Princesa Serpente - Secret escrita por Safira Michaelis Black, Alesanttos


Capítulo 20
Balaço e perseguição


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, desculpe-nos pela demora em postar, mas ficou difícil para a Plumas ler o capítulo e os dias 24 e 25 foram bem corridos, por falar nisso espero que tenham tido um ótimo Natal, o único presente que posso dar para você (e atrasado ainda por cima) é um capítulo novo (embora eu não ache que esse tenha ficado muito bom).
Espero que gostem.



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Os dias para Harry estavam ficando horríveis, de um lado Cormac dava ordens para todos do time de quadribol e de outro Lilá não parava de interroga-lo sobre Rony, que segundo ela sempre estava dormindo quando ela ia visitá-lo.

- Harry, eu estou dizendo, você tem que dar um jeito no Cormac.

- Safira, o que eu posso fazer se ele não quer ouvir?

- Eu só sei de uma coisa, não tem problema nenhum querer aconselhar os outros, mas querer agir como se fosse o dono da verdade é passar dos limites. Se ele não parar com isso o quanto antes, acho que mais um membro da equipe terá que ir para a Ala Hospitalar.

- Harry!

Lina estava correndo em direção ao grifinório, tendo que apoiar as mãos nos joelhos quando parou.

- Ainda bem que te achei.

- O que aconteceu.

- Nada que tenha que se preocupar, só queria saber se poderia me emprestar Edwiges por um tempo.

- Por que?

- Preciso enviar uma carta urgente, e Nyx, a minha coruja, foi entregar uma carta para meu pai e ainda não voltou. Teria problema eu pegar a Edwiges emprestada?

- Não. Fique a vontade.

- Valeu – Lina mal terminou de falar e saiu correndo em direção ao corujal.

- O que foi isso? - perguntou Harry.

- Eu não sei – Safira estava com uma cara muito pensativa e séria. – Mas por alguma razão estou com medo.

*

Alguns dias se passaram e chegou o dia da partida de quadribol entre Lufa-lufa e Grifinória. Mas antes de ir para o campo Harry encontrou Draco Malfoy acompanhado de duas garotas, e o grifinório não pode evitar de pensar que o sonserino estava fazendo algo errado, e só não o seguiu devido ao jogo.

Harry ficou surpreso ao ver que quem narrava o jogo era Luna Lovegood, que em muitos momentos se esquecia do que tinha que fazer e fazia comentários pessoais. Durante muito tempo Harry pensava no que Malfoy deveria estar fazendo, porém dava o máximo de si para encontrar a pequena bolinha dourada. Porém mais de uma vez Cornac McLaggen fazia alguma coisa que não tinha relação com defender o gol.

Harry reparou que Safira quase deixou a Goles cair por tentar deixar claro que Cornac tinha que ficar no gol e em nenhum outro lugar, felizmente ela conseguiu deixar ele de lado e se concentrava no que tinha que fazer, conseguindo marcar um gol.

Mas algo chamou a atenção de Harry, Cornac pegou o bastão de Peakes e tinha parecido demonstrar como bater um Balaço para próximo de Cadwallader. Não conseguindo se conter, voou na direção do goleiro e ordenou que voltasse para seu lugar, infelizmente acabou sendo acertado por um balaço que o próprio havia acertado.

Cegueira, dor nauseante... Um flash de luz... Gritos distantes... E a sensação de estar caindo em um túnel longo.

Quando finalmente acordou se viu deitado em um dos leitos da Ala Hospitalar.

- Legal uma visitinha – disse Rony sorrindo.

- O que aconteceu?

- Rachou o crânio – disse Madame Pomfrey, apressando-se e empurrando o para trás de encontro a seu travesseiro. – Nada para preocupar-se, eu reparei-o imediatamente, mas eu estou mantendo-o durante a noite. Você não deve fazer esforço por algumas horas.

- Eu não quero permanecer aqui de noite – disse Harry irritadamente, sentando-se. – Eu quero encontrar McLaggen e matá-lo.

- Eu estou receosa que isto exigiria esforço excessivo. Agora fique aqui até que eu o dispense, ou terei que chamar o diretor.

Quando viu que o garoto não sairia de lá Madame Pomfrey foi para sua sala.

- Não se preocupe em ter que matar o McLaggen. Safira passou aqui e pediu que eu te avisasse que ela mesma faria isso.

- Ela esteve aqui?

- Veio assim que o jogo acabou.

- E por quanto perdemos?

- O placar final foi trezentos e dez a cem.

- Brilhante.

- Os outros também passaram aqui para ver como você estava, e Gina me disse que você chegou justamente na hora para a partida. Como chegou? Você saiu daqui cedo o bastante.

Por fim Harry contou sobre Malfoy e recebeu uma “bronca” de Rony quando falou que pretendeu faltar ao jogo.

Depois de um tempo uma pessoa inesperada entrou na Ala Hospitalar: Cormac, e parecia que levou um belo soco no nariz, porque seu rosto estava com sangue.

Os amigos tiveram que se conter para não rir da situação, e estavam loucos para saber quem havia feito isso, e Cormac parecia fingir que os dois não estavam lá. Como não era nada complexo, depois de poucos minutos ele já estava melhor, e quando estava saindo lançou um olhar frustrado em direção ao Harry.

Depois disso, Madame Pomfrey apareceu para fechar as cortinas e apagar as luzes, Harry fingiu que estava dormindo. Logo depois se pôs a pensar em como conseguiria descobrir o que Malfoy estava tramando. Não poderia envolver membros da AD sem que os prejudicasse na escola. Não possuía um exercito de Aurores como Rufus Scrimgeour.

O grifinório olhava para o teto e fitava a luz fraca que emanava das lâmpadas, e lembrou-se das outras vezes que acabou nesse lugar por causa do Quadribol, uma foi por causa dos dementadores que o fizeram cair da vassoura, a outra, e mais dolorosa, foi quando os ossos de seu braço tiveram que crescer novamente devido ao Lockhart, e foi quando ele recebeu a visita de... Uma ideia apareceu em sua cabeça.

De repente ele ouviu a porta se abrindo, e com certa dificuldade se sentou na cama, todavia, não havia ninguém na porta. Harry estava prestes a dormir quando sentiu alguma coisa puxar seu lençol. Ao olhar para baixo se deparou com uma grande raposa preta de olhos incrivelmente azuis. Só que no segundo seguinte, onde havia uma raposa, agora tinha uma garota usando uma camisola branca que ia até os pés.

Para Harry, naquele momento, Safira parecia mais um anjo do que qualquer outra coisa.

- Oi – ela disse sussurrando.

Safira pegou uma cadeira e se sentou ao lado do leito de Harry. Antes de começar uma conversa ela pegou sua varinha e fez um gesto pronunciando o feitiço:

- Abaffiato.

Uma coisa passou pela cabeça de Harry, ele se lembrou que no ano anterior Safira havia pronunciado esse feitiço, só que esse feitiço foi criado pelo Príncipe Mestiço. Como ela o conhecia?

- Safira – Harry também sussurrava.

- O que foi?

- Onde você ouviu esse feitiço?

- Abaffiato?

Ele assentiu com a cabeça.

- Minha mãe me disse que um colega de Hogwarts usava esse feitiço e ensinou para ela, mas não me disse que colega foi esse. E parece que algum aluno do mesmo ano que ela quem criou. Não me pergunte quem porque eu não sei.

Harry não pode deixar de pensar na possibilidade da mãe de Safira podia ter conhecido o Príncipe Mestiço.

- O que faz aqui? – Harry não queria tocar no assunto, pois não queria ouvir nenhum sermão sobre o livro.

- Queria saber como estava.

- Minha cabeça está doendo um pouco, apenas isso.

- Menos mal.

- Posso saber de uma coisa?

- O que?

- Foi você que bateu no Cormac?

- Já que matar alguém é crime, tive que me contentar em quebrar o nariz dele. E até que foi bem divertido. Aposto que agora ele entendeu que ele está no jogo para defender o gol, e não seu o líder.

Mesmo que não estivesse sorrindo, os olhos de Safira demonstravam estar bem alegres.

- Acho melhor eu ir antes que me peguem aqui.

- Safira, espera – Harry segurou o braço da grifinória assim que ela se levantou. –Você pode chamar o Monstro.

- O Monstro? Por que? – Seus olhos estavam cheios de desconfiança.

- Ele obedece a ordens suas, você poderia pedir que ele vigiasse Malfoy.

- Malfoy? Harry, você está ficando obsecado com ele, está começando a me assustar.

- Ele está tramando alguma coisa, e Monstro pode segui-lo.

- Falamos sobre isso outro dia, depois que você puder sair daqui. E sem discussão. – Safira acrescentou quando viu que Harry iria protestar. – É melhor eu ir agora.

Safira colocou a cadeira de volta no lugar, e antes de sair voltou para perto do leito de Harry, e lhe deu um beijo na testa. Logo depois ela havia desaparecido, e em seu lugar estava uma raposa, que se dirigiu em direção à porta.

Então, com exceção de um Rony dorminhoco, Harry estava sozinho

*

Os dois amigos puderam sair da Ala Hospitalar na segunda. Harry ficou feliz em ver que Hermione estava refazendo a amizade com Rony, e acabou recebendo a noticia de que Gina havia brigado com Dino, porque ele havia achado engraçado o Harry ter sido atingido pelo balaço. Logo depois Luna apareceu para entregar um bilhete de Dumbledore sobre a próxima aula.

Quando finalmente estavam chegando ao Salão Principal para o café da manhã, avistaram Lilá, que parecia brava com Rony. Os outros dois resolveram deixar o “casalsinho” a sós e entraram.

- Que bom que está melhor – disse Lina.

- Obrigado.

- Mas foi uma pancada feia. Imagino que Cormac não vá mais fazer parte do time.

- Rony está melhor, então não precisamos mais que ele seja o goleiro.

- Ainda bem. Porque se depender dele nunca mais vamos ganhar um jogo. Mas tenho certeza que Safira fez com que ele entendesse o recado.

Dessa vez Safira deixou escapar uma risada.

- Bem, eu só...

Sua fala foi interrompida quando uma coruja branca pousou á sua frente, com uma carta amarrada a perna.

- Pra mim?

Confusa por receber uma carta Safira desamarrou o pedaço de pergaminho da perna de Edwiges, que voou de volta para o corujal.

- É de Sirius.

- Algo errado? – perguntou Harry.

Os olhos de Safira corriam pelo pergaminho, prestando atenção em tudo que estava escrito. Quando ela terminou abaixou a carta e cobriu os olhos com as mãos.

- O que houve?

Para a surpresa de Harry, ela começou a rir.

- Leia isso.

Embora meio receoso, o grifinório pegou o pedaço de pergaminho e leu.

Safira, suas amigas me mandaram uma carta contando de algo que você não me disse até agora. Que você e Harry estão namorando. E devo dizer que estou feliz por vocês, e admitir que uma parte minha queria que isso acontecesse. Embora esteja chateado por você não ter me contado nada, espero que vocês dois sejam muito felizes

PS: Avise ao Harry que, mesmo eu sendo padrinho dele, ele terá que pensar duas vezes antes de magoar você.

Com amor, Sirius.

Ao terminar de ler Harry olhou para Safira.

- Ouviu seu sogro senhor Harry Potter, você não pode me magoar – Ela ainda ria. – E você – Safira apontou para Lina. – Foi para isso que pegou Edwiges emprestada, não é mesmo? Você escreveu para Sirius dizendo que Harry e eu estamos namorando.

- Culpada. Mas a ideia não foi só minha. – Lina olhou para Gina, que estava ao seu lado.

- Já estava na hora de Sirius saber, não acha?

- Essa eu vou deixar passar.

Quando terminou de falar Rony e Lilá entraram no Salão Principal. E mesmo o ruivo parecendo bravo, os dois se sentaram lado a lado, porém sem dizer uma palavra.

Assim que chegaram à sala comunal, Harry pediu que Safira fosse até seu quarto para discutirem sobre o assunto que ele mencionou na Ala Hospitalar.

- Harry – disse Safira, se sentando em uma das camas. – eu acho que você está começando a exagerar um pouco.

- Eu não vou mudar de ideia, sei que Malfoy está tramando alguma coisa. E tenho que descobrir aonde ele vai quando não aparece no Mapa.

- E para que você quer que eu chame o Monstro mesmo?

- Porque ele pode vigiar Malfoy de perto o tempo todo.

Safira suspirou e começou a andar de um lado para o outro, até que finalmente se decidiu:

- Está bem – ela foi até a porta e se certificou de que ninguém estava por perto. – Monstro, apareça.

Nessa hora um elfo doméstico usando um pano sujo amarrado no quadril apareceu no quarto.

- A senhorita chamou Monstro – disse o elfo. – Monstro veio.

- Monstro – Safira se agachou para que seus olhos ficassem na mesma altura que os do elfo. – Preciso que faça uma coisa por mim.

- O que a senhorita quiser.

Em um rápido segundo, Monstro olhou para Harry com certo desprezo, como se não acreditasse que “sua senhorita” estava no mesmo cômodo que ele.

- Preciso que vigie meu primo, Draco Malfoy.

- O jovem Malfoy? A senhorita quer que Monstro vigie o sobrinho neto da antiga senhora de Monstro?

- Isso mesmo. É importante que você o siga para todo lugar que ele for, mas é crucial que ele não saiba que você está fazendo isso, seja o mais discreto possível, não faça nada que chame a atenção para si enquanto estiver executando esse trabalho. E principalmente não fale com Draco Malfoy, nenhum tipo de comunicação. Entendido?

Monstro fez uma reverencia exagerada.

- Como a senhorita quiser.

- Já disse que não precisa me reverenciar dessa forma. E uma última coisa – Agora ela estava de pé. – Se Sirius te chamar, vá até ele, não acho uma boa ideia que ele descubra sobre isso, e assim que possível, volte para cá.

- E você terá que nos manter informado de tudo que acontecer. Traga relatórios regulares.

- O amigo dos sangues-ruins está falando com Monstro. Monstro vai fingir que não escutou. – o elfo tampou as grandes orelhas, fingindo não ter ouvido o que Harry havia dito.

- Monstro – o elfo destampou as orelhas quando Safira disse seu nome. – Quero que obedeça a essa ordem de Harry. E garanta que, quando vier nos dar os relatórios, não aja absolutamente ninguém por perto. Rony, Hermione e Lina são exceção.

- Muito bem senhorita.

Do dormitório foi possível ouvir passos vindos da escada.

- Por favor, sai agora. E seja discreto sobre esse assunto.

E com um estalo muito alto, o elfo doméstico desapareceu.

O resto do dia seguiu normalmente, e para a felicidade de Harry, Hermione voltou a ajudá-lo com os deveres de casa, lendo e corrigindo seu trabalho de Herbologia.

- Muito obrigado, Hermione, Harry disse, dando-lhe um tapinha nas costas e checando seu relógio e vendo que era quase oito em ponto.  Escute, eu tenho que me apressar ou eu chegarei tarde para Dumbledore... 

Ela não respondeu, mas somente riscou algumas das sentenças mais fracas dele de um modo cansado. Forçando um sorriso, Harry saiu apressado pelo buraco do retrato e fora ao escritório do diretor.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Não gostaram?
Espero a opinião sincera de vocês, e avisar que irá demorar um pouco para o próximo capítulo sair.
Em todo o caso desejo a vocês um feliz Ano Novo.
Até a próxima.



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