Memórias De Um Passado escrita por Lady Luna Riddle


Capítulo 21
Capítulo XX - O fim e o renascimento


Notas iniciais do capítulo

- E chegamos ao fim, meus queridos leitores T.T, pois é!
Espero que tenham gostado da versão que criei para os pais de Voldemort... ;)
-Desculpem qualquer erro! :)
-Espero que gostem,enjoy it!



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POV Lord Voldemort

Tudo resumia-se aquele momento, Harry Potter na minha frente,havia sobrevivido ao Avada Kedavra pela segunda vez , não conseguia entender como podia isto acontecer. Estava tudo silencioso só o barulho da chuva.Porque?

_Eu fiz o mesmo que a minha mãe, Tom...eu morri por eles....

_Estás vivo...

_Mas tive a intenção de morrer, isso fez a diferença...

O resto a minha atenção não captou,não queria ouvir, sabia que estava por um fio , tudo por um pirralho de 17 anos. Olho ele brandindo as varinhas, era o ultimo momento, ultima hipotese. O Fim dele ....ou de mim? Enfrentar essa realidade, dava um enorme medo, coisa que nunca tinha sentido desde pequeno quando ainda morava no orfanato e ao lembrar desse local, minha memória remota-me ás últimas memórias que vira na mansão Malfoy.

“ Pego na memória da Martha Rosier, despejando o conteúdo da memória na penseira,e mergulho na memória. “ 17/03/1931”.

Martha caminhava passos lentos e decididos, porém seu rosto era desanimado, parecia ter relativo nojo de estar ali , olho a placa “ Orfanato Wool’s”, era o seu orfanato. Caminho dentro da memória, atrás dela, chegando perto do escritório, abrindo a porta, vendo aquela decrépita mulher, Miss Cole, ela caminha olhando-a ,dormindo em cima a secretária, acordando de repente.

_Quem é...v- você?...- falava meio grogue, olhar vacilante e ensonado. Martha olha com desprezo e empunha firmemente a varinha.

_Imperio...deixaras eu trabalhar aqui e não farás perguntas, simplesmente serei uma funcionária do orfanato desinteressante e sem importância para ti.- Cessa o feitiço, baixando a varinha,os olhos daquela bebâda estavam desfocados e com sorriso bobo. Nisto vira costas, chegando na entrada das empregadas, vestindo o uniforme, controlando o nojo que lhe dava.

Saindo ela vê montes de crianças correndo, não olha atentamente a nenhuma, somente caminha, até aos jardins ,olhando em volta, caminhando até um menino de cabelos pretos e solitario, era...

_Tom...

O garoto vira-se,e era eu,mesma expressão vazia e seria nos olhos azuis, muito quieto, com um livro sob o colo, de roupas remendadas e o livro era todo esfarrapado e mal tratado, mas ele segurava com carinho.

_Voltou...senhora...Martha...

_Sim...eu te prometi que voltaria...

_Sempre vem me visitar porque senhora?

_Porque eu gosto muito de você...e prometi a uma pessoa...

_Quem?

_Sua mãe...

Meus olhos naquela altura brilharam, eu lembro que queria saber, era desejo puro sabê-lo, ela sorrira para mim, pondo-me no colo, fico surpreendido naquela altura com o carinho, somente olho quieto, para ela.

_Quem era ela?

_Uma grande mulher ,amava-te muito sabia...queria muito estar com você...

_Porque meu pai nunca veio-me buscar? Conhece-o sra.Martha? –O Olhar dela distorceu com uma expressão triste, olhando o céu.

_Nunca conheci seu pai querido....

_Não sabe de mim?

Os olhos da Martha marejaram, só agora eu via.

_É querido, ele não deve saber...vem vamos tomar um banho e trocar de roupa..e comer que me diz?

_ Obrigado....

Neste momento desço do colo dela,correndo para dentro, ela fica vendo-me correr.

_És bem parecido com ele, Tom...um dia encontrar-se-ão...tenho fé... “

O Potter continuava falando até que ouço a ultima parte que ele fala.

_ Arrepende-te Tom,vi o que a tua magia irá fazer-te...tenta arrepender-te, sentir remorsos....

Sentir remorsos, arrepender-me? Continuo, olhando meio atordoado, somente olhava e minha mente vaga para a última memória, á medida que eu lanço o ultimo feitiço, Avada Kedavra e ele o Expelliarmus. Os feitiços chocam.

“ A ultima memória era de meus pais, remotava a data de 31/12/1926. Era a data do meu nascimento .

A noite era chuvosa e torrencial, limito-me a olhar para dentro do quarto que detinha a porta aberta, minha mãe estava em trabalho de parto, os gritos dela eram ouvidos pela divisão toda, mas a medida que aumentava os gritos, aumentava sua pele cada vez mais branca e o simbolo da maldição que a assolava tinha-lhe tomado praticamente o corpo todo , ela estava nas últimas. Meu pai estava ao lado dela no leito, sua expressão aflita e dolorosa, de puro sofrimento, segurava a mão dela firmemente.

_Tom...

_Merope...

_Eu te amo...para sempre estaremos juntos,Tom...-Ela sussura baixo,meu pai beija seus lábios chorando, ela sorri cansada,puxando com força, e um choro ouve-se no quarto.Eu havia acabado de nascer, a parteira cuidara e limpara,dando-me aos braços de minha mãe,que beija minha fronte, com um sorriso de pura felicidade,nem parecia que estava morrendo.

_Quero que se chame,Tom como você....Marvolo como meu pai...- a essa meu pai fica apreensivo, olhando-a, mas não tem coragem de negar o pedido, confirma com a cabeça.- Riddle como simbolo de que nos fomos sempre juntos...Tom....ai....- A parteira acabava de cicatrizar magicamente o que podia, de expressão triste ao ver a marca que minha mãe possuia no corpo.Martha e o marido chegaram nessa hora, indo até ela, sentando na borda da cama, admirando-me.

_É lindo Merope....

_Sim...saiu lindo que nem o pai...Martha lembra do que me prometeu..?- Minha mãe estava com a voz fraca, faltava pouco para a meia noite, ela estava quase morrendo.

Martha debulhasse em lagrimas, mas assente, beijando a fronte de minha mãe, que esforça um sorriso, assente para o Rosier que chorava e se aproximou.

_Fostes um bom amigo...tudo de bom Rosier, tome conta ...da sua família linda...

_Sim, assim o farei...

Nesse momento um “pop” ouve-se, era Dumbledore, expressão triste ,cansada e chorando, ajoelhando perante ela na cama.

_ Lamento tanto, Merope...

_Oh, Albus...tudo acontece por um motivo...nós que demoramos a perceber...

Nisto ela olha-me, afagando os cabelinhos, eu estava quieto ,imóvel, olhando-a, embrulhando-o, ela faz um ultimo encantamento,sussurrando ao bebe, mas ninguém ouviria.

_Eu poderia ter sobrevivido meu filho, mas eu quis te dar a vida que merecias, não poderia matar-te...porque és o simbolo do meu amor, és meu tesouro, Tom...eu te amo tanto, meu filho, me perdoe por não puder ficar e cuidar-te..quero que sejas um grande homem ,Tom....sê feliz...meu filho...e vive sem ódios ou rancores...sem distinções... Adeus e lembra-te sempre estarei perto de ti, no seu coração...- Nisso beija-me a fronte mais uma vez e as badaladas do relógio começam a tocar, e ao final da decima segunda badalada, minha mãe fecha os olhos e sua vida se esvai. “

Arrepender? Remorsos? Vejo a luz verde a ceder cada vez mais passo na minha direcção e a varinha das varinhas não obedecia, uma dor dilacerante invade-me, Nagini havia sido apanhada, estava indefeso, sozinho.

_Tom...- Aquelas vozes,eu conhecia,estaria sonhando, ou seria a alma de minha mãe e meu pai falando-me, ela sorria-me maternal, e meu pai com meio sorriso,como havia visto na penseira. –Vem, meu filho...

Ela havia dado a vida por mim, e eu a desonrei em vida, fui um pessimo ser humano, olho o Potter tão determinado, pelo o que ? Para que ? Por pessoas que nem conhecia e tantas que matara. E você ,Tom pelo o que luta? Pelo o nada...

A luz verde atinge-me ao mesmo tempo que uma dor dilacerante que conseguia apaziguar a paz da morte. A dor era dolorosa bem intensa e na minha frente aparecia a imagem de cada um que matara e eram tantos.

Passado não sei quanto tempo abro os olhos, vendo meu corpo no chão , ninguém se importava ninguem queria saber. Eu ...estava morto ...mas como estava sentindo-me ali.Sinto duas mãos diferentes tocando meu ombro. Olho as mesmas, era étereas , eu agora existia em alma. Mas a minha alma não havia sido dividida?

_Mas arrependestes, tivestes remorsos meu filho, dai...sua alma voltou a ficar una...- A voz de meu pai ressoa,ele ouvira meus pensamentos, olho para ele, vendo-me através de seus olhos, tinha a aparência de cinco anos, era menino pequeno.

_E assim estamos juntos outra vez meu amor..por toda a eternidade...- Era a voz de minha mãe, volto o olhar nela, ela se abaixa e eu abraço.

O velho Dumbledore tinha razão, pior que morrer,era viver sem amar. Agora entendia perfeitamente.

De mãos dadas com eles, prossigo pela a eternidade.


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Notas finais do capítulo

- Reviews ,please? *-* e até a proxima fic :D