Sophia, ao ver as asas se encantou. Eram tão lindas... claro, não chegavam aos pés das asas de Nando, pois ele já desenvolveu sua magia, mas as asas delas eram lindas. Sophia mexeu as asas e começou a  bate-las de leve. Elas eram tão leves, era como abrir os braços...

Quando ela fez essa comparação, lembrou de Bruno. Os dois naquela casa caindo aos pedaços, conversado de madrugada. Ela procurou por ele por um momento,só viu Bruno de pé ao seu lado, Bruno tinha sumido. Ela pensou: “em que estou pensando? Claro que ele não está aqui! E por que eu estou procurando por ele? Eu vou esquece-lo”

Ferdinando segurou a mão se Sophia, esta corou por um momento, mas voltou a normal quando viu que ele pegou sua mãos para os dois voarem juntos, então corou de novo.

Ferdinando abriu as asas e Sophia se sentiu humilhada. A dele era quase o triplo maior que a dela. Os dois com as asas abertas começaram a bate-las e seus pés saíram do chão devagar e Sophia se desesperou. Olhou para o Nando e procurou um apoio, e encontrou quando ele abriu um leve sorriso e incentivou-a a continuar. As asas dos dois aumentaram a velocidade e eles voaram mais alto. Nando guiava a mais nova anja em direção as nuvens.

Quando atravessaram as nuvens, Sophia se encantou com a paisagem. Era o verdadeiro paraíso. A grama era rasteira e bem verdinha, com algumas arvores e arbustos com diversas flores. Era como um jardim. Ainda tinha animais como micos, saguis, araras... e algumas pilastes do estilo da Grécia antiga.

---lindo né?--- disse Nando olhando a expressão de encanto no rosto de Sophia assim que pousaram.

--- lindo...--- confirmou Sophia observando tudo em volta.

--- este é o famoso jardim do éden--- disse Nando--- conhecido também como “O Paraíso”, foi onde Eva e Adão viveram.

--- é tão... lindo--- disse Sophia ainda anestesiada com a paisagem.

--- verdade.--- disse Nando se sentando na grama, seguido por Sophia que se admirou ainda mais com a textura da grama. Bem macia.

--- e agora?--- perguntou Sophia--- eu vou escolher, estudar ou sei lá, uma “profissão”? tipo... cupido, anjo da guarda...--- perguntou Sophia vendo Nando admirar o horizonte.

--- bem--- começou Nando--- você tem que escolher entre anja solar e anja Lunar...--- ele foi interrompido.

--- já sei os poderes de cada um--- disse a menina--- Larissa me explicou. Lunares são de cura e veem o futuro. Tem poucas magias de ataque. Solar é um anjo de batalha, que pode reequipar armaduras e armas em milésimos.

--- nossa--- disse ele, realmente surpreso--- não sabia que você já sabia disso. Já sabe qual você quer?

--- sim--- disse ela, brincando com uma mechinha de seu cabelo--- não sou boa em brigas.--- sorriu de leve--- lunar.

--- tem certeza?--- perguntou Nando calmamente.

--- sim--- respondeu ela com firmeza.

Alguns dias se passaram. Sophia escolheu se tonar uma anja Lunar e treinava todos os dias sua magia. Conseguia realizar a cura e estava aperfeiçoado as visões, o que ela nunca conseguiu e era o que ela realmente achava difícil era conseguir fazer sua transformação. Via todos os anjos que estavam por perto dela conseguir completar a transformação, “vestir” a armadura tranquilamente. Mas ela não.

Sua magia estava se desenvolvendo e suas asas crescendo rapidamente. Estavam quase do tamanho das asas de Ferdinando, só faltava ela melhorar suas visões e conseguir sua transformação  para ficar do tamanho das de Nando.

Ela procurava se esforçar ao máximo, todos diziam que o epocalipse estava muito próximo, e todos estavam muito confiantes. Nunca mais vira Larissa ou Bruno desde então. Mas a saudade era grande.