Lua De Sangue escrita por Lay Kaulitz


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

oiiiiiii meus amoores *-*
Espero que gostem do cap!!



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Olhos sem luz

Cansado de adeus

Nunca me senti abraçado

E com medo de cada rosto

Vida em disfarce

Esperança sempre morre

           Forgotten Children -Tokio Hotel

Acordei sentindo que um elefante havia passado por mim,meu braço ardia e minha cabeça latejava ,mesmo que eu tive-se dormindo como pedra estava toda dolorida,Bill não estava ao meu lado como sempre estava quando eu acordava,levantei indo ao banheiro e me olhando ,meu cabelo estava um lixo,ate de ninho de passarinho ganhava  , coloquei o saco pra proteger a atadura e fui tomar um banho quente na tentativa de relaxar  ,logo quando eu sai refiz as ataduras e vesti uma  roupa  qualquer  pegando alguns comprimidos e tomando sem água nem nada,sai do banheiro indo pro quarto arrumar a mochila e logo ouvi Bill buzinar,desci as escadas pegando uma pêra e saindo de casa não esquecendo de trancar a porta,logo Bill estava no meu lado pegando a bolsa do meu ombro,ele parecia neutro,sem expressão.

-Como se sente?

-Ótima.-menti entrando no Audi  e logo senti a porta batendo com mais força que o normal,o caminho foi silencioso e rápido logo e chegamos no colégio,a manha passou lenta que me irritava,tudo parecia lento e sem expressao ,Tom passou por mim me dando um olhar um tanto significativo e sentir meu coraçao se apertar ,Bill continuava indiferente a tudo.

-Onde esta os outros?-perguntei.

-Em casa.

-Porque não vieram?

-Estão...ocupados arrumando umas coisas em casa.

Senti meu coração disparar quando ele respondeu e ele percebeu isso.

-Tudo bem?O braço esta incomodando?

-Não o braço esta ótimo.-falei sem olhar pra ele.-Vai ir hoje la?

-Não sei.Talvez mais tarde.-falou olhando para as unhas pintadas de preto breu.

-Aparece la.-falei e ele me deu um beijo na testa batendo a porta do carro quando eu sai e assim entrou no carro  sem dizer mais nada,fiquei parada ali vendo o carro dobrar a esquina ,senti meu coração apertar e entrei em casa com lagrimas nos olhos.

O que havia acontecido na casa dele não havia sido nada,eu cai ,me machuquei e logo vou melhorar e Bill vai se conformar disso e logo pedi desculpas pelo jeito grosso dele.Vai ser assim,sempre é assim.Tem que ser assim.

As vezes eu acho melhor que eu e ele fossemos embora,embora de tudo isso,meu peito continuava apertado e doia ,tentei ler algo ou faze o dever de cálculos mais parecia impossível eu continuava a pensar no que aconteceria ,e eu havia tido que isso ao acabaria bem como tudo,o olhar o que o Tom havia me dado no refeitório fez tudo piorar ,e Bill com todo esse jeito me deixava ainda mais impaciente e angustiada.

Minha mente não paravam,eu fiquei deitada ouvindo a chuva forte bater no meu telhado fazendo um som estressante.

Ouvi minha mãe chegar e mais uma voz,talvez um amigo dela,certo?Mais logo prestei atenção na voz e percebi que era ele.Levantei as pressas amarrando o cabelo em um coque mal feito e desci em passos rápidos tentando não cair na escada  ele estava no sofá e parecia conversar normalmente com minha mãe ,a TV estava em um volume normal e algum seriado bobo,eles conversavam como se fossem velhos amigos,cheguei na sala e eles pararam de falar,Bill olhou para as mãos e logo sentei ao lado dele .

-O que tanto conversavam?-perguntei .

-Bobagens.-falou minha mae e Bill levantou a cabeça e seu olhar parecia agonizante ele entrelaçou nossos dedos dando um beijo na minha mao.

Eles continuaram a falar,bom minha mãe falava mais claro,como sempre ,Bill concordava ou discordava.

Isso não pode ficar pior certo? Pensei.

Talvez como agente tivesse concordado ele não quisesse esperar o ano letivo para ir embora e logo ficarmos juntos para sempre.

Fiquei brincando com o botão da blusa dele que ficava no pulso, e fiquei lembrando de algumas coisas como as fotos .

Minha mãe havia me pedido,ou no caso,obrigado que eu tira-se foto com ele e toda a família,minha foto com ele havia ficado simplesmente linda e claro já estavam no álbum.

Logo após de tudo aquilo,Bill tinha que ir embora e claro eu o acompanhei ate a porta.

-Vai ficar hoje?-perguntei dando meu melhor sorriso.

-Hoje não.-falou sem expressão e eu suspirei.

E a semana foi passando lentamente,minha câmera não cabia mais nenhuma foto,Jessica havia feito um pedido meu de enche-las de fotos.

-Se importa se eu aparecer la hoje?-perguntou Bill neutro.

-Claro que não me importa.-falei sorrindo achando que havia passado aquele clima,meu coração  continuava apertado,sufocante.

Já era de tarde eu estava escutando  uma musica qualquer esperando Bill que estava atrasado,decidir comer pra passar o tempo,fazendo um sanduíche enorme e o comendo em minutos ate que a campainha tocou e eu sorri indo abrir ela,Bill estava de óculos e com as mãos no bolso da calça,o abracei sentindo meu coração apertar mais ainda .

-Quer fazer um passeio comigo?-falou dando um sorriso falso.

-Claro.-falei radiante o seguindo pra floresta atrás da minha casa.Andamos por um tempo e Bill não disse nada ate pararmos perto de uma arvore enorme.

-Vamos...conversar,esta bem?

-Okay.-falei sorrindo  e ficando mais próxima dele e ele se afastou,senti meu coração se apertar mais ainda.

-Cris.. tenho uma coisa pra lhe dizer..

-Digue.-falei e ele acariciou meu rosto tirando os óculos.

-Vamos nos mudar.-falou parando a caricia.

-Ok,posso avisar pra Renné,ela entenderá não se preocupe.-falei aliviada.

-Não Cris...Vamos nos mudar,eu e minha família.-falou em um tom duro e pensei.

-Quando você diz isso... eu não estou no meio não é?-pergunto sentindo meu coração aquecer e de repente gelar pelo medo ,ele só acenou.

-Esta quase no fim do ano Bill...falta só um pouco,não vai demorar.-falei como uma promessa ,mais parecia mais que eu estava implorando,senti meu coração bater rapidamente e meus olhos marejarem.

-Cris...

-Eu vou com você.-o cortei.

-O lugar que eu vou não é para você.

-O lugar que você estiver é meu lugar Bill.-minha voz naquela altura já tremia minha garganta parecia formar um bolo me impedindo de respirar.

-Não Cris.Você tem que viver sua vida.Não fui feito para você -falou ele seu olhar era frio sem sentimentos.-Sempre amarei você ,sempre... mais eu já deixei isso ir longe demais.Fui fraco ao deixar o egoísmo ganhar e ficar ao seu lado te deixando em perigo.Não irei fazer isso novamente.

A cada palavra meu coração se despedaçava mais e mais,aquilo não estava acontecendo,era um pesadelo e a qualquer momento eu iria acordar.Tinha que ser um pesadelo.

Senti a mao dele acariciar meu rosto limpando as lagrimas que teimavam em cair e molhar meu rosto,mostrando o quanto eu era fraca quando se tratava dele.

-Porque?-sussurrei com a voz entrecortada.-Não...me quer ...mais??

O olhei,os olhos dele não haviam emoção e então ele falou em bom som.

-Não.

Senti meu coração parar de bater e fechei os olhos querendo acordar de tudo aquilo.Eu não agüentava mais.Respirei fundo numa tentativa de me acalmar.

-Isso muda tudo.-falei me surpreendendo com o tom frio da minha voz o olhei,eu o odiava..o odiava por amar tanto ele.Ele desviou o olhar e continuou a falar.

-Sempre a amarei..mais isso vai passar...para você,você tem uma vida toda pela frente e isso so foi mais uma paixão.Sempre lembrarei de todos os momentos.O que aconteceu na outra noite me fez acordar.Você não foi feita para o meu mundo.Nunca foi.E eu permiti que isso dura-se tempo demais.Eu lamento.

-Não lamente.-falei no mesmo tom de antes o olhando ele simplesmente me olhou dando um sorriso duro .

-Você não é boa pra mim.- ele falou novamente ,sua voz era calma,não arrumei mais argumentos,aquela era a decisão dele e eu não conseguia eu não podia mais fazer nada.

-Se...é assim que você quer...assim será.

Ele me olhou novamente e por um momento vi passando dor por eles  mais logo sumiu e ele suspirou.

-Me prometa uma coisa.-falou e não respondi nada.-Se cuide...por sua mãe,ela gosta bastante de você..se cuide...por mim.

Continuei sem expressão e depois de alguns minutos acenei o olhando  e mais uma vez seu olhar derreteu sob o meu .

-Vou tentar.

-Te faço uma promessa em troca.-falou me olhando nos olhos.-Nunca mais voltarei,nunca mais colocarei você em perigo.

Meus joelhos tremiam eu já estava sentindo que a qualquer minuto eles cederia.

-E os outros?-perguntei de olhos fechados.

-Já foram...todos já se foram.Apesar que Tom queria se despedir de você...não houve tempo e seria mais difícil..para todos.

Respirei algumas vezes seguidas tentando me controlar para não começar a chorar ali,minhas pernas tremiam,eu não podia perde-lo...aquilo não estava acontecendo.

Abri meus  olhos apesar das lagrimas deixarem ainda mais borrada a visão.

-Tenho que ir...-falou mais uma vez e acordei,aquilo não era um sonho,eu iria perde-lo.Para sempre.

-Espere...

-Cuide-se Cris...-falou me dando um beijo na testa e eu fechei os olhos  respirando o perfume dele,preenchendo meus pulmões e abri os olhos.Ele não estava mais aqui.

-Bill...-sussurrei olhando para todos os lados.-BILL!!

Comecei a correr tentando procurá-lo,ele não aparecia,continuei gritando o nome dele na esperança dele aparecer,as lagrimas já transbordavam pelo meu rosto.

-Por favor...volte....

Olhei para os lados,o céu escurecia aos poucos dificultando meu trabalho.

Tudo estava acabado.Amor..vida...tudo...ele não estava mais la não estava mais em lugar nenhum.Continuei correndo tropeçando nas raízes das grandes arvores.Minha garganta já estava seca de tanto que eu gritava,ela ardia de leve mais nem assim parei de gritar o nome dele.

Minha razão de viver... havia ido embora.

Eu não poderia perde-lo assim.Não podia.

E na procura eu levei uma topada,não sabia no que era que eu havia tropeçado,eu não tinha mais forças para levantar,lagrimas jorravam dos meus olhos e eu só sabia falar o nome dele,ele não podia fazer isso,ele não podia.

Minhas pernas estavam sem força para continuar,eu não conseguia levantar,estava totalmente um breu olhei para o céu,a lua já aparecia e aos meus olhos ela aparecia uma coisa.

Uma Lua de sangue.

Eu não conseguia respirar direito pelas folhas no chão o frio já me incomodava ,minhas roupas não me protegiam dela.

Puxei minhas pernas abraçando elas tentando numa tentativa inútil de parar o frio,as lagrimas do meu rosto eram mais frias ainda ,eu soluçava, chorando mais ainda.

Continuei na mesma posição fetal por algum tempo,minutos ou talvez hora,mais afinal..quem estava contando?

Ouvi alguém chamando meu nome,uma vez..duas...três..

Eu sabia que eu deveria responder só que eu não tinha mais forças,abri meus olhos vendo um vulto rápido passar por mim,não liguei , meus olhos já estavam mais acostumados com a escuridão,o luar dava um pouco mais de claridade,ouvi uma fungada perto de mim e olhei,o vulto de novo e então..se foi.Senti alguns pingos gelados em mim,estava chovendo não era forte,mais me incomodava,a gritaria continuava,eu não tinha mais voz para responder.

A gritaria parecia estar mais longe..distante,eu não conseguia sair do meu topor.Senti uma luz passando rapidamente por mim e novamente voltando.Uma lanterna quem sabe.

-Cris!-ouvi uma voz masculina  e conhecida dizer vindo ao meu encontro,eu sabia que era um Quileute.Eu tinha certeza mais não sabia qual era.

-Esta machucada?O que aconteceu?-ele perguntou eu só o olhava  sem conseguir responder ,ele me cobriu com um casaco grosso e em seguida me pegou no colo,ele era quente,parecia que estava com febre,mais ao reclamei eu estava congelando.Literalmente,eu me sentia tremer.

-Só Sam...Sam Uley.-falou mais uma vez,e então ele começou a andar mais rápido,parecia que eu não pesava nada,ele andava normal como se tive-se com um travesseiro.

Senti os olhos dele passar por mim ,tentando ver se havia algum machucado,eu só sentia dor no meu tornozelo,talvez na queda eu tenha machucado.

-Pessoal!!Eu achei!-ele exclamou e tentei olhar,havia muitas pessoas ali,alem de todos os Quileutes ,policiais,e vários curiosos,fechei os olhos querendo desaparecer daquele lugar.

Ouvi a voz de Jacob perto e ele me pegou no colo,eu parecia uma boneca de trapos molenga ,sem conseguir fazer nada,os braços quentes de Jacob me acolheram me abraçado.

-Na próxima vez,eu te mato,sua mãe estava enlouquecendo já.-ele sussurrou soltando uma risada aliviada,vi ele ficar rígido quando olhou pro Sam mais logo em seguida ficou normal,ouvi a voz da minha mãe falando muitas coisas perto de mim.

-Casa...-sussurrei olhando pro Jake e ele entendeu indo em direção a casa ,havia um cara na porta com roupas brancas,um medico,senti meu coração acelerar ,Gustav?Seria possível?

E então veio a decepção quando ele virou,era o Dr.Gerandy, vi ela falar algumas coisas com ele  e logo estava deitada no sofá,eu estava totalmente encharcada e tremendo.

-Sente alguma dor Crystal?-ouvi o Dr. dizer e coloquei a mao no tornozelo e ele foi verificar dizendo que tinha um arranhão mais nada grave.Me passou alguns remédios para que eu não fica-se gripada pela chuva que eu havia tomado,continuei ali deitada imóvel,sei dizer nada sentindo a grande coberta me aquecer.Minha mãe foi atender o telefone na cozinha,talvez não querendo me estressar com assuntos da policia mais mesmo assim eu conseguia ouvir algumas coisas.Parecia que estava tendo algum tipo de festa na reserva,eu sabia que eles nunca gostaram dos Kaulitz’s mais fazer festa por eles terem ido embora.Isso me deixava com raiva.

Estava tendo alguma fogueira la e alguém ligou para reclamar,talvez,minha mãe ligou para a Sarah.

O médico continuava me examinando e logo já havia acabado e foi falar com Renné.

-Eles foram embora mesmo?-perguntou minha mãe.

-Sim,Gustav aceitou algum entrego em outro estado ,e como todos sabemos como ele é bom,não esperava que demora-se esse tempo todo.

Não prestei mais atenção na conversa,eu não queria mais saber de nada .

Meu coração se apertou mais ainda,como se quisesse sair de dentro.Ofeguei diante da dor e meus olhos se encheram de lagrimas,chorei em silencio até minha mãe se aproximar sentando no braço no sofá soltando um suspiro.

Eu sabia que mesmo ela as vezes não indo muito com a cada do Bill,ela preferia eu com ele,porque ela sabia como eu ficava feliz com ele.

-Cris...O que aconteceu amor?

Não respondi,eu não sabia o que responder afinal.

Eu iria dizer o que? ‘’Não fui o suficiente para o Bill e ele me chutou.Fim da historia.’’

-Me responda..Ele te fez alguma coisa?-perguntou cautelosa e eu balancei a cabeça em um ‘’ não’’ .Minha mãe respirou aliviada.

-Como..me..achou?-perguntei rouca pela falta de uso.

-Havia um bilhete na geladeira dizendo que você havia ido na floresta com ...ele...e como você não voltou,fui atrás de você.-respondeu me mostrando o bilhete,ele havia feito,eu sabia como era a letra dele,olhei para outro lugar para disfarçar as lagrimas nos meus olhos.

-Eles foram para Los Angeles,Gustav aceitou um emprego la.

Um lugar ensolarado?Como eles podem viver assim?

Eu sabia que eles não havia ido para la,por um momento lembrei do rosto dele sentindo uma agonia no peito.

-Ele te deixou sozinha la?

Neguei mais uma vez.

-Ele me deixou na trilha..e eu segui mais e me...perdi.Desculpa mãe...não quero falar disso.-falei sentando no sofá,eu precisava de um banho,minha roupa estava úmida e eu me sentia meio doente,mole.Levantei indo no banheiro e me olhei no espelho eu estava mais branca do que o normal,meu olhos estavam vermelhos e a ponta do nariz também.

Entrei debaixo do chuveiro que jorrava água quente no meu corpo,quase me queimando.Senti mais uma vez as lagrimas trasbordarem dos meus olhos se misturando com a água.Me sentei ali no chão do banheiro com ainda a água quente me molhando abracei meus joelhos.

Fiquei ali por um tempo ,chorando,querendo sumi dali.

**

Entrei no meu quarto já escuro,já era três da matina,eu não tinha mais sono,minha janela estava fechada,o álbum em cima da cama e a câmera,a foto dele não estava mais la.

Ele fez como havia falado.

Com se nunca tivesse existido.

Abri a tampa do som ,vazio.Escorreguei sentando no chão gelado aos meus pés,me abraçando.A dor me puxara para baixo e eu não conseguia voltar a superfície.

Não havia ele para me puxar.

Era eu..e eu mesma.


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Notas finais do capítulo

Reviews???
bom feriado :3