Sonhos Escritos escrita por Deni Rocha


Capítulo 15
Brigada Armada.


Notas iniciais do capítulo

Gente, novamente, tive que dividir o capítulo em dois para não ficar muito grande. Amanhã não poderei postar porque tenho aulão da faculdade :( mas no domingo sem falta postarei o capítulo 16, que vai estar com muita comédia e ação , para vocês ok? AAAHH e Obrigada sempre pelo apoio! Beijoos! Espero que gostem! ;*



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Eu ainda não sabia bem o que iria fazer, por onde começar mas com certeza eu não iria ficar plantada esperando uma resposta cair do céu. Se fosse uma situação qualquer, se eu o houvesse conhecido na rua, eu aceitaria as palavras e a vontade dele. Mas no pouco tempo em que convivemos, conheci Nate muito bem, ao ponto de saber que ele estava mentindo. Ele não conseguia olhar no meu rosto.

Estávamos saindo do portão de desembarque quando vi a onda de fotógrafos e vários fãs com placas do tipo “ALI ESTAMOS COM VOCÊ” “NÃO DESANIME’. Sério? Olhei para Amanda e ela se inclinou para sussurrar em meu ouvido:

— Acho que resolvi a situação um pouco tarde demais... – Disse ela olhando para os cartazes.

— Deixa pra lá... Eles estão apenas me dando apoio... E já sei, não darei nenhuma entrevista sobre o assunto. – Falei mais para mim do que para ela. Eu não sabia como as pessoas haviam recebido a informação do que havia acontecido, se eles tinham distorcido a história, mas no momento não me importava. Eu não iria misturar as coisas.

Atravessamos pela multidão e não pude falar com ninguém, apenas passar de cabeça baixa, e quando chegamos ao lado de fora do aeroporto para pegar um carro, minha mãe falou:

— Você vai entrar no primeiro carro e eu e Amanda vamos no segundo está bem?

Nem deu tempo de perguntar o porque, ela me empurrara com toda a força para dentro de um Mercedes preto que estava na minha frente. Quando sentei, me dei conta dos gritos bastante conhecidos.

—OLHA SÓ QUEM VOLTOU QUEM VOLTOU QUEM VOLTOU! – Cantavam as meninas dentro do carro. Não sei se foi de alegria, de surpresa ou de tristeza, mas o turbilhão de emoções me fez começar a chorar novamente. E era um choro muito feio, uma mistura de hiena com sirene que eu não conseguia desligar.

—AI NÃO AMIGA NÃO CHORA SE NÃO A GENTE CHORA TAMBÉM! –  Disse Mel. Então começou a bagunça no carro.

Juli começou o discurso para pararmos de gritar, Lie começou a me afagar e falar que ia matar o Naten, Mille só conseguia balançar a cabeça e revirar os olhos e Mel... Eu não sei o que ela estava tentando fazer, se era pular do carro ou tentar me acalmar enquanto se mexia.

Uns 3 minutos depois, quando começamos a nos controlar, consegui falar.

— Eu estava com tanta saudade... Procurei amigas como vocês mas não encontrei. – Quando olhei para o rosto de Lie, corri para completar: - Eu tô brincando. Não procurei eu nunca vou achar.

— OLHE TU NÂO BRINCA. – Falou Mel. -  Amiga... Que saudade! – Eu não sei se o carro estava pequeno demais ou se nós estávamos espremidas para ficarmos abraçadas demais. – Eu não queria falar isso agora, mas a gente viu o...

— CALA A BOCA MEL – Escutei a voz de Mille pela primeira vez no carro. – Não fala disso se não Lua solta a brigada armada na boca de novo.

Não consegui deixar de rir. Até o motorista riu.

— Eu estou bem gente. Foi só... Emoção demais sabe.

— Mas a gente não precisa falar disso agora não é mesmo? – Juli retrucou olhando para Mel, que estava com a cara assustada.

Eu queria falar para elas o que estava acontecendo, mas eu não queria contar no carro por causa do motorista. Achei melhor contar quando saíssemos do carro.

— À propósito, para onde estamos indo? – Perguntei.

— Para a casa da Lie. – Disse Mel entusiasmada. – Já que fica em um condomínio, nós teremos mais privacidade com você, afinal você já vai embora em dois dias e não queremos perder esse tempo precioso.

— Tem razão. – Completei. – Quando chegarmos lá, eu conto tudo ok? – Fiz menção ao motorista e elas entenderam. – Agora me contem de vocês, vamos, vamos. – Mudei de assunto e nem precisei fazer esforço, porque a torcida do flamengo já baixara novamente nas meninas.

Uma começou a falar por cima da outra. Lie comentando que desde que eu fora embora Mel não parava de encher o saco dela, e fazia ela passar vergonha. Mel não sabia se contava as novidades dela ou se discutia com Lie. Juli não parava de rir e soltava suas frases sarcásticas enquanto Mille falava de como estava a escola e do que mudou lá.

As meninas falando absorveu totalmente minha atenção, e consegui esquecer um pouco do que eu tinha que fazer. Ele tinha razão. Eu não podia deixar de vê-las.

A conversa durou até chegarmos à casa de Lie, e fiquei feliz em não precisar falar muito, apenas rir de tudo que elas falavam.

Descermos do carro e entramos na casa de Lie. A casa dela é incrivelmente contemporânea, e tem um estilo muito próprio. Toda em tons de marrom, parece com vários retângulos encaixados de uma forma que dá ilusão de ótica a quem olhe. E dentro é ainda mais exclusiva e diferente.

Subimos as escadas da entrada e Lie abriu a grande porta de vidro que eu lembrava muito bem por ser enorme. A sala tem tons de dourado e um sofá branco enorme no meio, que mais parece um corredor acolchoado. Juli correu para se esparramar nele.

— Vem! Senta aqui Lua, relaxa. – Disse ela.

— Acho que vou ficar um pouco em pé, vim o tempo todo sentada no avião... – Ela levantou as sobrancelhas entendendo e acenou com a cabeça. Antes que eu pudesse pedir, Lie falou:

— Vou pedir a Maria um lanche pra gente! Você deve estar morrendo de fome. Pelo menos a gente ta, te esperamos muito tempo.

— Você leu minha mente! – Respondi.

— Vai buscar logo, eu não sei o que vai ser de mim sem carboidrato. MARIA, SOCORRO! TRAZ O CARBO. -Mel começou a gritar.

— Menina deixa de ser doida. – Falou Mille rindo.

Lie foi com Mel na cozinha enquanto eu conversava com Juli sobre as aulas. Como trocávamos e-mails e conversávamos por mensagem, elas sabiam sobre minha vida nos EUA então não tinham muito o que me perguntar. 

Depois de um tempo, Mel e Lie voltaram com sanduíches, suco, bombons de chocolate e frutas. Quando elas sentaram, Mille perguntou:

— Lua, podemos conversar agora? – Consenti com a cabeça enquanto me sentava também. – Então conta pra gente, o que houve no aeroporto? O Naten realmente terminou com você? – Perguntou ela. Mesmo que fosse verdade, doía ouvir isso assim. Acho que ainda não tinha aceitado totalmente a situação.

Acenei com a cabeça novamente e completei:

— Sim. Mas... calma. Eu vou explicar tudo. Vocês me dizem o que acham, ok? – Elas assentiram, com tristeza no rosto. – Outra coisa. – Me apressei em dizer. – Acho que vou precisar da ajuda de vocês.

Quando falei isso, todas se ajeitaram em seus lugares para prestar atenção. Realmente, eu iria precisar da ajuda delas.


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Notas finais do capítulo

Nossa que tensão né? Deu até vontade de comer algum carbo...



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