Princesa Serpente - Secret escrita por Safira Michaelis Black, Alesanttos


Capítulo 10
O Príncipe Mestiço


Notas iniciais do capítulo

Desculpa. desculpa, desculpa.
Lamentamos a demora, mas infelizmente a Plumas viajou e a internet não pega muito bem onde ela está e fica difícil para revisarmos a fic, mas aqui esta o capítulo e esperamos que esteja bom e que não esteja muito pequeno.



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Houve muito barulho quando os alunos arrastaram objetos e puxaram seus caldeirões para perto, e batidas estridentes à medida que acrescentavam pesos aos pratos das balanças, mas ninguém falou. Todos olhavam desesperadamente para seus exemplares de Estudos Avançados no Preparo de Poções, mas Harry ficou realmente aborrecido ao ver que o seu exemplar estava repleto de anotações em todos os cantos, até mesmo palavras do livro foram riscadas.

Uma das vantagens e desvantagens da aula de Poções: a dificuldade de trabalhar sozinho. Muitos alunos olhavam para os lados em busca de ajuda. Mas em um dos momentos que Harry fez isso ele percebeu que Safira era a mais calma em toda a sala, e mesmo assim parecia a mais concentrada. Tanto ela quanto Hermione estavam obtendo progresso na poção.

Ao terminar de picar as raízes de valeriana Harry percebeu que a instrução que dizia para cortar a Vagem Soporífera, foi colocada uma nota que dizia que era melhor amassar.

Houve uma hora que Draco Malfoy tentou chamar a atenção do professor falando se seu avô, mas quando o professor não deu a atenção que Draco esperava, Harry teve que se esforçar para não rir.

Quando Harry começou a encontrar dificuldade em cortar a Vagem Soporífera, olhou para os lados para ver se alguém conseguiu, e se surpreendeu com uma coisa: Safira estava esmagando a vagem ao invés de cortar, e era incrível a quantidade de seiva que conseguiu extrair. Ao depositar a seiva na poção seus olhos ficaram fixos na mesma, até que ela deixou um sorriso escapar quando a poção adquiriu o tom lilás que o livro disse que devia ter, depois ela pegou uma pena e rabiscou o próprio livro.

Harry não perdeu tempo e fez o mesmo. Ele não sabe como Safira teve essa ideia, nem Hermione pensou em improvisar algo mesmo parecendo desesperada tentando cortar a vagem.

O próximo passo, segundo o livro, ele precisava mexer o caldeirão no sentido anti-horário até que a poção ficasse clara como água. Mas, segundo a anotação do antigo dono, ele deveria dar uma mexida no sentido horário para cada sete no sentido anti-horário. Será que o dono anterior estaria mais uma vez certo?

Harry mexeu a poção no sentido anti-horário, prendeu a respiração e deu a mexida no sentido horário. O efeito foi imediato. A porção tornou-se rosa muito claro.

– Como é que você está conseguindo isso? – quis saber Hermione, o rosto muito corado e os cabelos cada vez mais volumosos com o vapor que subia do caldeirão; sua poção continuava decididamente púrpura.

– Dê uma mexida no sentido horário...

– Não, não, o livro diz anti-horário! – retorquiu ela.

Harry encolheu os ombros e continuou o que estava fazendo. Mas entre uma das pausas entre o sentido horário, antes de ir para o anti-horário, Harry olhou novamente para Safira, mas parece que dessa vez ela não fez algo diferente das instruções do livro, e embora sua poção estivesse com uma cor levemente esbranquiçada, ao invés de clara como água, ela não parecia abalada como Hermione, só um pouco chateada, mas respirou fundo e seguiu em frente.

Harry olhou para Safira por um tempo maior do que esperava e quase estragou a poção. Imediatamente voltou a mexer.

– E acabou-se... o tempo! – anunciou Slughorn. – Por favor, parem de mexer!

O professor caminhou lentamente entre as mesas, examinando o conteúdo dos caldeirões. Não fez comentários, mas ocasionalmente mexia ou cheirava uma das poções. Ele chegou à pequena mesa que Safira e Ernesto dividiram. Passou rapidamente pela preparação de Ernesto, mas quando passou pela poção de Safira, deu uma leve parada e examinou mais atentamente, e um grande sorriso de satisfação surgiu no seu rosto. Por um segundo Harry pensou que Safira iria corar ou baixar os olhos, afinal ela não gostava de atenção, mas ela manteve o rosto erguido.

Depois ele passou pela poção de Rony e em seguida de Hermione. Então viu a de Harry, e uma expressão de prazer e incredulidade espalhou-se pelo seu rosto.

– Sem dúvida, o vencedor! – exclamou para a masmorra. – Excelente, Harry! Deus do céu, é inegável que você herdou o talento de sua mãe que tinha uma mão ótima para Poções, a Lílian. Tome aqui, então, tome aqui: um frasco de Felix Felicis, conforme prometi, e use-o bem!

Harry guardou o frasquinho de líquido dourado no bolso interno das vestes, sentindo uma estranha mescla de prazer ao ver os olhares furiosos dos alunos da Sonserina e remorso frente à expressão de desapontamento de Hermione. Mas o sentimento que prevalecia era o de culpa quando ele olhou para Safira, que simplesmente fez um aceno de aprovação, como se dissesse “Meus parabéns, você mereceu”, mas ele se sentiu como se tivesse roubado a poção que parecia pertencer a ela. Rony estava simplesmente estarrecido.

Depois de saírem da sala de Poções e irem para a mesa da Grifinória para o jantar, Rony queria saber como Harry se deu tão bem na atividade, e ficou triste por não ter recebido o “livro milagroso”.

Mas houve um momento que Harry sentiu um cheiro familiar, que ele havia sentido na masmorra há pouco tempo.

– Calma aí – disse uma voz ao ouvido esquerdo de Harry. Ele se virou e viu Gina ao lado deles, com Safira ao seu lado, que se demorou porque Slughorn queria conversar com ela. – Será que ouvi direito? Você andou seguindo ordens que alguém escreveu em um livro, Harry?

Ela estava assustada e zangada. Harry entendeu imediatamente o que passava pela cabeça da amiga.

– Não foi nada importante – tranquilizou-a, baixando a voz. – Sabe, não foi como no caso do diário de Riddle. Era só um livro-texto velho em que alguém fez anotações.

– Mas você seguiu o que estava escrito?

– Só experimentei umas dicas escritas à margem, verdade, Gina, não tem nada suspeito...

– Gina tem razão – disse Safira.

– Temos de verificar se não há nada esquisito com o livro. – disse Hermione. – Quero dizer, todas aquelas instruções engraçadas, quem sabe?

– Ei! – exclamou Harry indignado, ao ver Hermione tirar o exemplar de Estudos Avançados no Preparo de Poções da mochila dele e erguer a varinha.

– Specialis revelio! – ordenou ela, dando uma pancadinha rápida na capa do livro.

Quando o livro se provou completamente normal e inofensivo Harry o pegou e fez menção de se levantar, mas esbarrou em uma menina loira de olhos cinza, que derrubou dois livros enormes.

– Desculpa Harry. – disse Lina recolhendo os próprios livros e depois pegando o de Harry, que caiu aberto do lado dela, mas antes de entregar uma coisa que estava escrita lhe chamou a atenção, um segundo depois o livro sumiu de sua mão e Harry estava de pé.

– Obrigado.

Antes que Lina dissesse alguma coisa ele já tinha ido embora.

– Que bicho mordeu ele? – perguntou Lina, colocando seu livros na mesa com tanta força que tudo que estava perto tremeu.

– Ele está todo esquisito com aquele livro. – disse Safira.

– O que ele tomou da minha mão?

– Esse mesmo.

Safira ficou olhando para a porta por onde Harry saiu, e conseguia sentir seu cérebro trabalhando a mil por hora.

Hermione, para se distrair perguntou o que Lina estava fazendo para se atrasar para o jantar e ela falou que terminou as lições de Defesa Contra as Artes das Trevas e que quase concluiu as de Runas Antigas.

– Acho que vou andar um pouco. – disse Safira, se levantando e indo embora antes que pudessem perguntar alguma coisa.

Quando o jantar acabou e todos estavam subindo, Lina sentou em uma poltrona perto da lareira e simplesmente se recostou para descansar, Rony subiu para o dormitório e Hermione fez o mesmo, dez minutos depois Safira entrou.

– Onde você estava? – perguntou Lina.

– Andei demais e perdi a noção da hora. – Safira olhou para os lados e viu que só haviam quatro alunos por perto. – Quero te perguntar uma coisa. – ela sussurrou.

– O que foi?

– Quando você pegou o livro de poções do Harry você parou para ler uma coisa. O que era?

– Acho que nada de importante. Devia ser o apelido do antigo dono ou coisa assim.

– Mesmo assim. O que era?

– Estava escrito “Este livro pertence ao Príncipe Mestiço.”



Nas aulas de poções que se passaram Harry sempre usava as anotações do Príncipe, e até tentou emprestar as anotações para Rony, mas o amigo tinha muito dificuldade de interpretar as anotações, e como Harry não podia lê-las em voz alta, já que levantaria suspeitas, não serviu de muita coisa. Safira, assim como Hermione, se recusou a usar as anotações, preferindo, como ela mesma disse “confiar em suas próprias habilidades”, embora Harry tenha percebido que a própria Safira ia contra o que estava escrito de vez em quando e fazia suas próprias anotações.

Harry se perguntava sem grande interesse quem teria sido o tal Príncipe Mestiço. Embora a quantidade de deveres de casa que tinham recebido o impedisse de ler todo o exemplar de Estudos avançados no preparo de poções, ele o folheara o suficiente para ver que não havia praticamente página alguma em que o Príncipe não tivesse feito anotações, que nem sempre se referiam ao preparo de poções. Aqui e ali havia instruções para feitiços que pareciam inventados por ele mesmo.

– Ou ela mesma – rebateu Hermione irritada, escutando Harry mostrar alguns para Rony na sala comunal, sábado à noite. – Pode ter sido uma garota, acho que a letra parece mais feminina do que masculina.

– Chamava-se o Príncipe Mestiço – disse Harry. – Quantas meninas são príncipes?

Hermione não soube responder. Apenas amarrou a cara e puxou o trabalho que estava fazendo sobre "Os princípios da rematerialização", para longe de Rony, que tentava lê-lo de cabeça para baixo.

Harry consultou seu relógio e guardou depressa na mochila o velho exemplar de Estudos Avançados no Preparo de Poções.

– São cinco para as oito, é melhor eu ir andando ou vou chegar atrasado no Dumbledore.

Então Harry foi até o corredor do sétimo andar, no ponto onde só havia uma gárgula.

– Acidinhas. – disse, e a gárgula começou a se mover revelando uma escada circular de pedra.

Mas quando Harry chegou á porta se interrompeu ao ouvir uma voz familiar.

– Isso realmente está me deixando preocupada. – era Safira. – E se...

Sem saber o porquê Harry prendeu a respiração quando Safira se calou.

– Pode entrar Harry.

Então ele abriu a porta lentamente.

– Nossa. – disse Safira ao olhar pela janela. – Não percebi que era tão tarde. Acho melhor eu ir. Com licença professor.

– Boa noite Safira. – disse Dumbledore.

– Olá Harry.

– Oi.

Harry olhou Safira descendo as escadas.

– Eu interrompi? – perguntou Harry, se virando para Dumbledore.

– Não Harry, de modo algum.

– Se não fizer mal perguntar, sobre o que vocês estavam falando? Professor. – Harry emendou.

– Nada muito sério, só algo que a estava incomodado á algum tempo. Bem, - disse Dumbledore, antes que Harry conseguisse fazer outra pergunta. - Você certamente tem se perguntado o que planejei para assuas... por falta de uma palavra melhor... aulas.



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Notas finais do capítulo

A demora valeu a pena? Merecemos reviews? Alguém ainda lê a fic?
Até o próximo capítulo.