Long Live escrita por lizpfvr


Capítulo 5
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Contém trechos das musicas Painting Flowers, da banda All Time Low e Us Against The World, da banda Coldplay.



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Capitulo Cinco

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“Estranho labirinto, o que é este lugar?

Eu ouço vozes sobre meus ombros

Nada está fazendo sentindo algum

Me pergunto, porque nos corremos?

E todo dia nós corremos em círculos

É uma maneira engraçada de cair

Estou esperando pela chance de fazer isso certo.

Quando eu acordo

O sonho não está acabado

Eu quero ver seu rosto e saber que consegui chegar em casa

Se nada é real

O que mais eu posso fazer?

Eu ainda estou pintando flores para você.”

All Time Low

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Ele sonhou que ela corria. Corria descalça, os cabelos selvagens voavam e o vestido branco, de algodão e alças, sujava. E ele corria atrás dela, é claro, se livrando ocasionalmente uma ou outra peça supérflua de roupa.

Demorou um pouco, mas ele percebeu o jogo que eles jogavam.

Ela deixava ele se aproximar, o bastante para roçar no braço ou no cabelo, talvez fechar alguns dedos em volta do vestido ou mesmo tocar sua mão, mas só por um momento. Infelizmente, o momento atuava redondamente em seu papel de momento e passava rapidamente.

Mas teve um momento que fora diferente. Foi o momento que ele não conseguiu alcança-la. O momento passou. E ele ainda não conseguia.


Acordou cansado. Parecia muito mais com alguém que havia passado a noite correndo pela floresta do que com alguém que tinha passado a noite inteira deitado sobre um colchão macio e lençóis cheirosos.

Seus empregados não pronunciaram uma palavra quando vieram vesti-lo. Falaram, mas não responderam coisa alguma quando alguns instantes depois voltaram com o desejum e ele lhes perguntou o porquê dele estar sendo servido nos seus aposentos. Charles mal gaguejou para falar aquele dia porque, adivinhem só, mal falou.

Ele ouvia todas as palavras não ditas e soube o tempo todo aquilo que estavam escondendo dele. Mas precisava ouvir. Precisava que alguém fosse corajoso. Precisava que alguém fosse corajoso por ele.

Demorou um dia inteiro e cerca de quinze homens para lhe contar.

De qualquer maneira, as palavras que eles disseram não importaram. Talvez nunca tivessem. Talvez fosse só uma desculpa dele.

Ela foi embora e ela foi embora.

Ele sempre soubera que uma hora ou outra ela iria.

Ela foi embora e no final de contas os termos pomposos que eles verbalizaram aquele dia não tinham nenhuma importância mesmo.

Mas as que ele verbalizou durante os últimos três anos, infelizmente, sim.

Coincidência ou não, ninguém ouviu a voz do Príncipe pelo resto do dia.

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Ele segurava o pincel com demasiada força mesmo com a mão enfaixada; ainda assim os traços saiam delicados. O pincel lambia sedosamente a tela quando o garoto parou o movimento, de súbito. Piscou os olhos uma ou duas vezes antes de fazer um rabisco raivoso e tacá-lo longe.

Fazia um mês. Droga, um mês! Ele iria descer aquelas escadas, montar sua égua, e sair à procura dela e ai! de quem ousasse entrar em seu caminho.

Então ele se virou, tirando o avental, quando sua professora se aproximou correndo.

– Caspian, querido, está de saída? – ela tinha um tom enjoativo, beirando bajulador e sua voz era estridente.

– Sim, eu tenho de...

– Terminar seu desenho, não? – Ela apontou para o quadro atrás dela cheia de falsa inocência. – Olhe, mas que belo quadro. Você não faz rosas há pouco mais de um mês. Acho que estou começando a pegar o padrão...

– Sim, mas como pode ver acabo por estragar o meu desenho e...

– Claro que não, tolinho. Veja só – ela se abaixou para pegar o pincel caído ao chão e quando levantou pintou o miolo da flor que ele rabiscara.

– Rosas negras – ele murmurou baixinho.

– Isso, rosas negras – ela lhe deu um sorriso cheio de covinhas.

– Elas deveriam ser vermelhas. – Ele falou sem propósito.

– Sim, deveriam. Mas em um mundo de rosas vermelhas, as pretas ganharam meu coração – ela deu uma risadinha.

Caspian mordeu os lábios. Ele não tinha certeza se entendia aquela mulher.

– Interessante. Agora, com licença eu devo...

– Deve?

O Príncipe olhou para a porta, para o pincel que Luna Brewscott lhe estendia e para a própria mão enfaixada.

Ganhara o corte que agora estava coberto segurando um copo com muita força. A cabeça estava tão longe no momento que ele só percebeu o que fizera por conta da dor.

Havia muitas coisas dentro de si quando ele pegou o pincel mergulhado em tinta preta. Muitas coisas, mas ele só sabia nomear o medo.

Medo de que se ele saísse por aquela porta talvez encontrasse respostas que não queria ouvir e então voltaria para casa cheio demais delas para ser feliz de novo. Mas o medo de sair e não encontrar resposta alguma era ainda pior.

Enquanto ele terminava de desenhar o vaso estilhaçado e as rosas negras ele desejou que quando ele acordasse na manha seguinte descobriria que os último mes foram apenas um pesadelo. Com sorte, os últimos três anos.

Suspirou resignado quando lhe caiu a verdade de que nunca era.

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Miraz baixou os óculos para responder á série de perguntas e acusações do sobrinho. Pensou um pouco também. Queria falar muito sem dizer nada para se livrar de mais perguntas e mais acusações por pelo menos algumas semanas.

A ideia genial que ele tivera logo após a partida da filha bastarda, não parecia tão genial agora. Devia ter dito a verdade. Certo, nem toda a verdade, mas devia ter dito que ela fugira porque era órfã rebelde que era e não porque tinha roubado um de seus cofres.

Então ele não teria de mandar alguns de seus bons homens seguirem uma pista errada atrás da pirralha.

Maldito fosse ele cem vezes. Ele e sua língua. Refletindo consigo mesmo agora, essa história nem ao menos era palpável.

Infelizmente, ele não podia voltar atrás com ela agora.

– Eu não mando equipes de resgate atrás dela para trazê-la para casa. Eu mando equipes de busca para trazê-la como prisioneira. Ela nos traiu, como bem sabe, Caspian.

– Mas tio...

– Basta.

O sobrinho apertou os punhos até os nós dos dedos ficarem brancos antes de voltar a falar.

– Estou te pedindo. Como um favor. E-eu vou te retribuir, eu...

– Pelo amor de Deus, criança, eu nem sabia que você nutria tantos sentimentos por essa garota.

Ele não ficou vermelho, mas hesitou.

– Eu tenho meus motivos, senhor. Crescemos juntos. E me incomoda essa história...

– Ah, mas o que posso fazer? Eu posso esperar que eles a encontrem bem, bem e viva, e que tragam de volta para um julgamento justo.

Os dois ficaram em silencio.

– Escute, Caspian, agora que minha esposa está grávida acho que devíamos nos concentrar em coisas boas e na alegria que uma criança irá trazer para este cas...

– Mas já foram três meses. – Caspian o interrompeu como se ele não estivesse dizendo nada. - O senhor não disponibilizou nem dois décimos dos seus homens de rastreamento na primeira vez e desde então o numero deles e das excursões só diminuem.

– O que você quer de mim, Caspian?

– Eu quero ir.

Miraz não pode conter a gargalhada.

– Não diga sandices, garoto.

– Eu não estou dizendo...

– Você se lembra do que seu pai disse sobre ela? Você se lembra? E ainda sente-se surpreso por tudo isso estar acontecendo? Seu pai era um homem sábio, Caspian. Pensei que você fosse também.

Miraz voltou a baixar a cabeça para os seus papéis e fingiu escrever mesmo com a mão tremendo. Podia sentir Caspian o fitando com a respiração quase suspensa, mas não vacilou nem um segundo.

Por fim o sobrinho deixou a sala. Que o chamassem de louco, mas havia algo de reconfortante no barulho que o vaso – um dos inúmeros espalhados pelo castelo, um que ficava sobre um banco de três pés, alto e inútil que havia bem próximo a sua porta no corredor - fez ao atingir a parede.

Caspian estava com raiva. Portanto Caspian tinha acreditado.

Ocorreu a ele que talvez o que ele dissera fora muita maldade.

Mas pelo menos Caspian não o atormentaria por um bom tempo.

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– Nós já estamos indo embora? – Charles nem gaguejava para reclamar, observou Caspian. Com um sorriso, ele abriu a boca para responder pela décima segunda vez à mesma pergunta.

O sol batia em seus cabelos e olhos castanhos e naquela manha o príncipe estava de bom humor, sorrindo!, imaginem só. As garotas que passavam pela rua não soltavam risinhos e davam uma mexida no cabelo a toa.

– Sim, Charlie – respondeu usando o apelido, mesmo sabendo que o empregado não gostava. – Já estamos...

O herdeiro do trono se interrompeu ao ouvir uma voz distante. Deu um passo á frente tentando ouvir melhor.

A rua na qual ele escolhera fazer comprar, a principal da cidade, estava cheia e as pessoas (mesmo acanhadas) paravam próximas á ele. Normalmente aquilo o aborreceria, mas ele era o Príncipe, afinal, não havia nada de anormal nesse comportamento.

Mas ele gostaria de achar o dono daquela voz.

– Senhor? T-tudo bem?

– Tudo, Charlie. Diga-me que consegue ouvir essa música. – falou Caspian, energético.

– Que músi...

– Shhhh. Escute.

Demorou um pouco, mas logo o rosto de Charlie se iluminou.

– Sim, consigo.

– Então me ajude a acha-la.

Eles tiveram que atravessar o mar de guardas – que poderia ser confundido um mar de flores, já que cada tinha um vaso de plantas em cada mão - que acompanhava Caspian para achar.

O dono da voz que cantara a musica era um homem, com pouco mais de quarenta anos, que ficava sentado sobre banquinho de quatro pés. O seu instrumento estava no colo e o seu chapéu esfarrapado no chão á sua frente.

Caspian tirou algumas moedas douradas do bolso.

– Serão suas – prometeu ao homem. – Se me cantar alguma outra musica.

– Algum pedido especial?

– Qualquer coisa que liberte o espírito.

Ele assentiu com a cabeça, pensou um pouco, então começou a arranhar as cordas.

A voz veio baixa e estava rouca, mas tinha um timbre forte.


Oh morning come bursting the clouds, amen

Lift off this blindfold, let me see again

And bring back the water, let your ships roll in

In my heart she left a hole.”



Caspian colocou as mãos no bolso. Fechou os olhos.



“The tightrope that I'm walking just sways and ties

The devil as he's talking with those angel's eyes

And I just want to be there when the lightning strikes

And the saints go marching in.

And sing slow-ow-ow-ow it down...

Through chaos as it swirls

It's us against the world.”



O Príncipe mordeu os lábios, ainda com os olhos fechados. Era só coincidência. Era só coincidência.



“Like a river to a raindrop, I lost a friend

My drunken hazard Daniel in a lion's Den

And tonight I know it all has to begin again

So whatever you do, don't let go

And if we could float away

Fly up to the surface and just start again

And lift off before trouble, just erodes in the rain

Just erodes in the rain, just erodes and see roses in the rain.”



Seria engraçado se descobrissem que o homem usava do seu diário para compor. Mas Caspian não tinha um diário.

A essa altura, uma multidão se formava a volta deles.



Sing slow-ow-ow-ow it down...

Oh slow-ow-ow-ow it down.”



Nunca houve tanto silencio em meio há tantas pessoas.



“Through chaos as it swirls...

It's just us against the world

Through chaos as it swirls,

It's us against the world.”



Terminou a musica, sem muito alarde. Lentamente as pessoas continuaram com seu passo, com sua vida. Menos ele. Mas Caspian, fazia algum tempo, não sabia como voltar ao mesmo passo, a mesma vida.

Estendeu a mão e depositou as moedas no chapéu.

O dono do chapéu olhou fundo em seus olhos e Caspian deixou, mesmo eles estando vermelhos.

– Meu nome é Caspian. Posso saber o do senhor?

O rosto do homem ficou surpreso.

– Senhor... Príncipe Caspian?

– Só Caspian. Agora que te dei meu nome seria justo o senhor me dar o seu.

– Claro, senhor. Eles me chamam Dedos de Mel. Por causa da minha habilidade em fazer musica com os dedos.

– Eles? – Sorriu. – Eles quem?

– Você sabe, eles. – Dedos de Mel fez um gesto que abrangia a todos na rua.

– Como a sua mãe te chamava, Senhor Dedos de Mel.

– Minha mãe me chamava de guri. Quando brava, me chamava de Phineas. Phineas Frey. É um nome estúpido, mas foi à senhora minha mãe que me deu, então agradeceria se não caçoasse dele na minha frente.

– Eu nunca caçoo do nome das pessoas na frente delas. É uma das regras mais importantes quando se é príncipe.

O esboço de um sorriso foi desenhado no rosto de Phineas.

– Phineas Frey é um nome peculiar. Um nome difícil de ser esquecido. Apesar de não ser esse o motivo, eu não me esquecerei desse nome. Não esquecerei.

– Mesmo eu tendo muitas letras na minha cabeça, não vou esquecer o seu também senhor Caspian. De qualquer jeito, seria uma tarefa muito difícil. Parece que já tivemos dez dos senhores reinando por aqui.

Caspian sorriu e então lhe deu as costas.

Charlie o seguiu. Assim como toda a Guarda Real.

Muitos civis podiam jurar de pés juntos que o caminho que eles fizeram de volta ao castelo cheirou rosas pelo resto do dia.


Respondendo com sorrisos aos agradecimentos das duas ultimas empregadas que foram presenteadas com algumas das centenas de flores que ele comprara mais cedo, Caspian deixou o quarto.

Fechou a porta e se encostou a ela, ouvindo atentamente ao que elas diziam.

Ele está mudado!” uma das duas falou. Não lhe interessava qual das duas.

Sim, está” a outra respondeu. “Mas é uma coisa engraçada de se dizer sobre o Príncipe. Mal tem dezessete anos e já teve personalidades de cinco homens diferentes.”

“Isso é verdade.”

“Sabe, quando criança era um doce e travesso garoto junto com aquela molequinha da Adrian. Então, os dois cresceram e se separaram e...”.

“Bota separação nisso! Nunca entendi o que se passava entre os dois ou sobre o que discutiam, mas suas brigas eram um verdadeiro espetáculo!”

“Sim, eram dignas de peças teatrais, mas não fale assim, com essa excitação. Eu particularmente, sempre achei muito triste. Todas nós sempre achávamos que Victória seria um tipo de heroína para nós. Crescer entre os subordinados e os plebeus e então virar Rainha.”

“Dilly comentou comigo. Ele a amava?”

“Ele ainda ama. Mas tem algo...”.

“Sempre tem algo.”

“Bem, como eu ia dizendo, ele era uma delícia de criança, então as coisas começaram a mudar quando seu pai morreu. Continuou educado, mas ficou frio. E então afastou-se da garota. Pouco depois começaram as brigas. Ela mudou também. Se antes era só uma garota que se sentia mais a vontade com meninos, tornou-se pior que um que estivesse endemoniado. E assim ficavam como cães e gatos, gatos e ratos.”

“Conte mais!”

“O resto você já sabe. Ela roubou algumas joias do escritório do Senhor Miraz e fugiu com uns garotos maltrapilhos. E de lá pra cá, a personalidade do nosso príncipe oscilou mais que a molecada brincando de corda bamba. Primeiro foi o silencio, que de tão profundo, mergulhou todo esse castelo numa melancolia sem fim. Depois foi a raiva, e eu juro de pés juntos que eu e muitas colegas vamos ter problemas na coluna de tanto que abaixamos para catar cacos de tudo que o príncipe tacava longe. E por fim, o bom humor. Tomara que dure, tomara que dure. Mas já se faz seis meses que essa garota foi embora e eu ainda acredito que de algum modo ela levou o equilíbrio desse lugar consigo.”

A porta abriu rangendo.

– Eu também.

As mulheres observaram, chocadas, o rapaz sair da sala na qual trabalhavam e dobrar o corredor.

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– Ela não vai te levar a lugar nenhum. Ela não é uma Rainha. Ela é pequena. Você é grande. Ela é pequena. Ela é pequena. Ela é pequena. Você é grande. Ela é pequena. Ela é pequena. Ela é pequena...

A porta foi aberta foi aberta de repente e lá estava ela.

Ele olhou para o tio sentado no trono do seu pai do outro lado da mesa negra e então olhou para ela de novo.

Descalça, descabelada, magrela e com as roupas rasgadas.

– Você me acha pequena? Eu pequena. Mas só o bastante para passar por entre seus dedos. - E ela se virou, correndo em disparada.

Sem pensar duas vezes ele se livrou das meias e dos sapatos, da casaca e do colete, e correu atrás dela. Dessa vez não, prometeu a si mesmo.

O corredor no qual ela entrara era escuro, tão escuro, e gelado. Era o corredor mais extenso que ele já vira, mas ao mesmo tempo ele se sentia sufocado. Quanto mais ele corria, mas ele sentia que o caminho que fazia se afunilava. Mas não teve medo. Ele estava atrás dela.

Finalmente ela abriu uma porta e passou por ela a deixando aberta. Ele entrou no quarto e subitamente parou de mover as pernas.

Seu pai estava deitado sobre uma cama no meio do quarto. Era o seu leito de morte. Ele se aproximou e se ajoelhou. Procurou a mão dele em meio aos lençóis e seu coração bateu dolorosamente quando os olhos do Rei se abriram para ele.

– Você tem um futuro grandioso, meu filho. Mas para isso deve me prometer, Caspian, deve me prometer que... Victória...

Ele tossiu e então nunca mais pronunciou palavra alguma.

Caspian mal teve tempo de sofrer por aquela dor novamente.

Victória abriu outra porta do outro lado do quarto.

A porta gemeu tristemente.

Não se via nada, mas ela atravessou o batente.

E então gritou seu nome.

E ele voltou a correr.

Mesmo sem ver nada, passou voando pela porta. E caiu no escuro, com seu nome sendo gritado, e gritado e gritado...


– CASPIAN!

Ele abriu os olhos assustado, com medo de que talvez o pesadelo ainda não tivesse acabado. Ainda ouvia o seu nome e o cômodo ainda estava escuro e... Fora o sonho mais estranho que tivera em nove meses.

Os olhos se acostumaram com a iluminação precária que a lua fazia e ele viu o Dr. Cornelius á ponta da cama.

– Doutor, o que o senhor faz...

– Levanta-se e vista-se, Caspian. Seja breve. Conto no caminho.

– No caminho?

– Para as cocheiras. Você vai precisar do seu cavalo. A criança nasceu.


Depois do professor lhe contar uma extensa história da qual ele só tinha extraído, por conta do sono, as palavras chaves – tio louco pelo poder ganhou herdeiro ou seja corra meu filho e leve com você essa trompa que de algum jeito mágico vai te trazer auxilio boa viagem e boa sorte – lá estava ele sobre um cavalo, atravessando a ponte e entrando de cabeça na floresta.

Era uma bela noite, mas ele não pode olhar para trás para admirar como mesmo aquela hora o castelo estava vivo, cortando o céu escuro e como os fogos explodiam altos e brilhantes e como agora era noite toda que ganhava vida. Ele não pode ver como os cavaleiros da Guarda Real galopando atrás dele em formação – aqueles mesmo cavaleiros cujo dever supostamente era protegê-lo – faziam aquela perseguição de vida ou morte parecer cena de fabula.

Caspian ficou feliz por ter mandando contratar Phineas Frey, o compositor meio vidente, para trabalhar para a corte. Talvez, então, daqui alguns anos ele ouvisse alguma musica sobre todas as coisas que ele deixou de ver.

Mas o objetivo era se manter vivo.

Se conseguisse viver, ele iria adorar ouvir cada segundo de qualquer porcaria que compusessem sobre ele.



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Notas finais do capítulo

HEYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY. Olha quem eu resolveu aparecer. lkçl~çalkçjlkçla Pfvr não me matem pfvr!!!!! Juro que esse foi um dos capítulos mais difíceis de escrever e sei lá, eu queria que saísse perfeito e mesmo AINDA não estando, eu acho que fiz meu melhor???????? Foi um dos que eu mais gostei btw. ((Se não for o que eu mais gostei, é)). A música que o Phineas canta por Caspian é Us Against The World, do ultimo cd do Coldplay e é linda, caras. A tradução tá aqui p vcs ((http: // letras.mus.br / coldplay / 183265 / #traducao)) e mesmo sendo uma tradução ruinzinha, eu acho que serve q. E, por ultimo, mas nao menos importante, esse capitulo é dedico á dani_11 porque ela teve coragem de vir me cobrar - eu achei lindo sério - e eu fiz uma promessa pra ela que não cumpri. Mesmo que minha palavra não esteja valendo nada, eu vou prometer aqui e agora, ~tentar~ postar um novo capitulo até quarta que vem. ((Eu tô fazendo vocês esperarem muito por mais um capitulo dessa fic medíocre, não é justo psé, vou corrigir isso ai)). Beijo, amo vcs e até quarta??????



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