Highway To Hell - Seven Days escrita por ManuLem


Capítulo 3
DIA 03


Notas iniciais do capítulo

OIOI GENTE *--* ganhei dois reviews... que linds! esse capitulo ficou meio pequeno, mas tá valendo né?



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DIA 3

Hoje eu teria aula de arco e flecha com... Que rufem os tambores... Certo isso é patético, eu teria aula de arco e flecha com meu querido filho de Apolo, aquela coisa fofa do Thiago. Eu sou possessiva a ponto de já chamá-lo de meu Thi. E fazia algumas boas horas que eu não pensava em Nico.

— É você não é tão ruim. – Ele disse do me lado depois de eu ter acertado no circulo do meio do alvo, eu o olhei com uma sobrancelha levantada.

— Faça melhor então. – Desafieio-o. Ele levou a mão para trás e pegou uma flecha, ele andou até atrás de mim, colocou sua flecha no meu arco segurando as minhas mãos e a atirou, ela parou exatamente ao lado da minha. – Nada mal. – Eu disse, tirando uma das mãos do arco ele afastou meu cabelo caído sobre meu ombro esquerdo e o jogou por cima do ombro direito, na parte onde o meu pescoço ficou a mostra ele começou a depositar beijos. Eu joguei minha mão para trás passando por seus cabelos. – Aqui não é lugar para isso. – Eu disse bem baixo não querendo realmente estragar o momento, mas era verdade, qualquer pessoa que visse aquela cena naquele lugar... Se Quíron visse aquilo acontecendo ali... Não gostava nem de pensar. Ele me virou rapidamente pelos calcanhares, mas quando ele me virou eu não consegui ver seu rosto, somente o de Nico, e eu não fiz nada para mudar, ele colou nossas testas.

— Como eu queria ter te conhecido antes. – Ele disse de olhos fechados. Ele os abriu e colocou uma mecha de meu cabelo atrás da minha orelha. – Você é tão perfeita. – Eu comecei então a ouvir a voz de Nico, eu olhei nos olhos dele e vi os de Nico. – Pena que você só tem olhos para o Di Ângelo. – Ao dizer isso eu voltei a ver o rosto de Thiago.

— Eu sabia. – Eu ouvi uma voz irritante ao meu lado. Eu me virei e vi a tal de Kristen lá. – Você é só uma putinha. – Ela disse, eu pisquei tentando engolir aquelas palavras. – Fica com qualquer um... Agora eu entendo porque o Nico anda com você. – Ela disse, eu afastei um pouco Thiago. – Ele tem pena de você. – Ela disse me dando um cutucão. – Só uma rejeitada por todos. – Ela disse me empurrando novamente, dessa vez me fazendo cair no chão. – Ninguém gosta de você, todo mundo só tem pena. – Ela disse em cima de mim. – Você é só uma órfã idiota. – Ela disse e me deu um chute.

— Kristen chega. – Alguém gritou e Nico apareceu atrás de Kristen a segurando e me olhando. Eu me levantei com um pouco de dificuldade, mas Thiago correu para me ajudar.

— Você esta bem? – Perguntou ele sussurrando em meu ouvido. Ele me segurava por trás de modo mais protetor do que Nico segurava Kristen. Eu olhei de relance em volta e vi que tinha se formado um circulo em volta de nos.

— Sabe Kristen... – Eu comecei. – Eu sempre me achei exatamente desse jeito que você falou, mas quer saber? – Eu perguntei retórica. – Eu parei de pensar desse jeito, porque eu sou diferente de você. Você, com suas duas caras, e sua caminhada por mentiras e humilhação, você apontou as minhas falhas novamente, como se eu já não as visse. – Eu disse a olhando. – Eu aposto que você foi intimidada, alguém te fez ser fria, mas o ciclo termina agora, porque você não pode me levar por esse caminho. – Eu disse. – Eu já fiquei lá por muitas vezes, mas eu só não ligo mais, porque um dia eu vou ser tão grande que você não vai poder me atingir. – Eu disse por fim, Nico deu um pequeno sorriso atrás de mim. Certo eu disse realmente como se eu tivesse um futuro.

— Eu não gosto da tua cara. – Ela disse me apontando um dedo irritada, eu soltei uma risada.

— Minha cara por acaso esta te convidando para sair? – Eu perguntei fazendo todos soltarem uma risada abafada, inclusive Thiago que já havia voltado. – Ah, e o que você falou sobre eu ficar com um monte de meninos... Não ligo de você ficar com inveja, afinal não conseguiu segurar o único que você arranjou. – Eu disse e me virei para Thiago que estava com um sorriso de orelha a orelha. – Mas então Thi, em que parte da aula a gente parou. – Ouvi Kristen bufar e ouvi seus passos, ela me empurrou do caminho e seguiu. Eu passei os braços em volta do pescoço de Thiago, a multidão já havia se dissipado, mas eu conseguia sentir Nico atrás de mim.

— Você conseguiu. – Thiago disse sorrindo.

— Que bom. – Eu disse dando um pequeno suspiro e me deixando cair nos seus braços, eu gemi com a dor do chute.

— Nate. – Nico gritou e me senti passando dos braços de Thiago para os de Nico, provavelmente Nico devia tê-lo intimidado com o olhar. – Nate, por favor, abre os olhos. – Ele pediu, eu estava deixando a dor passar um pouco. Senti Nico começar a caminhar e depois se sentar. – Você finalmente conseguiu, você venceu... – Eu senti algumas gotas pingarem no meu rosto. – Você venceu aquele seu fantasma do passado. – Ele disse e eu fui abrindo os olhos devagar. Eu o vi em cima de mim com algumas lagrimas rolando. – Eu estou muito orgulhoso. – Ele disse e mais uma gota de lagrima caiu na minha bochecha. Eu levantei minha mão e sequei as lagrimas dele, passei a minha mão de seu rosto para seu pescoço e me levantei o abraçando. Eu nunca consegui vê-lo chorar, aquilo acabava comigo. Ele me apertou no abraço e enfiou sua cabeça no meu cabelo ruivo. – Promete que nunca mais vai me deixar. – Ele pediu em um sussurro. Aquilo me quebrou por dentro.

— Nico eu não posso prometer isso. – Eu disse com vontade de chorar, eu não podia dizer a verdade, eu não queria quebrá-lo de antemão.

— Porque não? – Ele perguntou com a voz embargada. Nico...

— Porque... – Eu tentava pensar em uma desculpa. – Um dia eu vou casar, e... Vou morar numa grande cidade velha com minha família. – Eu inventei, eu não tinha vontade de ter uma família, nunca fui muito boa com crianças, a única coisa que eu sempre quis era ficar com Nico.

— Casa comigo... – Nico disse. Eu me deixei delirar naquelas palavras por um tempo, mas logo me puxei de volta à realidade. – Não quero te perder. – Ele disse. Naquele momento eu percebi que estava fazendo tudo errado. Eu não devia ficar perto de Nico, eu não queria sumir e o fazer ficar com dor, o melhor era me afastar enquanto eu podia. Separei-me dele devagar.

— Eu tenho que ir... – Eu disse me levantando, eu estava sentada em seu colo e ele estava sentado em um tronco, ele segurou meu pulso. – Eu tenho mesmo que ir. – Eu disse revivendo aquele primeiro dia.

— Não tem não. – Disse Nico me puxando para um abraço. Ele não tinha me deixado ir. Ele me queria por perto ele... Eu tentei me abaixar de volta a terra, mas eu não consegui. Eu o abracei mais forte, Nico agora estava de pé, ele sempre foi maior que eu e eu amava aquilo. Eu apoiei meu queixo eu seu ombro.

— Nico por favor não me deixa ir. – Eu o implorei em um fio de voz. Eu não devia ter feito aquilo, eu sabia que não devia ter feito aquilo. Certo quem eu estava tentando enganar? Eu amava Nico tanto que chegava a doer, eu era muito egoísta e queria ele para mim, eu era fraca e não conseguiria o deixar.

— Nunca. – Prometeu me apertando um pouco no abraço, eu sabia que não adiantaria as palavras dele sem ele me amar realmente, mas aquilo me fazia me sentir bem... Ficamos ali por um tempo até que ouvimos o sinal tocar.

— Nico? – Eu o chamei, ele respondeu com um ‘hmm’, eu dei uma risada.

— Sabia que você tem a risada mais linda do mundo? – Perguntou ele enfiando o nariz no meu pescoço talvez para me cheirar. Aquilo me paralisou como a muito nada fazia.

— Certo, nós temos que ir. – Eu disse me levantando do tronco onde havíamos sentado de novo e o dei a mão, ele fez uma linda careta e a segurou se levantando. Eu soltei a mão da dele e comecei a andar, quando sinto dois braço me agarrando por trás.

— Você é minha hoje. – Ele disse no meu ouvido me fazendo tremer, porque sua voz estava muito sedutora... Se bem que para os meus ouvidos ele fala sedutoramente até que vai no banheiro. Bom eu não discordei dele. Fomos para o refeitório almoçamos jogamos parte da comida como oferenda aos deuses, e eu fiquei o resto do dia na parte de trás da cabana de Hades com Nico. Aquele estava sendo um dia realmente bom. – E então a moça tem alguma coisa para fazer sexta? – Ele me perguntou.

— Na verdade eu tenho. – Eu disse e parei depois de perceber a besteira que falei. Nico que estava sentado na minha frente arqueou uma sobrancelha.

— E o que seria? – Ele perguntou cruzando os braços, eu mordi minha língua antes de falar que tinha um encontro com o pai dele.

— Eu vou fazer... – Eu o olhei rapidamente. – Canoagem com o Thi. – Eu disse rapidamente, ele me olhou com uma cara nada amigável.

— Não você não vai, você vai ficar comigo. – Nico disse, aquilo soou como música para meus ouvidos, mas eu sabia que não podia.

— Mas é serio Nico. – Eu disse tentando inventar algo. – Eu... Vou sair em uma missão com ele. – Eu disse, Nico me olhou de um jeito que realmente me deu medo.

— Não vai não. – Ele disse de um jeito ameaçador. – Eu mato aquele cara antes disso acontecer. – Ele disse de um jeito rude. Aquilo me assustou.

— Calma Nico. – Eu disse.

— Calma o caralho. – Ele disse se levantando estressado. Eu me levantei rapidamente.

— Nico o que esta acontecendo? – Eu perguntei preocupada, Nico nunca havia agido daquele jeito. Ele segurou meu rosto dos dois lados.

— Me diz você. – Ele disse me olhando nos olhos.

— Nico... – Eu sussurrei hipnotizada por seus olhos negros, ele olhou para baixo.

— Já esta na hora de recolher. – Ele disse me soltando. Eu o abracei e dei um beijo em sua bochecha.

— Eu te amo... Nunca se esqueça disso. – Eu disse escondendo o verdadeiro sentido da frase e parti pra cabana de Hermes. Quatros dias... Só mais quatro dias.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de coomentar