Goodbye escrita por Mariaa


Capítulo 1
I had to go.


Notas iniciais do capítulo

Continuação da fic: Just be good to me.
Aviso: contém cenas com alto toque de tristeza e fofurice extrema de Srius Black, que necessitarão de lencinhos de papel,se não quiserem ficar com o nariz escorrendo.
link da música:http://www.youtube.com/watch?v=VxMtqg8U5oo
(passem a introdução enorme para frente e ouçam a música, é linda!)
Beeijos



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Não sei ao certo quando as provocações diárias para que ela saísse comigo e parasse de resistir se tornaram beijos escondidos em corredores abafados. Ou quando percebi que a amava, o que sei é que Marlene Micknnon marcou minha vida como nenhuma outra jamais faria.

Desde que se mudou de Beauxbatons para Hogwarts, a pequena morena com corpo de mulher encantava meus dias e enlouquecia meus sonhos. Até que em uma noite extremamente quente de verão fui acordado com suas mãos delicadas em meu peito nu. Ainda me pergunto se eu não estava sonhando.

Adeus, adeus,
Adeus, meu amor.
Eu não posso esconder, não posso esconder,
Não posso esconder, o que veio.

- Quer dizer então que Sirius “cachorro” Black foi finalmente encoleirado? – James me zoava, enquanto nos encaminhávamos para a aula de poções.

- Esta palavra não existe no meu vocabulário veado.

- Não é tão ruim assim, se você quer saber.

- Isso porque a dona dos seus sonhos está nesse momento gritando com a amiga porque ela se “rendeu’” a um Maroto. – comentei, quando viramos o corredor e encontramos a ruiva com uma expressão de censura.

         Nesse momento, uma outra garota qualquer me parou. Ela falava sobre alguma coisa que eu não estava interessado em saber, porque naquele momento, tudo o que eu podia fazer era lançar olhares maliciosos para Marlene Micknnon e sorrir internamente quando percebi que ela correspondia.

         Até que Evans disse algo que a irritou e ela saiu, me puxando para a primeira sala vazia que encontrou pela frente:

– Quer saber Lily? Foda-se. A vida é minha e eu faço o que eu quiser. A propósito Black, temos que resolver um assunto muito importante. Agora.


Eu tenho que ir, eu tenho que ir
Eu tenho que ir, e deixá-lo sozinho
Mas sempre saiba, sempre saiba
Sempre saiba que eu te amo tanto

Eu te amo tanto

Eu te amo tanto

- Estamos com pressa hoje? – lhe perguntei rindo, enquanto beijava seu pescoço.

- Errado. Estamos com raiva hoje e eu preciso canalizar em algum lugar.

- Sexo?

- Exato. – ela arrancou minha camisa, enquanto eu voltava a beijar seu pescoço e dava leve mordidinhas. Marcas de que ela era minha.

- Porque é tão difícil para nós dois, hein Sirius? – ela me interrompeu, me olhando confusa.

- Porque eu sou um galinha e você é boa demais para mim.

- Você nunca será meu, não é? – ela tinha os olhos cheios de lágrimas, e eu faria tudo para acabar com elas. A beijei de leve antes de responder e lhe abraçar forte:

- Eu já sou.

Adeus, olhos castanhos.
Adeus, por ora.
Adeus, raio de sol.
Cuide de si mesmo



         Com o tempo, aprendi a observar cada pedaço de seu ser, enquanto ela fazia o mesmo comigo. Por isso, quando as férias de inverno chegaram, e eu descobri que não poderia passar nem mais um minuto sem ela, acabei a convidando para passar algumas semanas no meu “novo”      apartamento.

         Não era grande, e o máximo de mobília que eu tinha era alguns caixotes e uma cama de casal velha, mas foi onde eu passei os melhores momentos de minha vida. Com ela.

         Durante o dia, saíamos para nos divertir por Londres observando a mágica combinação de neve e natal, mas eram das noites que eu mais gostava (e sei que ela pensava o mesmo). Era quando fazíamos amor (Não era apenas sexo. Por mais que ela achasse, nunca foi) e eu podia ver os diminutos raios esverdeados em seus olhos, quando, soluçando de prazer, ela os prendia dentro dos meus e me fazia viajar por um mundo desconhecido, um mundo só nosso.

- E o que nós somos exatamente, Senhor Black? – ela me perguntou, enquanto se aninhava em meus braços depois de mais uma madrugada passada em claro. Não que eu estivesse reclamando.

- Que tal “amigos com benefícios”? – brinquei, dando leves beijos em sua testa.

- Nós nunca fomos amigos Sirius.

- Eu sei. Mas acho que poderíamos.

- Amigos não fazem sexo. – pensei muito sobre o que ela disse. Eu queria chamá-la de namorada, mas ela era mais. Era a minha Marlene.

- Eu tenho uma idéia. Nós somos Sirius e Marlene. Nada mais, nada menos. O que acha?

- Eu acho que está ótimo assim, como sempre foi.


Tenho que ir, tenho que ir,
Tenho que ir e deixá-lo sozinho
Mas sempre saiba, sempre saiba,
Sempre saiba que eu te amo tanto
Eu te amo tanto,
Eu te amo tanto,

         Até que, alguns dias antes de voltar para Hogwarts, meu mundo caiu.

         Lá estava Regulus me encarando sério, o mais sério que eu me lembrava de já tê-lo visto em toda a minha vida. Em nada se parecia com o garoto pequeno que queria imitar os passos de seu irmão mais velho.

- O que você está fazendo aqui?
- Você sabe que há uma Guerra vindo aí, não sabe Sirius? Sabe que ela não seria capaz de lutar... que Marlene nunca foi uma guerreira como o resto de nós e que se ela ficasse ao seu lado se sentiria obrigada a te seguir. Proteja-a Sirius. Se a ama como eu vejo estampado em seus olhos, deixe-a.

- Eu não posso. – senti meus olhos cheios de lágrimas.

- Você é mais forte do que pensa. Afinal, sempre foi o meu irmão mais velho preferido.

Canção de ninar, distraia-me com suas rimas.
Canção de ninar
Canção de ninar, ajude-me a dormir hoje à noite
Canção de ninar (canção de ninar)



         E eu podia.

         Assim, quando embarquei no Expresso pela última vez, deixei todos os meus sonhos para trás. Deixei Marlene para trás com a esperança de que ela pudesse sobreviver, de que pudesse ser feliz longe de mim.

         Mas isso não me impedia de ver seus olhares magoados, cada vez que saía na companhia de outra. Ou a decepção, quando eu fraquejava e chegava perto demais de sua boca, apenas para cair na realidade e me afastar de novo.

         E foi em uma noite quente de verão, exatamente como começamos a quase um ano, que eu soube que era hora dela se despedir de mim.

- Morena, eu não entendo. Por quê? – por mais que eu tivesse procurado por isso, ainda tinha esperanças de que ela fosse entender, que fosse me perdoar.

- Porque eu cometi o maior erro de todos. Eu me apaixonei por você.

- Eu não sei o que dizer. – Mas eu sabia. Só não podia dizer, porque um segundo de hesitação de sua parte, e eu nunca mais a deixaria ir.

- Não é como se eu não soubesse que corria esse risco. Você é apaixonante Sirius. – me deu um beijo em seu rosto, antes de voltar para o seu dormitório – Só deixe que o resto do mundo também saiba disso.

         Assim que ela saiu, rezei para que o céu me ajudasse a dormir sem que seu olhar magoado entrasse em meus sonhos. Pelo menos uma vez.



Eu tenho que ir (adeus)
Eu tenho que ir (adeus)
Eu tenho que ir (adeus)
E deixá-lo sozinho
Mas sempre saiba (adeus)
Sempre saiba
Sempre saiba (adeus)
Que eu te amo tanto

         Algum tempo depois, nos encontramos no casamento de Lily e James. O mundo estava em guerra e ao que parece, meu coração também.

         Achei que os anos longe tivessem adormecido o que eu sentia, mas assim que a vi, radiante em um vestido vermelho, soube que aquela batalha estava perdida.

- Acho que no fundo todos nós sempre soubemos que eles eram feitos um para o outro. – comentei, em meu discurso de padrinho. Sorri tristemente ao me imaginar naquela posição, com Marlene vestida de noiva e um sorriso como o de minha amiga ruiva no rosto.

         Assim que James e Lily saíram para a lua-de-mel, ela se despediu de todos. Iria voltar para o interior, onde morava com seus pais.

         Pensar que ela estaria longe de toda a violência que nos cercava, me dava coragem de seguir em frente. E lutar, para quem sabe um dia, pudéssemos nos reencontrar.

         Porém, tudo sumiu assim que a vi saindo do salão. Eu precisava de uma resposta para a dúvida que vinha me consumindo ao longo desses anos.

- Lene! Antes de ir, eu poderia te perguntar uma coisa?

- Vá, em frente.

- Eu fui bom para você?

- Você foi o melhor. – e se virou, indo embora de minha vida. Para sempre.


Eu te amo tanto (adeus, canção de ninar)
Eu te amo tanto (adeus)
Eu te amo tanto (adeus, olhos castanhos)
Eu te amo tanto (adeus)
Eu te amo tanto
Eu te amo tanto

         Eu estava parado em frente a sua lápide. Durante todo o tempo em que passei em Askaban, fora pensar em Harry, ela era tudo o que me mantinha vivo.

         Agora, mais uma vez eu seria obrigado a lutar. Lutar por James e Lily, por Harry, e por ela.

         A lápide fria me encarava zombeteiramente. Saquei a varinha e, ao lado de seu nome, gravei uma simples frase, mas que remetia tudo o que eu estava sentindo naquele momento.


Adeus, olhos castanhos.
Adeus, meu amor.”


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Notas finais do capítulo

e então, o que acharam da continuação?