Um Fio De Esperança. escrita por Pequena Garota


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

nem falo nada da demora ¬¬



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  –– Tudo bem. – concordei com a cabeça.

  –– Serio? Vai concordar fácil assim?

  –– Era só isso? Perguntei.

  Ela assentiu.

  Emília sorriu largamente para mim, e me deu as costas.

  Caminhei em silencio até a avenida e então peguei o ônibus para voltar para casa.

  Pensei um pouco na proposta de Emília. Aquilo não parecia ser uma má ideia.

  Peguei o celular e liguei para Lucas

  –– Nanda, oi. – atendeu todo feliz. – Ah, espera um minuto.

  Eu não pude deixar de rir ao ouvir o barulho do Vídeo Game.

Garotos. Pensei.

  –– Oi, desculpa, o que você estava falando? Perguntou.

  –– Quero saber se vai sair amanha. – perguntei na maior cara de pau.

    Ele ficou mudo por um minuto que me pareceu uma eternidade.

  –– Er... Amanha eu vou com a Claudia no psicólogo. – disse meio sem graça.

  –– Ah, e depois disso? Perguntei.

  –– Não sei Nanda, na verdade eu nem sei quanto tempo nós vamos ficar lá... amanhã é dia de pesagem e a Claudia pediu para eu ir junto, e tem a nutricionista... pode demorar....

  –– Ah, tudo bem então. – disse deixando transparecer minha tristeza.

  –– Não fica assim. Por que você não vem com a gente? Perguntou.

  Pensei um pouco.

    –– Acho melhor não, se ela me quisesse lá, teria me chamado. – disse por fim.

  Me despedi depois de conversarmos um pouco e então desliguei.

   Chegando em casa fui me deitar para descansar um pouco.

  Pensei sobre o momento em que Emília sorriu para mim, teria sido um sorriso falso ou ela queria se tornar minha amiga, talvez por Cláudia .

   Acabei pegando no sono ao pensar sobre isso, acordei e faltava pouco tempo para a janta ficar pronta.

   Me sentei a mesa, e de novo aquele clima, sem ninguém falar nada, parece que Sarah realmente fazia falta para unir a família, sempre os únicos sons presentes no ambiente eram dos talheres.

   Terminando de jantar fui direto ao meu quarto, fiquei sem nada para fazer, então peguei um livro e li um pouco, estava cansada devido ao sono interrompido, então me deitei e dormi.

   Ao acordar pela manhã fiquei pensando se deveria ligar para Cláudia e perguntar se poderia a acompanhar, talvez apenas uma desculpa para ver Lucas, mas será que estaria certo?

   Acabei notando que estava um pouco apaixonada por Lucas, procurando motivos para vê-lo, falar com ele ou até mesmo apenas ouvir sua voz.

 Me deitei de frente para a cama de Sarah. Que falta fazia minha menininha, ouvir a voz dela antes de dormir... senti meu coração se apertar.

  Coloquei meu fone de ouvido para tentar descansar, e depois de algumas musicas resolvi tomar um comprimido para dormir.

***

Acordei com minha mãe me chamando na manha seguinte.

  –– Fernanda, tem um garoto te chamando no portão.

  Levantei assustada.

Um garoto? Que garoto?

  Estava tão desnorteada que nem me lembrava onde estava.

  –– O que? Perguntei.

  –– Tem um garoto te chamando no portão. – disse.

  Olhei a hora em meu celular.

Quase 14 da tarde. Meu deus do céu. Como é que eu podia ter dormido tanto?

  –– Diz que eu já vou. – disse me levantando.

  Fui para o banheiro escovar o dente. Joguei um pouco de agua fria em meu rosto pra poder acordar.

  Troquei de roupa rapidinho e corri para a sala, onde Lucas estava sentada me esperando.

  –– Oi. – eu disse meia sem jeito.

  –– Oi. – ele sorriu aquele sorriso lindo que só ele dava.

  –– O que veio fazer aqui? Perguntei  ainda sem jeito.

  Não sabia se sentava, ou se continuava em pé, então me encostei à parede.

  –– Queria fazer uma surpresa pra você. – disse se levantando. – A Claudia perguntou de você.

  Aquilo me pegou de surpresa. Afinal, ela estava ou não falando comigo?

  Claudia parecia mais uma criança de 7 anos, que não sabe o que quer. Uma hora quer doce, outra quer salgado... e eu estava totalmente sem paciência para lidar com crianças, ainda mais que já tinha que lidar com uma dentro de mim...

  –– Ahh – foi só o que eu consegui dizer.

  –– Ela quis saber por que você não foi com a gente.

  Revirei os olhos.

  Ela estava parecendo mesmo era um cãozinho. Que agora você chuta, e daqui a pouco ele volta abanando o rabinho.

  –– Ela está com a Emília.

    Meus olhos se arregalaram.

  –– Como é?

  –– Ela saiu com a Emília, disse que ia tomar sorvete com ela.

  Suspirei.

  –– Quer dar uma volta? Perguntou por fim.

  –– A Claudia volta que horas?

  Ele riu baixinho.^

  –– Nanda, para de se preocupar um minuto com ela, e se preocupa com você...  Por que não aceita o meu convite e se diverte um pouco?

  –– Tudo bem. – disse por fim.

  Ele tinha razão. Eu tinha mesmo que parar de me preocupar tanto com Claudia, e me preocupar um pouco comigo.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostadoo ^^