Tsugumi: Naquela manha,ainda chovia, eu amava a chuva, o vento gélido que adentrava atráves da janela acariciava meu rosto e sussurrava-me que era hora de acodar. Levantei-me e fui em direção ao banheiro, arrumei meu cabelo e lavei meu rosto.Voltei ao quarto e fui ao "closet", peguei um vestido até os joelho, cinza, e botas cano alto preta.  Desci as escadas com cara de quem ia a um enterro.
 – O que aconteceu Tsugumi? - Perguntou Fuyuki preucupada.
– Hoje, minha querida Fuyuki, é o pior dia do ano aqui em City of The Coffins.
– Nossa, por que?
– Hoje é o Bocolo Day, o feriado em que o homem dá um rosa vermelha pra mulher que ama!
– Credo - A menina apertou os olhos.
– Sim sim, nós vamos ficar aqui o dia todo contando moscas, eu pelo menos. - Lhe falei desanimada. Uma vez ou outra pensei em quere ganhar uma rosa. Mas, quanto mais pensava nisso mais me parecia um feriado idiota.
– Acho que também ficarei contando moscas... - Neste momento, Haruka desceu as escadas com uma estranha felicidade. Ela adorava o Bocolo Day, afinal todo ano ganhava flores e bombons. Mas esse ano, ela só queria receber uma rosa deu ma pessoa em especial, creio que já saiba quem é.
 – Tsugumi.... O que deu na Haruka? - Disse Fuyuki sussurrando para que somente eu ouvisse.
 – Provavelmente ela vai sair com o Ishimoto... Huhu - Disse eu em igual tom.Fuyuki apenas riu.
 – Eu ouvi! Gostaria que parecem se comentar sobre a minha vida! - Disse Haruka sem paciência. Ah como eu odeio a aldição forte dos vampiros!
 Quando fui tomar café da manha, percebi que havia esquecido um arquivo importante no Ministério, tive de ir la busca-lo.Fuyuki não quis me acompanhar. Troquei de roupa, coloquei uma calça preta e uma camisa social de botões branca, um bota cano alto preta e de salto, e para finalizar, um sobre-tudo cinza com botões e bolsos na frente. Prendi o cabelo. Se fizesse o frio que eu estava esperando, City of the Coffins acabaria em neve.
 Chegando ao Ministério, percebi que não havia um unica alma viva, todos estavam em casa ou na casa de parente ou namorados. Andei, o som de meus passos ecoava corredor a dentro. Logo, um barulho de passo de uniu ao meu, mas não eram saltos, eram sapatos baixos.
  Parei um pouco de andar, havia ouvido um surdo "Tsugumi-chan me espere", era um voz masculina familiar.... Não me lembrava de quem era. Logo, vi chegar um rapaz de cabelos verdes revoltos, olhos castanhos, mais ou menos 1,78 de altura, era alto comparado ao meus 1,72.
 – Tsugumi-chan! Quanto tempo que não a vejo! Se não me engano desde que você foi ver uma meio vampira que estava na Terra!
 – Atsushi-kun! Sim sim, não te engana, foi por volta desta data.
– O que faz por aqui? Pensei que ia passar o feriado em casa como em todos os anos...
– Bom, vim até aqui para buscar um documento. Eu não tinha o que fazer em casa, então resolvi vir até aqui para pega-lo, me entreter com o trabalho - Lhe sorri gentilmente, o que era raro.
 – Bom... - Ele fez-se corar, eu apenas o olhava com uma expressão curiosa. – Digo... Se você realmente não tem mais nada importante para fazer.... Se importa de vir e tomar um café comigo?
 – Eu adoraria - Dito isto, nós nos dirigimos para a cafeteria.
Haruka: Naquela tarde, eu iria sair com Ishimoto, nós iriamos à um lugar que ele não me disse, então não poderia colocar uma roupa muito pomposa. Coloquei somente um vestido cinza listrado de preto,e um bolero de mangas até o cotovelo.Desci e encontrei Fuyuki deitada no chão, ainda estava de pijamas e olhava o teto da casa;
– Ora, Fuyuki, o que faz deitada no chão?
– Conto moscas! Mas já contei alguns pernilongos e mosquitos também....
– Moscas?
– Pernilongos, mosquitos e tudo que voa que passar na minha frente!
– E a quanto tempo você está fazendo isso? - Eu a olhava, parecia realmente entretida e concentrada no que fazia, por um instante, deu-me vontade de também deitar ao chão o olhar o teto. De repente os olhos de Fuyuki se aprofundaram neles mesmos, ficaram com o brilho mais morto que o normal. Após alguns segundos ela deitou-se no sofá.
– Haruka, atenda a porta, Ishimoto chegou.
Fui até a porta, e lá estava ele, com sua calça jeans com a cintura meio baixa, a camisa preta social, por fora da camisa que cobria o que a calça deixava à mostra, os botões abertos até um pouco antes do pescoço.
– Ishimoto-kun! Por favor entre! - Ele cumprimentou-me e logo entrou seguido por mim. – Espere-me aqui, eu irei pegar minha bolsa!
– Certo, esperarei - Disse ele sorrindo daquele modo que só ele sabia fazer. Sorri-lhe de volta.
– Oh Fuyuki você está ai! - Disse ele se virando para o sofá.
– Não, estou lá na varanda não vê? - questionou ela ainda olhando pro teto – Diga-me, Ishimoto, não cansa de usar sempre a mesma roupa?
– Não, e você, não se envergonha de aparecer de pijamas frete a um homem?
– Não vejo nenhum por aqui - Ela olhava em sua volta. Se não tivesse chegado nessa hora era provavel que Ishimoto batesse em Fuyuki.
– Ishimoto-kun vamos? - Disse eu lhe sorrindo gentilmente.
– Claro, meu anjo - Disse ele sorrindo novamente sorrindo-me, fez-me corar.
Nós saimos da casa e andamos em direção ao carro, enquanto andavamos, Ishimoto lançou o braço em volta de minha cintura disendo:
 – Eu te disse que você está linda?
 – Não.... Mas Obrigada! - Ele sorriu gentilmente e continuamos a andar.
Fuyuki : Haruka e Tsugumi haviam saido, restavam somente eu e as empregadas na casa. Me sentia sozinha, como se um pequeno pedaço de mim faltasse. É isto o que as pessoas chamam... Solidão ou saudade? Talvez eu estivesse carente... Acho que um pouco dos três.
 Levemente passei as mãos entre os cabelos e comecei a pensar em Hikari, nunca pensei que diria isso mas... Eu realmente sentia falta de Hikari..... Ela que sempre me fazia rir e irritava-me, me acompanhava fielmente.... Me perguntava o que ela estaria a fazer naquele dia..... Mas logo troquei  as recordações de Hikari por um copo de leite com chocolate. Presisava correr, respirar e ver árvores.
 Procurei uma empregada e logo a achei.
– Com licença... A senhora sabe aonde tem um bom lugar para correr?
– Bom, tem um lugar muito bom pra se correr aqui perto!
– Aonde?
– Na Alameda das lápides!
– Nham... Esse não é um nome muito simpático.... - A mulher riu um pouco e me respondeu:
– O lugar é lindo... O nome é apenas por que existia uma árvore que dava uma otima madeira para caixões!
– Hum... Entendo... Pode me desenhar um mapa?- Ela me desenhou um mapa, não podia diser que esta era uma desenhista, mas dava pro gasto. Agradeci-a e fui ao meu quarto me vestir, troquei meu pijama por uma bermuda e uma regata, predi o cabelo deixando duas mechas soltas ao lado do rosto.