Maldita Magia escrita por luvfiction


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui tudo começa ^^
Se gostar, não esqueçam a review!
Beeijos



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I

Não devia ter saído da cama

Eu acordei. Droga.

Sabe aquele dia que você sabe que vai ser historicamente chato? Então, ele chegou pra mim. Que dia é esse? 14 de fevereiro, feliz dia dos namorados. Uhuul. Mas no meu mundo isso significa: ficar o mais longe de casa possível ou totalmente isolada dentro do quarto. Eu preferiria a primeira opção, mas com minha família o máximo que eu posso fazer é ir à reserva em LaPush, mas até lá seria um saco. Por quê? Bem, não se pode ter um dia dos namorados SEM namorado, e como eu era a única sem "a metade da laranja" só eu percebia o quão incrivelmente longo esse dia pode se tornar.

Então eu decidi continuar ali deitada no meu quarto, suplicando a Deus pra que me mandasse um sono arrasador que durasse três dias inteiros, sim, porque minha família não tem muita noção de tempo. Afinal, é DIA dos namorados e no FINAL DE SEMANA dos namorados. É... Se bem que quando se tem a eternidade inteira te esperando, isso não faz tanta diferença.

Esperei, esperei, mas a porra do sono nem deu sinal. Eu ainda mantinha os olhos fechados, como sinal de esperança. Mas por dentro, eu me forçava a pensar em coisas motivadoras como "Talvez eles tenham se esquecido" ou "Talvez o mundo acabe hoje!". Foi exatamente nessa hora que ele entrou no quarto:

- Não, ele não pode acabar hoje. Não hoje, que eu e sua mãe estamos tão felizes! - Sua alegria era irritante.

- Pai! Ninguém te ensinou a bater na porta? E se eu tivesse trocando de roupa? – Foi o que eu disse, com o melhor humor possível.

- Se você estivesse trocando de roupa, provavelmente não estaria pensando tanto. Você acordou com uma metralhadora de pensamentos hoje, minha filha. – Ele se sentou ao meu lado na cama.

"Ah, se eu tivesse uma metralhadora o dia hoje poderia ser mais divertido..." Pensei.

- Nem pense nisso Renesmee, você não pode matar todos os casais de namorados! – Ele disse, achando graça. – Se arrume e venha tomar café querida, estamos todos esperando por você.

- TODOS?- Merda.

- Não fique assim minha filha, linda como é logo saberá o que é o amor. – Ele beijou minha testa. - Eu amo você.

- É, ta bom. - Agora sai daqui e me deixe com meu mau humor, só ele pra me fazer companhia hoje mesmo.

Meu pai saiu do quarto ainda achando graça. Legal. Eu era a palhaça da casa.

Então, com um pé após o outro eu entrei no banheiro, tomei um banho e me arrumei da maneira mais lenta possível pra mim, uma humampira. Gostaram? Jake me chamou disso um vez, em uma das nossas várias brigas, e eu acabei gostando. Será que Jake esta lá em baixo? Porque se ele estivesse tecnicamente eu teria um par. Só tecnicamente, porque com Jake eu não sabia exatamente o que rolava. Ele é meu amigo desde... Sempre. Mas nunca foi só isso, ele é tipo um pai-irmão-amigo-confidente. De uns tempos pra cá, a gente tem brigado bastante. Ah, essa mania que ele tem querer me tratar com se eu fosse altamente quebrável! Eu tenho medo de entrar no banheiro e ver o Jake lá com o papel higiênico!

Não posso mais atrasar isso, vamos logo Renesmee, seja forte!

E foi assim, com esse pensamento que eu apareci na escala da casa de meus avós. Papai, mamãe e eu morávamos ali perto, mas passamos a noite anterior ali, uma espécie de esquenta pro dia dos namorados. Nem comento, a sorte é que a televisão da casa dos meus avós tem muitos canais.

- Bom dia minha filha, pensei que não fosse levantar nunca!- Minha mãe me abraçou no último degrau.

"Ia ser bom demais pra ser verdade."

- Bom dia mãe. Bom dia pra geral aí também!- Ah, qual é? Eu não ia falar o nome de todo mundo né!

Todos os seus rostos perfeitos se viraram pra mim com lindos sorrisos. Ai, ter uma família totalmente perfeita às vezes é estranho. Todos os casais estavam lado a lado sentados à mesa.

- Tão fazendo o que? – Disse me aproximando da mesa.

- Fazendo a nossa programação romântica deste final de semana!- Alice disse isso toda animada e se voltou para dar um beijo em Jasper, que ficou vermelho.

Ta incluído ai alguma coisa do tipo, poupar a Renesmee de ver nossos agarramentos?

- Querida vem até a cozinha, seu café da manhã esta pronto!- Eu ouvi a voz salvadora da minha avó vinda da cozinha.

Eu fui até a cozinha com passos lentos e me sentei na bancada. Minha avó adorava cozinhar pra mim, ela dizia que lembrava dos tempos quando tinha que cozinhar para sua família. E ela gostava de lembrar disso acredita? Estranho, eu sei.

- Obrigada vovó. – Eu só chama ela assim quando só minha família estava em casa.

Se alguém visse, acharia estranho chamar uma pessoa de trinta e poucos anos de vovó. Mas eu gostava de chamá-la assim, não sei, me sentia uma pessoa normal quando fazia isso. E ela também gostava, então colocando uma bandeja com frutas, um suco e cereal na minha frente ela sorriu e disse:

- Não há de que, meu amor.

- Bom dia Ness!- Meu avô entrou na cozinha graciosamente como sempre. Cara, meu avô é muito gato!

- Bom dia vovô! – Eu respondi depois de beber um pouco de suco. – Tudo...

É. Ele foi direto abraçar a minha avó e dar aquele beijo nela. Valeu vô!

Eu queria me afogar no cereal, ou no copo de suco. Mas quis o destino que a campainha tocasse. Obrigado Senhor, amém.

- EU ATENDO! – Eu disse saindo correndo da cozinha e indo pra porta. Mas quando cheguei à porta percebi que ninguém tinha realmente de importado com a campainha, estavam todos ocupados demais. Se é que vocês me entendem. Por que eu tinha que viver justamente na casa dos amores eternos?

Então eu abaixei a cabeça e atendi a porta.

- Oi... Nessie? – Uma voz conhecida de chamou, então eu levantei a cabeça.

- Jake! – Obrigada, obrigada, obrigada *-*

- Nossa, eu sei que você me ama, mas não precisa ficar emocionada! – Disse ele brincalhão.

- Palhaço. Vai entrar ou não?

- Não sei. Tem espaço ai pra um coração solitário? – Ele olhou sobre a minha cabeça e viu a cena melosa que se passava na sala.

- Ah, nem me fala. – Acho que essa vaga já é totalmente minha.

- Bora fazer alguma coisa? – Ele se animou.

- Demorou. – Tudo pra sair daqui.

Sair com Jake não era nem de longe uma sacrifício. Ele conhecia toda a minha vida, até mais que eu mesma, mas mesmo assim nunca faltava assunto. Na maioria das vezes ele gostava que eu contasse alguns sonhos meus, alguns pensamentos, ele queria saber de tudo. E eu falo mais que a boca, pra mim era fácil. Mas naquele dia, eu não queria falar nada do que eu estava pensando. Eu ai falar o que?Oh, Jake! Estou em uma seca do caralho e queria um namorado, tem um no bolso ai? Não. Eu tinha que ficar quieta. E mais do que isso: com cara de tudo tava bem.

Ele pelo menos tava com uma cara de tudo ta maravilhoso, esplêndido.

- Jake, por que essa cara? – A gente já tava na praia, então eu me sentei na areia.

- Que cara? – Ele disse surpreendido. Ahá! Alguma coisa aconteceu.

- Essa cara de mamãe ganhei um brinquedo novo.

- Não é nada. – Ele riu.

- Ah qual é Jake, vai querer esconder as coisas de mim agora? – Não é justo,você sabe tudo sobre mim.

- É que tem certas coisas sobre mim que você não precisa saber! – Ele disse, ainda com o mesmo sorriso olhando pra mim e depois pro mar.

Qual seriam as coisas sobre o Jake que eu não poderia saber?

Bem, pensem comigo. Jake era um homem, certo? É tecnicamente... Mulher é que ele não é! Continuando... E eu sou uma mulher. O que mulheres não precisam saber sobre homens? Eu cheguei a uma resposta, mas eu não gostava nada dela.

- Quem é ela? – Eu disse entre dentes, até eu fiquei com medo da minha voz. Ele me achou surpreso.

- Ela quem? – respondeu irônico. Odeio ironia.

- A mulher com quem você ta... Ta... Ta tendo alguma coisa!- Se meus olhos fossem os do Superman, Jacob já teria sentido o poder do meu raio laser.

- Não tem mulher nenhuma, deixa de ser boba. – Mentiroso. Ele se levantou. – Vamos, eu te levo pra casa. – Ele estendeu sua mão pra mim.

Ok. Vamos lá: um, ele é seu amigo, dois, você não pode matar ele, três, teria muitas testemunhas, quatro, gosto de lobo é horrível...

Eu me levantei, sem pegar na mão dele. É claro.

- Sabe que nunca escondi nada de você, não sabe? – Disse séria.

- Sei. E agradeço por isso. - Ele respondeu também sério. – Sabe que você tem o sorriso mais lindo do mundo, não sabe?- Ele sorriu.

- Não vai rolar.

- Ah Nessinha... Dá um sorrisinho pra mim dá?- Ele fez biquinho e começou a me fazer cosquinha.

- Não. - Eu já segurava o riso. – PARA!

- Só quando você sorrir!- Ele continuava me abraçando e me fazendo cosquinha. Então me aguentei e sorri, mas sorri com força! Ele parou de fazer cócegas e me olhou nos olhos. Só ai eu percebi que estava abraça com ele de um jeito que cada parte do meu corpo podia sentir o calor que vinha do dele.

- JAAAAAAKEE!- Quem é a filha da puta que apareceu agora?

Nós nos separamos e então eu pude vê-la. Leah.

Ela vinha correndo em nossa direção, com um baita sorriso no seu lindo rosto. Qual é? Ela é bonita.

- Que bom te ver por aqui. - Ela disse olhando pra ele.

Ah, oi Leah BOM TE VER TAMBÉM!

- Ah... Oi Leah! – Jake ficou vermelho, peraí... Jake ficou vermelho? Mau sinal.

- Será que a gente pode conversar... Á sós? – Ai, essa doeu. Já entendi.

- Ah, Jake eu vou indo pra casa...

- Ta, mas quando chegar me liga.

OK, ele me deixou ir pra casa sozinha? Mau sinal. Mau sinal. Mau sinal.

Eu juro que a minha intenção inicial era justamente ir embora, sério. Mas gente, na boa, eu já pedi pra ir embora sozinha pra casa umas 8718653103582 vezes e ele nunca nem questionou a possibilidade de um SIM. Não, não, alguma coisa não cheirava bem e eu já tinha tomado banho. Então o plano era: Segui-los e assim que eles parassem subir na árvore mais próxima e rezar para que eles conversem nas suas formas humanas.

Eles andaram e entraram na floresta. Eu os segui. Eu sou boa nisso. Pra mim é fácil não fazer nenhum barulho, acho que é o meu instinto de proteção á minha espécie, meu pai chama isso de: talentos dos maiores predadores do mundo. BLÁ! Não precisava pensar nisso agora. Então eles pararam, bem perto da praia, logo, não se transformariam. YES.

Eu subi silenciosamente em uma árvore atrás de Jacob. Perfeito.

Ela começou a falar:

- Jake, porque não me ligou.

- Disse que não ligaria. – Seco. TUCHÊ.

- Nossa, não precisa ser grosso!- Ela respondeu ofendida.

- Desculpe, mas é que tudo é ainda muito novo pra mim.

- Claro, sempre ficou preso a bebezinha dos Cullen. O QUE?

- Já disse pra não chama-la assim.

- Tudo bem, não farei mais isso. Mas pense comigo Jake – Ela se aproximou dele, agora tinha as mãos na nuca dele e suas bocas bem próximas, se não tivesse uma audição privilegiada não teria escutado – Ontem eu te mostrei do que uma mulher é capaz, sabe que ela nunca será assim. Ela sempre será sua criança, sua protegida. Nunca poderá ser uma mulher como eu. Nunca será mulher pra você.

Foi mal, mas eu não aguentei. Eu pulei da árvore e me ergui uns dois metros atrás dele. Ela curvou a sobrancelha, superior, e ele se virou pra mim sem palavras.

- Não te ensinaram a não escutar a conversa dos outros, menininha? – Ela disse sarcástica.

- Pois eu acho que essa conversa é muito mais minha do que sua não é? Afinal Jacob, quem é a bebezinha dos Cullen? – Se eu pudesse chorar, essa era à hora.

- Ness...

- Não precisa falar nada... Ela tem razão... Nunca serei mulher pra você, mereço melhor. - E corri. E corri muito. Pra onde eu ia? Ah não faz pergunta difícil agora! Eu só queria sair dali.

Pra casa eu não iria, meu pai ia ler meus pensamentos, e apesar de odiar Jacob com cada fibra do meu corpo agora, eu não queria vê-lo morto. Ainda não tinha um vestido preto novo pra usar.

Então segui pra campina, em Forks, um lugar que meus pais me mostraram uma vez. Era um lugar deles, mas eles queriam dividi-lo comigo.

É óbvio que não morávamos mais em Forks, mas morávamos bem perto dali. Em uma cidade chamada Seattle. Bem, minha mãe disse que depois que uma vampira louca tentou construir um exército vampiro pra matar a minha família, Seattle meio que virou uma cidade fantasma. Esse seria o lugar ideal pra uma família de vampiros viverem não é? Então cá estamos. Como fica a duas horas e meia de Forks, o que pra nós vira, tipo, uns vinte minutos, então ta bom demais.

Meus avós construíram uma casa igualzinha a de Forks. Parece que eles carregaram a casa nas costas e coloram em Seattle. Isso era bom, parecia que a gente nunca tinha se mudado.

Só agora que a cidade voltou a crescer. A maioria de seus moradores antigos morreram, cai entre nós, só tinha velho em Seattle,tirando os que viraram vampiros é claro. A cidade ia virar uma cidade fantasma mais cedo ou mais tarde.

Quando cheguei à campina, pelo clima deveria ser a hora do almoço. Almoço? Ah, to com fome agora. Maravilha. Então eu fui caçar. Era a primeira vez que caçava sozinha. Isso era emocionante. Sentia-me bem, livre e forte. Estava tão bem que cacei três vezes mais do que de costume. E ao final da minha refeição solitária me deitei e deixei que os pensamentos invadissem a minha mente. Olha, se pensar emagrecesse...

Pensei naquela conversa, milhares de vezes, mas uma frase em especial ficava martelando na minha cabeça como se não se encaixasse... "Claro, sempre ficou preso a bebezinha dos Cullen." Preso, a mim? Eu nunca prendi Jacob! Não, mentira teve uma vez que a gente tava brincando... O que você ta pensando Renesmee, é óbvio que não disso que eles estavam falando sua topera!

Mas o que? O que prendia Jacob a mim? C-A-R-A-L-H-O! Por que quando a gente faz uma pergunta mental ninguém responde? Fácil. Só quem lê a mente é o meu pai. Mas eu não podia falar nada disso com o meu pai, podia? Não, não podia. Pai é pai, seja ele um leitor de mentes, vampiro, bonitão ou um humano careca com barriga de chop. Não podia chegar pra ele e mandar: E ai papi, o senhor sabe, assim por acaso, porque o Jake está preso a mim? Ridículo. Eu não faria isso.

Estava ficando tarde quando eu sai dos meus pensamentos mais profundos. Percebi que era a hora do crepúsculo, em outras palavras hora de não pensar em nada e só ficar olhando com cara de paisagem. Foi isso que eu fiz. O crepúsculo sempre me acalmava. Essa é mais uma das características em comum que eu tenho com minha mãe. Ela tem uma história linda e romântica sobre ele, eu... Ah, eu só curto mesmo.

Depois que o sol desapareceu dentro do mar, eu decidi que era hora de ir pra casa. Já podia pensar em outras coisas que não fosse Jacob. Quando visse meu pai pensaria no vestido preto que eu precisava comprar, na minha caça m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a e no crepúsculo é claro.

Quando eu ai abrir a porta de casa Alice já me olhava.

- Onde você se meteu?

Peraí se Alice não sabia aonde eu esta esse tempo todo, alguma coisa tava errada!

- Você não sabe? – Eu disse ainda não porta.

- Não! Seus pensamentos estavam muito confusos, você mudava de opinião a todo momento...

É... Isso é verdade. Eu estava fazendo tudo por extinto, nada foi planejado.

- Desculpe Alice.

- Não precisa se desculpar, fiquei preocupada porque você parece muito confusa, o que foi querida? – Ela disse passando a mão pelos meus ombros e me colocando dentro de casa.

- Ah, apenas algumas coisas normais. - Eu disse procurando não pensar em nada, já estava ao alcance de papai.

- Sabe que pode conversar comigo quando quiser não é? – Ela me deu um sorriso.

- Ah não, hoje não! Hoje é dia dos namorados, vai lá curtir seu amorzinho, vai!- Vamos mudar de assunto, vamos! – Eu vou pro meu quarto, tem muito mel aqui nesse andar de baixo!

- Quem manda ser encalhada Nessie!

- Também te amo Emmet! Agora vai ocupar a sua boca com outra coisa que não seja falar merda, tia Rose ta bem aí do seu lado! Ou se você quiser eu posso te dar um soco no meio dela também! – Já tinha subido alguns degraus...

- Filha... - Droga. Papai.

- Sim. - Girei meu corpo e o vi abraçado a minha mãe no final da escada. Crepúsculo, crepúsculo.

-Teve uma linda tarde hoje, espero que tenha se divertido. - Ele sorriu.

- Uh, nossa, demais, com certeza... Tchau! – Subi o que restava da escadaria e entrei no meu andar em uma velocidade anormal. Novidade. Eu sou anormal.

Eu decidi tomar outro banho.

E pensando debaixo do chuveiro, o que, aliás, é o melhor lugar para se pensar, porque o barulho da água confunde meu pai, então... Eu percebi que estava segura em casa, Jacob não poderia entrar lá, meu pai viria direto pro meu quarto se eu pensasse alguma coisa do tipo o que você está fazendo aqui, seu desgraçado! Ou talvez só pra que ele viesse mais rápido eu gritaria ah, socorro um lobo tarado esta tentando me agarrar! Ah, ia ser divertido.

Sorrindo com essa ideia, eu desliguei o chuveiro e sai do banheiro.

Me troquei, já colocando meu pijama. Menos um dia dos namorados, agora só faltam dois. Procurei meu notebook e sentei na cama. Estava vendo minhas mensagens, quando alguém começou a conversar comigo. Não. Não era ele, e sim minha amiga de colégio Lizza Maltoph. Liz era tipo, uma menina muita bacana, era discreta e eu podia falar de tudo com ela, é... Quase tudo. Mas ela sabia mais eu menos minha história com Jake, eu contara que ele e eu sempre fomos mais que amigos, que fomos criados juntos. Ele morava na mesma rua que os Cullen quando eu fui adotada, ah, não contei que pro resto do mundo eu era só mais uma filha adotiva dos Cullen? Ah, detales. E então mesmo quando a gente se mudou ele veio junto e morava com a gente! Legal né. Quase verdade, Jake não saia mais de casa... Voltando a conversa:

Liz diz: Oi Ness e aí tudo bem?

Ness :D diz:E aí Liz... É acho que não...

Liz diz: O que foi?

Liz diz: Quer falar sobre isso?

Ness :D diz: Quero...

Liz diz: Então desembucha!

Ness :D diz: Nossa que gentileza! UHSAUHSUASHAU

Liz diz: Ah bobona, sabe que eu to brincando...

Liz diz: Anda fala logo!

Ness :D diz:É o Jake

Liz diz: Quem? Aquele que é praticamente seu irmão? O que tem ele?

Ness :D diz:Sabe a gente tava na praia caminhando...

Liz diz: No dia dos namorados? CHOQUEI

Ness :D diz: Cala a boca Liz, deixa eu falar, não nada a ver...

Liz diz: mal aê então! Continua...

Ness :D diz: Então, como eu estava falando, a gente tava na praia conversando na boa, só que ai eu perguntei pra ele porque ele estava tão feliz, porque ela estava tipo, exageradamente feliz...

Liz diz: Mas o menino não pode nem ta feliz...

Ness :D diz: Vai me deixar continuar?

Liz diz: mals.

Ness :D diz: ai ele não quis me contar, eu fiquei muito p*ta porque eu conto tudo pra ele, aí eu falei assim: Sabe que eu conto tudo pra você né? Ai ele falo sei, e mudou de assunto. Só ai depois a Leah apareceu

Liz diz:A amiga dele.

Ness :D diz:Essa mesma. E pediu pra conversar com ele a sós.

Liz diz: Putz, e pelo visto, você ganhou um gelo legal..

Ness :D diz:É só o começo..

Ness :D diz:eles foram conversar e eu os segui. Sou curiosa mesmo!

Liz diz : Nem esquenta, ia fazer a mesma coisa...

Ness :D diz: Valeu :) Então ela falou pra ele alguma coisa sobre a noite que eles estiveram juntos, e ai em um momento ela falou que ele sempre esteve PRESO a mim e que eu nunca ia ser mulher pra ele!

Liz diz: WHAT? AH, COMO ASSIM? CHOQUEI³

Liz diz: E ai o que você fez?

Ness :D diz:Sai de onde eu tava escondida e dei um super fora nos dois é claro!

Liz diz : Nem um gancho, um chute, um tapinha, nada?

Ness :D diz:Não nada disso só queria sair de lá o meia rápido possível!

Liz diz: Ta certo... Olha acho que esta na hora de você deixar o Jacob um pouquinho de lado sabe, esse papo que ele ta preso a você não caiu bem não, se ele ta preso então libera ele um pouco :D Manda ele caça serviço e aproveita um pouco a vida, você esta sempre com ele ou presa em casa, ta afim de fazer um programinha legal do fds que vem?

Ness :D diz:Tem toda a razão. O que você está pensando em fazer?

Liz diz: Sábado que vem é a festa a fantasia lá na escola, por que você não vem? Vai ser super legal!

Ness :D diz:Festa a fantasia? Parece uma boa... Ta marcado.

Liz diz: Ai que legal, vai ser a nossa primeira party uhull! Então a gente se vê na segunda lá na escola pra combinar tudo ta bom? Tenho que sair agora, meu pai e minha mãe são tão doidos que ao invés de saíram pra jantar fizeram a jantar aqui e casa pra comemorar com a família inteira... Ninguém merece.

Ness :D diz:Sinto muito. UAHSUASHUAS Boa noite Liz e obrigada.

Liz diz: Disponha amiga.

Pronto. Era isso o que eu ia fazer. Eu iria a uma festa.

Sem Jake, seríamos eu e meus outros amigos. Sim, porque eu tenho outros amigos não tenho? Claro que tenho, e se não tivesse essa seria a chance de fazer novos amigos! Ai dançar, me soltar, quem sabe até beber umas? Ah não, eu não podia pensar nisso, papai.

Eu já me sentia melhor só com a ideia de ir a uma festa. Sabe aquela história de que você não percebe o que tem até perdê-lo, então, foi isso, só que pra mim isso foi uma coisa boa. Eu estava presa, sufocada e quando pensei na ideia de me libertar ai eu pude ver o quão presa eu estava. Eu precisava daquela festa, precisava me soltar.

Meu computador fez um barulho." Você recebeu uma nova mensagem."

De:[jacob_black!]

Para:[renesmee_c]

Disse pra me ligar quando chegasse em casa.

Eu respondi:

De:[renesmee_c]

Para: [jacob_black!]

Também disse que era meu amigo... ultimamente o que você diz não vale nada.

Desliguei o computador. Era a segunda vez no dia que se eu pudesse chorar, teria chorado.


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Notas finais do capítulo

Quem gostooou?
Nessa história a Nessie é bem desbocada mesmo, não se preocupem!
usahuahsuahs
Beeeijos