Capítulo 11

Pov. Jacob

- Jacob, é a Bella.

- Oi amor, o que foi? Tava sentindo saudade então resolveu me ligar, não foi?

- Não, é que nós precisamos conversar. Me encontre daqui a pouco naquele cabana abandonada. É algo sério.

- Tudo bem, baby, daqui a pouco estou lá.

Tenho certeza que Bella estava indo pra me contar sua decisão, que eu já sei qual vai ser: ela escolheu o papai aqui, ao invés do sanguessuga do Cullen.

Quando cheguei à cabana, ela já estava lá. Eu não queria respostas imediatas, queria usar aquele corpinho primeiro. O meu troféu.

- Jacob, para. Eu não quero. Senta aí – Ela se afastou quando tentei tocá-la.

- O que está acontecendo, Bella? Ah, já sei, você ligou pro Cullen e contou pra ele que me escolheu, agora ele tá lá todo machucadinho em Volterra, chorando lágrimas que ele não tem. E você tá com peninha dele, então ‘in memorian’ a Edward Cullen você acha que nós não devemos transar hoje. Adivinhei, não é?

- Não, Jacob, eu não liguei pro Edward, ainda. Preferi falar com você primeiro pra colocar um ponto final na nossa relação. Eu tomei minha decisão Jacob, eu escolhi ficar com meu marido.

- Você só pode estar brincando, não é? Você vai me trocar por aquela coisa fria?

- Eu amo o Edward, só que eu precisei que ele estivesse longe de mim pra perceber isso – Comecei a balançar minha cabeça negativamente, não acreditando que ela havia o escolhido – Jacob, entenda, o que eu e você tivemos foi especial, maravilhoso. Você me fez sentir coisas que eu nunca senti; eu preciso de alguém que me ame, que não me traia, e você não é esse alguém. Pensa que eu não vi o jeito que você olhava pra Lilith na praia? Eu sei muito bem o que eu sou pra você: apenas um troféu, e eu estou cansada de ser só isso.

Então quer dizer que Edward era melhor do que eu? Já que ela pensava assim, estava na hora de dizer umas verdades para a senhora Cullen.

- Parabéns Bella, você adivinhou certinho o que é pra mim: apenas um troféu. Um troféu que eu estava mesmo me cansando de ter. Fez certo em escolher o Edward, porque se você tivesse me escolhido, mais cedo ou mais tarde eu iria te largar. Sabe por quê? Porque você é fria, tanto fisicamente falando, quanto sexualmente. Baby, nós estamos a 3 meses juntos e eu posso contar nos dedos as poucas vezes que você me fez ter prazer. Parecia que eu estava transando com um bloco de gelo: frio e duro. Então é claro que depois de nossos encontros, eu precisava me saciar de verdade, e nada que 30 dólares no centro de Port Angeles a noite não resolvesse o problema; e é claro que eu escolhia as mais quentinhas e molhadinhas.

- Você é um porco nojento, Jacob Black – Ela já estava saindo da cabana.

- Ah, só uma coisa: Lave a sua boca pra falar da Lilith. Nós nunca tivemos nada, e sabe por quê? Porque ela é pura, não se entrega pra qualquer um, ao contrário de você. Vá Bella, volte para o Cullen e vivam infelizes para sempre. Bem... se é que ele vai querer te aceitar de volta.

Bella saiu furiosa, quebrando a porta da cabana.

Pov. Sophie

  Paramos em frente a um chalé, na entrada havia um arco coberto por flores do campo, aquele cheiro era tranquilizador. Edward saiu do carro, e no mesmo minuto já estava do meu lado, abrindo a porta para mim. Passamos pela entrada e seguimos por um caminho cheio de velas pelo chão, e lá estava: aquele pequeno chalé de apenas dois cômodos, no qual no primeiro estava montada uma mesa digna de um jantar super-romântico, com velas e um pequeno vaso com rosas no centro. Aquilo era encantador.

   - Eu ia te perguntar como você fez isso, como conseguiu sair do castelo. Mas, acho que eu até já sei a resposta, tenho certeza que tem a mão de Didyme no meio, não é?

  - Nem imagina quantas coisas sua mãe me contou sobre você está tarde. Tudo o que gosta o que aprecia os lugares que gosta de ir. E em relação a como sai do castelo, digamos que eu também tenho meus meios de escapar.

  - Vejo que essa não vai ser a única surpresa que eu vou ter com você. Não é mesmo? - Seu olhar como sempre, me disse tudo, e eu nem queria imaginar o que viria pela frente.

  Sentei-me em frente à mesa e Edward se retirou em direção a o que seria uma cozinha no outro cômodo. Enquanto o esperava, pude ver que aquela sala era pequena, mas aconchegante. Possuía uma lareira, que estava acessa, bem no cantinho da parede, com um tapete vermelho aveludado ao redor dela e em cima dele, se encontravam algumas almofadas. Além das velas, que estavam na mesa, só havia algumas luzes artificiais, com muita pouca luz nelas. Era realmente um ambiente muito romântico.

  - Senhorita, aqui está! Coq au Vin. Segundo Didyme, é um dos seus pratos favoritos. E para beber, suco de laranja, já que ainda é menor de idade e não pode tomar vinho ou champagne. Agora, coma.

  Coloquei um pedaço na boca, e estava muito bom. Não aguentei e fiz a pergunta óbvia.

  - Você fez isso? - ele acenou com um sim. - Quer dizer que além de encantador, romântico, lindo, você ainda é um ótimo cozinheiro.

  - Mas... Não pode estar tão bom assim.

  - Minha mãe não te contou que eu sou literalmente "um saco" para comer? Se eu estou falando que está bom, é porque está.  Prove e saberá que estou dizendo a verdade.

   Olhei para ele com um ar de zombaria, afinal de contas: vampiros detestam comida humana.

   Enquanto comia, Edward me olhava com os olhos apaixonados.

  - Me conte mais sobre você. Quero saber tudo o que já aconteceu na vida do meu grande amor.

  - Acho que já falei e também já falaram demais sobre mim. Agora é a minha vez de perguntar. Fale-me sobre sua vida Edward Cullen.

   - Fui transformado com 17 anos, estava morrendo de gripe espanhola, quando Carlisle me salvou. Passei os seguintes 93 anos de minha "vida" sozinho, sendo o solteiro solitário da minha família. Até que conheci Bella e achei que seria feliz com ela pelo resto da eternidade. Não vou mentir para você, Bella me proporcionou felicidade durante esses dois anos, principalmente quando Renesmée nasceu. Só que der repente tudo mudou, ela dizia que ia levar minha filha para ver Jacob, eu não concordava muito com isso, pois até então eu achava que ele possuía um imprinting com ela... - eu o interrompi

  - Calma, vamos mais devagar. Primeiro quem é esse tal de Jacob? E depois o que significa esse negócio de imprinting?

  Olhou-me e em seguida olhou para o prato, que após o começo da história, havia sido colocado de lado, então percebi o que ele quis dizer: que só continuaria me contando se eu voltasse a comer. Não hesitei, e deu uma grande garfada no meu Coq au vin.

  - Jacob Black é o... Micro-ondas se lembra?

  Claro que me lembrava de quando ele me disse que Bella havia trocado a geladeira pelo micro-ondas.

  - Ah sim, esse Jacob Black é o tal do lobisomem QUENTE! - ele me olhou com um ar de reprovação por eu ter destacado muito a palavra quente.

  - Imprinting é um sentimento que os lobisomens têm, É basicamente assim: eles do nada olham para uma garota e se apaixonam perdidamente por ela, pro resto da vida, não amando mais ninguém, e mesmo que essa garota não sinta um sentimento quase semelhante, ele vai protege - lá, cuidará dela. A partir do momento que ocorre o imprinting, o mundo já não faz sentido nenhum para eles, apenas a pessoa amada.

  - Acho que entendi, é como o amor, só que de uma forma mais... masoquista? - ele acenou com a cabeça, me tanto um sorriso. - Então um lobisomem sofreu um imprinting pela sua filha? Depois ainda falam que o envolvimento dos meus pais que era uma aberração.

  Era difícil de imaginar. Um lobisomem se apaixonando por uma vampira, porque mesmo ela sendo meio humana, o seu lado vampiro ainda era mais forte. E o pior é que pelo o que eu entendi, depois disso, ele se apaixonou por uma vampira de verdade.

  - Então todos achavam que o envolvimento de Jacob era uma coisa por enquanto inocente com Renesmée, que ia sempre com sua mãe até a reserva para ele poder apenas ficar perto dela enquanto ela ainda é criança, sem nenhuma malícia. Mas na verdade não era isso, Bella deixava Nessie com o avo e ia para reserva sozinha, ficar com Jacob. Um dia resolvi ir atrás dela, e peguei os dois aos risos na praia. Eles não viram que eu estava ali. Quando Bella chegou em casa eu a encurralei e ela acabou me confessando tudo.

  Agora eu estava olhando com uma cara meio anojada para ele, como não entendeu minha reação, fui logo explicando antes dele me questionar.

  - Isso é muito nojento. Aro tem toda razão em querer esconder isso dos outros vampiros, isso acaba com nossa reputação. Eu não consigo, quer dizer, eu NÃO quero nem imaginar a cena de uma vampira e um lobisomem juntos, fazendo amo.... Não, não, essa não seria uma palavra apropriada para a relação sexual entre os dois.

   Edward estava me olhando pasmo pelo o que eu disse. Parecia para ele, um sacrilégio essas palavras saírem da minha boca.

  - Edward, eu sei que você me acha super inocente. Mas eu não sou assim tão criança. Sei muito bem o que acontece entre um homem e uma mulher, um vampiro e uma vampira. Digamos que Heide que deu uma aula teórica sobre isso quando eu tinha uns 10 anos, foram algumas explicações meio nojentas. Mas eu agradeço a ela por ter pulado a parte de vampiras e... Lobisomens. - agora ele me olhava mais pasmo ainda, mas eu não liguei e continuei com minhas perguntas. - Você descobriu que ela estava te traindo e depois?

  Olhou para meu prato e viu que já estava vazio. Levantou-se, foi para meu lado da mesa, pegou meu prato com uma mão e com a outra levantou meu queixo para que assim eu pudesse olhar para seus olhos.

  - Confesso que fiquei assustado em saber que meu inocente anjo sabe muito mais das coisas do que eu imaginava. Vou até a cozinha pegar sua sobremesa e já volto para responder sua pergunta.

  Minutos depois ele voltou com uma taça nas mãos, a colocou em minha frente e em seguida voltou para seu lugar na mesa.

  - Se Didyme não se confundiu com seu gosto alimentar, a sua sobremesa favorita é mouse de maracujá!

  - Sim, pra mim está tudo perfeito, mas e você, já se recuperou do susto que levou pelo comentário que fiz?

  - É que é estranho imaginar que você saiba dessas coisas, que alguém teve a coragem de te explicar isso, principalmente quando você ainda era uma criança. Isso me deixou um pouco atordoado.

  - Edward quando Heide me explicou, eu tinha apenas a idade de dez anos, pois a minha cabeça já era de alguém de pelo menos uns quinze anos. E você deveria agradecer a ela por me ensinar, pois se não fosse assim eu não teria te beijado lá no jardim, já que eu seria uma pobre criança inocente que não entenderia nada. -ele abaixou a cabeça constrangido. - Tenho certeza que se você pudesse corar agora, você coraria. Mas vamos mudar de assunto, você ainda não respondeu minha pergunta de o que fez quando descobriu sobre Bella e Jacob.

  Ele como da outra vez, olhou para mim e em seguida para o que estava na mesa, ai percebi o que ele quis dizer novamente, que só me contaria se eu começasse a comer. Comecei a degustar o meu mouse de maracujá.

  - Bella disse que me amava, mas que também amava a Jacob, que havia tentado de todas as maneiras se afastar dele, mas que teve uma hora que não aguentou mais e que naquele momento não poderia escolher entre eu e ele. Então eu como achava que ela era o meu amor de verdade, a razão da minha existência, disse que daria o tempo que precisasse para decidir... Porque você está me olhando assim?

   Meus olhos estavam querendo se encher d'água, minha expressão agora era de tristeza.

  - É que eu estou começando a acreditar que tudo o que você disse que sente por mim, vai se acabar no momento em que você a vê-la, a tocá-la novamente. Pois só um homem que é completamente apaixonado poderia aceitar isso que você aceitou. Você a ama Edward, e vai lembrar-se desse amor no instante em que chegar a Forks.

  Ele se levantou e veio em minha direção, esticou suas mãos para que eu as tocasse e eu fiz isso, ele me levantou e me abraçou com intensidade. Encostei minha cabeça em seu peito e comecei a chorar.

  - Não faça isso meu amor, eu não te quero ver chorando por nada, principalmente por minha causa e por uma coisa que não faz sentido. Eu já te disse Sophie, que a partir do momento que olhei para você, tudo, tudo mesmo que eu sentia ou achava que sentia por Bella se acabou, ela é pra mim agora, apenas mais uma vampira. O motivo por eu estar vivo e pela primeira vez, com vontade de viver por toda eternidade, é você, somente você. Quando eu sair daqui para ir a Forks, eu entrarei num estado vegetativo, não querendo saber nem pensar em mais nada que não seja você. Não vendo à hora de resolver tudo logo para poder voltar para seus braços.

  Não queria que Edward partisse, mesmo que fosse por alguns dias, só para ele resolver as coisas para podermos ficar juntos. A ideia de tê-lo longe de mim, fazia meu coração querer parar de bater, eu não iria suportar aquilo. O abracei com toda minha força e comecei a chorar ainda mais.

  - Tudo bem, não fique assim, eu não irei mais. Ligarei para minha irmã e pedirei para resolver tudo pra mim. Vou ficar com você meu anjo, não te deixarei por um segundo, pois também admito que eu não aguentaria ficar muito tempo longe de você,longe do seu calor,do seu aroma,longe de seus lábios.

   Ele afastou meu rosto de seu peito, aproximou sua face da minha e começou a secar minhas lágrimas com seus beijos, comecei há tremer um pouco, não sei se era pelo frio ou pelo momento,só que ele percebeu e com os lábios ainda em minha face,me pegou no colo e me conduziu até a lareira. Ele sentou sobre as almofadas que estavam no carpete e me colocou sobre seu colo. Nossos lábios se encontraram, e pela primeira vez, Edward não estava me beijando com todo aquele cuidado exagerado, pelo contrário, parecia que ele queria aprofundar ainda mais aquele beijo. Edward me segurou com mais firmeza e começou a me dizer entre beijos ardentes:

- Eu preciso de você Sophie, preciso que você seja minha. Eu preciso disso agora.