The Light Of The Past. escrita por Haays
Notas iniciais do capítulo
Capítulo pequeno, acho que vou continuar com capítulos desse tamanho em média. Capítulos muito grandes podem ser enjoativos e muita gente não tem tempo de lê-los. Prefiro fazer vários médios/pequenos do que poucos grandes.
Qualquer erro por favor avisem.
Boa leitura.
Rachel me puxou e me tirou do transe em que estava.
“Hey, Santana?”
“... Oi” – Eu estava confusa com a situação, porque aquela dançarina... Brittany? Se parece com a garota que eu vejo em meus sonhos. Porque eu sinto que conheço aqueles olhos? E porque esses flashs que passaram por mim quando eu a vi não fizeram minha cabeça latejar? Porque só foi dif...
“Está tudo bem? Quando a Brittany falou você estava pálida, parecia que tinha tido um ataque cardíaco ou algo do tipo. Eu me assustei.” – Quando ela mencionou o nome da loira meu corpo pareceu tremer e esquentar.
“Eu só... Ah... Eu achei que a conhecia de algum lugar...” – Aqueles olhos... Eu a conheço, mas quem é ela?
“Mas você estava pálida, ela se parece com alguém que você não gostava?”
“Não é isso... Eu... Eu estou melhor.”
“Ok, caso você piore me avise que a gente cancela a sua abertura.” – Ela apertou meu ombro e foi arrumar as coisas para o ensaio.
Apertei meus olhos e observei à loira “misteriosa” enquanto ela terminava o ensaio com os dançarinos. Quando ela virou pra pegar a água ela olhou para mim e sorriu. Aquele sorriso, aqueles olhos, eu a conheço não é possível.
Caminhei até Rachel e me posicionei perto do microfone, a música começou a tocar no fundo.
“Right under my feet is air made of bricks that pulls me down and turns me weak for you.”
“I find myself repeating like a broken tune and I'm forever excusing your intentions.”
“Then I give in to my pretendings which forgive you each time.”
“Without me knowing they melt my heart to stone.”
Abri os olhos devagar e percebi a presença de uma loira em particular sorrindo encantada com a música, sorri de volta.
“And i hear your words that I made up you say my name like there could be an us.”
“I best tidy up my head i'm the only one in love i'm the one in love.”
O sorriso dela era incomparável com o resto das pessoas é contagiante, ela sorrindo te faz querer sorrir. Meu coração apertava conforme ela se aproximava de mim.
“Hey.”
“Oi.” – Sorri tímida.
“Então, hoje mais cedo você estava passando mal?”
“Quase isso.”
“Hm... Você é daqui mesmo?” – Ela sorriu conforme as palavras dela soavam como uma canção.
“Não, é a primeira vez que eu venho pra cá.”
“Qualquer dia, se quiser, eu te apresento a cidade.”
“Claro, só combinar.” – Foi automático, antes mesmo que eu pensasse sobre eu havia concordado. Ela sorriu, pegou uma caneta e anotou alguns números em um papel amassado, entregou-me e se afastou novamente para perto dos dançarinos. Ela é linda, de fato.
“San, o show foi adiado e vai começar, prepare-se.” – Rachel veio correndo, entregando a roupa que eu iria usar.
- x -
00:00h. – Quarto 205.
Observei a pequena caligrafia no pedaço de papel amassado.
“8893-3564”
O numero estava meio borrado, pois logo após a loira escreve-lo com caneta eu coloquei no bolso assim fazendo a tinta se espalhar. Encostei-me à parede e observei o movimento lá fora pela janela. Não sabia se deveria ligar porque já estava tarde. Peguei meu celular e adicionei o numero aos contatos.
‘Hey, ainda está acordada? Se sim, quer sair?
– S.’
Apertei enviar e fiquei olhando a tela esperando a resposta chegar.
‘Oi, San. Claro, onde você está hospedada?’
Sorri levemente e disquei o número dela.
“Hey.”
“Oi, S”
“Eu estou hospedada no Hotel Sarti quarto 205.”
“Ok, estou indo ai, vai querer ir a algum bar, restaurante ou o que?”
“Tanto faz, estou precisando me distrair.” – Assim nos despedimos e eu fui me arrumar.
Eu estava com uma saia preta curta, uma blusa branca com alguns desenhos aleatórios e um vans vermelho. Ouvi o interfone tocar e desci.
“Hey, S”
“Hey, vamos aonde então?”
“Vamos pra um barzinho/boate que tem aqui perto.”
“Ok.” – Então entrei no carro e ficamos em silêncio por um tempo. Cinco minutos, talvez dez e chegamos ao bar.
“Vamos pegar algo pra beber.” – Acompanhei-a onde pedimos dois shots de tequila.
Um remix de rolling in the deep tocava e eu acompanhava a música e a batida cantando baixinho. Brittany pareceu perceber, sorriu e me puxou pra pista de dança. Ela dançava de acordo com a batida e meus olhos acompanhavam-na. Ela usava um short pequeno, uma melissa e uma blusa meio aberta. Então ela me puxou pra perto e me virou me ensinando a dançar de acordo com o ritmo. Eu sabia dançar, mas deixei que ela me guiasse por um instinto, ou pela vontade dela me tocar.
“Porque está me deixando te guiar se você sabe dançar?” – Ela falou no meu ouvido como quase um sussurro e eu senti minha respiração acelerar e meu coração bater mais forte. Virei-me e coloquei a mão na sua cintura, me coloquei na ponta dos pés, pois ela é mais alta e sussurrei em seu ouvido.
“Porque não deixar?” – Percebi-a sorrindo e encarei-a com um sorriso irônico no rosto.
“Talvez você esteja bêbada demais, vamos pra minha casa.” – Ela pegou minha mão e me guiou pra fora do bar. Antes que ela pudesse chegar ao carro prensei-a contra a parede.
“Não estou bêbada.” – Senti o seu corpo esquentar e me aproximei de seus lábios e então percebi o que estava fazendo. Afastei-me bruscamente e olhei-a assustada. – “Me desculpe, não sei o que me deu... Eu vou pra casa.”.
“Eu te levo...” – Mas antes que ela pudesse terminar a frase sai correndo. Sentei no ponto de ônibus e fiquei encarando o chão. Porque eu fiz aquilo? Porque me senti tão segura? Porque senti que aquilo era o certo? Porque ela não me impediu?
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Música: Melt my heart to stone - Adele
Espero que gostem c:
até o próximo capítulo
beijos.