Não Era Você escrita por byankalima


Capítulo 15
Capítulo 13 - Mundo real Samantha, mundo real


Notas iniciais do capítulo

Hey, olá de novo.
Bom, escrevi esse capitulo e achei que seria injusto não postar.
Boa leitura!



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(N/A: Leiam com a musica, dará mais emoção, hahaha. http://www.youtube.com/watch?v=vru5Y2WCD3I)

Acordei naquela segunda frienta, uma fresta de luz passava por um pequeno vão na cortina. Eu queria gritar de dor, de ódio, de mágoa, havia se passado duas semanas após o ocorrido de Missie e por esse tempo não pisei o pé na escola. Alguns alunos da aula de bioquímica viam me visitar, perguntaram como estavam, se estava bem e eu sempre dizia que estava, não era caso de tanta preocupação.  Enzo não veio me ver um dia se quer, não ligou e também não atendeu as minha ligações, sua mãe veio me ver e disse que ele está normal e não sabe o motivo de não querer me ver. Sinto falta dele, de sua risada, seu cheiro, seu abraço, sua amizade, sinto falta de conversar com ele e isso me fez mais mal ainda durante essas duas semanas. Levantei da cama e fui tomar banho, hoje teria que ir pra escola, minha mãe já estava ficando preocupada que perca o ano. Tenho certeza que os falatórios sobre Matt e eu tenham cessado, isso me deixou um pouco mais calma.

Assim que me aprontei, desci para cozinha, depositei um beijo na bochecha da minha mãe e depois foi a vez do meu pai, tomei um copo de suco e fui caminhando para escola.

Como previ ninguém estava comentando ou me olhando estranho, o movimento estava normal na escola, um pouco de euforia por estar cada dia mais perto do baile. Fui para o ginásio, a roupa de líder estava na mochila, era certo que iria entregar os pompons. Genevive veio até mim sorrindo, como sempre. Sua pele era morena, quase dourada, seus cabelos pretos cacheados não passavam do ombro, tinha um físico de atleta e era muito gentil.

- Oi Samy! - disse com uma voz animadora

Eu apenas sorri em resposta.

- Vim entregar os pompons. - falei e os peguei na minha mochila

- Nada disso mocinha, nada disso - falou em um tom de reprovação e continuou: - você pensa que pode sair do time assim?  Você é importante para nós Samy e outra você é capitã agora.

Nesse momento eu engasguei, só podia ser brincadeira, fala sério.

- Engraçadinha você Geni!

Ela me olhava séria, sem o sorriso como de praxe.

- Ok, não é uma brincadeira? - silêncio - Ok, não é uma brincadeira. Mas e seu não quiser ser a capitã? Eu não nasci pra isso, eu não quero isso.

A garota abriu o seu melhor sorriso, ainda bem, já estava ficando com medo.

- Ninguém é forçado a fazer nada Samantha, só que no seu caso não existem muitas opções.

- Como assim? Por que comigo?

- É assim: Quando a lideres escolhem uma capitã, que foi no caso da Missie, ela pode recusar. Mas quando a capitã escolhe uma para substituí-la, isso não ocorre, ou seja, a capitã sabe que aquela que ela escolheu está apta para o cargo e não dá direito a desistências.

- Então pera ai, a Missie me escolheu?

- Exato!

- E eu não posso recusar?

- Exato! - repetiu - Existe só um jeito de você recusar Sammie.

- Qual?

Uma esperança nascia em mim.

- Morrendo! - ela riu - Mas amanhã você me dá a resposta.

- Só tem uma resposta.

- Na verdade duas. Sim ou Sim. Beijos, até a amanhã, boa aula.

E assim a morena saiu. Maldita seja a Missie, nem assim ela me deixa em paz, que lindo. Coloquei a roupa e os pompons de volta na mochila, enfim não teria muitas escolhas não é?

Sai do ginásio de pressa estava atrasada para aula de Inglês, senti um impacto sobre o meu corpo e por sorte não cai no chão.

- Não vê por onde anda garota? - uma voz estridente falou, quase estourando meus tímpanos com um grito agudo.

- Desculpa, não era minha intenção.

- Rum, idiota. - ela riu

Lindsay, uma garota muito falsa e fútil que já na vida. Resolvi apenas ignorar, dei o meu melhor-sorriso-macabro-quero-te-matar e fui pra sala de aula. Esse era um dos horários que tinha com Enzo, olhei para carteira que ele costuma sentar e não vi, ele não veio pra escola. Tenho uma afirmação muita boa para isso: Ele está me evitando. Obrigada. Não seja por isso, vou até a casa dele hoje depois da aula.

Assim passaram as aulas, tentei me concentrar e apenas não consegui, estava ocupada demais pensando em uma forma de não matar um japonês hoje por evitar uma ruiva no momento muito ruim da vida dela.

Cheguei a sua casa rápido, havia ido de táxi. Toquei a campainha uma, duas, três, quarto, cinco, seis, sete vezes e ninguém atendeu. Liguei pro celular do Enzo e adivinha? Não atendeu também. Só pode ser brincadeira, por que né.

Ouvi risos dentro da casa, não que tivesse ouvindo atrás da porta, era só pra saber se havia alguém ali. Lembrei-me da entrada dos fundos, tem uma chave reserva debaixo do tapete, fui até lá, peguei a chave e abri a porta da cozinha.

- Perfeito! - disse na minha mente

A casa dele era enorme, já tinha vindo aqui algumas vezes, seu quarto ficava na parte de cima. Subi as escadas em silêncio como naqueles filmes de ação, minha adrenalina estava a mil. Ra, brincadeira, sou muito irônica mesmo, ou não.

A porta do seu quarto estava entreaberta, resolvi olhar e me arrependi amargamente disso. Vi os cabelos pretos sobre o corpo dele, eles se movimentam e a morena, Lindsay, ria sem parar, assim como ele. Eles estavam nus, em cima da cama, fazendo coisas e não sei por que isso me incomodou tanto.

Lágrimas começaram a cair sobre minhas bochechas, deveria sair dali de pressa. Lógico que ele não se importou comigo durante esses dias, estava muito distraído com alguém sobre ele.

Fiquei tonta enquanto descia as escadas, senti meu corpo mole, minha cabeça girava, tentei me segurar no corrimão, mas foi em vão, já havia caído. Senti meu rosto molhado, tudo doía, fiz de tudo para levantar e sair dali o mais rápido possível, não consegui, meu corpo não se movia. Meu estomago começou a embrulhar, era cheiro de sangue, toquei minha testa de leve, estava ardendo, olhei para minha mão e por toda ela estava um liquido vermelho.

O desespero tomou conta de mim, simplesmente não podia fazer nada. Em alguns relances vi Enzo descendo a escada, ele não me tocou quando chegou perto de mim, pegou o celular do bolso e discou um numero.

- Por favor, preciso de uma ambulância, tem uma menina ferida aqui. - ele disse com uma voz ansiosa

Também disse outras coisas que não ouvi, estava tudo muito silencioso agora e escuro. Abri os olhos mais uma vez, Enzo sorriu.

- Você vai ficar bem Samy, agora estou aqui com você.

E tudo se apagou.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Obrigada ♥ Até mais!