Observava atentamente aqueles dois meninos.

Não sei como explicar, tentei concentrar-me na xícara de café, mas, meus olhos imploravam para olhar para os gêmeos Kaulitz. Eles estavam sentados a alguns metros de distancia de mim, sorriam a todo instante. Sem ao menos ligarem para o fato de todos os dias ser igual... Roubavam o lanche deles, riam e batiam.

Tudo pelo simples fato de serem diferentes. Bill, o mais novo, pelo o que ouvi falar, era o garoto de cabelos escuros e maquiagem, Tom, o mais velho, era o de dreads e roupas extremamente largas. Eram diferentes ao ver da sociedade, a família Kaulitz, era muito importante. Advogados. Simone, a mãe deles, cansada de tanta vergonha com os “ovelhas negras” da família, os pôs aqui.

Aqui, onde os professores não querem dar aula a eles, aqui onde são vitimas de ovos e papel higiênico.

Algo fazia com que eu sentisse a vontade de me aproximar deles, não sei bem o que era.

Começou no primeiro dia deles aqui...