Highway To Hell - Seven Days escrita por ManuLem


Capítulo 1
Dia 01


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic com aquela chata da ree_leite kkkk Esperamos que vocês gostem



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DIA 01

Primeiro tudo o que eu senti uma dor insuportável, de fora pra dentro em todas as minha células e então... Eu morri, sim acho que eu morri. Então quando eu abri os olhos estava em um lugar escuro. Eu podia ver vultos passando por mim, mas eles não me viam. Estranho era que eu era material substancial, eu ainda podia sentir minha pele, e podia sentir meu corpo contra o chão negro. Mas eu não sentia elas, almas passando. E não me incomodava o chão, rígido embaixo de mim.

 — Silena. – Eu disse quando reconheci seus cabelos negros passando por mim, mas era somente um vulto. Ela não me via, ouvia e não me reconhecia. Eu estava lá sozinha, só podia ver os vultos, as almas a caminho do julgamento. Agora, pensando bem me lembrava de algumas coisas, a última delas foi um ataque. O ataque à Cronos.

É, foi assim que eu morri. Tirando aquela dor, nem foi tão ruim como me disseram. Nos primeiros segundos eu comecei a andar, olhando o vulto das almas em volta, esperando que me vissem. Ouvi dois barulhos de coisas caindo no chão, quando me virei pude ver, duas moedas de ouro ainda girando no chão.

— Se colocaram os dracmas nos meus olhos, provavelmente vão me queimar. – lamentei, para mim mesma e um arrepio percorreu minha espinha, eu não queria ser queimada, mas, era a tradição eu acho.

Os vultos pararam de aparecer assim que eu reconheci um menino loiro com uma cicatriz, eu dei um pequeno sorriso.

— Eles conseguiram. – Comemorei, quando eu olhei em volta estava tudo preto, sem vultos, sem coisas caindo e até aquele momento, graças aos deuses nada de cheiro de queimado.

Eu me sentei e fiquei brincando com as moedas enquanto esperava Caronte, ou alguém aparecer e me levar para os Campos de Elíseos. Mas ninguém apareceu. Um pensamento passou em minha cabeça e alguns nomes vieram a minha boca. Será que Percy, Annie, Grover e Nico estão bem? Nico. Eu parei por alguns segundos nesse nome, eu esperava não o ver tão cedo. Não podia simplesmente desejar que ele morresse para satisfazer meu egoísmo de ter ele por perto. Eu deixei uma lagrima rolar pelo meu rosto. Eu sentiria falta de todos, mas, especialmente dele. Meu Nico di Ângelo. Certo, bom não tão meu. Meu amigo, mas eu estava com ele, eu me deitei no chão, ou seja lá o que aquilo fosse, e esperei algo chegar, mas não chegou. Eu simplesmente fiquei lá deitada, eu diria a espera da morte, mas não tinha como. Nem para se prestarem a dar uma resposta do porque eu estava em... Simplesmente lugar nenhum. Eu só fiquei ali, parada, respirando, não que eu precisasse realmente, mas era o costume. Aquele lugar poderia se chamar o tédio era a única coisa que tinha ali além da saudade que se instalava na maior parte do tempo. Depois de algumas semanas ouvi um barulho estrondoso, quando olhei para o lado vi um homem de cabelo e barba um pouco compridos vestido com um manto preto com pessoas gritando. Hades. Eu olhei para ele sem entender. O quê? Eu iria fazer parte da roupa dele? Naquele momento eu congelei e pensei qual seria a causa de alguém ser parte das roupas intimas de Hades e comecei a torcer para que eu não tivesse feito nada para ser castigada daquele modo.

— Hades? – Cumprimentei hesitante e com uma voz fraca e rouca de pouco uso.

            — Natalie – Cumprimentou-me e deu um sorriso, forçado de mais para meu gosto. Eu limpei a garganta com medo, ele se aproximou não o suficiente para eu ter um torcicolo ao olhá-lo. – Quantos anos você tem, criança? – Ele perguntou não esperando uma resposta. – 12, 13? – Supôs e se sentou em um trono negro que apareceu no... Naquele lugar. Era isso? Esse tempo todo eu estava esperando para ele me julgar para onde iria? Não era justo, aposto que os outros semideuses tiveram seu julgamento primeiro, aquilo era um preconceito pelo fato de eu ainda não ter sido reclamada. Gemi baixo.

— 14 anos. – Corrigi sem emoção, eu acho que eu há perdi um tempo atrás. Sério eu via cores saindo de mim e se infiltrando no chão. Aquilo sim era absorver energia.

— Muito nova para morrer não? – Ele perguntou tentando parecer tocado, mas me soou sínico.

— Morri como heroína. – Afirmei, já imaginando meu destino por confrontá-lo (ser jogada no Tártaro, ou ele jogar na minha cara que eu não era oficialmente uma semideusa). Mas como disse, eu não tinha mais emoção, ou medo. Não me importava em correr riscos

— Eu sei. – Ele disse e eu arqueei a sobrancelha.

— Tem alguma coisa acontecendo? – Perguntei estranhando as atitudes dele. Dessa vez ele deu um sorriso um pouco mais sincero, mas ainda assim sádico o suficiente para ser dele.

— Só estou tentando ser gentil com minha nora. – Segredou-me, senti minhas bochechas ardendo e pude perceber que poderia ser vendida na feira como um tomate. Era um defeito meu, ficar rubra de vergonha. Ele soltou uma leve risada. – A questão é... – Ele começou agora mais serio. – Eu tenho uma proposta a te fazer.

            — Uma proposta? – Perguntei desconfiada, aí tinha.

 — Sim, você poderá voltar para aquele acampamento que você chama de lar... – Ele disse fazendo um gesto desdenhoso com a mão. – Mas, você terá de conquistar meu filho em sete dias, ou você volta para cá, não para os Campos Elísios ou para o Tártaro, mas para aqui. – Ele disse mostrando em volta. Certo não era tão ruim, mas aquele negro e vazio poderia ser cansativo por toda a eternidade, e conquistar o Nico seria melhor mesmo que os campos de Elísio.

— Conquistar seu filho? – Perguntei hesitante cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha, um tanto insegura (eu tinha mesmo ouvido direito?).

— Sim, sim, fazê-lo se apaixonar por você, sabe... – Pude sentir meu rosto queimando novamente. – Nesse ultimo três meses e meio... – Eu escancarei minha boca, eu havia ficado ali deitada durante três meses? – Nico sentiu muito sua falta... – Eu peguei trechos da conversa depois que ele falou três meses, mas... Nico com saudades de mim... – O importante é... – Ele disse em um tom de voz mais alto me fazendo prestar atenção. –  Perséfone só me deixou te levar embora se o amor estivesse no meio. – Ele disse colocando a mão no peito e olhando para cima depois voltou seu olhar para mim. – Tocante não? – Ele perguntou e eu tive vontade de rir. – Então... Você aceita? – Ele perguntou. Eu dei de ombros.

— Que mal pode haver em tentar. – Eu disse e ele jogou uma perola negra para mim sinalizando para eu pisar.

De repente sombras começaram a me cobrir e me levantar eu me vi passando entre as paredes do templo de Hades, até que eu senti algo solido nos meus pés. Eu olhei em voltas e vi arvores e mais arvores, quando olhei para cima pude perceber que estava em baixo de uma. Deduzi estar em uma floresta. Eu olhei para os lados vendo as inclinações. Uma floresta em uma montanha. Espera aí! Eu comecei a correr montanha à cima até que eu vi a entrada do acampamento. Eu congelei. Eu estava lá. Depois de tanto tempo. Eu podia ouvir os campistas batalhando, os sátiros correndo, aquele cheiro maravilhoso de flores. Eu deixei uma lagrima escapar, mas logo a limpei, passei a entrada do acampamento e a fui descendo devagar. Eu passei pelas cabanas dos deuses e vi novas sendo construídas. Eu via o modo como as pessoas me olhavam, mas eu não liguei, fui para o píer passando a cabana de Poseidon, eu tinha uma ligeira impressão de que os encontraria lá. Bingo! Estavam lá Annie, Percy e Nico sentados no píer com as pernas para fora, me aproximei devagar.

            — Às vezes... – concordou aquela voz, soou como sinos para mim, depois de tanto tempo finalmente pude ouvir a voz de Nico novamente. – Eu acho que ela ainda esta aqui. – sussurrou tristemente indicando o coração. Nico parecia mal, ele estava perfeito como sempre, mas ele tinha alguma coisa faltando, assim como em Annabeth e Percy. Eu tentei procurar na memória o que era e lembrei. Quando eu olhei para Nico, mesmo ele estando de costas eu pude sentir falta daquele sorriso acolhedor que sempre andava com ele. Aquela calma e confiança; tiraram-lhe o que era mais bonito. Nico estava como um filho de Hades deveria parecer... Sem vida.

            — Nico. – Chamei e ri, eu tentei fazer a minha melhor voz, mas saiu um desastre. Os três pareceram ouvir e sobressaltarem-se levemente, mas não se viraram

            — Às vezes eu escuto a voz dela. – Annie disse, eu soltei uma risada mais alta dessa vez.

            — Aquela risada dela inconfundível. – concordou Percy.

            — Eu estou aqui. – Acusei atrás dos três.

            — Às vezes eu a escuto me dizendo que esta lá comigo. – Assumiu Nico em um sussurro, talvez com medo que minha voz fosse embora, eu fiquei vermelha, mas respirei para passar.

            — Nico di Ângelo, acho melhor virar essa sua cabeça oca para trás agora. – Exigi e dei um pequeno grito agudo de alegria, os três pararam, acho que com o choque. E se viraram para trás em câmera lenta, e me pegaram com um sorriso de orelha a orelha e com as mãos na cintura. Pude ver Nico piscando os olhos para ver se não era miragem. Ele se levantou correndo e me abraçou me girando no ar.

            — Não sei o que esta acontecendo, mas eu não vou te soltar. –Afirmou ele e eu dei uma risada sonora quando ele me parou no chão. – Não vou te perder de novo. – pude sentir Annie e Percy nos abraçando também.

            — Galera, vocês podem me soltar eu juro que não corro. – Eu disse quando senti o ar saindo de mim. Eles me soltaram, mas Nico me segurou pelos ombros me olhando.

            — Como? – Ele perguntou com um sorriso imenso no rosto me olhando de cima a baixo. Eu também fiz isso, e percebi que ainda estava com a mesma blusa listrada e a mesma calça jeans da luta.

            — Ah, seu... Pai. – Contei, agora, eu contava ou não para ele o acordo? Annie me puxou me abraçando.

            — Amiga, que saudades. – Ela disse me dando beijos na bochecha. Eu sorri.

            — Eu também Annie. – Eu disse quando ela me largou, logo em seguida fui envolvida por dois braços.

            — Minha pequenina. – Chamou Percy, eu dei uma risada e o abracei de volta. Ele me soltou e os três se sentaram em uma posição oval de frente para mim, eu me sentei no mesmo lugar.

            — Como é lá? – Perguntou Annie. Eu franzi o cenho. – Nos campos. – Explicou

            — Ah, eu não fui para lá. – Dispensei e eles me olharam com os olhos arregalados, mas vi uma expressão de raiva surgir nos olhos do Nico.

— Não acredito que meu pai te colocou nos campos de punição. – Ele disse cerrando os punhos.

            — Não, ele não me pôs em lugar nenhum. – Ele parou e me olhou confuso. – Eu fiquei em um lugar escuro, só. – Expliquei, ele aliviou sua tensão um pouco, mas não muito.

            — Porque ele deixou você voltar? – Hesitou Annie, e eu menti dando de ombros.

            — Quíron já sabe? – Percy perguntou.

            — Meu pai já deve ter contado. – Desprezou Nico. Eu sorri e olhei para Annabeth querendo dizer que queria falar com ela. Boa amiga, ela entendeu.

            — Percy, Nico, tragam suco para a gente, por favor. – Ela disse e Percy se levantaram. Ela arredou para perto de mim. – O que houve? – Ela perguntou e eu suspirei, logo em seguida contei a historia

Annabeth é uma boa ouvinte, fez exclamações de surpresa nos momentos certos, se mostrou impassível, esperançosa e me reconfortou. Eu era grata por chamá-la de amiga e tê-la por perto.

            — Então Hades esta trabalhando como cupido? – Riu-se ela. Eu dei um soco em seu ombro.

            — É serio. – Alfinetei, arqueando uma sobrancelha.

            — É eu sei o Nico é um cego. – Segredou-me rindo alto.

            — Igual ao Percy. – Ela encolheu os ombros parando de rir. Pimenta nos olhos do outro é refresco, né?

            — Sete dias... – Ela olhou para mim. – Vai ser fácil, me escuta eu tenho um plano... – Ela disse e começou a contar o plano que era bem simples, eu iria fazer ciúmes em Nico, ate chegarmos à parte difícil: Por em pratica. Por quê? Pelo simples motivo que eu não sabia fazer ciúmes em ninguém.

            — Se é tão fácil assim, porque não põe em pratica com o Percy? – Perguntei a encarando, ela olhou para baixo.

            — Ainda estava de luto. – Ela me olhou e eu me senti mal. Ela se levantou e me deu a mão. – Vem, vamos começar a por o plano em pratica. – Ela disse, eu lhe dei a mão e ela me puxou, fomos andando ate a arena, Annie achou que seria um ótimo lugar para começar, já que tinha muitos meninos e o Percy e Nico, passariam por ali. – Ainda tem sua espada? – Ela perguntou e eu neguei, tinha perdido-a na guerra. – Certo, vá ate aquele grupo de filhos de Ares e lute com eles. – Eu a olhei desesperada.

            — Eu posso ser boa na espada, mas eles vão me matar. – Eu disse segurando em seu braço.

            — Eles são meninos, claro que vão pegar leve, e assim você mostra pro Nico que não precisa só dele para se defender. – Ela disse e me deu um empurrão. Eu fui andando até eles, alguns eu conhecia, ou seja, sem tanta vergonha. Eu escorei meu braço no maior.

            — Oi, meninos. – Eles me olharam espantados. – Oi Rick. – cumprimentei um conhecido e ele sorriu.

            — O que você esta fazendo aqui? – Perguntou me encarando com um sorriso leve no rosto contrapondo-se a sua expressão madura e fechada.

            — Treinando... – Eu o olhei, é eu também senti falta dele. Eu fui quase expulsa do acampamento 02 vezes junto com ele, Nico o odiava. – Bem eu preciso de um parceiro e de uma espada. – Eu disse o olhando, ele ainda sorria. Eu estava com saudade daquelas feições rígida e de poucos amigos, mas daquele jeito brincalhão que só ele tinha, do jeito que eu adorava bagunçar seus cabelos. Quando eu não estava com Nico estava com Rick. Eu me senti mal por estar o usando, mas vi Nico e Percy chegando, Nico estava com uma cara nada boa. Ele apontou para um menino que me jogou a espada, eu a segurei, eles se afastaram, eu iria lutar com Rick.

            — Vamos ver se esse tempo no inferno te fizeram bem. – Ele disse girando a espada, sensibilidade dez, eu dei um sorriso desafiador. E avancei com a espada em seu peito, ele se defendeu e tentou girar a espada em minha mão, mas eu girei meu corpo e o chutei, ele deferiu um golpe em minha perna e se levantou, dessa vez eu fui pelo seu lado fraco, o atacando em seu lado esquerdo próximo ao tórax, para se defender ele deu alguns passos para trás. Eu sabia que ele não estava indo com tudo, eu deferi um golpe em sua perna e ele caiu teatralmente de joelhos, eu ri. Ele caiu de frente para mim eu fingi um golpe atravessando a espada no espaço entre seu tórax e seu braço. Ele olhou. – Oh não. Eu morri. – Ele disse se levantando eu o olhei com uma cara de “é serio?” Ele se levantou e foi correndo me abraçar, aquilo não era comum para um filho de Ares, mas ele era meu filho de Ares. Ele me girou no ar e me parou, ele me deu um rápido beijo e me olhou. – Não quero mais te perder. – Admitiu ele, me olhando. Eu o abracei.

            — Tudo bem. Eu também não quero ir embora, Mas agora... – Eu disse, eu vi Annie acenando com a mão ao lado dos meninos. Eu me virei para Rick. – Eu tenho que ir. – Disse com um pequeno sorriso de desculpas.

            — Um beijo de despedida? – Ele me perguntou rolei os olhos, ele segurou meu rosto e me deu um beijo um pouco mais demorado. Eu bati em seu braço. Ele parou. Eu o olhei.

            — Tenho que ir. – repeti e sai andando. Ele voltou para o lado dos irmãos que já estavam treinando. – Oi. – Eu disse sorrindo pegando o suco da mão de Percy.

            — Serio? – Nico perguntou. Eu o olhei fingindo confusão, Annie tratou de se afastar com Percy. – Você beijou mesmo aquele cara? – Ele perguntou fazendo uma cara de irritado muito fofa. Sim uma cara de irritado, o ciúme dele era só como irmão.

            — E o que tem de mais? – Eu perguntei.

            — Você não devia fazer isso de novo, igual naquela época. – Ele disse se referindo a quando ele chegou ao acampamento e eu sempre estava ficando com alguém. Eu dei de ombros.

            — Quantas meninas você já beijou na minha frente? – Perguntei trazendo algumas imagens dolorosas na minha cabeça.

            — Mas eu sou como seu irmão mais velho, eu tenho que te proteger. – Comentou, me socando e me esfaqueando com as palavras. – Não quero que alguém te machuque. – Lamentou e eu o olhei com pesar.

            — Tarde de mais. – Eu disse dizendo a verdade, olhando para baixo. Ele parou de falar e me abraçou. Que droga, ele estava agindo como o irmão mais velho de novo. Ele nos afastou me fazendo o olhar. Um filho de Apolo passou atrás dele e me chamou com o dedo. Eu sabia o que ele queria e era perfeito para o plano. Eu olhei para Nico. – Eu tenho que ir. – Eu disse passando por ele correndo e indo me encontrar na floresta com o garoto, Nico ficou para trás chamando meu nome, mas eu não liguei, fui lá ate o garoto e fiquei com ele até bater o sinal do jantar. Fomos ‘juntos’ para o refeitório.

            — A princesa de Hermes. – Travis gritou levantando a taça junto com os outros que batiam palma, eu ri e me sentei.

            — Não sou a princesa de Hermes. – Eu disse dando um cutucão nele.

            — É sim, não uma filha legitima, mas continua sendo a princesa de Hermes, esta aqui há mais tempo que nós. – Disse Connor e eu dei um tapa em sua mão como toque. Nós nos levantamos e fomos oferecer a comida aos deuses. ‘A Hades, que esta me ajudando, coloque um pouco de noção na cabeça do seu filho. ’ Pedi em meus pensamentos, jogando uma coxa no fogo.

Comi normalmente, rindo da palhaçada dos Stoll, senti alguns grãos de arroz voando... Eu sentia saudades daquilo, muitas. Acabou o jantar e Nico veio para o meu lado.

            — E então, cria de Hermes? – Ele perguntou e eu dei uma risada.

            — Quem dera. – Eu disse e o olhei. – Você tem sorte por ter um pai, e por já ter tido uma mãe. – Eu disse lembrando-me do tempo no orfanato. Percebi que Nico ia me abraçar, mas um garoto ruivo da cabana de Hefesto me chamou. – Eu tenho que ir Nico. – Eu disse, mais uma vez, dando passos a frente dele, ele ficou lá parado com os braços pendendo ao lado do corpo. O que eu queria? Ser aquela Nate de antes da guerra, que preferia levar um tiro a não dar abraço no ‘melhor amigo’. Eu odiava aquela Nate antiga, mas eu sempre sentia um vazio por nunca ter sido reclamada. Eu fiquei um tempo com o menino, ate decidir que eu não ia conseguir ficar longe do Nico. Ele estava nos fundos da sua cabana, eu cheguei por trás e o abracei.

            — Nate. – Reconheceu, a voz derretida e se virou. Ele não sorria, mas não estava bravo. – Quem era? – Ele perguntou. Dei de ombros e aí sim ele ficou com raiva. – Como você beija alguém que você não conhece? – Ele perguntou quase gritando e tentou se acalmar. – Eu não quero brigar. – Condenou-se tentando se acalmar, o que não deu muito certo.

            — Até porque eu acabei de chegar. – Eu disse o olhando.

            — O inferno não te fez muito bem. – Afirmou um pouco desapontado, eu tive vontade de chorar, mas não o fiz. Olhei para a lua.

Eu o encarei tristemente por alguns minutos.

            — Você tem que ir de novo, não é? – assenti com a cabeça e ele segurou meu pulso.

            — Tenho mesmo que ir. – Eu disse e ele me soltou. Que droga Nico! Por quê? Porque você não me segurou e me disse que eu tinha que ficar com você? Já se foi um dia, eu só tinha mais seis, e um coração já machucado.


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Notas finais do capítulo

É isso minha gente o capítulo de hoje, amanhã tem o dia 2, não se esqueçam de comentar!



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