Nós nos viramos e vimos Khufu correndo atrás de Bastet, que
corria dele com um passarinho nas mãos. Walt e eu estávamos tão... “entretidos” que nem ouvimos Bastet chegando.

Depois de algum tempo conseguimos acalmar Khufu e convencer
Bastet a soltar o passarinho. Os dois saíram e fiquei sozinha com Walt
novamente.

– Bom... até amanhã então... – Ele parecia meio triste e
decepcionado. Fui para o meu quarto e a próxima coisa que ouvi foi a porta da mansão se fechando. Saí do meu quarto e vi Carter e Zia. Sorri sarcasticamente.

– Até que enfim voltaram! Tava bom o shopping né?!

Eu não podia perder aquela oportunidade.

POV CARTER

Carter falando! Eu tinha levado a Zia ao shopping. E falando
sério, só vou fazer isso de novo quando ela aprender a ser humana.

Primeiro fomos tomar sorvete e ela não sabia comer uma
casquinha de sorvete, e achou que eu estava brincando quando disse que tinha que lamber. Depois deste pequeno incidente, fomos até a barraquinha de cachorro quente. Ela ficou furiosa e começou a brigar com o dono da barraca, dizendo que era errado cozinhar cachorros e tive que arrasta-la de lá antes que ela mandasse um ha-di no homem.

Passamos uma hora discutindo até ela entender que cachorro
quente não. Era. Feito. De. Cachorro. Então quando estávamos voltando para casa, ela via um chafariz e resolveu nadar nele. Eu tentei impedi-la e me estabaquei no chafariz. Foi maravilhoso andar pela rua completamente encharcado (ironia). No caminho passávamos pelo cemitério. Quando olhei para o lado levei um susto ao ver um adolescente olhando para nós por detrás do portão. Reconheci Anúbis. Ele nos cumprimentou animado.

– Carter! Zia! Finalmente resolveram admitir que se gostam? E
Carter por que você está todo molhado?

Senti meu rosto quente, como se estivesse pegando fogo. Zia
parecia uma pimenta. Resolvi ignorar a segunda pergunta e mudar de assunto.

– Anúbis! O que você está fazendo aqui? Aconteceu alguma
coisa?

Pode ser só impressão minha, mas Anúbis parecia nervoso. Seu
rosto ,geralmente pálido, ficou vermelho e ele gaguejou:

– Ahn... e-eu só estava... passeando.

Olhei para ele desconfiado.

– Passeando?

Ele deu de ombros. Achei meio suspeito, afinal, por que o
deus do funerais estaria passeando àquela hora?(o que Carter não lembrou, foi que Sadie costumava passear ali quase todas as tardes, mais ou menos por aquela hora). Então Anúbis perguntou:

– E... tem mais alguém com vocês? – eu respondi sem pensar.

– Não, os aprendizes estão viajando e Sadie ficou com Walt
na mansão.

Anúbis fechou a cara e cerrou os punhos com força e não entendendo o que havia acontecido perguntei:

– O que houve?

Zia me olhou, com a mão na cabeça, como se EU fosse o idiota
do ano, e não ela que achava que cachorro quente era feito de cachorro. Anúbis deu um sorriso torto e sumiu.

Zia me olhou, meio rindo e meio irritada e disse:

– Carter, como você consegue ser tão... tão... lerdo?!

– Como assim Zia? – perguntei sem entender. Zia revirou os
olhos e disse:

– É tão óbvio que ele veio... – ela parou de repente e pôs a
mão na boca como se tivesse dito algo errado. Ela mudou de assunto.

– Esquece, vamos voltar.

Dei de ombros, não queria discutir com Zia.

Chegamos em casa e Sadie veio logo falar conosco. Eu sabia o
que estava por vir.

– Até que enfim voltaram! Tava bom o shopping né?!

Resolvi implicar com ela também.

– Tava sim. Quase explodimos a barraca de cachorro quente...
ah e encontramos Anúbis no caminho.

Na mesma hora, me arrependi. Sadie parecia ter levado um
soco no estomago. Ela andou com raiva até mim. Pensei que iria levar um há-di,
mas ela parou quando Walt entrou na sala.