The Careerists Games escrita por BrunaBarenco


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Novo cap! Vou passar aqui rapidinho porque os vídeos do show da Demi diva Lovato estão me esperando. FOI LINDO DEMAIS, mesmo eu vendo tudo pelo computador.
Descubram o que os Jogos Vorazes fazem com as pessoas!



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Dessa vez, acordo no meio da madrugada e dispenso Leyla do turno de guarda dela:

-Vai dormir mais um pouco. Perdi o sono.- ela concorda, murmura um “obrigada” e volta a barraca. Isso deixa Draco e eu sozinhos, acordados. Sento do seu lado e pego uma maça da pilha de comida.

-Não conseguiu dormir?-ele pergunta

Estou surpresa, mas respondo:

-Não por muito tempo.

-Eu também. Montei guarda a noite inteira- ergo uma sobrancelha e a luza da lanterna é suficiente para que ele enxergue- Eu também tenho sentimentos. E aquele menino, Ricky... Não quero morrer como ele.

-Nenhum de nós quer certo? Não viemos para morrer. Pelo menos eu não vim para isso.

-Você não gosta muito de mim, não é Diana?

Levanto os olhos da maçã:

-Talvez eu só não confie em você, Draco.

Ele para e pensa por um tempo:

-Sabe, eu também não confiava em você.

-Está usando o verbo no pretérito. – digo e ele ri

-Bem... Se você quisesse nos ver mortos não teria dito para subirmos na árvore. Aqueles animais iam acabar matando a todos nós. O jogo ficaria mais fácil para você.

Dessa vez sou eu quem para, e pensa sobre isso. Tem um fundo de verdade. Eu poderia ter deixado que as bestas acabassem com eles, nenhum pensaria em subir na árvore como eu fiz. Acham demasiado covarde retroceder em vez de atacar. Esconder-se até que o perigo passasse.

-Faz sentido. Talvez eu ainda não queira ficar sozinha nessa arena. Talvez eu precise de todos vocês. Para isso que servem os aliados.

-É. - ele responde- me passa uma maçã, anda.

Eu passo uma maçã, e em poucos minutos começa a amanhecer. Penso em casa, e depois nos tributos mortos. 10 na primeira noite. Cinco ontem. Faltam 9. Seis desses nove somos nós, carreiristas. Faltam três e então as brigas estouraram, a aliança irá começar a desabar. Mas eu quero ir até o fim com isso. Dois são melhores que um,  não é? Pelo menos na arena, a defesa fica mais fácil, e o ataque também.

Em pouco tempo, Ella, Pete e Dixie estão de pé. Hoje parece que vai ser um bom dia, o que quer que isso signifique. Resolvemos deixar Leyla dormir um pouco mais e arrumar o acampamento antes de caçar os outros tributos. Dixie e eu vamos até o lago, filtrar água nas 6 garrafas que temos.

-O que vocês estavam falando?- ela pergunta

-Quem?- respondo, sem entender mesmo.

-Ah, você sabe, Diana. Hoje de manhã. O que o Draco estava falando com você?

-Dixie! Você estava acordada? Ah, esquece. Ele só queria saber por que eu não gostava dele.

Ela ri e enche outra garrafa:

-Você não gosta?

-Eu desconfio dele, é diferente. Me parece o tipo de pessoa que te apunhala pelas costas assim que você se distrai.

Dixie fica séria:

-Não. Draco é esperto, sim. Ela provavelmente esperará até o último momento para tentar matar nós duas, se ele não se for primeiro. - ela suspira- É injusto, isso. Nós éramos amigos fora daqui.

Dessa vez o seu olhar é inconfundível.

-Amigos, hein? Não fala nada. Não sou lenta o tempo todo. - pisco para ela e Dixie arregala os olhos, em protesto, mas está rindo.

-Não é muito legal, sabe. Essa, hum, situação. - ela responde, baixando o olhar

-Eu só imagino. Então... me deixa com isso aqui e vai lá. Aproveita o pouco tempo que ainda resta. Mas... - abaixo o tom de voz- comporte-se, hunf!

Dixie ri de novo.

-Obrigada, Diana. Queria que tivéssemos nos conhecido antes.

-Eu também. Vai lá, garota!- dou um empurrão leve nela- Divirta-se.

Dixie revira os olhos e corre na direção de Draco, que estava organizando as armas. Bem a cara dele, esse serviço. Encho devagar a quinta garrafa, e pingo as gotas necessárias para purifica-la. Ao longo, vejo Ella distribuindo os alimentos, fazendo contas. Leyla acabou de levantar, e agora ajuda Pete a aumentar a defesa. Dixie e Draco brincam alegremente. Sorrio. Eles ficam bem juntos, mas em breve estarão mortos. Ninguém presta muita atenção em mim, o que é bom. Mesmo com as câmeras, sinto que estou tendo um tempo só para mim.

Pego um dos casacos de algum tributo morto, que ainda está por aqui. Com linha e agulha, que vem no kit de primeiros socorros para dar pontos, corto e costuro os pedaços no interior do meu casaco, como se fossem bolsos. Afinal de contas, as férias passadas costurando com a minha vó foram úteis. Coloco as minhas facas ali, ciente de que elas não vão me machucar e admiro meu trabalho.

Fumaça me chama a atenção. Está relativamente perto, depois das pedras que separam a cachoeira da onde estamos sobrevivendo do pomar, que parece ser seguido por campos abertos.

Pessoas estúpidas, que fique bem claro, são as mais perigosas. Aprendi técnicas de sobrevivência, mas a regra número 1 é: não faça uma fogueira quando está sozinho/fraco e principalmente se for de dia. E também tenha cuidado a escolher o que vai usar para acender a fogueira. Alguns tipos de folha fazem fumaça demais. É mais ou menos como ativar um sinal luminoso que diz: “Estou aqui! Venha me pegar e me matar que ficará mais perto de chegar em casa!”. Não quero interromper suas atividades, mas é uma chance imperdível.

-Ei, pessoal!- grito- Temos nossa próxima vítima!

Aponto para a fumaça. Draco se aproxima, rindo:

-Vai ser como tirar doce de criança.

-Eles podem estar em bandos- retruca Ella

Dixie se apoia em Draco:

-Bem. Temos que ir até lá, não é? Vamos ver no que vai dar.

-Ver no que vai dar. Adoro isso.- sorrio, abrindo o casaco.

Pete arregala os olhos, surpreso, assim com todos:

-O que... Como fez isso?

-Linha, agulha, pedaços de casacos. Voilá.

Rindo, nós subimos as pedras em direção a incessante fogueira. Pode parecer o maior absurdo, mas foi bastante divertido a caminhada, um pouco mais longa do que pensávamos, até lá. Era como... se estivéssemos com um grupo de amigos, andando numa floresta. Rindo, implicando, fazendo piadas, atirando armas em frutas e insetos.

A morte do garoto que acendeu a fogueira. Sim. Draco o matou com um golpe de cabeça, não antes de rimos um pouco da situação. Pode parecer outro absurdo, mas três dias confinados numa arena, tendo que matar uns aos outros, qualquer coisa vira um alívio.

Depois de uma imitação realmente fantástica da morte do garoto, feita pro Pete e Ella, voltamos ao acampamento, cozinhamos um tipo estranho de pássaro e cantamos aquelas músicas ridículas que ensinam na academia onde estudamos, aquelas que as criancinhas cantam e por fim, muito tarde, vamos para cama, deixando Draco e Dixie de guarda. Não que eles tenham reclamado da escolha.


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Notas finais do capítulo

Ai, notas finais. Já estamos no capítulo 11 :O. Tá passando rápido mesmo. Enfim, esse cap foi postado mais cedo do que iria ser porque pediram no review (MrsPotter). Então, aqui está.
DEIXEM REVIEWS, EU NÃO MORDO E NÃO VAI DOER. EU RESPONDO! ME FAÇA FELIZ!
Bruna