Num abismo de ilusões
Perco-me em seu olhar instigante
Que faz de mim seu brinquedo predileto
Que diz pra mim o quanto não poderia ser
O ar sôfrego entra por meus pulmões
Já destroçados de sensações inúteis
As batidas de um coração
Agora pairam inertes
Como o mar sem ondas nem segredos
Sob o relevo de sonhos belos
Os pesadelos afagam minha cabeça
Tornam-me apenas sofrimento
Quando à sua procura estive
Sonhava beijar-lhe a face
Envolver-te em carícias e promessas
Que agora são proferidas no silêncio.
Quando à sua procura estive
Procurei-lhe por toda a parte
Desejando-lhe mais e mais
Sofrendo seu abandono
Mas como um mar sem ondas
Você não voltou
Não fez de mim seu brinquedo predileto
Não olhou-me com aqueles olhos instigantes
Não deixou que meus sonhos virassem realidade.
Perdida no abismo de ilusões
O ar sôfrego entra por meus pulmões
Já destroçados por infinitas sensações
Que meu coração já paira inerte em meu ser.