Irreplaceable escrita por nikki


Capítulo 1
Capítulo 1 - Ela é meu sonho


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá! Bom, aqui está minha primeira fic no fanfiction.net O.o Não sou cadastrada há muito tempo, porém tenho lido muito mais do que escrito. Enfim, aqui está a fic Irreplaceable espero que tenham gostado.

N/A: O primeiro capítulo da fic descreve a vida de Inuyasha, e o que ele tem sofrido nos últimos tempos. Fiquem tranqüilos, a fic é Inuyasha-Kagome apesar de no início não parecer. Esse capítulo mostra somente o Inuyasha superficialmente. Conforme a fic for se passando, vocês conheceram a personalidade verdadeira, (fora do trabalho) do nosso querido hanyou =)

Por favor, expressem suas mais sinceras opiniões nos Reviews. Onde posso melhorar? Ficou bom? Ruim? Péssimo? Razoável? Espero ouvir, acima dos elogios, criticas construtivas que me permitam agradar mais aos queridos leitores =P

Bom, é isso. Kissus, Nikki-chan



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/2095/chapter/1

Irreplaceable - Insubstituível

Capítulo 1 - Ela é meu sonho


- E então, qual é a sua ambição? – perguntou o pai da namorada encarando-o.

- É expandir o negócio da minha  família, abrindo várias filiais do restaurante pelo país. – o rapaz falou fitando-o.


- E se eu dissesse que para conseguir a mão de minha filha você teria que largar tudo e trabalhar para mim por tempo ilimitado?– ele propôs indiretamente desafiador.


- Eu aceitaria. – o outro abaixou a cabeça em reverencia e disse simplesmente.
- Porque entregaria a mão da minha filha a um homem que abre mão tão facilmente de seus sonhos, senhor Taisho? – perguntou por fim.

- Porque ela é meu sonho. – a voz sincera do hanyou de alguma forma tocou o  homem.

Foi assim que começou. O que o rapaz achava que era o fim de seus problemas tornou-se o início de um pesadelo. O pai dela era muito rígido e provinha de família muito tradicional. Ela sempre teve grande medo de enfrentá-lo porém o amor que alimentava para com o hanyou era muito maior. Por sua vez o meio-yokai estava disposto a trabalhar por tempo ilimitado para o pai da namorada, por uma vida melhor com a amada.Conseguia lembrar-se perfeitamente do dia em que a viu pela primeira vez.  

Na época, trabalhava no restaurante da família, Sengoku. Depois que seu pai falecera, a mãe tornou-se total proprietária do restaurante, além de ser a responsável por administrar a cozinha. Carregava consigo os grandes segredos do tempero Taisho. Seu meio-irmão sempre fora excelente nos cálculos, desde pequeno destacava-se entre as crianças, então cuidava da parte econômica do restaurante, como seu pai outrora fizera. Já o hanyou, não tinha nenhum talento aparente. Passou a ser gerente, controlando e organizando as tarefas dos funcionários restantes. Passou também a negociar com outras pequenas empresas, trazendo grandes benefícios ao restaurante. Era assim que a família Taisho coordenava o restaurante Sengoku. Naquela noite, o grande Takeshi Yimou, um dos empresários mais famosos do Japão, dono de uma das filiais de uma empresa montadora automobilística  reservara uma mesa para dois no restaurante, provavelmente um jantar pessoal.  

Quando o relógio marcou oito e cinco, o hanyou visualizou o empresário mais uma jovem ao seu lado. Cabelos negros lisos e longos, olhos castanhos escuros a jovem adentrou de braços dados com ele. Com certeza sua filha, eram bem parecidos. A moça era magra e de certa forma o chamou a atenção. Resolveu atendê-los pessoalmente.  

- Boa noite Sr Yimou. – saldou o meio-yokai fazendo um gesto para que entrassem. Como Inuyasha odiava usar aqueles trajes e linguagem formal. Definitivamente não combinavam com ele. 

- Boa noite. – ele falou educadamente. O rapaz tinha certeza que a filha estava contra vontade. Com aquele sorriso forçado não enganava ninguém. 

- Fumante ou não-fumante? – perguntou a preferência do local da mesa. 

- Fumante. – ele falou enquanto a filha revirava os olhos, impaciente.  

Chegando a mesa o meio-yokai estendeu a cadeira para que a dama sentasse. Não era todo dia que um empresário tão famoso aparecia em seu restaurante com sua filha. Entregou-lhes o cardápio e se retirou para deixando-os a sós. Apesar da  tamanha curiosidade de escutar a conversa daqueles dois se conteve, contentando-se em apreciar de longe a beleza da filha do tão importante homem. A pele tão alva da mulher em contraste com os cabelos escuros dava a impressão que observava uma boneca de porcelana. Tão delicada... 

- Acorde ‘maninho’... – o yokai atrás do hanyou sussurrou fazendo com que este levasse tremendo susto. Num salto, virou-se fitando o homem. Cabelos prateados longos, a lua crescente estampada em sua testa e com o olhar de indiferença, ele o fitava. 

- O que você quer Sesshoumaru? – o hanyou optou por ser curto e grosso nessa ocasião. - Não é hora de tentar flertar com a filha de um empresário. É hora de seu expediente! – lembrou seu meio-irmão. O rapaz soltou seu costumeiro ‘Feh’ voltando ao trabalho. 

Meia hora depois, o rapaz passou rapidamente pela porta do banheiro, quando viu uma silhueta feminina. Deu um passo para traz, reconhecendo a filha do empresário. Esta soluçava, provavelmente brigara feio com alguém. Como odiava ver mulher chorando. Aproximou-se enquanto oferecendo um daqueles paninhos que constava no uniforme de trabalho. Ela o olhou assusta. Hesitou em aceitar o pano, mas acabou cedendo. Sussurrou um ‘obrigada’ antes de secar as lágrimas.  

- Posso fazer algo por você? – perguntou tentando acalmá-la. Sabia que usar o pronome você para uma jovem rica como aquela era um tanto intimo, porém escapara de seus lábios antes que percebesse. Ela balançou cabeça negativamente. Inuyasha visualizou um vaso na prateleira do restaurante. Pegou uma pequena flor lilás, ali nele contida e entregou a jovem. Viu um sorriso sereno florescer em seus lábios.  

- Obrigada. – ela falou com simplicidade. O rapaz fez um gesto de agradecimento se retirando. De repente sentiu aquela mão macia e delicada segurar seu braço. De imediato virou-se para trás a encarando. 

- A propósito meu nome é Kikyo. – ela sorriu 

- Prazer Inuyasha. – o hanyou estendeu a mão cumprimentando-a. 

Inuyasha guardava em sua memória detalhadamente aquele momento. Já completara um ano desde lá. Depois daquele dia, Kikyo aparecia toda semana no restaurante. Começaram a sair. Ela contava um pouco de sua vida e ele um pouco da dele. Apesar de todas diferenças sócias, não teve erro: apaixonaram-se. Ela o encantou de uma maneira única.  Em pouco tempo já namoravam. Secretamente, é claro. Ela sempre teve medo de escutar a opinião do pai. Depois de alguns meses de namoro secreto o hanyou resolveu assumir a relação com o pai da namorada. Inuyasha já estava preparado para uma relação mais séria. 

- Porque entregaria a mão da minha filha a um homem que abre mão tão facilmente de seus sonhos, senhor Taisho? – perguntou por fim.


- Porque ela é meu sonho. 


Foram àquelas palavras que convenceram Takeshi Yimou a aceitar o noivado. Finalmente o meio-yokai achava que viveria feliz, sem segredos com Kikyo. Estava enganado. Deixou a família e passou a morar junto da futura esposa. Porém fora obrigado a trabalhar incansavelmente para o pai dela. Saía de casa às 6 horas da manhã, e voltava as 10 do trabalho. Largou o restaurante para trabalhar na montadora de automóveis da família Yimou. Nunca se dedicara tanto a trabalho. Quem sabe por isso, os lucros da empresa multiplicaram junto de suas vendas. Inuyasha chegava em casa acabado, exausto, sem animo para nada. A vida dele tornou-se apenas o trabalho. Sentia Kikyo cada vez mais distante. Como a maioria das famílias de elite, as mulheres não trabalhavam. Como Kikyo transcendia de uma delas, conseqüentemente não trabalhava. Depois de dois meses trabalhando para Takeshi, finalmente achara que o trabalha exaustivo valera a pena. Porém, novamente tudo mudou. 

Sentado em seu escritório, olhava preguiçosamente para aquela papelada em cima da mesa. Massageou as têmporas em busca de paz. Acabara de sair de uma reunião. Novamente conseguira sair lucrando num acordo com novos sócios da empresa. Mesmo assim, não se sentia satisfeito. Nada ali o satisfazia. Ouviu o telefone tocar. 

- Alô – atendeu 

- Senhor Inuyasha, o chefe está lhe chamando em sua sala. – falou o assistente do outro lado da linha. 

- Ok, obrigada Myoga. – desligou se levantando.

Dirigiu-se até a sala no corredor seguinte. Bateu algumas vezes na porta até que uma voz me mandou entrar. 

- Yimou-san, mandou me chamar?- perguntou. 

- Sim, Inuyasha. – o hanyou aproximou-se. O homem se levantou andando em círculos. - Você tem sido essencial para a empresa. Está me orgulhando. 

- Obrigada. – como aquela voz calma demais lhe dava nos nervos. 

- Por isso quero que assuma um cargo de maior importância. – ele falou. Depois de ouvir os sermão de que ‘cargo de maior importância exigem mais responsabilidade’ ele finalmente chegou no objetivo. 

- Você será promovido a meu agente especial. – ele falou. Inuyasha franziu o cenho olhando-o confuso.   

- Bankotsu irá lhe acompanhar em sua primeira missão. – um homem moreno, alto, robusto, de cabelos negros azulados presos a uma trança apareceu na porta. 

- Mandaram me chamar? – perguntou o homem.  

- Ótimo que você tenha vindo Bankotsu. Quero que mostre a Inuyasha, como são nossas missões.

- Claro chefe, o que vai ser? – perguntou o homem. 

- Bem, como vocês sabem, construiremos uma nova pista para testes em Morioka, porém estamos com problemas, enfrentando uma ONG ambiental que protesta contra o desmatamento da área. Preciso que você entregue aquela mensagem ao presidente da ONG, Kaneshiro. – não compreendendo a ênfase da palavra Inuyasha voltou a escutá-lo – Entenderam? – Bankotsu e Inuyasha assentiram. O moreno parecia entender mas Inuyasha estava mais perdido ainda.

Logo deixaram a sala. Em poucos minutos estávamos a caminho da residência do presidente da ONG. No carro Bankotsu carregava a pistola 50AE.  

- O que você fará com isso? – perguntou Inuyasha arregalando os olhos para a arma. 

- Inuyasha, acho que você ainda não entendeu que tipo de mensagem nós entregaremos. 

- nós? – perguntou

- exato. Eu e você. – Inuyasha ainda parecia confuso. Bankotsu já prevendo o desentendimento do hanyou, explicou passo-a-passo, de que tipo de tarefa cumpriria. O meio-yokai demorou um pouco para processar as idéias. Porém ao final da explicação de Bankotsu, ele parecia estupefato. Não acreditou ao concluir que, de fato, a mensagem anteriormente dita por Yimou era apenas um código entre eles para matar o homem. Não tinha sangue frio a esse ponto. 

Chegando a casa do tal Kaneshiro, Bankotsu arrombou a porta. De imediato o hanyou reconheceu o homem. Estava jantando com a família. 

- Vamos lá Inuyasha, agora é com você. – sussurrou Bankotsu Se concentrado para deixar as frescuras de lado, Inuyasha foi até o homem pisando duro e lhe lançando um murro. A pequena menina a mesa gritou abraçando a mãe. O hanyou lançou um soco de esquerda em seu rosto, antes de lançar outro em sua barriga até o homem cair no chão. Agora seu nariz sangrava, assim como todo seu rosto. A mulher e a criança não continham as lágrimas. O hanyou o levantou pela gola da camisa antes de dar uma dar uma joelhada no abdômen do homem.  

- Senhor Yimou mandou que você não entrasse mais em seu caminho – falou Inuyasha. O homem assentiu assustado. Por alguns milésimos o meio-yokai fitou o rosto da criança, aterrorizada, olhando-o como se fosse um mostro. Era definitivamente isso o que ele se tornara. Ouviu Bankotsu preparar a arma para atirar, porém antes que pudesse fazê-lo se pôs à frente. 

- Chega – anunciou. O moreno ergueu uma sobrancelha – Ele já entendeu não deve fazer, não será preciso mais nada. – explicou.

Retiraram-se da casa voltando ao carro. Nos braços de Inuyasha o sangue do homem, na sua mente uma culpa inapagável. Sentiu um peso, como se uma bigorna caísse sobre meus ombros. Lembrou-se dos olhos apavorados da menina. 

- Não nasci para matar Bankotsu – falou sincero. O homem O AWU lado, ao volante, gargalhou sarcástico. 

- Ninguém nasceu para isso. Nós aprendemos com a vida Inuyasha. – ele explicou – Você realmente acha que esse é o emprego que alguém sonha desde de criança? – Inuyasha refletiu sobre as palavras do homem ao seu lado. 

- Então porque faz isso? – perguntou 

- Todos temos nossos motivos. – apesar de insatisfeito com a vaga resposta, resolveu se calar. 

Assim que chegou em casa, Inuyasha passou correndo pela sala. Kikyo passou a segui-lo enquanto chamava por seu nome estranhando a ação do noivo. O meio-yokai entrou no banheiro abrindo a pia e mergulhando seu braço dentro. Em questão de segundos, Kikyo abriu a porta entrando no pequeno cômodo. Fitou, incrédula, o braço do noivo. 

- Inuyasha, você está machucado? – perguntou. Ele ficou emudecido. A mulher ao perceber que o sangue escorria água abaixo sem vestígios de ferimentos perguntou: 

- De quem é esse sangue? – agora ela falava séria. Inuyasha tentava formular alguma resposta com eufemismo. Ela não tinha idéia do monstro que era seu pai. 

- de quem é Inuyasha? Responda! – ela ordenou. O meio-yokai virou seu rosto olhando-a nos olhos. Ela lançou um tapa na cara. O hanyou abaixou o olhar sentindo aquele tapa doloroso queimar sua pele. 

- Faço isso porque seu pai pede! Faço isso por nós dois! – ele gritou por fim deixando-a perplexa. Porque ela era seu sonho. 

oOo  

- Inuyasha, tenho uma missão para você hoje. – Yimou-san anunciou. Os cabelos grisalhos e os óculos de lentes quadradas brilhavam toda vez que dizia isso. O hanyou suspirou fundo, já temendo que lhe mandasse entregar mais uma de suas mensagens. Infelizmente, estava certo. 

- Temos uma empresa ex-sócia nossa. O presidente desta faleceu e agora é comandada pela sua filha primogênita. Ela rompeu conosco, deixando-nos em tremenda desvantagem. – ele explicou. Inuyasha quando passou a ser agente ‘especial’ de Takeshi Yimou, entendeu como ele conseguira tamanha fortuna e sucesso. Eliminava um a um todos aqueles que se colocavam em seu caminho. Takeshi não fazia o trabalho sujo com as próprias mãos. O hanyou alimentava interiormente uma revolta de seu futuro sogro. Até hoje se perguntava como um crápula daqueles conseguira ter uma filha como Kikyo. 

- Ela passou a perna em nós! Quero que entregue uma mensagem àquela garota. Entendido? Como sempre, Inuyasha aceitou o trabalho, não tinha opção. Takeshi, ultimamente se dizia muito decepcionado com a falta de competência de Inuyasha por não conseguir mandar a mensagem (matar, em outras palavras) a nenhuma das vitimas que ele o resignara, desencadeando sempre uma longa discussão. O meio-yokai não tinha a capacidade, não tinha a coragem de tirar a vida daqueles que eram inocentes. Mas hoje, para conseguir melhorar sua relação com Takeshi jurou conseguir cumprir a tarefa, mesmo que isso lhe custasse a culpa que carregaria por uma vida inteira. Fazia isso por Kikyo, para que, quem sabe um dia, pudessem viver em paz. 

De dentro do carro Inuyasha já localizara a casa da pobre vítima. Sem duvida o futuro sogro era o homem mais frio que conhecera. Encostou o Audi preto que dirigia em uma das calçadas e saltou. Dessa vez não arrombaria a porta ou algo do gênero, resolveu adotar a nova tática mais silenciosa. Circulou a grande casa. Viu em uma das janelas do primeiro andar uma luz acessa. Andou até esta e visualizou a silhueta de uma mulher. Lembrou-se da descrição que Yimou lhe falou : 

- Ela é branca de cabelos negros ondulados. Tem olhos azuis. Não tem erro Inuyasha, ela mora sozinha.

A descrição batia perfeitamente. De costas a mulher falava no telefone. Os cabelos negros levemente ondulados encostavam no meio de suas costas. Quando ela virou-se de frente, Inuyasha recuou de susto. Era muito parecida com Kikyo. Apesar do queixo menos afinado, do corpo mais curvilíneo, a semelhança era notável. Porém a maior diferença eram aqueles olhos. Os azuis profundos lembravam-no o oceano.  A mulher nem ao menos desconfiara da presença dele. Inuyasha apertou a arma contra o bolso. Sentiu o suor frio descer sua testa. O que fazer? Seria uma tremenda covardia.  A jovem abriu o armário e de costas tirou a blusa. As bochechas de Inuyasha coraram levemente devido ao súbito calor que surgiu de repente lhe sufocando. As coxas do hanyou se contraíram. Esquece. Ao mesmo tempo em que sua mente lhe impedia de matar aquela mulher, precisava manter a relação com Takeshi pelo seu bem com Kikyo. Afinal, ela era ou não era seu sonho? 

Continua... 

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Irreplaceable" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.