It's art too! escrita por Arpus


Capítulo 10
Excursion


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo galera. Confesso que estou morrendo de sono aqui, mas não me entreguei e vim aqui só pra postar um capitulo que acabou de sair do forno. Meu estagio da faculdade começou e eu nem sei como ainda estou vivo, mas to me esforçando bastante pra não parar de escrever. Aliás, o cap 11 já ta pronto, mas só vou postar proxima semana. A boa notícia é que... férias estão chegando!!! Sem mais enrolação, aproveitem o capítulo.
Músicas:
— Bills Bills Bills - GToners(Original Destiny's Child)
— Proud Mary - Daniele(Original Creedence Clearwater Revival/ Interpretada notavelmente por Tina Turner)
— Titanium/Bulletproof - Augusto e Tiago(Original David Guetta/La Roux)
— Cold Hearted - Manuella(Original Paula Abdul)
— Wrecking Ball - Tiago(Original Miley Cyrus)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/209415/chapter/10

– Muito bem galera. – começou Tiago – A primeira parte da seleção é próximo final de semana, e por isso, a nossa querida... – ele tossiu um pouco – Coordenadora queria conversar conosco sobre... – ele deu uma pausa no discurso e se virou para a professora – Sobre o que mesmo?

– Sente-se Michael Jackson cover. – Tiago rolou os olhos, mas foi se sentar – Muito bem bando de desajustados mais princesinha riquinha e séquito obtuso... – ela tomou um tempo antes de recomeçar o discurso – Eu soube que vocês conseguiram convencer mais dois idiotas a entrar no clube...

Bianca e Igor se entreolharam sem entender enquanto os outros apenas resmungaram, bufaram ou rolaram os olhos.

– Delicada... – resmungou Daniele.

– Como uma bigorna caindo. – completou Manuella.

A professora ignorou os comentários e continuou o discurso:

– E apesar de não ter visto o projeto de Rayon do filme Dallas Buyer’s Club essa última semana...

– Eu estou bem aqui.

Augusto entrou pelas portas do Auditório e se sentou ao lado de Aline. Todos foram cumprimentar o garoto, menos Igor e Bianca que não o conheciam, Bruno, que estava evitando o garoto e Raisse e Yanne que não davam à mínima.

– Bom, já que estão todos aqui, posso finalmente anunciar que... – continuou a loira.

– Vai pedir demissão? – perguntou Daniele.

– Vai mudar de cidade? – propôs Aline.

– Vai ser presa. – falou Augusto.

– Tem uma doença fatal. – comentou Manuella.

Novamente Yanne ignorou os alunos.

– Que, motivada por um espírito de bondade que até então se julgava inexistente, inscrevi vocês em um acampamento de canto de dois dias.

Os alunos se entreolharam confusos.

– Como é? – Tiago foi o primeiro a perguntar.

– Isso mesmo. – continuou Yanne – O acampamento é realizado todo ano e dura um final de semana. Quem promove esse evento são os mesmos organizadores da competição Nacional e eventos similares acontecem em todas as regiões do país.

– E pra que serve...

Yanne levantou o dedo, impedindo Aline de continuar sua pergunta.

– Estava chegando nessa parte Florence Welch. – Aline rolou os olhos em desagrado – Esse evento existe com a intenção de interação amigável entre os corais rivais...

Todos pareceram concordar com a ideia.

– Mas é claro que, assim como noventa e nove por cento dos grupos de coral que querem ganhar essa troçalha e não são compostos por idiotas desinformados, usaremos essa chance para espionar os rivais.

– Usaremos? – perguntou Tiago.

– Quero dizer vocês! – Yanne cruzou os braços – Eu não entro numa fazenda lotada de crianças desafinadas, cheias de sonhos maravilhosos de sucesso e mania de grandeza nem sobre linchamento...

– O linchamento eu podia arranjar. – cochichou Manuella pra Daniele fazendo a morena rir.

– Para inscrever vocês nesse acampamento era necessário um nome, então tive a ideia de ressuscitar o antigo nome do clube... – ela olhou para o baterista da banda – Como é?! Preciso te dar corda pra funcionar?

O baterista começou a tocar.

– Já chega! – reclamou a professora – “The Sound Rebellion”

Todos olharam a professora com espanto.

– De jeito nenhum. – reclamou Raisse.

– Eu achei legal. – comentou Thais, mas se calou ao receber um olhar de reprovação de Raisse.

– Acho que temos que colocar isso em votação. – falou Tiago.

– Votação?! – exclamou Yanne – Não tem votação! Eu já decidi isso.

– Desculpa professora, mas o regimento interno da escola permite que os alunos escolham os nomes dos clubes que participam por meio de votação. – falou Tiago com um sorriso vitorioso – Apesar de que não podemos impedir a senhora de votar também.

Yanne sorriu amarelo.

– Ok. – concordou a professora – Mas vocês tem alguma ideia para nome?

Os alunos se entreolharam. Bruno foi o primeiro a se manifestar.

– Na verdade, eu até gostei do nome.

Yanne sorriu.

– Você só pode estar de brincadeira. – falou Raisse.

– Eu também gostei. – falou Caio.

– Bom... eu não posso mentir... – falou Augusto – Achei o nome meio gay.

Os outros integrantes do grupo olharam para o garoto.

– Sério?! – perguntou Isabelle com a sobrancelha levantada.

Augusto rolou os olhos.

– Eu também gostei do nome, pelo menos, do significado. – falou Bianca.

– Você não pode opinar novata, acabou de entrar no clube. – falou Raisse.

Bianca encarou a garota confusa e Igor levantou uma sobrancelha, indignado.

– Claro que ela pode votar Raisse. Que ideia é essa? Não importa se ela é novata ou não. Ela é parte do grupo como qualquer outro. – falou Tiago.

– Se ferrou. – sussurrou Daniele com um sorriso.

Raisse fechou a cara e cruzou os braços com raiva, mas não falou mais nada.

– Galera. E se chamássemos o grupo de “SRebellion”.

Todos os olhares se voltaram pra Aline.

– Como?! – perguntou Tiago.

– Bom... – começou a garota – Algumas pessoas, inclusive eu, gostaram do nome, então, eu pensei, e se encurtássemos ele e tirássemos o The. Ficaria bom.

– SRebellion. – repetiu Daniele – Gostei.

– Achei meio brega. – falou Manuella.

– Menos gay. – comentou Augusto e todos retornaram seus olhares para ele. – Que é?! Vão ficar olhando pra mim sempre que a palavra gay for pronunciada?!

– Eu gostei de SRebellion. – falou Igor.

– Vamos votar então. Quem quer o nome “The Sound Rebellion”? – perguntou Tiago.

Só Yanne levantou as mãos.

– E “SRebellion”.

Todos, exceto Raisse, levantaram as mãos. Yanne também levantou a mão e todos a encararam confusos.

– Que foi?! – perguntou Yanne – Eu também gostei do nome. Então esta decidido, SRebellion é o novo nome do coral. Vou mandar um e-mail para a organização do Coral e do Acampamento para mudar o nome do grupo.

– Você já tinha nos registrado na competição com o antigo nome? – perguntou Tiago incrédulo.

– Você não possui provas. – falou Yanne.

– Mas você...

– Sem. Provas.

Tiago bufou com raiva e desistiu.

– Então... – continuou Yanne – Aproveitem esse final de semana para espionar seus rivais e preparar a setlist da competição, vocês podem usar no máximo três músicas.

Tiago concordou.

– Bem, eu não sei se você esta realmente do nosso lado. – falou Tiago – Mas eu concordo com sua ideia. Vamos utilizar esse acampamento não só para espiar e nos preparar, mas para mostrar quem somos. Os SRebellion!

Todos, exceto Isabelle, Raisse e Yanne urravam em felicidade.

– Muito bem então, adorei a felicidade, mentira. – falou Yanne – Todos estejam aqui amanhã de manhã às sete horas em ponto.

Então todos os alunos soltaram um muxoxo de desanimo.

–- --

Raisse saia do Auditório e como sempre acompanhada por Isabelle e Thais. Esta última anotava nervosamente tudo o que a amiga falava em uma pequena agenda. Isabelle parecia indiferente ao que acontecia e focava seu olhar nas duas.

– E eu vou precisar de repelente... – Raisse olhou para a garota – Anotou tudo?

Thais assentiu. Raisse sorriu e continuou a andar.

– E não se esqueça de pegar meu vestido na lavanderia, vou usa-lo na Sexta.

Thais parou de anotar e encarou a amiga. Isabelle percebeu o movimento, mas ignorou voltando seu olhar para a entrada do Auditório, onde alguns integrantes do Coral conversavam e entre eles Tiago.

– Alguma ocasião especial? – perguntou Thais.

Raisse parou de andar novamente e encarou a garota com um sorriso de deboche.

– Não que interesse a vocês, mas sim... Eu e o Tiago vamos sair. Vamos a aquela cafeteria nova que possui um karaokê.

Thais concordou e anotou em sua agenda com uma expressão de desagrado. Raisse olhou por cima da garota e viu que Tiago já tinha terminado de conversar e ia embora.

– Só isso. Estão dispensadas. – logo depois a garota foi se encontrar com o namorada que a recebeu com um selinho.

Thais olhava os dois com uma expressão de desanimo. Isabelle bufou e colocou a mão no ombro da garota que a encarou. A loira não disse nada, apenas fez um gesto de negação com a cabeça e foi embora.

A bailarina continuou parada no mesmo lugar, apertava sua agenda forte entre as mãos e olhava fixamente para o Auditório. Quando decidiu ir até o local sentiu duas mãos lhe taparem os olhos e um boca se aproximar de seu ouvido enquanto o corpo da pessoa grudava com o seu.

– Adivinha quem é?

Pela voz masculina logo pode adivinhar quem era.

– Hum... Bruno! – falou sem animo.

– Certo. – o garoto destampou os olhos da amiga e logo foi pra sua frente, com um sorriso no rosto – Você me conhece mesmo ein.

Ela rolou os olhos.

– Eai, vamos ao shopping hoje?

– Não vai dar. – ela respondeu ríspida e tentou ir embora, mas o rapaz segurou seu pulso.

– Ei, calma. Por que?

Ela se soltou rapidamente encarou o garoto.

– Por que você me deixou plantada no shopping na última vez. Esqueceu?

O sorriso de Bruno desapareceu e ele coçou a cabeça envergonhado.

– Me desculpe. Eu devia ter ligado. Aconteceram umas coisas e... Eu devia ter avisado. Desculpas.

Thais bufou, mas logo em seguida sorriu. Ela estendeu a mão para o garoto.

– Esta desculpado. Não importa agora ok? Você é meu amigo.

Ele sorriu e segurou a mão da garota.

– Obrigado. Eai? Vamos ao shopping ou não?

– Não.

Bruno abriu a boca incrédulo.

– Mas... Mas você disse que...

– Eu disse que esta tudo bem. – Thais o interrompeu – Ma seu tenho várias coisas pra fazer, inclusive arrumar minha mala e da Raisse para depois de amanhã. – ela balançou a agenda.

Bruno concordou.

– Ok. Mas depois que voltarmos do acampamento vamos ao shopping. – ele sorriu e piscou pra ela - Sem falta.

Thais sorriu.

– Ok. Sem faltas. Entendeu? – ela cutucou o garoto que sorriu sem graça.

–- --

O ônibus tremulante alugado pela escola para levá-los ao acampamento finalmente tinha achado um à vaga e estacionado. Assim que as portas se abriram os garotos desceram ofegantes.

– Eu achei que íamos morrer na terceira curva. – falou Daniele tentando controlar a respiração.

Aline ajudava à amiga, apoiando-a em seu ombro. Augusto e Bianca estavam jogados no chão completamente apáticos. Manuella jogou a mochila no chão e se voltou para o motorista, indignada.

– Onde você aprendeu a dirigir?! Montanhas do Himalaia por acaso? – o motorista fez um gesto obsceno pra garota e fechou as portas do veiculo – Para de assistir velozes e furiosos ein! – gritou ela para o motorista.

– Eu estou enjoada. – falou Aline.

A garota estava de quatro no chão, respirando ruidosamente. Enquanto todos se acalmavam devido a viagem no ônibus, Raisse e suas leis amigas se aproximaram do grupo

– Eu estou enjoada com essa sua faixa de cabelo. – Isabelle se aproximou da garota e a ajudou a levantar. – O que é isso? Barracas laranjas? Em uma faixa rosa?

– Vocês já chegaram? – perguntou Daniele confusa.

– O motorista do meu pai é eficiente. – respondeu Raisse. Ela correu para beijar Tiago.

– Quando chegaram? – perguntou Tiago abraçado à namorada.

– Meia hora atrás. Já conferi na entrada. Estamos escritos e nossa cabana é a mais próxima do refeitório.

– Ganhamos cabanas? – perguntou Daniele recolhendo os pertences.

– Cabana. – ela respondeu desanimada. – Um dos organizadores disse que cabem doze pessoas em uma cabana, como somos doze, ficamos em uma.

– Todos juntos? – perguntou Daniele, mas Raisse deu de ombros.

– Então vamos pra lá. – falou Bruno – Aquele ônibus acabou com minhas costas. – ele sorriu pra Thais que retribuiu. Isabelle percebeu o gesto e rolou os olhos.

– Não podemos. – falou Raisse. – Temos que comparecer na reunião de abertura. Já deve estar começando.

– Então vamos pra essa tal abertura. – falou Tiago pegando a própria mochila.

Depois de todos se recomporem e pegarem suas devidas bagagens rumaram para a área de convivência, onde seria realizada a reunião de abertura, segundo Raisse. O Acampamento era na realidade muito grande e em nada lembrava um acampamento tradicional, mas uma pequena cidade e todos os caminhos que ligavam as habitações eram calçadas. Depois da entrada ficava o lago, com águas límpidas e alguns pedais em forma de cisne na beira, fora da água canoas e caiaques prontos para serem usados. O caminho levava primeiro ao refeitório, uma grande construção de madeira, depois as cabanas, vinte construções, também de madeira, que mais lembravam casas.

O próximo prédio era o que mais se destacava dos demais, por não ser feito de madeira. Nele estavam salas de danças, dois estúdios altamente equipados e algumas salas com diversos aparelhos tecnológicos, desde câmera à televisões. A última parada era a área de convivência, uma enorme área verde, com diferentes tipos de arvores, mesas e bancos de pedra espalhados pelo local e, o mais impressionante, um palco enorme no centro da área.

Os garotos correram para conseguir chegar a tempo no local e quando conseguiram estavam exaustos. Por causa da abertura várias cadeiras brancas estavam distribuídas em fileiras pela a áreas circundando o palco. Um homem alto, vestido em terno falava algumas coisa ao microfone, provavelmente dando boas vindas aos corais presentes, mas os garotos estavam mais preocupados em encontrar um lugar onde pudessem se sentar juntos. Depois de se sentarem perto do palco, finalmente puderam entender o que o apresentador falava.

Por ser um acampamento filiado ao concurso de canto todos os corais presentes poderiam usar as instalações do local livremente, mas deveriam se apresentar pelo menos duas vezes durante sua estadia. Não era necessário que todo os integrantes do grupo cantassem e muito menos que estivessem presentes no palco, mas pelo menos um integrante, devidamente escrito, deveria se apresentar.

– Como estamos apenas iniciando essa incrível experiência de dois dias, dois corais irão se apresentar agora, durante a abertura. O primeiro, claro, o vencedor das nacionais ano passado as GToners, o segundo coral, será um coral iniciante sorteado pela organização. – falou o apresentador.

Todos continuaram em silêncio. O apresentador sorriu e apontou o fundo do palco.

– Senhoras e senhores, é com prazer que recebo nesse palco, as GToners!

A música começou a tocar e deixou o palco correndo. Cerca de vinte garotas entraram no palco, vestidas de maneira provocante. Três delas se destacavam por carregarem microfones. A primeira, uma garota ruiva, de cabelos encaracolados e longos e de corpo esbelto começou a cantar.

[SAMANTHA]

At first we started out real cool
Taking me places I ain't never been
But now, you're getting comfortable
Ain't doing those things you did no more
You're slowly making me pay for things your money should be handling
And now you ask to use my car
(GToners: Caaaar)
Drive it all day and don't fill up the tank
And you have the audacity to even come and step to me
Ask to hold some money from me until you get your check next week

Uma outra garota, loira e de olhos azuis se aproximou da companheira e começou a cantar e dançar de forma sedutora.

[TABATHA]

You trifling, good for nothing type of brother.
Oh Silly me, why haven't I found another
A baller, when times get hard he's the one to help me out
Instead of a scrub like you who don't know what a man's about

[GTONERS]

Can you pay my bills
Can you pay my telephone bills
Can you pay my automo-bills
If you did then maybe we could chill
I don't think you do
(Samantha: Dooo-o)
So, you and me are through
(Samantha: Throoough)

A terceira garota, parecia menos empolgada que as outras, com os cabelos cortados channel e sem expressão alguma no rosto começou a cantar.

[RAÍZA]

Now you've been maxing out my card (Garotas: Caaaard)
Givin' me bad credit, buyin' gifts with my own name
Haven't paid the first bill
But you're steady heading to the mall
Goin' on shopping sprees
Perpetrating to your friends like you be ballin'

[SAMANTHA]

And then you use my cell phone (Garotas: Phoooone)
Calling whoever that you think at home
And then when the bill comes all of a sudden you be acting dumb
Don't know where none of these calls come from
When your momma's number's here more than once

[TABATHA]

You trifling, good for nothing type of brother.
Oh Silly me, why haven't I found another
A baller, when times get hard he's the one to help me out
Instead of a scrub like you who don't know what a man's about

[GTONERS]

Can you pay my bills
Can you pay my telephone bills
Can you pay my automo-bills
If you did then maybe we could chill
I don't think you do
So, you and me are through

Can you pay my bills
Can you pay my telephone bills
Can you pay my automo-bills
If you did then maybe we could chill
I don't think you do
So, you and me are through

You trifling, good for nothing type of brother
Oh silly me, why haven't I found another
You trifling, good for nothing type of brother
Oh silly me, why haven't I found another

You trifling, good for nothing type of brother
Oh silly me, why haven't I found another
You trifling, good for nothing type of brother
Oh silly me, why haven't I found another

[SAMANTHA e GTONERS]

Can you pay my bills
Can you pay my telephone bills
Can you pay my automo-bills
If you did then maybe we could chill
I don't think you do
So, you and me are through

O grupo recebeu uma tempestade de aplausos, assovios, gritos, que foram interrompidos pelo apresentador.

– Obrigado GToners, por nos mostrar talento puro.

– Baba ovo. – resmungou Manuella.

As garotas agradeceram e saíram do palco.

– Elas são boas. – comentou Bianca.

– Muito boas. – concordou Tiago.

– A dança estava impecável. – falou Bruno.

– Os vocais também. – falou Raisse.

– Era de se esperar.

Uma garota sentada ao lado de Tiago falou. Ela vestia um vestido branco, seus cabelos loiros e encaracolados e olhos verdes.

– E você é? – perguntou Raisse sem rodeios.

– Maria. – ela respondeu sorrindo – E esse é o João.

Ela apontou para o rapaz moreno, sentado ao seu lado, que vestia uma camisa branca, a calça e o tênis da mesma cor. Ele acenou.

– Somos os líderes dos The Fatalities. – ela continuou – Prazer.

– Prazer. Eu sou Tiago. Somos os SRebellions.

– Ah, o coral novo! – exclamou João.

Maria virou para o amigo e concordou e voltou a encarar Tiago

– Então são vocês. – ela sorriu – Somo seus rivais nas seletivas.

– Então vocês já sabem quem é a competição? – perguntou Raisse.

– Somos um coral antigo. – respondeu João.

– Damos nosso jeito. – continuou Maria com um sorriso.

– Só uma pergunta. – Manuella interrompeu – Vocês são irmãos?

Eles negaram e a latina recebeu uma cotovelada de Daniele.

– Então vocês conhecem essas GToners? – perguntou Tiago.

– Quem não conhece. – riu João sem animo – É um coral feminino, que só canta músicas cantadas por mulheres. Elas são campeãs há dez anos e nos últimos três anos com a entrada da Samantha, da Raíza e da Tabatha, elas tem se superado.

– Aquelas três levaram o grupo a outro patamar. – falou Maria – Elas até mesmo já fizeram backvocal pra vários artistas famosos.

– Como sempre, o macaco falando da lua que não consegue alcançar…

João bufou ao perceber quem tinha falado. Samantha a líder das GToners se aproximava do grupo com um sorriso insolente. Ao seu lado, Tabatha não sorria, mas demonstrava um ar de arrogância tão grande quanto o da colega, já Raíza não demonstrava nada, na realidade parecia entediada e alheia a tudo e a todos.

– Oi Samantha. – cumprimentou Maria – Tabatha. Raíza.

– O que vocês querem aqui? – perguntou João.

– Você ainda não adestrou esse seu ogro, Maria querida?

Maria ignorou o comentário, João fez um gesto obsceno pra garota.

– Rude como sempre. – falou Tabatha.

– Típico do segundo lugar. – riu Samantha.

– Tenho certeza que eles perderam só pela falta de compostura. – continuou Tabatha.

João ficou vermelho de raiva e tentou avançar contra garota, mas foi impedido por Maria.

– E vocês são? – perguntou Samantha, ignorando o gesto de João e fixando o olhar em Tiago e Raisse.

– SRebellions. – respondeu Tiago.

– Os novatos. – falou Raíza repentinamente.

– Ah. – Samantha riu – Os novatos... Não são seus rivais, Maria querida?

Maria concordou e Samantha riu novamente.

– Ahh doce Maria, como sempre querendo a amizade dos seus rivais. Quando vai perceber que isso não leva a lugar nenhum.

– Leva sim. – falou Tabatha – Ao segundo lugar.

Samantha riu e foi embora junto com suas amigas.

– Ela é terrível. – comentou Manuella – É até pior que a Raisse.

Raisse e Tiago rolaram os olhos. Daniele olhou para as garotas que se distanciavam, mas rapidamente retornou sua atenção para os líderes dos Fatalities.

– Então vocês realmente não sabiam que nós éramos os novatos? – ela perguntou a Maria.

– Não. – ela respondeu singelamente – Eu sei que podem achar uma bela mentira, mas não sabíamos.

– Parece uma bela de uma mentira mesmo. – murmurou Raisse com o olhar afiado em Maria.

– Nos últimos três anos temos ficado em segundo lugar. – falou João com aspereza sem nem mesmo olhar os garotos - Não somos um coral medíocre e não precisamos de truques para derrotar nossos adversários, só nossas vozes.

Maria bateu no braço do amigo.

– Apesar da grosseria. – ela fuzilou João com os olhos – O que o João falou esta correto. Não somos esse tipo de coral. Eu sei que esse arquétipo de coral existe em montes por ai, mas nós com certeza não somos assim.

– Ela falou com um sorriso tão verdadeiro que quase me convenceu. – murmurou Isabelle para si, sentada na cadeira atrás de Raisse.

– Esse é o último ano do João e meu. – ela olhou triste para o amigo – Por isso estamos decididos a ganhar esse ano.

– Então não pegaremos leve com vocês. – falou João hostil.

Maria ia repreender o amigo, mas o apresentador começou a falar no microfone, interrompendo a garota.

– O sorteio já foi realizado e o coral escolhido para o próximo show é… - sons de bateria invadiram o palco - …SRebellion.

– Como?! – gritou Manuella assustada.

A noticia pegou os garotos de surpresa. Todos estavam confusos e assustados, exceto um.

– Eu não estava preparada para isso. – falou Raisse.

– Nem eu. – concordou Tiago.

– Sério?! – perguntou Daniele incrédula – Vocês vem há um acampamento para Corais e não se prepararam para algo assim?

Ninguém respondeu o que fez a morena bufar de raiva e rolar os olhos.

– E você tem algo pronto imagino? – perguntou Raisse com irritação.

– Claro. – respondeu à morena.

– Todas as nossas canções e coreografias foram feitas para a competição, não podemos usa-las aqui – falou Bianca – Viemos aqui pra espionar… – ela falou essa parte baixo – … e não para sermos espionados.

– Não montei isso para a competição. – sorriu Daniele – É algo que canto desde pequena.

– Então vai lá. – falou Tiago – Contamos com você.

Todos concordaram com o garoto. Daniele sorriu e foi para o palco. Ao subir no palco recebeu um microfone.

– Meu nome é Daniela Alves e estou aqui representando os SRebellions.

– Sem problemas. – falou o apresentador – Que música vai cantar?

Ela cochichou no ouvido dele e foi em direção à banda que estava no fundo do palco. Ela conversou algumas coisas com eles e sorriu. A banda começou a tocar.

[DANIELE]

Left a good job in the city,
Working for The Man every night and day,
And I never lost one minute of sleeping,
Worrying 'bout the way things might have been.

You know that big wheel keep on turning,
Proud Mary keep on burning,
Rolling, rolling, rolling on the river.

Cleaned a lot of plates in Memphis,
Pumped a lot of pain down in New Orleans,
But I never saw the good side of the city,
Until I hitched a ride on a river boat queen.

You know that big wheel keep on turning,
Proud Mary keep on burning,
And we rolling, rolling, rolling on the river.

Saaay we rolling, rolling, rolling on the river!!!!!!!

I Left a good job in the city,
Working for The Man every night and day,
And I never lost one minute of sleeping,
Worrying 'bout the way things might have been.

Big wheel keep on turning,
Proud Mary keep on burning,
Rolling, rolling, rolling on the river.
Saay we rolling, rolling, rolling on the river!

Ohhh If you come down to the river,
Bet you gonna find some people who live.
You don't have to worry 'cause you have no money,
People on the river are happy to give!!

Big wheel keep on turning,
Proud Mary keep on burning,
And we rolling, rolling, rolling on the river.

I Say we rolling, rolling, rolling on the river!
The river tchu tchu tchu tchu tchu tchu
Tchu tchu tchu tchu tchu
Yeah!!
Ye-ye-ye-ye-yeah!!! Uhhhhhh!!!!

Ao termino da apresentação à garota foi agraciada com uma plateia delirante. Todos batiam palmas, faziam barulho, gritavam elogios.

– Uau! Incrível! – o apresentador incentivava as palmas do público – Lembrem-se bem desse nome galera, SRebellions. Ao que parece eles possuem ótimos cantores.

Os aplausos se intensificaram, junto dos gritos e assovios. Daniele sorriu e agradeceu a plateia.

–- --

Segundo dia no acampamento de corais. Após enfrentarem um dia cheio conhecendo outros corais, assistindo seus ensaios e preparando números os SRebellions estavam exausto e mesmo aguentando três horas de reclamação de Raisse à noite sobre como dividir metade da cabana com as garotas era horrível, todos tiveram uma ótima noite de sono.

Depois de comerem no enorme refeitório do acampamento o grupo se dividiu para aproveitar das instalações e espiar os outros corais. Augusto estava no estúdio de som, uma sala própria para gravação, decorada com os mais diversos instrumentos e equipada com aparelhos de som potentes, microfones e aparelhos para remix. Este era justamente o aparelho que o garoto mexia.

– Isso deve servir. – falou consigo mesmo.

Ele apertou alguns botões e soltou a música.

[AUGUSTO]

Been there, done that, messed around
I'm having fun, don't put me down
I'll never let you sweep me off my feet
I won't let you in again
The messages I've tried to send
My information's just not goin in

Tiago entrou no estúdio no momento que o garoto cantava e sorriu ao ver a animação com a qual o amigo cantava. Augusto estava tão entretido na música que não percebeu.

[AUGUSTO]

Burning bridges, shore to shore
I break away from something more
I'm not to, not to love until it's cheap
Been there, done that, messed around
I'm having fun, don't put me down
I'll never let you sweep me off my feet

[TIAGO]

You shout it loud
But I can't hear a word you say
I'm talking loud not saying much
I'm criticized but all your bullets ricochet
You shoot me down, but I get up

Augusto olhou para o amigo e sorriu.

[AUGUSTO]

This time baby
I'll be Bulletproof
This time baby
I'll be Bulletproof

[AUGUSTO e TIAGO]

I'm bulletproof, nothing to lose
Fire away, fire away
Ricochets, you take your aim
Fire away, fire away
You shoot me down but I won't fall
I am titanium
You shoot me down but I won't fall
I am titanium

[AUGUSTO]

This time baby
I'll be Bulletproof
(Tiago: I am titanium)
This time baby
I'll be Bulletproof

Augusto acenou para que Tiago continuasse a música e o moreno acatou.

[TIAGO]

I won't let you turn around,
and tell me now I'm much too proud
To walk away from something when it's dead
Do do do your dirty worst
Come out to play when you are hurt
There's certain things that should be
Left unsaid
Tick tick tick tick on the watch
Life's too short for me to stop
Oh baby, your time is running out
I won't let you turn around
And tell me now, I'm much too proud
All you do is fill me up with doubt

[AUGUSTO e TIAGO]

This time baby
I'll be Bulletproof
This time baby
I'll be Bulletproof

I'm bulletproof, nothing to lose
Fire away, fire away
Ricochets, you take your aim
Fire away, fire away
You shoot me down but I won't fall
I am titanium
You shoot me down but I won't fall
I am titanium

[AUGUSTO]

I am titanium!!

Terminaram a música as gargalhadas. Augusto foi até o aparelho de som e o desligou.

– Você é muito bom com isso. – falou Tiago apontando para o aparelho de Remix.

– Obrigado. – ele sorriu – Eu... só estava querendo algo para cima entende?

– Cara, com todo o respeito, mas eu tenho escutado você chorando todas as noites por duas semanas, eu entendo sim.

Maria entrou na estúdio, mas não antes de bater na porta.

– Bom dia. – cumprimentou.

Os dois garotos devolveram o cumprimento e a garota se aproximou.

– Então, estão gostando do acampamento?

Augusto encarou Tiago um pouco desconfiado antes de responder:

– Sim.

– Isso é bom. – ela falou singelamente. – E se o que a colega de vocês fez na abertura e o que escutei do lado de fora for um sinal, vocês tem muitas chances na competição. – ela falou sorridente.

– Você estava nos espionando? – perguntou Augusto.

– Não. – ela respondeu de imediato – Eu gosto de vir aqui. Os aparelhos de remixagem são excelentes. Foi só coincidência vocês estarem aqui.

Augusto rolou os olhos e cruzou os braços totalmente incrédulo, Tiago acenou com a cabeça. Maria de ombros e se aproximou dos aparelhos, mexeu em algumas coisas e logo soltou uma música remixada.

– Uau! Você é boa! – exclamou Augusto assim que Maria pausou a música.

– Obrigada. – ela respondeu com um sorriso contagiante – Eu pretendo ser DJ. Já faço alguns trabalhos à parte e toco nas festas da minha escola, inclusive tenho um site, onde posto minhas músicas.

– Tenho certeza que você vai ter sucesso. – falou Tiago.

– Obrigada novamente. – ela pensou um pouco antes de continuar – Eu marquei com as amigas de vocês, Daniele e Aline, de mostrar as outras locações do acampamento e conversar um pouco sobre a competição. Querem vir?

– Acho que tudo bem. – respondeu Augusto.

– Eu vou ficar um pouco aqui. – respondeu Tiago – Quero testar algumas melodias.

Maria concordou e saiu da sala com Augusto.

–- --

Thais assistia à uma aula de dança. O prédio de dança do acampamento era enorme e contava com quatro salas, equipadas com aparelhos de som, barras fixas e móveis, tatames, espelhos e diversos equipamentos, inclusive de ginástica. Em duas dessas salas aconteciam cursos de dança, os únicos cursos monitorados do acampamento. Para o azar de Thais ela tinha ficado em uma sala separada de Bruno e pior, na mesma turma que Tabatha, Raíza e João, três pessoas não muito agradáveis.

“Se pelo menos fosse a Maria”, pensou Thais enquanto observava João dançar.

– Bom, isso foi até utilizável. – falou a professora de dança assim que todos terminaram a rotina de dança.

Ela olhou para o relógio no pulso e rolou os olhos.

– Bom... Ainda temos três minutos até o final da aula. – ela caminhou até o canto da sala e olhou para os alunos – Alguém deseja apresentar algo?

Várias mãos se ergueram e a instrutora rolou os olhos novamente. Uma das mãos se sobressaiu na multidão por estar se mexendo na direção da professora.

– Podem abaixar essas mãos, esse holofote é meu. – Manuella saiu da multidão com um sorriso insolente.

Thais não tinha percebido a colega na turma e ficou surpresa ao vê-la.

– Temos uma com atitude hoje...

– E extremamente talentosa. – falou Manuella.

– Vamos ver. O que acha do improviso? – perguntou a professora apertando play no aparelho de som.

Manuella sorriu ao ouvir a primeira batida da música.

– Confesso que vou precisar de uma ajudinha. – respondeu a garota.

Algumas meninas, incluindo Tabatha e Raíza, foram à frente para se juntar a Manuella. Esta encarou Thais por alguns segundos, um sorriso de deboche no rosto, antes de começar a cantar.

[MANUELLA]

He's a cold-hearted snake (Dançarinas: Girl!)
Look into his eyes
Oh oh oh
Girl don't play the fool now

You're the one givin' up the love
Anytime he needs it
But you turn your back and then he's off
and runnin' with the crowd
You're the one to sacrifice
Anything to please him
Do you really think he thinks about you
when he's out

Algumas dançarinas trouxeram duas barras de pole dance móveis e as garotas se revezavam nas barras. Manuella dançava graciosamente com elas, mas não desgrudava os olhos de Thais.

He's a cold-hearted snake (Dançarinas: Girl!)
Look into his eyes
Oh oh oh
He's been tellin' lies
He's a lover boy at play
He don't play by rules
Oh oh oh
Girl don't play the fool now

It was only late last night
He was out there sneakin'
Then he called you up to check that you
were waiting by the phone
All the world's a candy store
He's been trick or treatin'
When it comes to true love girl with him
there's no one home

He's a cold-hearted snake (Dançarinas: Girl!)
Look into his eyes
Oh oh oh
He's been tellin' lies
He's a lover boy at play
(Dançarinas: Girl!)
He don't play by rules (Dançarinas: Oh ohhh)
Oh oh oh
Girl don't play the fool now

You could find somebody better girl
He's c-cold as ice

As cold as ice
He's cold as ice
He's cold as ice
Stay away from him girl!

[MANUELLA e DANÇARINAS]

C-c-c-cold hearted Uh ah ahh
C-c-c-cold hearted snake

[MANUELLA]

He's a cold-hearted snake (Dançarinas: Girl!)
Look into his eyes
Oh oh oh
He's been tellin' lies
He's a lover boy at play
(Dançarinas: Girl!)
He don't play by rules (Dançarinas: Oh ohhh)
Oh oh oh
Girl don't play the fool now!!

[DANÇARINAS]

Cold-hearted snake (Manuella: Uohh)
Look into his eyes (Manuella: Into his eyes)
Oh oh oh

[MANUELLA]

Ohhhh
He’s a cold-hearted snake

Todos bateram palmas.

– Bom. – o som da voz da instrutora silenciou os aplausos – A aula terminou. Espero que pelo menos um décimo do que ensinei entre em suas cabeças e que coloquem em prática. Agora fora daqui.

A sala se esvaziou rapidamente. Thais foi uma das ultimas a sair e foi rapidamente seguida por Manuella.

– Ei, ei bailarina. – Thais parou de caminhar e encarou a garota – O que achou dos meus movimentos? Não achava que eu era tão boa assim né.

– Realmente. Você é boa. – respondeu sem animo.

Ela tentou continuar seu caminho, mas a latina a chamou mais uma vez.

– É por que tenho um bom professor, mas acho que já sabe disso, você tem passado bastante tempo com ele.

Thais rolou os olhos e encarou novamente a colega.

– Do que você esta falando?

– Não se faça de tonta. – Manuella perdeu seu sorriso de deboche – Olha, o Bruno não é um cara muito fiel, por isso seria melhor se você desistisse disso e seguisse em frente, encontrar um cara melhor entende.

Thais rolou os olhos em irritação.

– Desculpa, mas eu não sei do que você esta falando.

– Não sabe mesmo? Bom, e você sabe por que ele te deixou vendo paisagens na terça?

– Isso não...

– Ele estava comigo. – interrompeu Manuella. O sorriu de deboche voltou para seu rosto.

Thais tentou andar novamente, mas a latina segurou seu braço e a virou com força. Nesse momento Bruno saia da sala de dança e Raisse e Isabelle entravam no prédio.

– O que esta acontecendo aqui? – perguntou Raisse.

– Eu também quero saber. – falou Bruno, seu olhar pulando de Thais para Manuella.

– Nada. – respondeu Thais.

– Não parece. – falou Bruno.

– Eu só estava mandando a real para sua amiguinha.

– Que real? – perguntou Bruno.

Thais tentou sair do prédio, mas Daniele, Aline e Igor entraram no mesmo instante, impedindo o ato.

– Uma reunião surpresa? – perguntou Aline – Que legal!

– A real sobre você. – Manuella ignorou a amiga, assim como todos os presentes no local e respondeu a Bruno.

– Acho que não chegamos em um bom momento. – falou Daniele erguendo uma sobrancelha.

– Eu. Só. Quero. Sair. Daqui – falou Thais pausadamente, suas mãos apertando a própria camisa.

– Do que você ta falando? – perguntou Bruno a Manuella.

Caio e Bianca entraram no prédio e pareciam confusos sobre o que acontecia.

– Uma reunião? – perguntou.

– Ta mais pra uma confusão. – respondeu Igor.

– To falando de você e essa dançarina metida se esfregando as escondidas! – falou Manuella com raiva.

– DO QUE VOCÊ TA FALANDO?! – berrou bruno confuso.

– Bem, isso é impossível. – falou Isabelle.

Todos os olhares se voltaram para a garota. Thais fechou os punhos com força e voltou-se para a amiga.

– Não Isa, por favor.

– Por que impossível? – Manuella parecia confusa.

– Por que a Thais não gosta de homens. – Isabelle respondeu indiferente.

Todos os olhares se voltaram para Thais e a garota fechou os olhos com vergonha.

– Do que você ta falando Isa? – desta vez foi Raisse quem perguntou.

– Isso que você escutou. Inclusive...

Thais abriu os olhos e olhou para a amiga. Algumas lágrimas desceram pelo seu rosto.

– Não, por favor. – suplicou.

A loira ignorou a amiga e continuou o que estava falando.

– Inclusive, ela é apaixonada por você.

Os olhos de Thais se arregalaram e mais lágrimas saíram, todos pareciam confusos e surpresos, mas ninguém parecia mais surpreso que Raisse. Nem mais irritado também.

– O que?! Quer dizer que… todo esse tempo você... – ela olhou para Thais com nojo.

– Rai...

– Não me chama de Rai sua... anormal!

– Você sabia disso? – Manuella perguntou a Bruno e ele acenou com a cabeça.

Daniele se aproximou de Thais e colocou a mão em seu ombro.

– Para com isso Raisse. Ela é sua amiga.

– Não. Não é. Ela me enganou! – afirmou Raisse, uma raiva audível na sua voz – Só de pensar que ela já deve ter tido sonhos inapropriados comigo... eu estou enojada.

– Ah por favor. – falou Daniele indignada – Nós somos amigas de um gay, não é possível que você que não pode aceitar uma amiga lésbica e ainda pensar isso dela.

– Você é amiga de um gay! Não eu. – falou Raisse – E eu também não sou amiga de uma lésbica e nem objeto sexual de uma pervertida.

Thais não conseguia para de chorar, Daniele tentou consolá-la, mas a garota saiu correndo e saiu do prédio.

– Olha o que você fez! – falou Daniele com raiva.

– Mas que merecido. – falou Raisse.

– Como se você fosse uma santa não é? – falou Isabelle com raiva – Eu só te contei isso por que não aguentava mais te ver maltratando a Thais e ela aceitando tudo porque gosta de um monstro.

– Do que você ta falando? Ta doida? – Raisse pareceu indignada por um instante.

– Sim. Quando me aproximei de você. Você é uma vadia, uma vadia que maltrata os outros e se acha superior a qualquer um. – falou Isabelle com uma mistura de raiva e nojo – Eu confesso que no começo queria ser popular, mas eu não preciso de você.

– Como é?!

– É isso mesmo. Eu não preciso de uma vadia que trai o namorado com o melhor amigo dele pra ser especial.

O barulho da porta fechando chamou atenção de todos. Parado, incrédulo e chocado estava Tiago, seu olhar saltava de Raisse para Caio rapidamente. Ele tentou falar algo, mas as palavras não sairam.

– Amor... – começou Raisse, mas o garoto a interrompeu.

– Fomos chamados no palco. – ele finalmente falou, seu olhar fixo nela, seu rosto inexpressivo – Temos que fazer um número de encerramento.

– Tiago. – Caio o chamou, mas ele ignorou.

– Podem... podem deixar que eu cuido da apresentação. – foi a única coisa que ele falou antes de sair e bater a porta com prédio com força.

–- --

[TIAGO]

We clawed, we chained, our hearts in vain
We jumped, never asking why
We kissed, I fell under your spell
A love no one could deny

Raisse e Caio estavam no dormitório arrumando suas malas, nenhum dos dois falava nada, nem mesmo se olhavam.

Don't you ever say I just walked away
I will always want you
I can't live a lie, running for my life
I will always want you

I came in like a wrecking ball
I never hit so hard in love
All I wanted was to break your walls
All you ever did was break me

Yeah you, you wreck me

João assistia a apresentação junto com resto dos The Fatalities e parecia nervoso, batendo o pé no chão a todo momento. As GToners também observavam o número.

I put you high up in the sky
And now, you're not coming down
It slowly turned, you let me burn
And now, we're ashes on the ground

Don't you ever say I just walked away
I will always want you
I can't live a lie, running for my life
I will always want you

I came in like a wrecking ball
Yeah, I just closed my eyes and swung
Left me crouching in a blaze and fall
All you ever did was break me
Yeah you, you wreck me

Manuella, Isabelle, Aline, Daniele e Bianca subiram no palco para ajudar Tiago na apresentação.

I never meant to start a war
I just wanted you to let me in
And instead of using force
I guess I should've let you in
I never meant to start a war
I just wanted you to let me in
I guess I should've let you win!!!

Thais corria desesperadamente pelas margens do lago até esbarrar em Maria e Augusto, ao notar que se tratava do garoto o abraçou e chorou. O garoto sem entender a abraçou.

I came in like a wrecking ball!!!

[GAROTAS]

I never hit so hard in love
All I wanted was to break your walls

[TIAGO e GAROTAS]

All you ever did was break me

I came in like a wrecking ball
Yeah, I just closed my eyes and swung
Left me crouching in a blaze and fall
All you ever did was break me

[TIAGO]

Yeah you, you wreck me
Yeah you, you wreck me


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso galera, próximo capítulo a competição, e não, o drama da Thais e do Tiago ainda não acabou vai durar mais que um capitulo aliás, mais que dois na verdade, bom, ainda temos muitos capítulos pela frente :D.
Nota: A versão de Wrecking Ball que mais combina com a do Tiago seria a do Matthew Schuler, participante do The Voice USA. O cara cantou do mesmo jeito que eu imaginei que o Tiago cantaria, então...
Nota 2: A Raisse não teve nenhum solo depois de sete capítulos carregados de solos e duetos. Coincidência? Milagre? Destino? Quem sabe.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "It's art too!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.