aquela bola flutuante amarelada, algo nada interessante, cativante, fascinante. E eu me estranhei com aquilo, já que olhar a Lua cheia sempre foi algo fascinante para mim. Lembra quando nós ficamos até três horas da manhã somente olhando-a? Você estava morrendo de sono, mas não queria dormir, então escorou em mim, dando leves tapinhas em seu rosto e no meu. Aquela noite foi simplesmente adorável. Por isso eu não entendia. Porque tudo aquilo que eu mais amava e gostava estava parecendo tão... Insignificante naquela hora?

Foi então que uma epifania me atingiu, como um tijolo no meio da cabeça.

Tudo aquilo que antes era tão lindo, parecia tão idiota e insignificante porque não tinha... Você. Por que você é quem deixa o sofá macio e quentinho, já que eu praticamente te esmago toda vez que te puxo para deitar comigo. É você que faz o brigadeiro ficar perfeito, já que o come como uma criancinha de três anos, se lambuzando toda. Sério, só falta comer a colher junto, simplesmente adorável. É você que faz a nossa cama ficar macia, gostosa, do tamanho certo. Porque quando você está ali, deitada comigo, eu me sinto... Satisfeito. Realizado. Feliz. Contente. Algo fora da minha consciência totalmente feliz. É você que faz o bendito Chandler Bing ficar mais engraçado do que já é, já que quase sofre uma convulsão por tanta risada. Sua risada escandalosa, linda, perfeita. Sua risada completamente adorável. É isso que falta, menina. É você que falta ali comigo.

A Lua. A bendita Lua. É você que a deixa bonita, perfeita, fascinante, já que só falta babar de tanto olhar para ela. Sério, parece que você está olhando para o castelo da Disney toda vez que olha para a Lua. E a luz dela que quebra na tua pele... Meu Deus, garota. Parece que estão filmando uma cena de cinema ali na minha frente. O filme mais perfeito do planeta, pelo simples fato de ter você ali, estrelando, alegrando, fascinando. E eu ainda me pergunto como é que você consegue ver um cara brigando com um dragão de espada na superfície da Lua. Quer dizer, tem que ter muita criatividade pra enxergar isso. Mas você enxerga. Porque você é perfeita.

Então eu fiquei andando pela casa, lembrando de tudo que a gente já passou. Me lembrando também da nossa discussão. Eu sei que fui e sou um idiota por brigar todo dia com você. Mas... Eu não posso te perder, meu amor. Não posso te perder, princesa. Preciso de você para respirar. Se você não estiver ali, arrumando minha camisa, comendo brigadeiro comigo, enfurnada no meu colo naquele sofá... Não é vida, entendeu? Não faz sentido continuar a viver. Porque é você que me dá a alegria, por me tratar como uma porcaria quando eu mereço. Eu preciso de você, meu amor. Eu sei que isso está te irritando, já que você odeia essas coisas melosas de "meu amor, minha princesa, minha paixão". Mas é isso que você é, minha flor. Você me faz parecer assim, como um idiota, sem saber o que falar, então fala sem parar. Falando sério, eu não sei como você me aguenta, princesa. Eu sou tão... Inferior a você. Não faz ideia de como é perfeita. Não faz ideia de como tira o ar de qualquer pessoa com esse sorriso perfeito. Não faz ideia.

É por isso que eu não vou atrás de você. Porque sei como você detesta ser contrariada, comandada, dominada. Tudo tem que ser do seu jeito e, se antes eu odiava isso, hoje eu não ligo. Não agora. Não quero e não posso te magoar cada vez mais. É por isso que eu estou aqui, escrevendo essa carta para você. Por que, se eu te procurar e te achar, - porque acredite, garota, se eu sair daqui e resolver te procurar, eu VOU te achar - você vai me mandar pro quinto dos infernos por não te dar espaço, por não te deixar ser livre. Aquariana idiota, você.

Mas isso tudo aconteceu com uma hora depois de você ter saído. E eu comecei a entrar em pânico sem você ali. Stratford é pequena, mas já era noite, poderia ser perigoso. então eu peguei a chave do meu carro e saí daquele apartamento - que é horrível sem você, meu Deus! - e fui para a pracinha, que fica naquela rua do centro. Onde nós tivemos nosso primeiro, e o pior, e o mais perfeito encontro da história. Lembra? Quando eu derrubei a calda de sorvete no seu vestido? Nossa, você ficou muito brava comigo naquele dia. Mas, ainda assim, ficou a menina mais linda do mundo, sério.

Então, quando você começar a ler isso, eu já estarei na pracinha, te esperando. Se quiser, vá lá, me encontre. A gente conversa e resolve isso tudo. Lembre-se de que eu dependo de você, e ainda que não goste disso, ainda é a mais pura verdade. Posso te pedir uma coisa? Só por hoje? Por mais que você me odeie e me queira longe depois? Engole esse orgulho besta. Pare de tentar ter a razão de tudo. Errar é algo totalmente normal e aceitável. Eu sou uma prova viva disso, afinal, estou vivo, aqui, não estou? E se existisse um concurso de quem mais erra por instinto, eu ganharia disparado. Mas isso é algo normal, meu amor. Errar é humano, já ouviu esta frase? E você é um alien, por acaso? Eu sou? Então! Não tem problema!

Enfim, não quero brigar por carta, não acho que estamos tão ruins assim para chegar neste ponto. Então eu vou parar de escrever, deixar a caneta aqui do ladinho, entrar no meu carro e ir até a pracinha. Vou sentar naquele banco perto do parquinho e vou te esperar. Vou te esperar o tempo que for. Mas não demora não. Não pensa. Termina de ler isso e saia daí. Vem pra cá. Eu não consigo ficar sem você e aquela parte da pracinha é muito fria. Então tá. Eu já vou parar. Lembra que eu te amo e sei que você me ama também.

Derek."

– Ai... Meu Deus. - foi tudo que Melanie conseguiu dizer depois de finalmente terminar aquela carta. Ela estava... Abismada.

Derek era um idiota. Achava que, depois de todos os erros, escrever uma carta perfeita melhorava, resolveria as coisas. A situação deles era muito... Delicada. Ele era possessivo e ela gostava da liberdade. Odiava ver alguém mandando e desmandando em sua vida, dizendo-lhe o que fazer. Devidamente feminista, odiava quando Derek se recusava a deixá-la ajudá-lo em algumas tarefas. Quer dizer, ela também tinha braços, pernas e muita força, porque não ajudar? Poderia fazer melhor do que ele, até! Mas ele não deixava. E isso só a fazia querer chocar sua cabeça contra uma parede. Vai ser machista assim na casa da vó!

E Derek era ciumento. Mas isso era bônus da possessão. Porém, o grau de ciúmes de Derek chegava a ser... Doentio. Odiava ver qualquer pessoa do gênero oposto perto da namorada. Chegava a ameaçar a pessoa. Mesmo que fosse apenas para ajudar, acabava levando o sermão do homem. E Melanie odiava ser dominada, comandada. Era ridículo, quem Derek achava que era? Seu pai? Pelo amor de Deus!

Logo olhou pela casa, encontrando tudo do jeitinho que Derek havia descrito na carta: O sofá desarrumado, o brigadeiro em cima da mesa, a panela usada dentro da pia, a caneta usada para escrever logo ao lado do papel, a porta da varanda do quarto aberta, a cama desarrumada, o aparelho pay-per-view ligado.

Antes que pensasse, estava voltando ao seu carro, ligando-o com raiva e seguindo para a tal pracinha numa velocidade desnecessária para as ruas da cidade. Chegaria lá e diria umas boas verdades para Derek. Ele precisava ouvir.

Chegou no jardim, ele era todo iluminado, um verdadeiro ambiente familiar e adorável. Pessoas transitavam pelos corredores rodeados por várias árvores, sendo iluminados por vários postes de luz cegante branca. Era um ótimo passatempo para desfrutar as belezas da cidade. Avistou o parquinho, seu coração palpitou mais forte. Estava com a carta em mãos, relendo tudo rapidamente, algumas partes que lhe chamaram mais a atenção. E então, finalmente, avistou o banquinho que eles sempre sentavam, aquele perto do parquinho e do grande aquário centralizado, sendo bem iluminado por um dos trezentos postes de luz. Derek estava ali, sentado, as pernas balançantes enquanto roía as unhas. Estava nervoso. Olhava para o relógio a cada cinco segundos. Ainda que rezava para que Melanie aparecesse, não havia sequer percebido que ela já estava lá, se aproximando cada vez mais. Isso a permitiu sorrir fraco, Derek era muito desatento.

E então, finalmente, ele virou a cabeça para a esquerda, encontrando o que tanto queria, ali, parado, os braços rentes ao corpo, olhando-o com receio. Sorriu aliviado. Ela havia vindo mesmo.

– Mel! - exclamou levantando, agradecendo à Deus por Ele ter atendido suas tão numerosas preces - Oh meu Deus, você veio mesmo! Então você leu a carta? Nossa, não imagina o quão apavorado eu fiquei... Ai!

Seu turbilhão de sentimentos foi interrompido por um estalo e uma dor aguda e repentina em sua bochecha esquerda. Logo percebeu, Melanie havia batido-o. Colocou a mão no lugar atingido e olhou-a, um olhar cheio de indignação, indagação e confusão. Mas que porcaria, por que ela havia feito aquilo?

– Tudo bem... Considerando nossa situação, eu acho que mereço. - comentou pensativo enquanto massageava a pele vermelha - Eu só não sei porque fez isso agora. Posso saber?

– O quê? Acha que é só escrever um monte de palavrinhas bonitas e tudo vai se resolver? Francamente Derek, não acredito que realmente pensou isso. Sei que você é um idiota, e é um idiota de primeira, mas pensar que uma coisa dessas resolveria tudo foi o cúmulo da burrice. - Melanie despejou tudo com raiva, intensificando ainda mais a careta confusa de Derek.

E ele sentiu a postura desfalecer. Ela ainda brigava. Ainda discutia. Ainda estava brava. Não daria o braço a torcer. Ele deveria ter pensado num plano B, claro, Melanie Parker nunca acabaria com uma situação sem deixar sua marca: A última palavra.

– Mel, entenda uma coisa... - não conseguiu falar mais uma vez.

– Cale a boca! Você não vai falar nada até eu terminar! Você errou demais, Derek, demais! Quis me prender, me privar do mundo! Esqueceu que eu sou maior de idade? Que eu sei me cuidar sozinha? Que eu não preciso de um babaca me segurando? Esqueceu disso? - perguntou sarcasticamente. Derek desta vez não ficou calado.

– Ora, do que está falando, garota? Dependendo da situação, você não consegue nem arrumar a própria cama! E eu te privo de algumas coisas sim, porque eu quero e preciso te proteger! Você não sabe e não consegue viver sozinha, precisa da minha ajuda constantemente e é idiota o bastante para não perceber isso. E outra, você é minha, então não precisa ficar se mostrando para outros homens. - disse com um pouco de raiva, fazendo-a bufar.

– Não me diga o que sei ou não fazer enão ouse dizer que sou sua.– trincou os dentes, fechando os pulsos - Não sou uma propriedade. Não sou um objeto ou um cachorrinho. Sou um ser humano livre que pode fazer o que bem entender da vida. Eu te disse, McCann, te disse que eu não gosto que me prendam... - comentou lembrando do começo do namoro - Nós fizemos acordos de privacidade e eu segui o meu. Sigo até hoje! Mas você não! Por que você não confia em mim?

– Não ouse dizer que não confio em você, Melanie.– desta vez, Derek trincou os dentes irritado - Se eu não confiasse, não saberia metade da minha vida. E o nosso problema não é confiança... - percebeu que a namorada tentava mudar o curso do assunto - Nosso problema é a tua teimosia. Esse instinto de adrenalina que só prejudica e machuca o nosso relacionamento. Onde já se viu, sair no meio da noite sem dar explicações?! - comentou indignado lembrando-se de uma das diversas aventuras da namorada - Se fosse o contrário, o que raios pensaria de mim?

– Não pensaria nada, você faz o que bem entender. - respondeu dando de ombros, olhando para o chão. Derek riu sem humor algum.

– That is bullshit!Você está mentindo! - desmascarou-a ainda bravo - Você ficaria brava pra caralho e ainda me faria dizer tudo que fiz! Sabe porque? Porque você se preocupa comigo. Você quer me proteger. E eu só quero fazer o mesmo, minha princesa. Será que não entende?

Melanie era uma pessoa muito difícil e complicada, aquilo era fato.

– Tudo bem, eu ficaria incomodada. - confessou com má vontade - Mas isso é você! Eu não sou assim. Nasci assim e vou morrer assim. Acostume-se. - disse ainda indiferente, fazendo o namorado bufar.

– As coisas não são assim, Melanie, do jeito que você quer. - advertiu-a irritado - Suas atitudes não estão sempre certas, será que dá para você entender, aceitar e mudar? - perguntou cansado daquilo tudo.

– Olha, McCann, o negócio é o seguinte... - respirou fundo antes de continuar - Se você fica tão incomodado com as minhas atitudes, me deixe! Desista de mim! Porque não desiste, hein? Assim, todo esse problema acaba!

Derek riu incrédulo ao ouvir as palavras da namorada.Ela realmente não entendia.

– Sabe porque eu não desisto de você, menina estúpida? Sabe porque eu não entro no meu carro e deixo toda essa dor que você me causa para trás, junto com a sua idiotice insana? Sabe por quê? - perguntou interessado, olhando no fundo de seus olhos - Porque se eu desistir de você, desisto de mim.

Melanie fez uma careta confusa que chegou a ser cômica. Derek continuou:

– É isso mesmo, minha cara teimosinha. - disse divertido - Se eu desistir de você, estarei automaticamente desistindo de mim. Ou você não leu a carta? - apontou para o papel que quase caía das mãos da menina - Não viu queeu dependo de você para respirar? Grande responsabilidade, huh?

– Pare de dizer isso. Ninguém depende de ninguém. - disse ela corando sem encontrar os olhos de Derek.

– Então digamos que eu sou o "Ninguém nº1" e você é o "Ninguém nº2". - brincou com as mãos nos bolsos, rindo com as reações da namorada - Para com isso, Mel. Qual é.

– Mas... Você sabe que eu não gosto disso, Derek. - ela estava começando a ceder, e Derek só ria com isso.

Melanie só precisava de uma ajudinha para ser... Agradável, em certas horas. Mesmo que não quisesse e gostasse, tinha que ser controlada, parasua própria proteção.

– Mas, do mesmo jeito que eu tenho que aceitar seu jeito rebelde, você tem que, no mínimo, aceitar que eu te proteja, minha princesa. Agora para de manha e vem aqui. - abriu os braços e esperou a garota, que não foi de imediato.

Ela não daria o braços a torcer, ainda que soubesse que estava errada e morresse de vontade de se enfurnar naquele peito delicioso. Ela... Simplesmente era assim. E quem não gostava, ou se acostumava, ou ia embora.

Mas, mesmo com toda a teimosia, ela foi, lentamente, entrando no espaço criado pelo namorado e cedendo àquela briga estúpida. E então eles ouviram várias palmas ao seu redor. Quando perceberam, todas as pessoas que transitavam na praça estavam aplaudindo-os, felizes por terem se reconciliado. Melanie só faltou sair correndo dali, se enfiando cada vez mais nos braços de Derek, que só ria. Um riso misturado de alegria e alívio. Porque aquela garota estava ali com ele, novamente. E não iria embora outra vez. Ele não deixaria. Porque, se ela for, ele ficará solitário. Sozinho. Infeliz. Derek amava Melanie, e ainda que brigassem todos os dias, no final, só mostravam que se amavam cada vez mais. E era daquele jeito, um amor verdadeiro.Do jeito que deveria ser.



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Notas finais do capítulo

Gente, eu ouvi a música e isso aqui simplesmente saiu. Vocês gostaram? É só uma one shot que saiu naturalmente, sabe? E ó, pra vocês que estão esperando o capítulo novo de Esposo de Mentirinha, esperam mais um pouquinho! Como eu disse, eu estou cheia de provas e trabalhos de escola ACREDITAM QUE EU VOU TER QUE CONVERSAR EM INGLÊS LÁ NA FRENTE DE TODO MUNDO? E QUE EU TENHO UM TRABALHO ENORME DE HISTÓRIA? EU ESTOU SIMPLESMENTE FERRADA. Mas resolvi fazer isso aqui para vocês. Então é isso. Espero que gostem, minhas flores, e me digam o que acharam!
Amo vocês demais! ;*