Forixenti escrita por PequenaSolitária


Capítulo 2
Fugindo de Casa.




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  Já era terça feira de manhã e eu fui para a escola sem mesmo olhar para a minha mãe,fui com luvas para ninguém ver as

cicatrizes (sorte que era inverno).Entrei na sala de aula e fui para a minha carteira como de costume,Cristine logo chegou:
- Oi Agi,você vai poder ir à festa,não vai? - Pensei um pouco,se eu falasse que minha mãe não tinha deixado eu iria ser zoada

para o resto da minha vida na escola,mas se eu falasse que iria,talves eu tivesse uma chance de ter amigos.
- Sim,eu vou - Falei rapidamente,com um pouquinho de receio.
- Legal,se você quiser eu te levo,eu vou levar todo mundo,dai a gente passa na sua casa para te levar,é só me passar o seu

endereço - escrevi o meu endereço em um pedaço de papel e entreguei para ela.
- Beleza,a gente vai te buscar as 19:30.
- Ah,tem como vocês...vocês pararem no começo da rua?É que...Bem,minha mãe tem a mania de dormir cedo demais e ela tem um

sono muito leve e...Bem...E ela fica meio irritada se alguém acaba acordando ela.
- Sei. - Cristine deu um sorriso e levantou as sobrancelhas.Ela olhou para minhas mão e logo em seguida perguntou - Por que

está usando luvas?
- É,eu sei que não precisa,mas...Eu tenho uma alergia e a minha mão fica muito feia,é uma reação alérgica de um creme para

mãos,então eu resolvi ficar com luvas,caso aconteça alguma coisa né?...
- Hm...E qual é o creme?
- Eu esqueci o nome.
  O sinal da escola tocou e todos se sentaram em seus lugares,fiquei sentada escutando a aula,mas não prestava atenção,só

conseguia pensar nas minhas mãos e na briga com a minha mãe,e como eu iria fugir de casa.As aulas passaram e eu voltei para

casa.
  Minha mãe como sempre estava fazendo o almoço,mas não falou comigo,fui para o meu quarto e fiquei no computador um bom

tempo,quando sai deitei em minha cama para pensar um pouquinho,coloquei a mão debaixo do me travesseiro e senti algo gelado

em meus dedos,parecia uma pedra,levantei meu travesseiro para ver,mas não havia nada.Eu estava delirando?Por que eu via esta

pedra em todo o lugar?Talvez seja tudo que está acontecendo.
  Já era sexta-feira,fui para a escola,nesses últimos dias eu não tinha falado mais nada com minha mãe.
  Eu tinha entrado na sala de aula e Cristine e Maraia vieram falar comigo:
- Você ta pronta pra festa hoje? - Disse a Mraia sorrindo.
- Sim.
- Legal - Respondeu ela.
- Agi,você ainda está com alergia? - Cristine falou olhando para as minhas luvas,mas agora com os dedos cortados,para eu

conseguir escrever e para ficar mais bonitinho.
- É,mas os dedos já melhoraram.
- Hm,posso ver como está a sua mão?
- Acho melhor não...Corre o risco de piorar,sei lá né?
- Tem razão.
  As aulas passaram rápido e o dia também,eu tomei um banho me tranquei no quarto e me arrumei,coloquei um short jeans azul

desbotado,um all star velho e uma blusa preta.Me maquiei,mas não atolei de maquiagem e coloquei brincos.Já estava na

hora,tranquei a posta do meu quarto e deixei a luz ligada para parecer que eu estava lá.Sai pela janela do meu quarto (ainda

bem que a casa só tinha um andar) mas mesmo assim cai,fechei um pouco a janela por fora e corri para o fim da rua,onde já

estava um carro,com alguns garotos maiores (mais ou menos 17 anos) e Cristine,Maraia e Fabiane:
- Entra Agi! - Cristine disse,eu estava meo nervosa,nunca tinha fugido de casa na minha vida,fiquei com vontade de voltar,mas

já era tarde,entrei no carro e então fomos.
  Chegando lá,ja tinha bastante gente,pessoas bebendo,fumando,dançando e havia gente se pegando também.
- Vem! - Cristine me puxou pelo braço até um local onde tinha bebida.
- Eu disse que eu não bebo...
- Prova,é bom - Neguei com a cabeça.
- Está bem...O Ryan chegou olha lá! - Ela acenou pra ele - Olha,eu ja volto - Ela saiu correndo para Ryan,um garoto de da

nossa idade,também era metido a rico,ele era alto e tinha cabelos castanho-claro.
  Se passou um tempo,eu estava meio entediada,a verdade é que eu não queria ir áquela festa,o fato é que eu só queria fazer

amizades.Meu rosto estava oleoso,aquele lugar era muito quente,no banheiro eu molhei meu rosto e sequei,olhei para o meu

reflexo,e eu notei que estava com um colar e nele havia a pedra negra,coloquei a mão sobre o meu peito e olhei,não tinha

nada,fiquei nervosa,mas decidi esquecer.
  Sai do banheiro e lá estava Cristeine e Maraia:
- Hm "tava" fazendo o que no banheiro - Disse Maraia rindo.
- É - Eu falei rindo um pouco também - Eu acho que vou tomar um ar.
- Ok,fique a vontade,tem um deque logo ali - Cristine falou apontando para uma enorme porta de vidro.
- Obrigada - Eu fui.
  O deque era grande e de madeira,ele tinha uma vista para o mato,até que era uma paisagem bonita,mas logo depois do deque

havia um barranco ele era um pouco altinho.No deque haviam algumas pessoas, fui para um local onde eu não conseguia ser vista

por ninguém,neste local estava Cristine,eu estranhei.
- Cristine?O que você está fazendo aqui?Você não estava lá dentro?E pensei que...
- Cale a boca menina idiota - Ela falou com uma voz estranha,não uma voz de possuida,mas com a voz de outra pessoa,que fiquei

assutada.
- Ok Cristine,você é engraçada,me deu um susto - Mas ela não parecia estar brincando,ela estava de costas e quando se virou

para mim seus olhos estavam um pouco escuros,fiquei nervosa sem saber o que fazer - Ta legal,que brincadeira é essa?
  Ela não falou nada apenas riu,em seguida ficou me encarando,deu um passo para tras e quando eu finalmente ia correr ela me

segurou,gritei,mas ninguém parecia ouvir,tendei me soltar,mas ela era muito forte,mais forte do que o normal,ela me empurrou

contra o "corrimão",com a intenção de me jogar de lá,mas eu tantava me segurar,enuqnato isso Cristine falava:
- Você acha que elas se aproximaram de você por sua amizade?Menina idiota!Elas se aproximaram de você para te ferrar,elar não

gostam de você - Cristine tentava me empurrar e eu tentava segurar ela.Cristine pegou minhas mãos e tirou minhas luvas,com a

intenção de vez as citarizes,como se ela soubesse que eu tinha me machucado,em seguida,usando as minhas mão ela me

empurrou,tentei me segurar no chão do deque,ela pisou nos meus dedos,fazendo com que eu caísse e rolasse barranco abaixo.


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