Inconveniente. escrita por Little Canary
As coisas mudam após aquela noite. Ela começa a sair mais com ele, conhecendo a cidade e seu povo. Ela conhece Xerife Swan e as duas tem uma “ligação” de imediato já que são ambas práticas, honestas e valentes.
Ele está quase com medo de quão rapidamente elas se levam uma com a outra. A parceria delas juntas é claramente uma força a ser reconhecida, e Gold não gosta muito de suas poucas chances.
A preocupação vai embora, porém, quando eles saem e ele sente os dedos dela escorregando por cima de sua mão o forçando a segura-lá.
– Tudo bem dear?- ela esta quase pulando ao seu lado com um largo sorriso no rosto e, derrepente, é como se ela estivesse de volta dos mortos. Pela primeira vez ele olha para ela e não vê nada, mas a mulher que ele tanto amava, e perdeu. A mulher que ainda ama.
– Sim.- ela sorri para ele- Mais do que isso. Obrigada.
– Por quê?
– Por fazer todas essas coisas por mim. Por fazer minha vida dar certo de novo.
Ele está surpreso com isso, através de tudo isso, através de toda a culpa e penitência ele nunca esperava gratidão.
Felizmente, ela não parece esperar uma resposta: - Devo-lhe algo em troca.
– Não. Confie em mim dear, você realmente não deve.
– Eu devo sim. - há um brilho em seus olhos, um sorriso travesso e maravilhoso que ele se lembra muito bem e nunca soube responder. Ela olha para ele por mais alguns momentos, recolhendo forças. Então, sem aviso, se inclina na ponta dos pés e prensa seus lábios contra os dele.
Este beijo é tão mágico como o seu primeiro, o primeiro beijo em seu castelo, quando o mundo virou de cabeça pra baixo. E, quando ela se afasta, não é o seu sorriso que ele encontra. O sorriso bonito, brilhante que, um tempo atrás, enviou-lhe um acesso de fúria.
Mas este não é o seu castelo, e ele não tem nenhuma maldição a ser quebrada. E assim ele se inclina, removendo todos os vestígios de dúvida que surgiram em seu rosto nos momentos de hesitação. Ele derrama naquele beijo cada momento que perdeu ela, toda a esperança que tinha em seu retorno, cada grama de amor e saudade que ele tem por ela, e ela responde ferozmente.
Ele sabe que está fazendo uma cena, e que as pessoas estão começando a olhar fixamente, mas não dá a mínima.
– Deus!- ele murmura, quase sem pensar, quando eles finalmente se separam - Eu te amo.
– Bom. - ela balança a cabeça - Porque, do contrário, meu amor por você seria muito inconveniente.
Só ela pode fazê-lo rir, mesmo quando o seu mundo está se realinhando.
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