No Capitulo Anterior...

O jantar decorreu sem mais contratempos, Cathy e Draco estavam sendo claramente excluídos pelo resto da casa nem mesmo Crabe e Goyle estavam falando com Draco. Ao terminarem o jantar, eles seguiram em direção às masmorras conversando sobre trabalhos e sobre a poção que terminariam no dia seguinte.

– Cathy! – escutaram Harry chamando. – Espera, quero falar com você.

– Se for para discutir pode esquecer... – disse virando-se para o primo.

– Não, quero falar sobre hoje mais cedo. Na realidade gostaria de te pedir uma coisa.

– O que é? – perguntou com cautela, sendo abraçada pela cintura por Draco.

– Não vou cometer a mesma burrada de querer te proibir de alguma coisa só pelo fato de não suportar a ideia de te ver com o Malfoy, mas posso pelo menos te pedir que peguem leve e não fiquem se agarrando pelos corredores?

Cathy riu, uma risada gostosa e cativante. O que deixou Harry e Draco um pouco surpresos.

– Não posso te prometer muita coisa, mas vou tentar pegar leve, ok? Afinal estamos numa escola, não é? - disse ela de forma leve e com um sorriso nos lábios e piscando para ele de forma marota, deixando-o um pouco sem graça.

– Obrigado! Boa noite! – Harry se despediu de ambos e foi para o seu salão comunal.

Cathy virou-se para Draco e percebeu que ele não havia gostado nada do que ouvira. Ela aproximou-se ficando de frente e colocando seus braços em volta do pescoço dele.

– Ele precisa de um tempo, e nós não precisamos forçar a barra, não é mesmo? – disse ela de forma doce e meiga.

Draco a segurou pela cintura, trazendo-a para mais perto e a beijou com vontade, ato que ela retribuiu com mesma intensidade.

Black II - Continuação

Depois da noticia, vem a revelação!

O final de semana passou que mal foi percebido pela maioria dos alunos, eles estavam mais interessados em descobrir quem seria a filha de Sirius Black, se ela já estaria no colégio ou não.

Segunda-feira chegou e os alunos estavam em polvorosos, mas Dumbledore não disse mais nada sobre a Black.

A primeira aula do sexto ano da Sonserina era de Poções junto com a Grifinória, já estavam todos os alunos quando o professor Snape entra na sala como um furacão.

– Pagina 322 - disse o professor Snape entrando na sala e colocando os ingredientes no quadro negro com um aceno de varinha. - Quero que se dividam em duplas, Black, sente-se com o Logbotton! Granger, fique com Potter e Weslley.

Com exceção de Harry, Draco e Hermione todos ficaram surpresos quando o professor disse isso, pois não havia ninguém novo na sala. A medida que Cathy se moveu em direção a carteira de Neville os alunos por quem ela passava ficavam mais surpresos ainda.

Neville estava imóvel e olhando para o seu caldeirão quando sentiu a mão feminina tocar-lhe o ombro, ele não se moveu...

– Neville, Neville... - Cathy chamava sacudindo de leve seu ombro até que ele reconheceu a voz e olhou-lhe assustado.

– Cathy... Melhor ir se sentar... - disse ele em tom baixo e assustado.

– Irei me sentar assim que você me deixar passar ou mudar de carteira. - respondeu ela rindo mas sorrindo gentilmente para ele.

– Longbotton! MEXA-SE! - disse Snape já irritado fazendo com que Neville desse um pulo na cadeira.

Neville passou para a carteira ao lado que estava vaga e Cathy sentou na que ele estava.

– Menos 10 ponto para a Grifinória. Agora, façam a poção, em SILÊNCIO! Se escutar qualquer coisa que não seja sobre a poção e seus ingredientes, vocês perderão 20 pontos cada! E se reincidirem será 50!

– Cathy... - chamou Neville depois de um tempo de modo temido.

– Oi... - respondeu sem deixar de prestar atenção na medição que fazia.

– Vo... Você é...

– Atenha-se a poção Neville, ou irá perder mais pontos. - sussurrou.

Neville olhou rapidamente para o professor e voltou a picar.

– Como sabe que estas são as ervas certas? Elas são tão similares, e o nome é o mesmo. - perguntou a ele de forma despreocupada.

– Falamos disso semana passada, essas são mais verdes e escuras, além de serem mais viscosas. Isso significa que cresceram em local de sombra, sem sol.

– Ou seja, mesmo sendo da mesma família e possuindo mesmo nome daquela que nasce para o sol ela é diferente, seu uso é diferente, pois suas propriedades são diferentes?

Neville entendeu onde ela queria chegar, ela era uma sonserina e uma Black, mas isso não a tornava igual aos outros Black que foram da sonserina.

Sorriu para ela.

– Sim propriedades e características distintas que as diferem.

– Agora que chegaram a uma conclusão façam o favor de voltarem para a sua poção! - disse Snape atrás deles assustando-os.

– Sim professor! - disseram em unisom.

Na hora do almoço toda a escola já sabia que ela era uma Black, a última Black.

Os "amigos" de Draco voltaram a falar com ele e dos poucos amigos de Cathy, apenas Neville, Hermione e Rony continuaram a falar com ela, fora Harry, Vivian e as meninas do grupo. Até mesmo Richard havia deixado de procurá-la por um tempo, mas logo voltou a procurá-la para desgosto de Draco.

Luna a evitava a todo custo pelo que havia dito antes sobre ela, Gina se calava toda vez que ela se aproximava, mas não se afastava.

Então o natal chegou, na manhã do dia 23 Cathy recebe uma carta que a deixara radiante, ela estava sentada ao lado de Draco na mesa da Sonserina com seus "amigos" em volta, ela o abraça e beija, diz algo em seu ouvido levantando-se em seguida e indo até a mesa da Grifinória. Ao se aproximar ela escuta algo que definitivamente acaba com seu humor.

– Não adianta Harry, eu não vou, não quero ficar na mesma casa que ela, além do mais, meus pais me esperam para o natal.

– Espero que a "ela" a quem se refere não seja a mim que esteja se referindo. - disse Cathy de maneira fria atrás de Gina, fazendo todos ali se calarem.

– Cathy por favor, não... - Harry se calou diante o olhar cortante da prima.

Cathy se curvou para dizer algo no ouvido da garota para que só ela ouvisse.

– Escute bem Ginevra, este é o primeiro natal depois da morte de nossa família, se estraga-lo para Vivian, como acabou com meu humor, nem o fato de ser namorada do meu primo e nem o fato de que eu considero muito os seus pais irão te salvar da minha ira, entendeu? - disse sorrindo, com voz fria e macia. Perigosa.

– Eu fiz uma pergunta, responda! - disse entre dentes.

– Sim... Entendi.

Cathy deu um sorriso típico de uma sonserina (lê-se: Draco) e saiu sem dizer nada.

– O que foi isso? - perguntou Rony.

– Foi só ela mostrando as garrinhas! Mostrando quem é realmente! - respondeu Gina vermelha de raiva.

– Ginny, não...

– Nem ouse Harry Potter! Sabe de uma coisa? Cansei! Você fica calado enquanto ela me ameaça, se treme todo só em pensar em magoá-la fica furioso quando a vê cheia de chamego com o NAMORADO dela.

– É o Malfoy!!!!! - disse ainda inconformado.

– Viu! Eu digo que ela me ameaça na sua frente e você só ouve que ela namora o Malfoy! Pra mim chega! Considere-se um homem solteiro, pois enquanto você se preocupar mais com ela do que comigo pode esquecer que eu existo!

Gina saiu do grande salão furiosa.

oOOo

– Então você realmente a ameaçou?

– Não foi uma ameaça Harry, foi um aviso, é bem diferente!

– E qual é a diferença? Porque eu não sei! - disse Hermione.

– Simples! Se a tivesse ameaçado vocês não saberiam até que a ameaça fosse cumprida. E mesmo assim – riu – não conseguiriam provar minha culpa...

– Cathy! – exclamou Vivian assustada.

Cathy a olhou de forma interrogativa

– Sério que você ainda duvida do que eu sou capaz? Esqueceu-se de nossa infância? De tudo o que eu já fiz ou que supuseram que eu havia feito? – riu com descaso.

– Você não é assim! Essa não é você... Estou começando a achar que este namoro realmente não está te fazendo bem! – respondeu Vivian.

– Se você nunca viu como sou realmente, não venha culpar o meu namoro! Aliás! Se não me reconhece mais é porque mudei a muito tempo, antes mesmo de Hogwarts! – disse e saiu sem esperar resposta.

– Merlin... O que houve com ela? – disse Vivian perplexa depois que Cathy saiu do seu campo de visão.

– Ela está assim há dias. – disse Draco num canto do corredor onde estavam. – Hoje no café ela recebeu a confirmação de que os Weasleys vão passar o natal na mansão Drum, parece que a ideia de passar o natal em família a deixa exultante.

– Droga! É claro! Natal! É claro que ela ia estar uma pilha de nervos, é o primeiro natal depois que tudo aconteceu, ela deve está querendo que tudo saia perfeito!

– Desculpa Vivian, mas isso não é desculpa para ela tratar ninguém da forma como ela tratou a Gina. – disse Hermione.

– Infelizmente tenho que concordar com a Mione. – disse Harry.

– É claro! – fala Draco com sarcasmo. – Me deixa perguntar Potter: Como anda a sua cicatriz? Anda doendo muito durante o dia? Ou só de madrugada?

Harry sacou a varinha apontando para o loiro que continuou com o rosto sereno e sorrindo sarcástico, sua postura era relaxada com as mãos nos bolsos.

– Como sabe disso Malfoy!

– Simples Potter! – disse sorrindo, mas ficando sério em seguida. - Se ainda não percebeu, Cathy é como um para-raios, absorvendo tudo o que você-sabe-quem manda para você, então da próxima vez que sentir dor na sua cicatriz, lembre-se que a dor dela é pelo menos duas vezes maior que a sua.

– O que...

– Isso mesmo Potter! Desde aquele maldito baile de Halloween ela vem “filtrando” os ataques que você vem sofrendo. E se não fosse o bastante há o fato de que desde que se tornou público que ela é filha de Sirius Black, ela vem sofrendo discriminação por parte de alguns alunos e ameaças de outros. Nada que ela ache que vale a pena compartilhar é claro! Mas anos vivendo no meio em que vivi me fazem mais perceptivo para certos “detalhes”.

– E você se manteve em silêncio até agora por quê? – perguntou Harry.

– Ora seu...

– Draco! – chamou Snape impedindo-o de continuar.

– Professor...

– Dumbledore está te chamando, a senha é Alcaçuz.

Draco acenou com a cabeça e foi em direção ao escritório do diretor.

– Potter, ao invés de ficar agindo como seu pai, por que não procura observar melhor o que acontece a sua volta? Aproveite que sua prima é uma sonserina e aprende algo com ela. Mesmo sendo filha de quem é ela já provou que é digna da casa a que pertence. – disse com um sorriso maldoso nos lábios. Em seguida saiu dali sem esperar resposta.

– O que será que ele quis dizer com isso? – disse Ron.

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Durante as aulas da manhã nem Draco e nem Cathy apareceram, apenas nas aulas da tarde é que Draco foi visto.

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– Senhorita Lee, senhor Potter. - cumprimentou Minerva quando eles entraram no seu escritório. - O diretor pediu que lhes informassem que estão autorizados a saírem da escola para as festas, Tonks os pegará na estação.

– Nós não vamos com a Cathy? - perguntou Vivian.

– A senhorita Drum não se encontra mais no colégio, ela partiu antes, o diretor autorizou. Agora sugiro que vão terminar de arrumar suas coisas ou irão perder a hora do trem.

Harry e Vivian saíram do escritório da diretora de sua casa e foram direto para o Salão comunal da Grifinória.

– Você tem ideia do porque dela ir antes?

– De acordo com o Draco ela estava nervosa por causa do natal, bem, ela deve ter ido na frente para verificar se tudo sairia nos conformes. Afinal os Drum são famosos por suas recepções, principalmente pelas festas de final de ano.

– Mas não será apenas a gente e os Welasley?

– Ela disse que seria a família... Acho que inclui os Cullen também... Agora imagina todos os Weasley, os Cullen, nós, Tonks, Draco, Rafael e "Hector" reunidos na casa em Londres? Ela deve estar surtando mesmo, achando que não vai caber todo mundo...

– É que você ainda não viu o que se pode fazer com um feitiço de expansão, acredite, vai caber todo mundo. Logicamente eu preferiria que o Malfoy não fosse, mas...

– Deixe de ser implicante Harry! - disse ela rindo.

– Mas é verdade!

– Pode até ser, mas por causa da sua implicância você está sem namorada!

– Eu sei... - diz ele cabisbaixo.

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No trem:

– Hey! Harry! - chamou Neville.

– Oi!

– Draco pediu que lhe entregasse para você entregar para Cathy. Parece que ele não vai poder ir e não a achou, por isso o bilhete.

– Obrigado Neville! - respondeu Harry feliz.

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Como previsto, Tonks estava na estação para buscar Harry e Vivian.

– Como assim o Malfoy não veio? Merlin! Ela vai surtar mais ainda!

– Ela está muito nervosa? - perguntou Vivian.

– É sério, estou até com dó do Monstro, ela o pegou murmurando contra sangues-ruins e traidores do sangue ficarem sobre o mesmo teto de sua mestra.

– E o que ela fez? - perguntou Harry dessa vez.

– Ai que está ninguém sabe, ele não comentou nem com os outros elfos. A única coisa que se sabe é que eles entraram num quarto e ela fez um feitiço silenciador, meia hora depois saíram e não se falou mais no assunto. Desde então ele não reclamou mais e até a mim ele está tratando bem, "como um elfo deve tratar os seus senhores", como ele mesmo disse quando perguntei por que ele estado gentil comigo.

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Ao chegarem aos portões da Mansão Drum, tanto Vivian quanto Harry repararam nas mudanças externas, a casa de dois andares agora possuía três e havia uma casinha quase ao lado seguindo a mesma arquitetura, ela era de um andar e parecia confortável apesar do tamanho.

– Ela fez isso desde ontem? - perguntou Vivian aturdida.

– Não... - respondeu Tonks rindo. - desde que foram para Hogwarts ela iniciou a reforma. Vamos entrar?

Ao entrarem na casa, era como se tivessem entrado na casa do Papai Noel, não havia um canto da casa que não lembrasse o natal, a musica natalina enchia a casa com uma harmonia de contos de fadas ou de um comercial de tv. O ambiente contradizia o dito humor da dona da casa.

– Harry, Vivian que bom que chegaram! - disse Cathy adentrando na sala pela outra porta.

Ela vestia um vestido vermelho de mangas compridas, justo em cima e soltinho em baixo que ia até o joelho, possuía um decote canoa que ia de ombro a ombro. Seu cabelo estava preso em cima, mas solto em baixo e seus cachos estavam bem modelados.

– Vão tomar um banho se trocar que iremos ao shopping, tenho certeza que não compraram seus presentes de amigo oculto! Tonks, você vai com a gente! Ué! Cadê o Draco?

– Ele não veio, pediu ao Neville que me entregasse para te entregar. - disse Harry puxando a carta do bolso e estendendo-lhe a mesma.

Cathy ergueu a sobrancelha direita em sinal claro de incredulidade irônica.

– Draco pediu ao Neville?

– Fala sério Cathy! Não vai dizer que você acha que o Harry está inventando, não é? - diz Vivian.

Num movimento rápido, Cathy estava com sua varinha apontada para Harry, assustando a todos. Tonks e Vivian tentaram falar algo, mas ela já murmurava um feitiço.