Depois De Tudo Que Passei escrita por Panda Rafa


Capítulo 2
Capítulo 2




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Meu irmão sempre se chateava a cada mudança nossa, eu tambem já não aguentava tantas mudanças, nós viviamos como verdadeiros nômades.

– Você não pareceu gostar muito daqui quando você chegou! - olhei para ver quem era, era um garoto, aparentava seus 17 anos, tinha olhos cor de areia, pele bronzeada e cabelos castanhos médio, uma verdadeira aparência de surfista, eu apenas sorri envergonhada.

– Oi! - eu disse vermelha de vergonha

– Oi, meu nome é Gabriel - ele estendeu a mão para me comprimentar, eu fiz o mesmo - E você é Allinea, acertei?

– Sim, acertou e, só para constar no sistema - eu disse fazendo graça, más falando sério - todos da escola sabem o meu nome?

– Sim, é sempre assim quando chega alguem novo aqui!

– Nossa, eu detesto isso, é horrivel chamar atenção!

– Desculpa, más para quem chega em uma BMW preta, não parece que você não gosta de chamar atenção! - ele sorriu e me olhou - Más eu sei como é não gostar de chamar atenção!

– Atrapalho? - disse meu irmão claramente enciúmado

– N-não Allan - falei gaguejando de medo do meu irmão fazer alguma coisa - esse é Gabriel, ele só veio me dar as boas-vindas, Gabriel, esse é...

– Allan, seu irmão! - ele disse me interompendo, fiquei assustada, ele me avisou mesmo que todos sabem o nome de quem é novo aqui, más não sabia que era assim mesmo

– Qual é? Vocês vijiam mesmo quem é novo aqui? - meu irmão disse surpreso

– Depois agente se fala Alli! - o Gabriel disse e virando as costas

– Allinea para você rapaz! - disse meu irmão alterando a voz

– Já que ele é seu irmão, sera que eu tenho chances Alli? - que abusado, é claro que não

– O que você disse? Repete! - meu irmão disse já quase batendo no Gabriel, que garoto dificil

– Você é surdo ou se faz de surdo? - disse o Gabriel com a voz alterada já tambem

– Para, chega vocês dois! - eu disse entrando no meio dos dois - E, respondendo a sua perguntinha: não, você não tem chances comigo, talvez só amizade, talvez!

– Tá, vamos ver se vai ser só isso mesmo, ninguem diz não para mim, ninguem!

– Eu disse, você vai fazer o que? - eu disse já com raiva tambem

– Isso! - ele chegou perto, já quase me beijando, más meu irmão entrou no meio e deu um soco em seu olho, eu assustei quando meu irmão e Gabriel começaram a brigar, foi do nada. Eu gritava para que meu irmão parasse, em vão. Comecei gritar por socorro, até que veio quatro garotos, aparentemente do time, eles separaram os dois que relutavam e pediam para que os garotos os soltassem.

– Dá próxima vez você não me escapa! - disse meu irmão se esperneando

– Não, da próxima vez, quem leva porrada, vai ser você! - eu disse entrando na frente do meu irmão - Podem soltar ele, não se preocupem

– Você vai ficar do lado daquele playboyzinho lá? - ele disse já solto, um de seus olhos estava roxo, seu naris começando a sangrar

– Eu não estou do lado de ninguem Allan, já no primeiro dia? Você quer ser expulso é?

– Desculpa Alli! Aquele cara que passou dos limites, se eu pego ele...

– Você não vai fazer nada! Você tá me ouvindo? - ele fez que sim

– Agora vamos lá limpar esse sangue ai!

– Vamos! - fomos lado à lado, pelo caminho todo com Allan me pedindo suas desculpas, isso já estava me irritando. Voltamos para a sala depois de limpar todo o sangue e, para a nossa surpresa e asar, Gabriel era da nossa sala.

Chega a hora do lanche, como não conhecemos ninguem ainda, ficamos procurando alguma mesa vazia para que pudessemos almoçar em paz, ou tentar pelo menos. Achamos uma bem no cantinho do refeitório, como eu queria, fomos até lá e sentamos para almoçar. Logo depois chegaram um menino e uma menina, a menina era loira, dos olhos cor de mel, altura médioa, pelo que eu vi, meu irmão se encantou por ela. O menino era alto, dos olhos azuis escuros, cabelos castanhos escuros, corpo atlético e pele clara, totalmente diferente de mim, eu eu sou uma menina baixa, de olhos cor de areia, cabelos... argh... loiros, pele clara, clara até demais.

– Oi, parece que vocês gostaram desse canto como nós! - disse o menino - Nós somos: Alex e Seth, vocês são: Allan e Allinea, certo?

– Certo! - eu e meu irmão dissemos ao mesmo tempo e, disandamos a rir como dois malucos, isso sempre acontecia, nós achavamos muito estranho e engraçado aquilo. Os dois nos olharam nos achando dois malucos, ao ver a cara deles, começamos a rir mais ainda.

– Desculpa, prazer em conhece-los! - eu e meu irmão dissemos juntos denovo em meio a risos, depois de falar, começamos a rir ainda mais, é estranho, você esta rindo de algo, ai você consegue voltar ao normal, você lembra por que você estava rindo e, começa a rir de novo, não entendo isso!

Depois das aulas eu e meu irmão fomos para casa, minha mãe estava em casa nos esperando sentada na poltrona que ficava de frente para a porta, eu assustei, ela nunca ficava assim, aconteceu aguma coisa, queria saber o que, más fiquei quieta, sabia que se fosse alguma coisa ruim, seria culpa minha, ela sempre faz isso.

– Oi mae, o que foi que você esta nos esperando ai? - perguntou meu irmão enquanto eu tentava subir de fininho para o meu quarto, sem sorte, ela me chamou antes.

– Oi, mãe? - Perguntei ao ver sua expressão de raiva, de raiva de mim ainda por cima - O que eu fiz dessa vez?

– Olha como você fala menina, eu sou sua mãe! - ela disse alterando a voz já - Foi, foi você que fez isso mesmo!

– O que eu fiz? Virei prostituta? Assaltei algum banco? O que eu fiz? - falei com lágrimas nos olhos, más as segurei, já estou cansada dessa coisa, minha mãe acha que tudo o que acontece foi por culpa minha

– O Pablo terminou comigo!

– E o que eu tenho com isso? Ah, já sei o que você acha: eu fiquei no ouvido dele falando para ele terminar com você. Ah faça-me favor mãe, eu nem se quer falo com ele! - olhei para meu irmão implorando por socorro

– Mãe já chega - disse meu irmão entrando na briga - Para mãe, tudo que acontece de ruim, você acha que foi por culpa da Alli, já chega! Quando você vai descobrir que esse cara é um aproveitador, ele esta aproveitando de você mãe, abra os seus olhos!

– Não foi culpa dela sim, ele terminou comigo por que disse que se apaixonou por ela - eu arregalei os olhos assustada, era só o que faltava para que acabasse com todo o resto de conversa com minha mãe, foi o que me deixou magoada, eu não tenho culpa por esse cara ter se "apaixonado" por mim, é tudo mentira, ele queria se livrar dela já

– Ah, esqueci que eu tenho o poder do amor, todos os homens que me olham se apaixonam, vou embora dessa casa, vou morar até na rua se for possivel, más aqui eu não fico de jeito nenhum, cansei de levar culpa por tudo, mãe cansei, eu tambem sofro, eu tambem tenho sentimentos, não é só você - eu disse com as lagrimas escorrendo pelas minhas bochchas

Corri para o meu quarto e bati a porta, vou embora dessa casa, arrumar um emprego e sair daqui urgente. Alguem bateu em minha porta, só falta ser minha mãe!

– Não quero falar com ninguem! - gritei em meio as lágrimas

– Ninguém? - disse uma voz familiar, era meu melhor amigo, Luan

– Luan - eu disse alegre por ter meu amigo de volta de uma longa viajem dele pelo Nordeste, abri a porta e o puxei, o abracei, foi um abraço de saldade, um abraço que eu estava realmente prescisando

– Seu irmão me contou a discussão com sua mãe!


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